Capítulo 5: A primeira inimizade de Carbink!

*Pant Pant Pant*

    Uma menina desembarcava na estação de Wedgehurst, caminhando sem olhar para ninguém, concentrada apenas na música em seus fones de ouvido. Ao seu lado, um Pokemon felino a seguia, com os pelos roxos e as patas amareladas. Ela suspirou ao dar seu primeiro passo no chão da cidade e levou as mãos até acima dos olhos para o sol não prejudicar sua visão.

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Leuri: Yaaaay! — Ela saiu da barraca bem animada, junto de Frogadier. Diego e Carbink já haviam levantado antes. — Terceiro dia aqui em Galar! Sinto que precisava mesmo me desligar um pouco de tudo!

~Fro, froga! — Ele apontou para o celular de Leuri que estava em sua outra mão e ela o pegou, vendo diversas mensagens da Elite de Hoenn e principalmente de Courtney, sua assistente, que também fez mais de 50 ligações.

Leuri: Hm... Eles não vão surtar se eu só responder no fim do dia, não é? — perguntou em voz alta, bloqueando a tela do aparelho. — O que importa é que estou muito disposta a fazer algo! Que tal desafiar o Diego para uma batalha, Frogadier?

    O sapo formou uma corrente de espuma e laçou o braço de Leuri, correndo e a levando junto dele. Os dois se aproximam da casa de Magnolia, vendo Nickit com Yamper e Furfrou do lado de fora.

Diego: Sonia, tem certeza que não vai dar problema pra gente? — perguntou ao abrir a porta da casa por dentro, deixando Sonia sair primeiro.

Sonia: Estou dizendo, vamos voltar antes do fim da tarde e aí ninguém vai notar que saímos. Além dela ter adaptado sua Wishing Star, não pode te culpar... 

Leuri: E aí, primonaaaa, Diegooo! Quem tá pronto pra uma festa com batalha e curry? — Escandalosa, Leuri se aproximou dos dois, que a imploraram para fazer silêncio. — Eh? O que foi?

Sonia: A vovó não pode saber que estamos saindo! Ela nos proibiu de fazer isso...

Leuri: Eh?! — Ela corou. — Como assim? Diego, eu nunca pensei que...

Diego: Se ela descobre que vamos voltar para a Wild Area para estudar a Butterfree ao ar livre e tentar ativar seu Gigantamax, estamos mortinhos! — Assim que terminou de falar, Leuri suspirou aliviada.

Carbink: Estamos ao vivo do CarbinkTube, com Diego e Sonia revelando que vão desobedecer as ordens da Magnolia! Espero que ela não esteja assistindo hehehe! — Ele saltitou para fora da casa, com uma câmera amarrada nas orelhas.

Sonia: Aaaai, não!! Tira isso do ar, tira!!

Carbink: Relaxa, moça! Era só brincadeira, não vou gravar agora e a Magnolia tá assistindo aqueles documentários de novo.

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Os Mudsdale conseguem correr a 90 quilômetros por hora, mesmo sendo tão pesados! Também são tão fortes que podem fazer caminhões virarem sucata em poucos minutos!

Magnolia: Eu amo isso.

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Diego: Então estamos indo, Leuri! Carbink, comporte-se e lembre de não falar nada para a Magnolia! Confio em você!

Carbink: Pode deixar!

    Nickit e Furfrou são regressados para as Pokeballs e Yamper corre atrás e Sonia, rebolando. Eles correm pela Rota para Wedgehurst, onde pegariam o trem na estação.

Leuri: Talvez a minha mãe esteja afim de passear um pouco e colocar a conversa em dia...

Carbink: Sem chance, Leuri. O Charmander está passando mal de novo, agora não quer comer.

Leuri: Coitadinho, é melhor deixar isso com ela... Então somos só eu e você, Carbink! E aí, que tipo de vídeo está gravando para o CarbinkTube?

Carbink: Quero entrevistar desconhecidos na rua e perguntar o que acham da Magnolia, depois mostrar tudo pra ela e filmar a reação!

Leuri: Isso parece... Divertido?

Carbink: Muito! Você filma, Frogadier — disse, saltitando e passando a câmera para o sapo.

