sábado, 8 de junho de 2024

Capítulo 115: A chave.



Hm-hm-hm-hm-hm
Hm-hm-hm-hm-hm

    Uma canção murmurada mas tão singela fazia belas flores azuis dançarem num extenso jardim que perdia-se no horizonte, sobreposto por um nevoeiro levemente rosado, alternando em sua espessura quase esfumaçada.
    Uma silhueta feminina de longos cabelos castanhos estava deitada no gramado. Aos poucos foi se mexendo, como se ganhasse consciência. Passeou delicadamente uma das mãos entre as flores, sem danificá-las.




    Colocando-se de pé, lembrou-se de quem era; Leuri. Num corpo adulto, usava o colar e as roupas que sempre apareciam quando estava se conectando com Xerneas. Ela deslizou as mãos pelo rosto até seus braços, envolvendo-se num abraço e abrindo levemente a boca. Ciente de quem era e onde estava, ela relaxou o corpo, olhando para a distância do nevoeiro de Fairy Aura. Ainda ouvia a canção enquanto seus cabelos balançavam junto às flores.



Hm-hm-hm-hm-hm
Hm-hm-hm-hm-hm

    Leuri escuta a música ficando mais próxima dela e, em reação, as flores passam a abrir e fechar, unindo as pétalas ainda como numa dança. Ela vê algo reluzindo entre o nevoeiro, chegando mais perto até passar por ela, a dando um pequeno susto. Era uma fadinha com os cabelos divididos para os lados, caídos como partituras de um belo tom ciano. Ela que cantava aquela canção e, sem parar por um segundo sequer, sorriu para Leuri, inclinando a cabeça para o lado como se pedisse para segui-la.



    Leuri acompanhou a fadinha em meio às flores, não pisando em nenhuma. Mesmo no caso de ter a intenção de pisar, talvez não conseguisse. Já esteve nesse lugar antes e sabia o que eram aquelas flores delicadas, cada uma correspondia a uma forma de vida no mundo mortal. Todos os seres tinham uma que as representava, e enquanto elas dançassem com a canção, a vida destes continuaria.
    Em dado momento, Leuri parou de andar, esticando um braço. O nevoeiro afastou-se, e no fundo havia uma árvore com os galhos coloridos onde Xerneas se manifestava na forma de um veado com os longos chifres acesos e ramificados como galhos. Seu trono de flores estava vazio, recostado na árvore, enquanto ele aparentava apreciar a vastidão daquele jardim.
    A fadinha que cantava deu algumas voltinhas ao redor de Leuri antes de se despedir com um aceno, levando sua canção para outros cantos. Já de braços cruzados, Leuri caminhou na direção da divindade.

  O que que você quer comigo agora, hein Xerneas?  Foi sua primeira pergunta, que fez a divindade abrir os olhos, virando-se para ela com toda a sua grandeza. Apesar disso, ela não mudou sua postura.


  Não nos encontramos dessa forma há algum tempo, Leuri.  Sua voz reverberava com uma serenidade que encontrava Leuri em seu interior. Sentia seus batimentos cardíacos mais fortes a cada palavra. — Mas deve imaginar que estou sempre te acompanhando. Acompanho, afinal, cada uma dessas vidas em Arcadia...

  Responde logo a minha pergunta
  Leuri interrompeu quando Xerneas abaixava a cabeça, encostando a testa nas flores.

  Sabe que tolero, mas não queira ter um deus irritado com você. Os outros não são tão simpáticos como eu.

  Simpatia pura...  Ela revirou os olhos.

  Acredite em mim, estamos do mesmo lado nessa guerra.

  Guerra? Fala de Eternatus?  sua pergunta agitou o ambiente, escutando uma trovoada.

 — Não posso interferir tão diretamente
  Xerneas olhava para o alto, como se tentasse se explicar.  Mas você tem ao seu lado alguém que pode te ajudar a vencer.

    Leuri não entendeu bem o que Xerneas estava dizendo, quando uma flor chegou ao meio deles, vinda flutuando do jardim. Diferente das outras, tinha as bordas das pétalas rasgadas.

  Meu neto que tornou-se mortal... Sua vida corre o risco de deixar Arcadia. Te entreguei algo que vai fazê-lo recuperar sua esperança.

  E quem é o seu neto?  Leuri quis saber, mas Xerneas fechou os olhos. De algum jeito, ela sabia que ele estava sorrindo e que também não responderia.


  Gostaria de poder mostrá-la um pouco mais do meu reino, mas fica para uma próxima vez.  Xerneas acendeu com mais intensidade os seus chifres, criando um clarão colorido que encobriu Leuri.



  AAAAH!  Em Spikemuth, Sonia saía do grande hotel, ainda de pijama.  Mas não se pode nem dormir mais?

