quinta-feira, 23 de junho de 2022

Capítulo 65: Fazendo arte!

    Há alguns anos, num já conhecido salão de beleza em Wedgehurst...



Leila: Luiz, faz um favor pra sua tia avó e divulga que pintamos cabelo de branco pra depois pintar de preto  falou bem alto enquanto secava o cabelo de uma cliente.  Então, aí estou pretendendo participar do Star Tournament, ganhar uma renda extra, mais visibilidade para o salão, entendeu?


    Enquanto Leila falava com sua cliente, uma pequena Aleíse pintava as unhas de outra cliente, que falava sem parar no celular. Ela se esforçava para fazer direitinho como havia aprendido e uma Pokemon estava ao seu lado, brincando com um pente como se fosse uma espada.


  Oh, Leila, você é mesmo uma artista!  A cliente olhou-se no espelho assim que Leila terminou seu cabelo. Ela abriu uma bolsinha de diamantes e retirou algumas notas, a entregando.  Fique com o troco, minha querida. Muito sucesso na competição, está bem? Torcerei por você, sei que está fazendo por uma boa causa.

Leila: Muito obrigada, de coração.
  Ela guardou o dinheiro, olhando de canto para as duas crianças em seu salão.  Volte sempre, tudo bem?

Aleíse: Ei, Leila... Como você pode ser uma artista se não faz arte?

Leila: O quê?  Riu, guiando outra cliente para sentar de frente para um grande espelho.

Aleíse: Sim! Você 
não pinta quadros ou faz esculturas.

Leila: Bem, eu estou fazendo arte nesse momento.


Aleíse: Hm?  Não entendendo, ela viu a tesoura cortar uma madeixa de cabelo.

    Agora, um floco de neve passava na frente do rosto de Aleíse. Ela caminhava por uma nevasca, tremendo de frio e com dificuldades para enxergar, mas então vê uma estrutura ao longe e corre até ela. Apertou seu casaco de estampa de Liepard e passou no meio de colunas de gesso que marcavam a entrada de uma cidade, conseguindo ver ruas cobertas de neve. Ela limpa os flocos em seus cabelos e passa a mochila para frente do corpo, retirando um panfleto amassado que dizia "Exposição de Arte Unoviana em Circhester."




    Circhester, uma grande cidade ao nordeste de Galar, uma região montanhosa e muito fria de difícil acesso para viajantes. É conhecida por sua arquitetura antiga, edifícios de tijolos com as fachadas cobertas por neve que estavam ali há muitos anos. Snorunt e Snom viviam aos montes por Circhester e as pessoas pareciam gostar da companhia deles.


Aleíse: C-Co-Com li-li-licença, se-senhor.  Ela cutucou um homem, ainda tremendo de frio.


 — Santo Arceus! Você está congelando, menina, e só com esse casaco aberto! Por acaso subiu a montanha enquanto a tempestade ainda está ativa? — chocado, o homem a respondeu, varrendo a neve dos ombros dela. Aleíse assentiu com a cabeça. — Não, não, não! Nesse estado você vai pegar um resfriado ou algo pior, precisa se aquecer!


    Subindo uma longa rampa no centro de Circhester, havia uma estrutura de pilares de gesso com o teto em formato de uma coroa arredonda. Parecia um grande templo aberto com uma gigantesca piscina de água termal dentro, onde pessoas relaxavam. O homem que Aleíse encontrou paga para ela entrar e ela tira os sapatos antes de entrar na água quente, sentindo-se aliviada.


Aleíse: Assim está tão mais quentinho...


 — É ótimo, não acha? Uma grande fonte termal corre sob Circhester, como na lagoa e aqui, na banheira do herói — disse, sentando-se na margem da banheira. — Me chamo Burgh, e você?

Aleíse: Sou Aleíse, mas tenho que agradecê-lo por isso, eu teria virado um Eiscue se ficasse mais algum tempo lá fora!

Burgh: Sem problemas, mesmo. Não poderia deixá-la daquele jeito.