    Os dois voltam a Wedgehurst enquanto Carbink reparava em tudo pelo caminho, saltitante e feliz como sempre. Ele começa seu trabalho de entrevistas por Alci e Rema, duas velhinhas fofoqueiras que já o conheciam e sempre contavam os podres das pessoas da cidade. Assim que elas veem Frogadier, o agarram para acariciar.

Alci: A Magnolia? Eu queria saber o motivo dela morar tão afastada da cidade, será que tem doença contagiosa?

Rema: Eu queria era descobrir o que ela planta naquele quintal, será que anda comercializando? Se Jurandinho da feira descobrir, vai ficar uma fera!

Alci: Será que é por isso que ele tem perdido clientes? Conversei com ele mais cedo e ele não sabe como vai pagar a conta de luz!

Rema: Nossa, faz todo o sentido! Aliás, escutei pela janela que tem uma menina que é famosa aqui na cidade, quem será?

Alci: Podia ser a Lisia, meu netinho Pedrinho adora falar dela, quer até se vestir igual e virar um Coordenador! Acho uma graça, querendo trabalhar em escola, logo arranja namorada! Quer ver foto? Vou pedir pra minha filha te mandar.

Rema: Manda sim, vou pedir pra minha te mostrar minha netinha Luaninha, ela pintou o cabelo de azul, achei tão moderno! Tá fazendo até tatuagem, mas acho que sai com água.

Leuri: Ahn... — Ela observava as velhinhas conversando sem parar, já ficando entediada.

Carbink: Ririri! Eu adoro vocês duas, Alci e Rema!

    Depois de falar com mais pessoas pela cidade, Carbink decidiu que só mais uma bastava. Ele dobrou as orelhas para fazer com que parecessem óculos, como se isso o permitisse enxergar mais longe na cidade, até que avistou alguém que nunca tinha visto.

Carbink: Ei, menina! O que acha da Magnolia? Me conta aí!

 — Quem é o baixinho fantasiado? — A menina perguntou, com uma Dusk Ball em mãos. Ela fazia uma batalha contra um Rookidee na fonte da cidade.

Carbink: Fantasiado? Eu sou o Carbink!

Leuri: Oi, perdão! Ele é um Carbink que fala, é uma história bem longa, mas não se assuste, tá? — Ela tomou a frente de Carbink. A menina corou ao vê-la e Leuri logo a reconheceu. — Hey, é você! A menina do trem!

 — O-Oi... — Desconcentrada, ela ouviu seu Pokemon, uma Purrloin, reclamar. O Rookidee voou para longe. — Droga, ele fugiu por culpa sua, pedra!

Carbink: Eh?

 — Enfim, não importa... — Ela guardou a Dusk Ball. — Não sei quem é Magnolia, acabei de chegar na cidade.

Carbink: Ela se parece com isso. — Ele chacoalhou seus pelos, derrubando um Pokebloco amassado. — Mas com mais rugas e bem antipática!

~Froga! — Ele ainda estava gravando tudo.

 — Certo... — Carbink esperou por risadas, mas a menina nem mesmo esboçou qualquer reação.

Leuri: Não nos apresentamos antes, sou Leuri, obrigada de novo por pegar meu celular — disse, estendendo a mão. A menina afasta uma mecha de cabelo e a aperta.

Marnie: Sou Marnie, não precisa agradecer. Agradeço por ser gentil.

Carbink: E o que você tá fazendo aqui em Wedgehurst? Se procura por Pokeblocos, eu tenho alguns muito bons e por um preço bem acessível!

~Purr? — A gata levantou uma sobrancelha.

Marnie: Não, não procuro Pokeblocos — respondeu, deixando Carbink amuado por ela não rir. — Sou uma nova Treinadora, vim aqui pegar alguns Pokemon e treinar a Purrloin. Aproveitar que os daqui são mais pacíficos, entendem?

Carbink: Contanto que não mexa com a comida deles... A comida de um Pokemon é seu maior tesouro! Aprendi quando tentei pegar berries de um Skwovet!

Marnie: Tá... — Ela desviou seu olhar. Carbink sentiu-se rachando em vários caquinhos.

Leuri: Uma Treinadora aqui em Wedgehurst! Garota, acho que é a única! Por que não me mostra o que sabe fazer? Frogadier e eu também estamos... hm... treinando!

Marnie: Ótimo, um desafio, é mesmo o que preciso.