    Sonia estava irritada, mal conseguiu descansar depois de tanto trabalhar para desenvolver a máquina Cramorant. Com uma mão acima dos olhos, desacostumada com a claridade, ela olhou para cima, vendo o teto da cidade rachado e o céu vermelho aparecendo. Ficou séria quando percebeu que algo havia acontecido, e correu pela rua, vendo o asfalto rachado, a antiga casa de Marnie envolta por partículas Dynamax e Obstagoon com Piers no colo, sentado no meio-fio. Ela levou uma mão ao coração, apreensiva, quando avistou Diego de joelhos, olhando para o buraco no teto.

  Diego...  Não sabendo o que falar, Sonia aproximou-se dele, aproximando a mão de seu ombro, mas antes que pudesse tocá-lo, ele olha para baixo.


  Marnie sozinha tem força para fazer tudo isso... Nós não conseguimos nos organizar para enfrentá-la depois que ela derrubou a Leuri. Agora, a maior parte dos núcleos está machucada e ainda nem estamos perto do altar.

    Sonia olhou ao redor, verificando o que ele disse. Uma parte do asfalto estava completamente amassada, com Tyrantrum caído e recebendo carinho de Nia em sua testa. Bede e Katie ajudavam Raihan, que estava com o pé inchado após cair numa das rachaduras de Marnie. Os monarcas também estavam com os blazers rasgados e arranhões pelo rosto.


  Diego, Sonia!  Rose veio correndo até eles, parando e levando as mãos aos joelhos, sem fôlego.  Venham... Leuri está segura.


    Os dois acompanharam Rose até os fundos do grande hotel, de onde ouviam o burburinho dos Meltan. Os Pokemon elétricos iluminavam o ambiente, enquanto Leuri estava deitada numa cama, desacordada e com um pano húmido na testa, sendo vigiada por Inteleon. Ao redor dela estavam Cynthia, Leon, Diantha, Carbink, Golett, Hop, Rattata e os Meltan.

  Sonia!  Leon agarrou sua namorada, a dando um beijo preocupado antes de abraçá-la com força, não quero soltá-la.


  Ela tem murmurado coisas...  Carbink contou para Diego, que aproximou-se da cama.  Falou o nome de Eternatus... E de Xerneas.

  Sinto sua aura adormecida.  Os olhos de Diego escureceram por completo durante alguns segundos. Aproximou sua mão pálida de Leuri, recolhendo um pouco da Fairy Aura que desfazia-se rapidamente.  Rapidash, por favor!



    Deixando sua capsula, Rapidash logo acende seu chifre. Suas crinas esvoaçam e ela fecha os olhos, canalizando a aura de Leuri. Terminando de traduzí-la, emite um pulso de cura colorido em tons pastéis que faz a menina se remexer.


  Ahnnn... Marnie...  Leuri começou a dizer, abrindo os olhos aos poucos.  Aonde ela foi?

    Mesmo com a visão ainda turva, Leuri percebeu as expressões nos rostos de seus amigos, não muito boas. Ela esfregou os olhos e sentou-se, deixando cair o pano húmido. Pegou a Pokeball de Frogadier, verificando que estava bem dentro dela, e levou uma mão por baixo da franja, mantendo-a levantada enquanto pensava.

  Acham que Calyrex vai falar sobre a Wishing Star?  Bede perguntou e Leuri levantou uma sobrancelha, entendendo que o antigo deus da abundância havia sido levado por Marnie.

  Não dá para confiar nele!  Diantha lembrou.  Acho que é questão de tempo, em algum momento ele vai nos entregar.

  Se já não o tiver feito...  Leon ressaltou.

  Nós já estamos expostos  Cynthia interviu na discussão.  Não tem mais lugar seguro. Precisaremos lutar, então vamos colocar o plano em ação mais cedo do que pretendíamos.

    Oleana chegou puxando o carrinho de mão com a máquina Cramorant em cima, acompanhada por Cloyster. Ela olhou apreensiva para Sonia, que respira fundo, prendendo o cabelo num rabo de cavalo.

  Bom, vamos para a floresta, então  ela disse.  Mesmo que divididos.


  Vocês podem ir, mas eu vou atrás da Marnie.  Leuri levantou-se, se apoiando em Inteleon.

  Ela disse que saberíamos onde encontrá-la, então deve estar na Torre Obscura  Diantha sugeriu, mas Leuri negou com a cabeça.

  Não... Ela não está lá. 
Marnie parece estar agindo sozinha e agora que tem Calyrex, vai levá-lo onde possa deixá-lo mais vulnerável. Ela foi para a Crown Tundra.

  Claro que tinha que ir para a Tundra...  Rose bateu na própria testa. Odiava aquele lugar.

  Diego e Carbink, vou precisar que me ajudem  pediu aos dois, que assentiram.

  Vocês.  Cynthia chegou perto de Rose, Oleana e Cloyster, que engoliram em seco.  Avisem aos demais pela cidade que nós vamos para a floresta. Descansem, se recuperem, sejam nossa retaguarda. Vamos precisar de todos, mas precisam estar bem.

     Rose sorriu como resposta, feliz que contavam com ele. Oleana também concordou, mesmo nervosa, sabia que reuniria confiança para administrar aquilo. Cloyster chegou perto de Rattata, combinando com ele que estaria disponível para manter os Meltan em segurança.