Aleíse: Mas Burgh... — Ela reparou nas paredes, onde as pedras tinham desenhos antigos de coroas e o que pareciam pessoas venerando um rei. — Como assim esta é a "banheira do herói"?


Burgh: É uma história antiga que aprendi assim que cheguei aqui, está gravada nas pedras. O herói que salvou Galar da escuridão curou-se nessa fonte termal, então a nomearam em sua homenagem. Bem, na dos dois heróis, agora que a verdadeira história veio à tona.

Aleíse: Ainda é engraçado que isso seja chamado de banheira, mas a água está tão boa que não consigo pensar em mais nada!

Burgh: Mas o que queria me perguntar, viajante?

Aleíse: Ah!! É verdade! — Ela se levantou na banheira, parecendo preocupada. — Eu vim pela exposição de arte!

Burgh: Acalme-se, ainda tem bastante tempo para vê-la. Então é uma amante da arte, verdade?

Aleíse: Mais ou menos isso... Meu sonho é ser uma artista de verdade! Só que ainda não encontrei a melhor forma de expressar a minha arte, sou só uma cabeleileila, hehe... Me esforcei para vir antes que a exposição acabasse.

Burgh: Atravessou a tempestade para ver a exposição? Ela só vai inaugurar hoje!

Aleíse: Parece loucura, mas sim. Eu sou muito fã dos artistas de Unova, queria visitar o centro cultural de Nimbasa algum dia. Não perderia a inauguração da exposição, né?


Burgh: Haha! É um lugar muito divertido mesmo. Mas se a sua dúvida era como chegar na exposição, deixe que irei com você, também vim aqui só para isso.

Aleíse: Você é muito gentil, Burgh! Tive sorte de esbarrar contigo.


    Deixando a banheira do herói, Aleíse e Burgh seguem pelas avenidas da cidade. Crianças faziam bonecos de neve nas praças e várias pessoas estavam sentadas ao lado de fora de um restaurante que Aleíse conseguiu ler o nome "Restaurante do seu tio Bob", e participavam de um rodízio de massas. Podiam ver o estádio do ginásio para além dos pinheiros, mas pararam antes num edifício com portões abertos onde mais pessoas entravam, todas agasalhadas e várias com câmeras no pescoço.


    Na porta do edifício estava parada uma mulher baixa de corpo robusto, com o rosto pálido e olhos azuis com olheiras profundas. Seus cabelos descoloridos estavam despenteados, mas um gorro escondia boa parte deles.


    Percebendo que a mulher já estava quase caindo em pé, o Pokemon ao seu lado a oferece uma xícara de café. Ela toma rapidamente e sente-se mais disposta. Burgh o reconheceu como um Darmanitan diferente dos que ele costuma ver, já que este tinha os pelos brancos como a neve.


Aleíse: Aquela é a Melony, a líder do ginásio daqui — disse para Burgh, mas então percebeu que ele não estava mais ao seu lado. — Uh?


Melony: Muito bem, meus queridos cidadãos de Circhester. Quero que recebam com uma salva de palmas a inauguração da nova exposição da galeria, dessa vez o tema é arte Unoviana. Meu filhinho, gostaria de falar um pouco sobre esse estilo de arte?


Gordie: Argh, isso é tão chato... E não me chame assim! — Ele também estava ao lado de Melony, mas corou e colocou seus óculos escuros para não ser reconhecido, o que não funcionava muito.

Melony: Eu considero o estilo Unoviano emblemático, já visitei a região e é possível encontrar artistas em todos os lugares, até mesmo os jardins e parques são planejados artisticamente. Enfim, é bom deixar claro que arte é um conceito grande e a exposição de hoje focará mais em artes visuais. Preparem-se para quadros belíssimos vindos de Unova, de pintores renomados! Fotografia, escultura, cinema! Teremos de tudo um pouco!