    Marnie, Leuri e os seus Pokemon caminham na frente até a rota próxima da estação, já que era um local mais adequado para batalhar. Carbink foi atrás, planejando como iria conquistar a risada daquela menina.

~Purr! — A gatinha desafiou Frogadier com as mãos, esperando que ele respondesse a provocação, mas continuou aguardando por um comando de Leuri.

Marnie: Nós começamos! Use Fury Swipes!

~Purr! — A gatinha girou na ponta do pé e flexionou os braços, fazendo suas unhas saltarem para fora dos dedos muito maiores e afiadas do que o normal. Em seguida, saltou e rodopiou no ar para arranhar Frogadier.

Leuri: Pare usando Night Slash!

    Frogadier puxou a escuridão de sua sombra para envolver suas mãos como um sabre. Assim que Purrloin aproximou-se, ele apenas encostou o sabre em suas garras, que voltam ao normal e a gatinha recua.

Marnie: Night Slash... Isso é forte — reconheceu, vendo o sapo e Leuri na mesma posição, com dois dedos levantados e os outros entrelaçados como ninjas. — Não temos como atacar a distância...

Leuri: Mas é claro que tem! Marnie, com um Pokemon ao seu lado, tudo é possível! — A menina corou ao ouvir isso, batendo nas próprias bochechas para tentar fazer a cor sumir. — Você consegue, pense!

Carbink: Leuri não é a melhor nisso, mas é uma boa dica! Pense!

Marnie: Eu já entendi, pedra — disse, e Carbink encolheu as orelhas. — Purrloin, nós podemos! Corra ao redor dele e vá arrastando as garras no chão!

    Purrloin cravou as unhas no chão da rota, correndo ao redor de Frogadier para fechar um círculo. Leuri viu potencial na menina, começando a achar interessante.

Leuri: Acerte Water Pulse!

    Frogadier focou o olhar em Purrloin e rapidamente disparou uma esfera d'água ao juntas as palmas das mãos e afastá-las. Marnie esperava por isso, então logo comandou.

Marnie: Scratch!

    A gatinha usou toda a sua força para desfazer o Water Pulse, molhando todo o círculo que abriu na terra.

Marnie: Agora, Sand Attack!

    A água transformou a terra em lama, assim Purrloin conseguiu chutar pedaços dela para cima de Frogadier numa velocidade impressionante.

~Froga! — Ele cobriu o rosto com seu capuz de espuma borbulhante.

Leuri: Isso foi um belo improviso, pode te ajudar bastante numa batalha! Mas também sabemos lidar com improvisos! Frogadier, vá pegá-la!

    Deslizando pela terra com espuma nos pés, Frogadier deu uma rasteira em Purrloin, que caiu de cara na lama. Em seguida, ele pressionou um Water Pulse contra suas costas, causando uma pressão tão grande que a arremessou longe.

Marnie: Purrloin!

~Purrrrr!! — Correndo em desespero, a gatinha bateu a cabeça na barriga de Frogadier, que saltou para sua frente com um sabre obscuro. Seus olhos brilharam com a escuridão, desejando dominar aquele poder, mas caiu sentada no chão.

Leuri: Já chega, paramos por aqui — disse, caminhando até os dois Pokemon e acariciando a cabeça deles.

Marnie: Nossa... Isso foi intenso, você é muito forte — disse, pegando a gatinha no colo. — Eu quero ser assim! Esse é o meu maior desejo, serei forte o suficiente para alcançar meus objetivos. — Ao falar isso, ela olhou para a pulseira que usava, onde havia um fragmento de Wishing Star. Leuri logo o reconheceu.

Leuri: Sabem de uma coisa? Eu também vou conseguir minha Wishing Star, o dia tá perfeito pra isso! Vejo vocês depois! — exclamou, dando meia volta e correndo para a cidade.

Carbink: Hey, Marnie! — Ele saltitou para perto dela. — Eu gostei do seu nome, posso abreviar pra Mar?

Marnie: Nem pense nisso. — Ela deu as costas, caminhando pela rota.

Carbink: Espera! Aonde você vai? — perguntou, seguindo a garota que não respondia. — Quer pegar Pokemon, né? Eu posso te ajudar com isso!

Marnie: Não precisa... Por que não vai filmar ou sei lá o que estava fazendo?