  Perrserker, meu amigo  Rose chamou pelo felino viking, que deixou sua Pokeball e veio abraçar suas pernas.  Você é corajoso e forte, bem mais do que eu. Por favor, cuide da Leuri na tundra, por mim.

  Prrrrnyah!  O gato fez sinal de positivo.

    Assim estava decidido. Do lado de fora da cidade, todos se reuniam, desejando sorte uns aos outros. Bede segurou nas mãos de Hop, o dando um selinho antes dele partir com Sonia, Cynthia, Leon e  Diantha para a floresta, esta última que abraçava emotiva Klara e Harley com sua perna quebrada. Raihan também encorajou seu casal de amigos, e os três abraçaram-se.
    Grace alisou o rosto de Leuri, a dando um beijo na testa para se despedir. Camille também acenou com sua mãozinha, enquanto Aleíse e Nia a desejavam força. Diego e Katie apertaram as mãos, confiantes que daria tudo certo, e Mustard e Kubfu o aprovaram com a cabeça. Perrserker também despediu-se dos que seus amigos mais próximos, Sweetie Pie, Honey, Hatterene e Heliolisk, e ainda foi abraçar Raihan, mas terminou pisando em seu pé inchado.
    Despedidas concluídas, Leuri levantou uma cenoura, atraindo Glastrier para perto. Ela montou nas costas geladas dele, e Perrseker agarrou em sua cintura quando o cavalo começou a correr para o céu. Golett transformou-se em Golurk, os acompanhando, voando com Carbink e Diego em seus ombros.



    Vendo os grupos partindo, Espadarnaldo e Escudoberto, mais distantes dos outros, também desejavam em silêncio que tudo desse certo, começando a criar esperanças naquelas pessoas. Do mesmo jeito, Obstagoon levava uma xícara de chá até a boca, mas não bebeu nada, então percebeu que estava rachada por baixo e uma lágrima rolou por seu rosto.


    Viajar com Glastrier e Golurk era muito mais rápido do que fazer toda a transferência do trem para o taxi aéreo de Corviknight. Em pouco tempo, sobrevoavam os altos picos nevados que compunham o cenário branco da Crown Tundra, mesmo que este estivesse arroxeado, refletindo os tons do céu. Muitas árvores secas e pinheiros estavam derrubados por conta dos Pokemon em Dynamax. Passaram com cuidado por um Omastar gigantesco adormecido, e viram um Mamoswine coçando as costas esfregando-se numa montanha.


    Leuri estava decidida a chegar até o Santuário da Coroa, mas o local era encoberto pela magia de Calyrex. Da última vez, precisou atravessar um túnel cheio de ramificações, construído para aprisionar as bestas inimigas de Calyrex, como Poipole que só escapou graças à Marnie. Os caminhos pareciam todos iguais e isso dificultava para que encontrasse uma direção, quando um Fire Blast foi direcionado para o céu e o calor a chamou atenção.

  Prrrr!  Perrserker apontou para algo na neve e Glastrier e Golurk desceram sob instruções de Leuri e Carbink.


    Era um Heatmor, que acenava para eles, tendo disparado o Fire Blast para que o encontrassem. Leuri estreitou os olhos, o reconhecendo, quando viu ao seu lado...


  Pesquisadora Michelle!  Leuri exclamou, saltando das costas de Glastrier e o entregando uma cenoura inteira para ele se entreter.

  Prrrrnyah!  Perrserker foi cumprimentá-la, balançando os braços.

  Quando reconheci vocês no céu, não acreditei, parecia um milagre!   Ela se aproxima, sorrindo.


  A Michelle... Caramba, quanto tempo...  Diego reparava na mulher, vestindo seu jaleco branco como sempre.


  Foi essa que te forçou a beijar ela só para se vingar da Leuri ter vencido uma batalha?  Carbink quis saber e Diego corou imediatamente, torcendo para a garota não ter ouvido.

  N-Não! Ela é a atual Presidente da Devon, já nos ajudou muito em várias ocasiões há alguns anos atrás.

 — E talvez possa ajudá-los novamente  Michelle conseguiu a atenção deles.  Mais cedo, eu vi Marnie cavalgando em Spectrier pelo céu. Imagino que vieram atrás dela, posso apontá-los a direção.

    Se Michelle viu para onde Marnie estava indo, provavelmente conseguiria levá-los até pelo menos a entrada do túnel. Leuri viu a oportunidade e aceitou a ajuda, então o grupo a acompanhou por terra.


  Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas.


    Nas ruínas do que um dia foi o estábulo chamado de Santuário da Coroa, Calyrex se lamentava enquanto Spectrier estava parado ao lado dele, com as crinas esfumaçando como de costume. Marnie já perdia sua pouca paciência, vendo-o enfeitiçando um pilar de gesso para tentar reerguê-lo, mas falhando.