    A porta do edifício se abriu e Melony entrou com Darmanitan e seu filho. Aleíse não encontrou mais Burgh, mas seguiu as pessoas. Os corredores da galeria também eram em pedra, mas logo chegaram numa parte onde estavam cobertos com mantos escuros para dar um visual mais original à exposição dos quadros, também iluminados nas molduras.



    Aleíse via quadros esquisitos que não entendia bem, como várias pinceladas de cores diferentes, mas as pessoas pareciam compreender melhor e comentavam o quanto tinham conceito. Melony pediu que as fotos fossem sem flash e todos obedeceram, focando-se nas descrições de cada quadro. Aleíse não conseguiu achar um lugar para ver direito, então se afastou e contemplou uma fotografia em exposição, onde um Sawsbuck e um Deerling de inverno cediam abrigo para um Furret e um Snorunt se protegerem do frio.

Melony: Esta é uma fotografia tirada em Unova, nas proximidades de uma cidade chamada Icirrus. Foi nomeada como "Estendendo a mão".

    Sorrindo ao ver a foto, Aleíse sentiu que coração ser aquecido por ela, mesmo que se tratasse de uma cena de inverno.


    Outros quadros eram apresentados, um sendo chamado de "Emoções de uma pedra", onde olhos de plástico foram colados em pedregulhos e era possível decifrar emoções só os vendo. Aleíse lembrou-se de Carbink e o imaginou no lugar das pedras. Seguindo pela galeria, também viu esculturas de dragões, um quadro em branco que não entendeu o que tinha nele, mas algumas pessoas até choraram ao vê-lo. 


Algumas pessoas pararam numa sala de cinema mudo onde era exibido um filme com atores de Unova. Um deles era conhecidíssimo, Brycen, e Aleíse descobriu que o filme abordava o período em que aquela região se recuperou de uma guerra civil e estabeleceu malhas rodoviárias para facilitar o deslocamento pelas cidades, o surgimento de indústrias e as consequências para o trabalho manual.


Melony: Está gostando, meu filhin... Gordie? — corrigiu-se, se segurando no braço de seu filho. — Eu gostaria de ter mais tempo para viajar e voltar a visitar os belíssimos lugares de Unova.

Gordie: Me solta, mãe!

Melony: Oh, vamos continuar a exposição para a parte que mais estou ansiosa!

    Abrindo cortinas tingidas de tons destoantes, Melony guia um grupo de visitantes, incluindo Aleíse, por um corredor que alargava e estreitava pelo caminho. Chegaram até uma sala de paredes verdes manchadas de tinta, com quadros por todos os lados e uma parede coberta. Aleíse se impressionou, mas então avistou Burgh, acenando para todos.


Melony: Meus queridos, este é Burgh, um artista famoso da capital de Unova, Castelia! Todos os quadros nessa sala foram feitos por ele, mas foquem-se na surpresa que vem agora!

Aleíse: A-Artista famoso?! — Ela não escondeu a surpresa e Burgh riu baixinho, percebendo.


Burgh: Boa tarde para todos! Como fui bem apresentado por Melony, não tenho muito o que falar ao meu respeito, mas já sobre Castelia... Gostaria que soubessem que a cidade orgulha-se de seus muitos museus e galerias de arte! Minha filosofia diz que arte é para qualquer um que quiser desfrutá-la, por isso toda exposição que apresente aspectos da cultura de outra região é sempre bem vinda e terá meu apoio. Castelia é assim, até mesmo nas comidas! Temos um restaurante de pratos Galarianos por lá.

Melony: Unova também tornou-se o centro de artes do mundo, estou certa?

Burgh: Precisamente. Renovamos nossos estilos, manifestamos nossa autonomia, originalidade e liberdade criativa a todo o tempo! E foi num dia que me peguei pensando em tudo isso que decidi trabalhar em um novo projeto... Com vocês, a sala do mel!!

    A parede é descoberta e todas as pessoas se chocam ao verem que tratava-se de uma parede de mel. Aleíse deu um passo a frente, admirando. Gordie fotografou, rindo sozinho das curtidas que receberia.