Carbink: Eu vou te mostrar como sou legal! — exclamou, olhando ao seu redor e vendo algumas berries num buraco no tronco de uma árvore. — O cheiro das berries sempre atrai Pokemon, foi o Diego que me ensinou!

Marnie: Quem é Die... Isso não me importa.

    Carbink ignorou e saltitou até a árvore, cabeceando-a para derrubar as berries no chão. Ele então pulou nelas para amassá-las, fazendo uma mistura como lembrava que Diego fazia.

~Gree?! — Um Greedent que trazia mais berries para seu esconderijo, ao ver a cena de Carbink amassando tudo que colheu, fica furioso, o que ele percebe.

Carbink: Ehr... Hehe... Eu p-pego mais pra você, juro!

    Com muita raiva, o esquilo começou a acumular energia para disparar algum ataque. Carbink arrepiou-se e saltitou o mais rápido que conseguiu, gritando por socorro.

Marnie: Ótimo, agora esse Nickit vai ser meu e...

"SOCORROOOOOOOOOOOOOO!"

    Marnie ouviu o grito e viu Carbink saltar por cima de Nickit, que recuperou os sentidos e correu para os matos. Purrloin praguejou e arranhou uma pedra com raiva, mas acabou quebrando algumas unhas.

Marnie: Mas que caral... — Ela foi interrompida ao ver Greedent correndo em sua direção. — Eh?!

    Puxando Purrloin, Marnie correu o mais rápido que conseguiu e seguiu Carbink. Os dois fugiram do Greedent, parando para descansar em cima de alguns pedregulhos brancos.

Carbink: Conseguimos! Ele não foi páreo pra gente!

Marnie: Você está doido?! Estragou mais uma chance minha de captura e quase fui atacada por um Greedent raivoso!

Carbink: Mas foi divertido, né?

Marnie: Não mesmo!

~Chew? — Uma pequena Chewtle aproximou-se de Marnie e Carbink. Os dois a fitaram e olharam para as pedras que estavam sentados.

Carbink: Mar... Isso não são pedras... — disse, vendo uma rachadura na que Marnie estava sentada. A menina se levantou e um filhote de Chewtle colocou a cabeça para fora, mordendo o vestido dela. — São os ovos dela!!

Marnie: Volta pra sua mãe, pequeno, volta... — Incomodada, ela tentava retirar o Pokemon de seu vestido, mas este mordia firme. 

~Chewtle!

Carbink: Que fofo, ele te chamou de mãe!

~CHEWWW!! — Não achando nada fofo, a mãe Chewtle abriu sua bocarra e saltou para cima dos dois. Essa espécie de Pokemon é conhecida pelas mordidas mais fortes.

Marnie: Corra!! — gritou, agarrando Purrloin mais uma vez e correndo com o bebê Chewtle agarrado em seu vestido. Carbink saltitou ao seu lado e ambos encontraram com Greedent no caminho.

Carbink: Greedent, já pensou em ser pai adotivo dos bebês dessa Chewtle mãe solteira? — perguntou, e o esquilo viu a Chewtle furiosa correndo na direção deles.

Marnie: Conheça seu pai — disse, conseguindo tirar o bebê de seu vestido e o colocando no colo de Greedent.

~CHEWWWW!!!

~GREEE!!! — Apavorado, ele acompanha Marnie, Carbink e Purrloin na fuga, passando por Wedgehurst, onde uma cliente que saia da floricultura quase derrubou suas compras com o susto.

Florence: Acho que seu maior desejo não é vender flores... — disse o vendedor da loja enquanto tocava uma melodia calma em seu violão. Ele havia deixado Leuri ajudá-lo após ouvir toda a sua história sobre descobrir seu desejo. — Essa música chama-se Kimawari, é um agradecimento pela alegria que o sol nos proporciona. Sunflora e eu aprendemos há muitos anos...

Leuri: É mesmo uma bela melodia, mas... Acho que está certo. Sempre gostei das flores, pensei que pudesse me encontrar nisso, mas estou mais entediada do que nunca. Se não são batalhas ou flores, o que mais posso desejar?

Florence: Eu não sei, mal a conheço — respondeu, o que Leuri compreendeu. Ela já estava o alugando por muito tempo. — Mas algumas flores nascem das sementes. Acho super válido você estar procurando a sua. Pegue, é um presente.