  Você não vai dizer com quem está a Wishing Star que preciso?  Marnie perguntou pela última vez, recostada na base da grande árvore do santuário, coberta de neve e refletindo os tons de roxo.

  Não vou, não adianta tentar!  Calyrex levitou para cima de Spectrier.

  Mesmo se eu cortar essa árvore horrorosa?
  Ela iluminou sua Wishing Star corrompida, ameaçando.


  Pois faça o que quiser, essa árvore não tem mais significado para mim.  Ele fechou os olhos, segurando nas rédeas de Spectrier. Marnie bufou, caminhando até ele.


  Ele não vai obedecê-lo  disse, dando um empurrão em Calyrex, que cai na neve.  Não é forte o suficiente.

  Como ousa?  Ele esfregava as costas, voltando a levitar.

  Você é patético... Deveria ser um deus, mas não serve mesmo pra nada.


  ...  Calyrex encara a garota, que bufa, jogando as mãos para trás da cabeça. Ele cerra os punhos, mas tudo que consegue é fazer uma florzinha surgir por baixo do pé de Marnie, que a esmaga.  Você não é a primeira a me dizer algo assim. Não me afeta.


 — Bom saber que não fui a primeira  ela disse, estendendo um braço para frente, começando a amontoar partículas Dynamax pelo ambiente.



  Uh?  Sentindo algo estranho, Leuri olha para cima, vendo as nuvens de Dynamax se concentrando numa parte da montanha.  É para lá! Estamos na direção oposta!


  Não, eu tenho certeza que é por aqui  Michelle disse, dando um sorriso de lado.  Confiem em mim... Haha!


  Ela está nos atrasando de propósito.  Diego entendeu, mas percebeu Perrserker atiçado com a sombra da Pesquisadora.  Revele-se de uma vez!


  Ihihihihi!  Saindo da sombra de Michelle, Poipole rodopiou gargalhando. De seus ferrões, um líquido roxo era expelido, circulando a mulher e Heatmor.  Wuuuh! Vocês me descobriram! Assim não é divertido!!


  Poipole estava os influenciando?!  Ele saltita para trás, assustado com a besta que brincava com ideais.


  Só precisávamos atrasá-los.  Paula revelou-se, passando ao lado de Leuri, que percebeu e tentou chutá-la. Se não fosse a menina se mover tão rápido, teria acertado, mas só jogou neve pra cima.  Quase!


  Eu sei quem você é! Pare de joguinhos conosco, Eternatus!!  Leuri gritou para a garotinha, que escondeu o riso infantil com as mãozinhas.

  
É surpreendente o quão longe vieram por aquele imprestável do Calyrex... Ele ficaria orgulhoso de vocês.

  Aquele imprestável te derrotou e te prendeu por mais de um milênio  Leuri debochou e Paula franziu a testa enquanto Poipole ria.  Tá rindo do quê? Você também tava mofando naquele túnel!

  Humph!
  Poipole a mostrou a língua.

  
Zombe o quanto quiser, mas não tem como você fugir.  Paula disse, e ia levantando as mãos quando Diego correu na direção dela.


  Woobat, Heart Stamp! Carvanha, Scale Shot!  Ele gritou jogando as Pokeballs para o alto, e estas se abriram quase no rosto de Paula, que caiu para trás.


  Wooobah!  O morcego estampa a garota com um coração que se materializa ao redor dela, e de repente não conseguia mais se mover.


  Vanhaaa!  Rebatendo Poipole com sua cauda, Carvanha se chacoalha, desprendendo as escamas ásperas do corpo.


    Paula não saiu do lugar e as escamas a alcançaram, levantando neve para cima. Diego sorriu confiando que tinha dado certo, mas quando enxergou novamente, a menininha não estava mais ali. Woobat ficou confuso com isso, quando um vulto passou por ele, não sendo possível ver nada além de olhos extremamente vermelhos como faróis, e em um instante o morcego foi golpeado e lançado na neve com tanta brutalidade que afundou.
    Carvanha ficou em alerta, quando percebeu também estar sendo rodeada. Ela concentrou energia obscura em seus dentes, tornando-os ainda mais afiados para defender-se, mas começou a receber golpes de todas as direções sem conseguir ver seu inimigo, e terminou surrada no chão, caindo pro lado.

  C-Como?  Diego ficou incrédulo, regressando imediatamente os dois para suas Pokeballs.


  Boo!  Paula falou perto de Diego, que caiu sentado e ela riu.  Vai precisar usar seus poderes se quiser me enfrentar.

  Diego, não é hora de lutar!  Leuri pediu ao ver o garoto apertando as mãos na neve, que derretia. O menino respirou fundo ao ouvir sua voz, acalmando-se.  Perrserker, use Metal Sound!


    Raspando suas garras metálica nos pelos de aço de sua barba, Perrserker as deixa afiadas, então roça uma na outra produzindo ondas sonoras irritantes que levantam uma tempestade de neve entre Paula, Poipole, Michelle, Heatmor e eles. Leuri corre para puxar Diego pelo capuz do casaco, o levantando para que pudesse montar em Golurk com Carbink e sair dali, assim como ela e o gato com Glastrier.