Burgh: Arte interativa... É um novo passo! É original! É sensacional!! Proponho a todos um desafio para os amantes da arte! Encontrem um jeito de atravessar as paredes de mel e desfrutem de minha mais nova obra!

    As pessoas se animam e liberam Pokemon para ajudá-las, enquanto Burgh senta-se ao lado de Melony num banco, cruzando as pernas. Ele percebe que ela fechava os olhos para dormir, mas Darmanitan a cutucou e a entregou uma xícara de café.


Aleíse: Vamos ver, como faremos isso, Lurantis?

~Luraaa... — Ela vê um homem tentando empurrar a parede, mas ficando grudado nela.

Aleíse: Deve ter um jeito de atravessar sem ficarmos grudadas! — Analisava a estrutura, olhando bem de perto para o mel escorrendo.

 — Cuidado com o sapato — disse um garoto e Aleíse afastou-se, percebendo que quase pisava em mel.

Aleíse: Obrigada, gato! Hm... Eu não já te vi antes? Você tem uma cara de Julio!


Julio: Meu nome não é Julio, é... — Antes que pudesse responder, outro cara enfia a cabeça na parede de mel, gritando por socorro.

Burgh: Leavanny, ajude-o!


    Deixando uma Pokeball do cinto de Burgh, uma Leavanny salta para fora e tece uma corda de seda, amarrando-a no corpo do homem e o puxando para fora do mel.

Aleíse: Certo, Julio, qual é a sua ideia para não ficarmos com mel nos ouvidos?

Julio: Veja isso! — Ele levantou duas Pokeballs.


    Um Zangoose e um Whirlipede deixaram as Pokeballs e Burgh ficou interessado, olhando para ele. As unhas do primeiro pingavam tinta roxa e ele arranhou a parede de mel, deixando a cor.

Aleíse: Tinta, sério? O que pretende fazer?

Julio: Psicologia das cores! O roxo estimula criatividade e força, e meus Pokemon são mais sensíveis a estímulos visuais.

    Concentrados, os dois Pokemon passam a atacar a parede de mel. Whirlipede rola contra ela, abrindo uma brecha, então Zangoose jogava o mel para fora suas garras.

Aleíse: Impressionante... Lurantis, use... — Tentando pensar em algo, nada vinha a sua cabeça, até que os Pokemon derrubaram a parede e o mel escorreu pelo chão.


Burgh: Muito bem! Como pensou nisso?

Julio: Whirlipede foi a criatividade, usando a velocidade para a parede ceder. Zangoose foi a força para que a derrubasse!

Burgh: Muito esperto, mas ainda não resolveu.

    A sala começou a tremer e Melony acordou de um cochilo. O mel que escorria pelo chão voltou a se aglomerar, formando novamente a parede.

Julio: O quê?!

Burgh: Vamos lá, verdadeiros artistas se entendem ao não se entenderem!

Aleíse: Gato, isso não fez muito sentido...

Burgh: Acredite, fez sim. — Ele piscou para ela.


    Aleíse e os outros voltaram a tentar lidar com a parede. Lurantis formou uma tempestade de pétalas que perfuraram a parede, mas esta logo se preencheu com mel. As outras pessoas encontravam formas de derrubá-la de novo, mas sempre se regenerava. 

Aleíse: Não tem como... Nem a parede eu consigo derrubar!

Julio: Não consigo entender, mas sou um artista também, não sou? Eu faço autorretratos...

Aleíse: Não tenha uma crise agora, você é um artista sim! Eu é que só sei cortar cabelos, não entendo de nada disso!

~Luraa? — Lurantis se aproximou dela após outra sequência de pétalas.

Aleíse: É... Mesmo fingindo que entendo, estou perdida nessa exposição! Sério, o que era aquele quadro em branco? Não vou engolir que aquilo tenha sido o trabalho de alguém famoso!


Gordie: O legal de uma tela em branco é que pode preenchê-la com o que quiser — falou sem deixar de mexer no celular, mas então percebeu que todos olhavam para ele. — O que foi? Eu vi isso na internet, continuo nem aí pra essa besteira.