Leuri: Uau, obrigada! — Ela agradeceu pela semente que ganhou de Florence. — Eu acho que depois dos últimos anos, o que preciso é mesmo me redescobrir. Obrigada mesmo, Florence!

    Um pouco mais animada, mas muito pensativa, Leuri deixou a floricultura. Ela ouviu as velhas fofocando sobre Pokemon correndo pela cidade, suspeitando que Carbink se meteu em problemas.

    Voltando à fuga de Marnie e Carbink, os dois aproximavam-se da casa de Magnolia. Carbink viu um Gyarados no lago ao lado da casa e teve a ideia de pular nele, chamando por Marnie e Greedent, que os acompanharam com Purrloin e o bebê Chewtle, sem mais opções.

    O Gyarados os levou até um spot de terra no centro do lago e voltou para a água. Marnie ajoelhou-se com as mãos no coração, eufórica com o que acabou de fazer.

Carbink: Relaxa Mar, agora ela não vai nos alcançar!

Marnie: Não me chame assim!

    Chewtle chegou à beira do lago, parando para encará-los. Todos fizeram caretas enquanto Greedent rebolou e bateu no próprio rabo, zombando dela. Sem se intimidar, ela saltou para a água, nadando muito mais rápido do que andava em terra.

Marnie: Ai que ideia genial... O Chewtle é um Pokemon perfeito para nadar! Nos encurralamos aqui!

    Quando a mãe Chewtle chegou ao spot, todos se juntaram e recuaram até baterem as costas no tronco de uma árvore. Purrloin tomou a frente, desafiando Chewtle, que arregalou os olhos. A gatinha pensou ter a intimidado, mas algo estranho aconteceu. Pequenas nuvens vermelhas se formaram acima do casco da Chewtle, que começou a crescer muito, quase alcançando os Rookidee que voavam no céu, agora preenchido por tons arroxeados.

    A mãe Chewtle ativou o Dynamax sem saber como. Mesmo confusa com o poder que sentia fluindo dentro de si, ela focou em seu bebê atrás de Greedent, rugindo e fazendo a água do lago estremecer.

Marnie: Dynamax na superfície?! — Assustada, ela chegou a Wishing Star em sua pulseira, inativa. — Terei que combatê-lo. Greedent, por favor, ajude — pediu e o esquilo concordou.

    Abrindo sua boca colossal, a mãe Chewtle permite que todos vejam um gêiser se formando, até que dispara num turbilhão d'água do tamanho de uma cachoeira. Carbink encolheu-se com medo, mas Greedent tomou a frente de todos, abrindo os braços.

    O esquilo projetou escudos para todos, assim a água foi refletida, escorrendo para o lago. Ele se ajoelha após desfazer as proteções, cansado pela força que isso exigiu.

Marnie: Purrloin, Fury Swipes!

    Saltando pelo corpo da Chewtle, Purrloin chegou em seu rosto, desferindo múltiplos arranhões.

~Cheeeewww!! — A tartaruga rugiu e uma onda de energia avermelhada aumentou a pressão no ambiente, tornando impossível para a gatinha continuar ali.

Carbink: Eu te ajudo, Purrloin! — Ele formou quatro cristais que orbitaram ao seu redor. Todos rumaram Chewtle, explodindo ao redor dela, mas um atingiu Purrloin sem querer.

Marnie: Purrloin!! — Ela correu e saltou para pegar a gata no ar. — Chega! Já estou cansada de você, pare de me atrapalhar!

Carbink: Mas... Eu quero ser seu amigo! Todas as pessoas gostam de mim, menos você! O que eu te fiz? — Ele perguntou, lacrimejando.

Marnie: Você está me forçando a gostar de você, isso não é natural pra mim! Acha que vamos ser amigos? Então deixa eu te contar um segredo... — Ela cerrou os punhos e sua cor pálida agora estava mais vermelha. — Eu não gosto nada de você e nunca vou ser amiga de uma fada!

    De coração partido, Carbink correu para o meio das árvores. Marnie desfez sua expressão irritada, sentindo-se mal pela forma que falou, mas a batalha ainda estava acontecendo.

    Greedent batia em sua barriga e cuspia sementes das berries que comeu hoje, bombardeando as pernas da Chewtle, mas esta bate os pés no chão, criando uma fissura que engole o esquilo e Purrloin.