    O grupo chegou até a entrada do túnel, completamente exposta provavelmente por Marnie ter passado ali há pouco tempo. Enquanto Leuri e Perrserker orientavam Diego, Carbink e Golett, que voltou a ser pequeno para conseguir entrar, para resistirem e encararem as tentações daquela passagem, no final dela, o ambiente estava encoberto por partículas Dynamax. Marnie estava forçando os desejos de Calyrex a se projetarem ao redor, e a imagem de um castelo se construía, com pilares de gesso, paredes de gelo ornamentadas com candelabros e joias preciosas, além de muitas plantas trepadeiras floridas de cores frias.

 — Meu antigo castelo... — Calyrex reconhecia o lugar, encarando o trono onde passava grande parte do seu tempo há milênios.



 — Vindo do seu gosto, até está decente. — Marnie caminhou pelo primeiro andar do castelo, vendo esculturas de deuses antigos. Reconheceu alguns, o leão Solgaleo também representado no templo, o veado Xerneas, o dragão preto, Zekrom. — Eles te obrigaram a ter isso aqui? Heh. Onde estavam quando enfrentou Eternatus?

    Calyrex encarou outra estátua, representando um pássaro imponente de peito estufado, com a forma de um arco-íris representada por trás dele. Ele ignorou a pergunta feita, tentando tocar a estátua, mas sua mão a atravessou. Era mesmo só uma projeção.


    Calyrex estava com os pensamentos distantes quando foi envolto num pulso de energia sombria que apertou seu corpo, o arrancando um grito de dor, enquanto algo o dilacerava nas costas. Não conseguiu sair por muito que tentou se balançar, até Toxicroak e Greedent, os Pokemon sob influência de Marnie, afastarem-se.

 — Quando eu fizer uma pergunta, você responde. E com a verdade — Marnie impôs, vendo Calyrex no chão, bastante machucado e ofegante. — Está entendendo?


 — Eu... Não vou dizer nada!
 — Ele gritou na mente de Marnie, que levantou o queixo, o olhando com superioridade. Greedent e Toxicroak voltaram a atacá-lo, lançando-o rolando pela neve. — Aaah!

    Agora, Leuri e os outros deixavam o túnel, chegando à entrada do santuário. Eles perceberam o que estava acontecendo, vendo as paredes do castelo cheias de quadros de Calyrex tocando flautas de bambu para várias formas de vida dançarem, incluindo plantas. Outras o representavam com uma harpa de grama, deitado num amontado de folhas e recebendo um cacho de uvas de uma súdita peituda com um véu transparente no rosto. Eles preferiram se esconder para ver o desenrolar da situação.


 — Arf... — Após mais golpes dos Pokemon de Marnie, Calyrex caiu de bruços no chão. Dos cortes de sua pele escorria uma substância dourada, manchando a neve. — Eu... Não sou mais um deles. Não sou mais o deus de nada, muito menos o rei de qualquer coisa.

 — Mentiu até sobre isso? — Marnie se abaixou, levantando o queixo de Calyrex para que olhasse para ela.

 — Eu...
 — Calyrex tossia, colocando uma mão na boca. — Posso ter sido egoísta algumas vezes. E inconsequente... irresponsável. Isso me custou primeiro o direito de acessar o Pilar, depois o meu status de divindade. Minha punição foi tornar-me mortal e por isso me estabeleci como um rei nesse território. Nunca retomei o meu lugar e como sabe, desapareci por anos depois que pararam de acreditar em mim.

    Calyrex se levantou com esforço, apoiando-se nos joelhos. Marnie estava atenta aos seus movimentos, mas ele só levitou até a estátua de Solgaleo.

 — Solgaleo ainda se importava em me ajudar — disse, juntando as mãos na frente da estátua. — Me enviou um de seus heróis mais fortes para lutar quando Eternatus liderou o ataque ao meu reino durante a guerra. Kubfu fez toda a diferença, sem ele, não teríamos vencido.


 — Age como um pobre coitado mas colheu tudo que plantou, são consequências dos seus erros — disse Marnie, encarando-o. — E você, Leuri, o que achou da história?



 — Ahn... — Marnie voltou-se na direção de onde Leuri estava escondida com os outros, que entenderam que já haviam sido descobertos e não adiantava mais continuarem ali. — Marnie...


    Atacando de surpresa pelos dois lados de Leuri, Toxicroak veio com sua garra envenenada enquanto Greedent empurrava seu escudo com o símbolo de uma Oran berry.


    Percebendo rapidamente, Perrserker afiou suas duas garras de metal e acertou ambos os Pokemon, protegendo Leuri. A menina estava com os braços na frente do rosto para tentar se defender, e quando os abaixou, encontrou os olhos de Marnie.

 — O quê?! — Calyrex arregalou os olhos ao reconhecer o grupo. — Por que vieram?!


 — Eu não vim para brigarmos, Marnie! — Leuri anunciou, embora Diego e Carbink estivessem prontos para combater se preciso.