Aleíse: Mas eu não sei o que eu vou usar para preencher a minha... — Corando, ela cruzou os braços e seus cabelos caíram sobre o rosto. Ela resmungou algo e assoprou para cima para afastar os cabelos. — Cabelos estúpidos... Estão muito longos, eu deveria... cortar.

    Percebendo algo, ela olha para cima, vendo a parede de mel se estendendo até quase o teto, mas havia um espaço entre eles. Ela pega a tesoura que levava no bolso, onde sua Wishing Star estava presa, e a abriu, vendo o rosto de Lurantis refletido em uma das metades enquanto o seu estava na outra.

Aleíse: Cortar... Eu entendo de cortar cabelos!

Julio: Sim, eu entendi essa parte, você repetiu algumas vezes...

Aleíse: Não é isso! De onde o cabelo nasce?

Julio: Da raiz?

Aleíse: Exato! Se continuarmos só derrubando a parede de mel, ela vai continuar voltando logo. Mas se formos na raiz... — Ela aponta para a parte entre o teto e a parede. Burgh abre um sorriso, jogando os braços para trás da cabeça. — Lurantis, use Solar Blade!


    Saltando, Lurantis abre seus braços, buscando por energia solar, o que demoraria algum tempo, mas uma espada de luz começava a ganhar forma. As pessoas afastaram-se, fotografando, e Julio e seus Pokemon também estavam surpresos.


Aleíse: Lurantis, faça o corte da vez!


    A espada de luz se duplica nas mãos de Lurantis e as duas se unem, formando uma tesoura. A luz reflete no olho da Pokemon, que corta a parede de mel pelo espaço que a prendia no teto. Todo o mel despenca em cima das pessoas, mas Burgh abre os braços para recebê-lo, adorando. Aleíse enxuga o rosto e então espera alguns segundos e nada da parede se regenerar.

Aleíse: Nós conseguimos? Mas como?


Burgh: Porque você já é uma artista, não percebe? — perguntou, aproximando-se dela entre os aplausos. — Aí está a sua forma de fazer a sua arte!

Aleíse: Fazendo... cortes? — Ela olhou para o que tinha atrás da parede, um belo quadro pintado por Burgh, onde uma Butterfree deixava o casulo de Metapod e voava para o céu.

Burgh: Para Caterpie ganhar asas e voar, precisa rasgar o casulo quando estiver preparado. Vocês vão amar ouvir tudo o que está por trás dessa obra! Escutem, ela...

    Enquanto Burgh falava sem parar, Aleíse olhou para a imagem da Butterfree voando, parecendo estar sorrindo. Ela segurou na mão de Lurantis e também sorriu, feliz por ter percebido mais do que a solução para o desafio da parede de mel.


    Quando a noite chegou em Circhester, Aleíse estava com Burgh na praça principal da cidade, onde também havia uma fonte de água termal para Pokemon. Um taxi Corviknight chegou e pousou próximo deles.


Burgh: Foi um prazer conhecê-la, Aleíse. Não pudemos conversar tanto, mas preciso mesmo ir, amanhã terei a Copa Elesa para participar em Sinnoh.

Aleíse: Elesa, a Mestre de Cerimônias de Nimbasa?! Você também é um Coordenador? Burgh, quanto talento!

Burgh: Haha! Mas guarde as palavras que a disse e o que contei sobre Castelia. Continue se reinventando e conheça de tudo um pouco, não se feche para para só um conceito, está bem? — Ele aperta a mão da garota, que sente algo sendo deixado na dela. O homem pisca e sobe no táxi, acenando.

    Indo para além das montanhas onde não nevava, Corviknight logo desapareceu no céu. Lurantis cutucou Aleíse, que abriu sua mão, vendo um cartãozinho de papel.