Marnie: Não temos como vencer... — Ela abraçou sua Purrloin, olhando para a gigantesca Chewtle que caminhava em sua direção. A regressou para a Pokeball na esperança de protegê-la e ofereceu o mesmo a Greedent, que aceitou ser capturado.

    Um Corviknight com as asas metálicas energizadas surpreendeu Marnie quando criou uma ventania para Chewtle recuar. Em seguida, golpeou com as asas e a Dynamax rugiu de dor. Ela viu uma senhora nas costas do corvo, ficando boquiaberta.

Leuri: Frogadier, amarre-a com a espuma! — Leuri havia nadado pelo lago, agora subindo para a terra.

    Frogadier saltou da água e arremessou pedaços de sua espuma moldados para perecem uma corda, amarrando as pernas de Chewtle, que não reagiu bem e a destruiu com uma só mordida.

    Rodeando-se por sombras, Chewtle derramou lágrimas escuras proporcionais ao seu tamanho. Elas uniram-se e formaram feixes sombrios contra Marnie e os Pokemon, que fecharam os olhos apavorados.

Magnolia: Quanta negatividade essa Pokemon tem... Se eles não estiverem mortos depois desse golpe, vão voltar completamente deprimidos — dizia, montada em Corviknight.

    Leuri e Magnolia observaram a escuridão que prendia Marnie e os Pokemon mudar de cor, ficando rosa e se dissipando em aura para todos os lados.

Marnie: Não morri? — perguntou-se, abrindo os olhos e vendo Carbink levitando em sua frente, com o corpo rodeado por aura rosada, os pelos esvoaçando e os olhar concentrado em impedir um último feixe obscuro de atingi-la.

Carbink: Eu errei, entendi agora que não posso obrigar as pessoas a me amarem! Mas eu vou consertar tudo! — exclamou, aumentando ainda mais o campo de aura e purificando toda a escuridão. Ele faz o bebê Chewtle levitar e o leva até sua mãe, que ganha brilho nos olhos ao vê-lo seguro. — Aqui está o seu filho, Senhora Chewtle! Desculpe por toda a confusão!

    Fechando os olhos e sorrindo ao esfregar suas bochechas gigantes nas pequeninas do bebê, a mãe Chewtle volta a irradiar energia, mas agora reduzia ao seu tamanho normal. Ela saltou para o lago, nadando com seu filho para voltar ao restante dos ovos.

Leuri: Carbink, isso foi incrível! Você conseguiu, meu herói! — Ela ajoelhou-se para abraçar seu amigo, que ainda tinha as orelhas caídas, triste. Marnie aproximou-se com uma mão no peito e um leve rosa nas bochechas.

Marnie: Escuta... Carbink. Definitivamente fadas, rosa e fazer melhores amigos com apelidos em cinco minutos não são parte da minha cena. Mas você fez tudo isso para eu gostar de você, então... Desculpe por tudo que disse. Talvez não seja tão ruim assim. Vamos deixar o tempo decidir, certo, fada?

Carbink: Eu sou muito mais que uma fada, sou o Carbink! — exclamou saltitando, já mais animado. — Tudo bem, Mar!

Marnie: Mas sem apelidos!!

    Rindo de Marnie, Carbink acaba a contagiando, mas ela esconde isso e cruza os braços. Mais tarde, enquanto Carbink mostrava tudo que gravou para Magnolia, ela deixou o celular rolar pela galeria quando o entregou, voltando em vídeos antigos.

"Olá, eu não tenho vontade de gravar nada ultimamente... Eu sinto que ninguém me leva a sério, todos os meus amigos estão sempre esquisitos e se sentindo mal e... É horrível. É horrível tentar em vão que riam e voltem ao normal. O Diego parece cada vez pior, a Leuri cada vez mais distante... Até a Furfrou não tá bem. Talvez se eu controlar esses poderes estranhos de fazer diamantes eu consiga ajudá-los."

Carbink: Esse sou... eu? — perguntou-se, vendo a gravação sua. Ele conferiu a data, não lembrando de nada daquilo. Era de dois anos atrás.

Diego: Hey, Carbink! Quer saber o que fiz hoje? — Ele ouviu a voz de Diego, escondendo o celular rapidamente. O menino havia chegado agora com Sonia.

Carbink: Claro! — exclamou, deixando o celular de lado.

Continua