 — Pois deveria!
 — Marnie segurou numa Dusk Ball, mas Leuri estendeu a mão.

 — Não vou combater, só quero que liberte o Calyrex e pare de machucá-lo.

 — Me entregue a Wishing Star de Melmetal e devolvo o grande amigo de vocês
 — ela impôs, e Leuri respirou fundo.


 — Está certo. Carbink, entregue para ela.

 — Leuri, tá falando sério?!
 — Ela não precisou responder para Diego saber que estava.

 — Você é louca! — Calyrex gritou enquanto Marnie abria um sorriso esquisito. — Não era para estarem aqui! Não seja estúpida de entregar a Wishing Star!

 — Você não tem que questionar nada, Calyrex. Não estamos no seu tempo onde só passavam os outros para trás, estamos juntos e é isso que queremos provar para Marnie. Vamos conseguir outro jeito de lidar com a situação.
 — Calyrex ficou quieto, baixando a cabeça, e ela assentiu para Carbink, que saltitou até Marnie.


 — Pode... Pode pegar... — Apreensivo, ele encolheu as orelhas, mas Marnie enfiou as mãos em seus pelos. Seus olhos se juntaram quando segurou em algo, e quando puxou para trás, era mesmo a Wishing Star purificada, conseguia sentir a diferença dela para qualquer outra que já esteve em contato.


 — Isso... Isso!! Agora está feito! Eu tenho tudo o que preciso!! — Marnie quase gargalhava com a Wishing Star na mão. — Deixe que ela nos guie, Spectrier!!


    Saltando para as costas do corcel fantasma, Marnie galopa com ele para longe dali, usando a Wishing Star como bússola. Carbink a observa desaparecendo no horizonte, mas se vira para Leuri, tentando saber a reação dela. A menina foi logo correndo para ver o estado de Calyrex, nem olhando para trás. Diego vai junto e passa sua mochila para frente do peito, pegando seus remédios para tratar das feridas dele.

 — Eu não sei o que dizer... — Calyrex recebia uma borrifada de um spray de Diego que ardia um pouco, mas não reclamava. Tinha lágrimas aos pés dos olhos.

 — Pode agradecer — Carbink sugeriu. — E nos ajudar.

 — ...
 — Calyrex pensa um pouco, e de um suspiro seu, uma flor nasce na neve. — Obrigado, eu vou ajudá-los. Marnie está indo para a forja.


 — Riri! — A risadinha de Paula faz com que olhem para ela, acenando ao longe. — Eu disse... Que você me ajudaria a chegar lá, não disse?

    A menina desaparece, deixando apenas um sorriso com olhos vermelhos se perdendo no ar. Leuri lembrava-se daquilo... Em outros encontros com Eternatus, ele a pediu para levá-la até um lugar, mas nunca fez muito sentido. E esse lugar...

  O geoglifo de Turffield  Leuri verbalizou e os outros a olharam.



    Leuri acertou. Marnie chegava na área rural de Turffield, onde numa das maiores montanhas estava a figura do geoglifo. Ela saltou das costas de Spectrier, extremamente ansiosa, e correu pela grama enquanto partículas Dynamax se esvaiam de seu corpo e materializavam uma caixa.



    A caixa que Marnie usou para absorver diversos Meltan, agora estava sendo erguida pela garota. O vento estava forte e seus cabelos despentearam-se, mas ela roçava os dentes de cima nos de baixo e corria pela área verde ao redor do geoglifo. A Wishing Star purificada acendeu-se, assim como o compartimento da caixa, que disparou um feixe vermelho para o céu, limpando as nuvens roxas.



  Ratta?  Em Spikemuth, Rattata percebeu o grupo de Meltan agitados, até que um deles começou a flutuar. Ele tentou agarrá-lo, mas logo foi acontecendo com todos os outros.


  Mas o que é isso, gente?
  Aleíse correu para fora do portão da cidade, vendo os Meltan indo voando pelo céu.


    Também observando-os, Rattata se recusava a acreditar no que estava acontecendo, todos estavam indo embora de uma só vez e ele não conseguia ajudá-los, nem entendia o que se passava. Batendo no chão, ele começou a chorar e gritar. Outros Pokemon vieram acolhê-lo, mas vendo-se nessa situação, preferiu sair correndo.


    Os Meltan chegavam em Turffield e preenchiam toda a forma do geoglifo, todos grunhindo e balançando as mãos para o céu. Marnie observava maravilhada, estava na hora...


  Erga-se, gigante ferreiro!  bradou quando todos os Meltan grunhiram juntos e todo o geoglifo acendeu.  Melmetal!!


    A luz do geoglifo foi se comprimindo até se erguer numa esfera acima dele. Nela, todos os Meltan misturavam-se, seus corpos de metal derretido fundiam-se e o gigante era reconstruído.


  Durante a grande guerra, Melmetal produziu todo o armamento dos meus exércitos. Cada arma física utilizada pelos meus heróis foi forjada naquele lugar  ele explicava para Leuri e os outros, flutuando de frente para eles, que estavam sentados.