Aleíse: "Ginásio de Castelia, visite o ateliê de Burgh" — leu, rindo em seguida, surpresa. — Um pintor, um Coordenador e um Líder de Ginásio... Acho que entendi o que quis me mostrar, Burgh. Obrigada.

~Luraaa! — A Pokemon abraçou Aleíse, que correspondeu, rindo com ela. Ambas estavam motivadas de novo.

    Mas em outra parte da cidade, Melony estava debruçada na janela de sua casa, vendo poucos flocos de neve caindo.


Melony: A tempestade está passando... Bem, isso significa mais trabalho.

~Doraaamanitan! — Darmanitan levantou uma cafeteira e Melony suspirou, fechando a janela.

Continua

3 comentários:

  1. Mais um capitulo que eu amei <3
    Um capitulo digamos mais focado na Aleíse, apesar que tivemos um foco em outros personagens durante o capitulo.
    Burgh, velo aqui bateu uma nostalgia ainda que recentemente BW2 fez 10 anos, sem querer querendo acredito não deixa também ser uma pequena homenagem a BW2 e Unova.
    Aleise e Burgh fui legal ver os dois conversando gostei mesmo e parece que ele tá conhece bem a história de Galar, história que agora é falsa por que os topetudos estão mudando ela XD
    E ai temos a exposição da arte de Unova organizada pela Melony ouvi dizer que eu treinador de Pallet foi desafiar ela :v mas voltando pro capitulo conseguimos conhecer um pouquinho sobre ela, uma pessoa boa e gosta bastante do filho que não gosta se ser chamado de filhinho e que Melony gosta de arte e que já fui para Unova. Adorei as referências aos jogos de Unova :3 a parede de mel, foi que bateu uma nostalgia daquelas e ai tivemos o desafio de atravessa-las e aqui reencontramos o Julio esse fazia tempo que eu não via, mas faz todo sentido ele estar aqui. Aleise que conhecer um artista e saber sobre o que é ser um Artista mas ela nem sabia que ela já é um artista que faz sua arte ao cortar os cabelos. E Burgh o cara é tudo um pouco, pintor, um Coordenador e um Líder de Ginásio e com certeza a Aleise vai experimentar outras coisas, no caso outros tipos desafios além das batalhas de ginásio que sabe ela se arrisque com Coordenadora ou se torne uma líder ginásio e que se abrem muitas portas e possibilidades sobre o futuro da Aleíse na fanfic. Como falei antes, eu amei capitulo, estava muito bom, muito mesmo :3 será que tem mais capitulo hoje ? :v será que vai ter musica no fantástico?
    Disso eu não sei, só sei que estou ansioso pelos próximos :3 continuaaaa o/

    ResponderExcluir
  2. Esse capítulo me lembrou como tenho saudades de história das artes... deve ser das poucas coisas que gostava naquela escola... mas enfim, eu amei o capítulo e adorei a forma como foi revelando aos poucos a cidade de Circhester a introduzindo no seu world build.
    Na parte da fonte termal já deu para ter uma noção que a nova narrativa dos dois heróis está pegando bem, Marnie vai se irritar com isso e rebentar a cidade... oh well, também só tem Snoms e como você diz, eu as odeio... mentira, amo aquele bicho, não mate a Snom, Davi!
    Gostei bastante das referências durante a exibição, as duas das paredes pintadas e sala de mel sendo as duas fases do ginásio de Castelia em BW2 e BW1, demorei séculos também da primeira vez que joguei BW a conseguir perceber como funcionava esse ginásio, mas adorei a criatividade nele e de como o usou como desafio para a Aleise. Também foi bem esperto usar o Julio aqui, ele é um artista e ligou muito com esse capítulo.
    Aleise é muito fofa conhecendo que há diferentes formas de fazer arte, como Burgh disse, ele é gym leader, coordenador, pintor e provavelmente organiza paradas LGBT onde dança vestido de Carmen Miranda... #PRIDE mas enfim... se o Siebold aparecesse e falassem que treinar Pokémon não é arte, ele surtaria completamente, por isso que respondo sempre que não é antes de varrer o chão com ele...
    Gostei da metáfora com a tela em branco, Gordie parece perceber bastante de arte e do que fala, mesmo continuando rejeitando o amor da sua mãe e ficando nas redes sociais como um mimadinho... se a Melony quiser uma filha, eu estou aqui prontinha para sentar no colo dela e receber miminhos... just sayin'
    Melony também não parece muito entusiasmada em batalhar no ginásio, parece alguém cansada e que precisa urgentemente de descansar, mas imagiino que o filhinho mimado dela não faça nada sozinho, deve mandar a mãe trazer o lanche ao quarto porque nem se digna a se levantar daquela cama e fazer algo da vida... ela não parece ter pulso nele e ele não deve fazer nada da vida, então é ela sozinha a sustentar a casa e os vicios do filhinho, com certeza teremos mais dessa relação e espero que Melony o expulse de casa se ele não arrumar emprego.
    Mas voltando à Aleise, amei como ela se desenvolveu nesse capítulo, ela é sim uma artista e finalmente percebeu o que Leila a disse todos aqueles anos atrás sobre fazer sua arte, agora é a vez dela fazer a dela e imagino que Unova esteja nos seus planos quando o desafio de Galar terminar
    Amei esse capítulo <3