    Comandado por Marnie, Spectrier atacava com chamas espectrais que consumiam o redor do geoglifo, matando a vegetação e deixando um aspecto sobrenatural no ambiente. O corcel galopava por outros planos, colidindo com o gigante de direções que ele não conseguia prever.


  E sobre este soldado Golurk o qual confiei a Wishing Star de Melmetal...  Calyrex continuava.



    Em resposta aos ataques de Spectrier, Melmetal derreteu partes de metal do seu corpo, mesclando-as com sua própria energia, dominando-a na forma de um grande disparo luminoso que estourou a iluminação do ambiente. Marnie só conseguia enxergar a silhueta do gigante no intenso clarão e o caminho de Spectrier foi exposto, sendo possível vê-lo passeando entre o além-vida e o plano físico.


  Ele o reconheceu, Carbink, por você ter algo divino adormecido em seu corpo.  Carbink não esboçou reação à fala de Calyrex.



    Melmetal precisou de algum tempo, mas esticou seus dois braços e os jogou no chão, abrindo uma fissura que expulsou Spectrier. O corcel foi agarrado e prensado entre seus punhos, antes de ser atirado para longe. Mas, de pé encarando as costas do gigante, estava Marnie erguendo a Wishing Star purificada.


  Uma besta só pode ser derrotada com a união de um herói com uma divindade — Calyrex continuava sua explicação enquanto flashbacks de anos atrás voltavam às mentes de Leuri e Diego, quando Deoxys foi derrotado por Carbink em sua forma de Diancie.



    Com a Wishing Star purificada na palma de sua mão, Marnie exerceu o poder do desejo, acendendo-a. Melmetal virou-se lentamente quando sentiu seu corpo reagindo ao Dynamax, mas não foi rápido o suficiente para fazer algo. Sua forma começou a se alterar, e o pedaço de estrela na mão da garota foi escurecendo, corrompido por ela.


    Sentindo algo diferente, Golett se levantou bruscamente. Carbink tentou acalmá-lo, mas ele transformou-se em Golurk e, sozinho, voou para longe. Calyrex fechou os olhos, tendo a certeza de que a Wishing Star havia sido utilizada.



    Muito maior do que qualquer outro Gigantamax já visto por Marnie, Melmetal fazia todas as nuvens do céu se movimentarem junto dele. Ele grunhiu pesado, um som grave que Marnie precisou se esforçar para aguentar, mas ele estava sob seu comando agora.


    Vindo do sul, Golurk esticou os dois braços, fechando os punhos. Ele aumentou a potência de seu voo, fazendo o fogo que saía por baixo de seu corpo de canhão queimar em azul. Socou o gigante, empurrando-o metros para trás e agarrou sua cintura, mas era difícil manter-se firme no metal quente derretido.



    Percebendo que foi atacado, o gigante voltou a disparar raios de metal derretido, mirando em Golurk que precisou mudar sua posição, esquivando de todos enquanto voava e preparava-se para outro ataque. Ele energiza seu corpo e vai se jogar de ombros em Melmetal, que dispara novamente seu raio, tentando amenizar a investida. Sendo forte o suficiente, Golurk colide com o rosto do gigante, que cambaleia.



    Aterrissando, Golurk acende as runas de seu corpo. Seu selo na rachadura do peito começava a ser desparafusado, mas ainda não havia saído. A luz vinda dessa rachadura o iluminava por dentro e parecia ter chamas saindo dos buracos dos olhos. Com todo o seu poder, ele defenderia a forja até o fim, Marnie não tinha permissão de entrar lá. Tendo isso em mente, ele golpeou o chão com muita força, o fazendo rachar em meio a um terremoto.

  O meu desejo é mais forte  disse Marnie, intacta em meio ao terremoto que deslizava para Turffield, soterrando casas pela cidade e arruinando outros pastos.  MELMETAL!!



    Exercendo toda a sua influência sobre Melmetal, Marnie estica o braço na direção dele e o gigante sabe o que fazer. De seu corpo respinga-se metal derretido que adentra pelo solo e, em poucos instantes, espinhos daquele material se projetam para a superfície. Golurk voa para desviar deles, mas um se levanta no momento exato que ele passava por cima da área, e o atravessa o corpo numa explosão.


    Marnie sorri, mas ainda não estava satisfeita com o resultado. Ela levanta a Wishing Star novamente e Melmetal brilha, como se recebesse um comando. Ele estica seu braço para a cidade, agarrando em casas, tratores e pedras, depois arremessa todas para cima do corpo de Golurk. O guardião tenta resistir, mas suas pernas iam fraquejando, resistindo com um joelho. As luzes vazando de dentro do seu corpo ameaçavam apagar, quando Melmetal arremessou um celeiro que o soterrou por completo. Agora sim, no silêncio pós destruição, o gigante relaxa o corpo, virando-se para o geoglifo.


    Estava na hora de abrir as portas para a forja. Melmetal parecia aguardar por algo mais e Marnie pensou que talvez pudesse ter a resposta. Ela abriu sua mochila, pegando o primeiro item que ganhou de Paula, ainda antes de ter uma luta no ginásio de Turffield. A chave enferrujada que nunca conseguiu encontrar uma fechadura. Das suas mãos, a pequena chave levitou para a frente do gigante. O geoglifo acendeu-se e o corpo de Melmetal também, então a chave foi guiada para o centro dele, girando para o lado.
    Marnie sentiu tudo tremer, e a estrutura do geoglifo na montanha de repente revelou-se como duas pesadas portas que, ao abrirem-se, foram revelando outras camadas de portas. Todas foram afastando-se para lados diferentes, abrindo o caminho para uma escadaria que levava a um subterrâneo quente.


    Com um sorriso esquisito, mas bastante determinada, Marnie foi descer as escadas. Melmetal a acompanhou, e Spectrier vinha logo atrás. Nesse momento, pouco a separava de seu destino.

Continua


Faltam cinco capítulos para o fim de Galeuri


2 comentários:

  1. A CHAVE!!!! 100 Capítulos para chegar até aqui mas agora todo o lixo que Marnie foi recebendo ao longo de sua jornada terá sua utilidade <3 Paula tinha razão, levaram mesmo ela até lá, que fofa, eu amo essa vagabunda com sorriso vermelho… esse capítulo foi cheio de lore, não tem como não amar quando as peças de uma história se juntam num belo e glorioso quadro pintado a aguarela <3
    Xerneas tem um neto… quem diria que viado reproduz, uh? Não, espera, não me bloqueia de novo, Dan! Não, não, nãããããão!!!! Oh well, tanto faz.
    A primeira coisa que me veio à cabeça foi o Carbink, mas depois pensei mais um pouco e o Calyrex faria mais sentido, já que também tem algo veado nele, com coelho… and meio que confirmou isto ao dizer que agora era mortal e a cena da flor rasgada entendi como um simbolismo dele ter perdido seu poder e depois a flor que nasce na neve foi como se o completasse de alguma forma… amo a simbologia das flores.
    Esse capítulo foi muito gostoso de acompanhar, a cena da despedida me deixou inquieta, estavam mesmo se despedindo para ir para a guerra e tudo suou tão… final, não sei explicar, mas fiquei com uma sensação esquisita e espero que você não esteja pensando em… ai nem vou dizer pq vc vai lá e faz só para me provocar…
    Mas me deu muita pena do Rattata, ele tentando apanhar os Meltan foi muito fofo, fiquei triste com ele chorando, você fez me importar com esse rato que tem mais personalidade que muito outro rato que anda por ai… também deu pena da Sónia que finalmente foi dormir e acorda com o mundo acabando, ela não tem mesmo sorte nenhuma, espero que no final consiga adormecer numa suave cama de colchão espuma com o travesseiro de penas de Swanna, ela merece o melhor dos descansos, tadinha. E o Obstagoon com o chá é uma história de amor melhor que crepúsculo e teve um final triste com a chávena quebrada, tive pena de novo, mas me pareceu uma alegoria para o fim da fanfic, com eu amando e vc me quebrando no final… maldito Davi.
    A sequencia final com as transições entre a Marnie e a história do Calyrex e os flashbacks ficou perfeito também, amei esse capítulo e foi otimo ter saído no aniversário de Leur10, ou LeuriX, já qie começou com a forma etérea da nossa protagonista aniversariante favorita e querida por todos <3 10 anos é muito tempo com um personagem, Leuri já faz parte da minha vida, nem tem como não fazer, amo essa bicha desde os cards de fala e ver como sua história evoluiu ao longo dos anos me deixa muito feliz como a Chikorita daquele vídeo gay que você gosta tanto.
    Espero que depois de Galar a Leuri viaje para Paldea e capture um Ninjask chamado Braulio.
    Parabéns pelos 10 anos da fanfic, três capítulos para o final é tão pouco… tá quase. Tá quaaaaase!!!

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  2. Comecei lendo ontem mas acabei terminando hoje :P 10 anos de Leuri, o tempo passa muito rápido e é como a Katie falou a Leuri já faz parte das nossas vidas e que venho muito e muito anos de Leuri, com suas histórias maravilhosas escritas pelo senhor Davi, como dizem o pessoal na quebrada "O cara é fera".
    Mas indo agora para o capitulo, realmente aquelas coisas tipo a chave e outras coisas Marnie ganhou realmente tinha utilidade, mas descobrimos mais do passado do Calyrex com os flashbacks de seu passado.
    O capitulo todo do foi muito perfeito, tudo se encaixando perfeitamente e não posso me esquecer do Rattata, fiquei com pena dele por ele não poder resgatar os Meltan.
    Resumindo o capitulo foi muito bom, gostei e tudo e desde já ansioso pelos 3 capitulos finais que prometem e muito.
    Feliz 10 anos de Leuri \o/
    Continuaaaaa <3

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