    ResponderExcluir
  3. Hiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
    Mas é artista? O.o
    Eu adorei esse capítulo e o achei muito leve, finalizamos o arco chewtle com um gostinho de possibilidades sendo abertas agora que chegamos a uma cidade mais afastadas e ai FINALMENTE um capitulo solo da aleíse, eu acho que aleíse é minha personagem preferida dessa fanfic, dos novos/originais que trouxe e até hj me lembro de chorar quando ela saiu em jornada.
    O.o Mas é artista?
    Achei muito simbólico e ao mesmo tempo que vc não se atem ao fato dela estar tão deslumbrada por ver o mundo e sim numa espécie de auto-sabotagem quanto ao que é ser um artista, é certo que arte é relativa e existem muitos tipos de arte e eu mesmo saboto muito a minha própria arte e me vejo um pouco em aleise na relação que tenho com os meus desenhos, pois eu não me considerava um artista por falta de técnica, com o tempo, apesar de considerar que é necessário uma técnica passei a ser mais "flexível" comigo mesmo e a gostar um pouco mais do que produzo.
    Mas ela é artista O.o?
    eu achei muito lindo e simbólico o momento em que Aleíse percebe que seus cortes também são arte, e que é a forma como seu coração traduz e eu gosto do objetivo dela de se tornar "uma artista de verdade" e o quanto essa frase carrega não só possibilidades como preconceitos dentro dela e isso é discutido ao longo dos capítulos.
    E é Artista? O.o
    Adorei como trabalhou o lado de Unova e deu um contexto maior para região, Melony foi muito fofa e vívida, mas parece esgotada de tanto ter que trabalhar e cuidar da cidade me deu uma pena por ela enquanto gordie parece um eterno adolescente que não conseguiu sair de perto da mãe e a rejeita, mas ao mesmo tempo se importa um pouco com arte, oq eu particularmente gosto e estou mais curioso para saber de melony e sua relação perigosa com café.
    Mas é artista? Ô.o
    Burgh foi uma adição interessante ao capitulo, o conheci em celestial no que acho que seja uma prequel desse capítulo e é muito interessante vê-lo, sua arte e adoro que ele se relacionou com Aleise e Lisia que tem visões, histórias e percepções diferentes, gostei do final e achei muito fofo os conselhos que ele dá a Aleise.
    O comeback do julio ali como se ninguém fosse perceber, será que esse menino foi humilhado de novo.
    Amei o capitulo de aleise e espero muito que ela ganhe uma luta solo nesse arco, pq sou muito curioso pelo estilo de luta dela, pokemons e motivações estou muito curioso para saber se ela enfrentará melony num combate, de todo modo, parabéns pelo capítulo eu adorei <3

    ResponderExcluir