domingo, 17 de março de 2024

Capítulo 112: Recheio de felicidade!

 

    No topo da Torre Obscura, o ambiente estava envolto em densas partículas Dynamax, intensificando-se além do habitual. O pergaminho dos caminhos de Kubfu voltado para a luz vermelha brilhava nesse tom, mas estremeceu quando um gemido de dor repleto de uma agonia monstruosa que abafava a audição começou, e momentaneamente alternou entre a luz roxa. Uma sombra serpentina e esquelética se projetou brevemente pelas paredes, passando despercebida por Marnie. A garota estava sentada na janela em formato de meia lua, seus braços completamente corrompidos repousados enquanto olhava o céu, e seu traje tão enraizado no corpo que já parecia parte dela. Levou uma mão até a cabeça e respirou pela boca, batucando com os dedos na madeira, impaciente.


    Deitada sobre um amontado de palha, a pequena Paula parecia febril. Estava de olhos fechados e se retorcendo. Poipole voava agitado por cima dela e roía as unhas, até que a garotinha parou de se mover e o som cessou, deixando um silêncio esquisito. Marnie se virou desconfiada, e Poipole voou para a cabeça dela, os dois encararam o corpo e a garota até pensou que a criança havia morrido de novo se fosse possível, quando abruptamente ela se levantou, virando o rosto de forma quase robótica, com os olhos fazendo o mesmo só depois. Os dois se olharam enquanto um curto sorriso se formou no rosto de Paula.


    Minutos antes, algo muito estranho havia acontecido. Marnie treinava junto com seus Pokemon de frente para o mar, quando escutou gritos de agonia vindos de algum sentido que ela não conseguia identificar, mas parecia distante. Spectrier demonstrou alguma reação, o que era incomum já que tratava-se da metade sem emoções do corcel de Calyrex, e ela passeou a mão por sua esfumaçante crina roxa, quando ele se voltou para a torre encoberta pelas partículas. Então, quando ela chegou no último andar, Paula estava nesse estado e Poipole em desespero.

Poipole: Você está...


Paula: Ótima.  Ela não deixou a besta terminar de falar, levantando-se e batendo com as mãos no vestidinho para tirar a poeira. — Eu quero ver como está Galar.

    Marnie cruzou os braços, sentando-se para assistir Poipole fazer um círculo na madeira do chão com seu fluído roxo. Paula soprou partículas Dynamax para dentro dele e imagens revelaram-se, como uma transmissão em tempo real. A garotinha usou as mãos para alterar o que via como se passasse canais; na Crown Tundra, Michelle e seu Heatmor se abrigavam numa caverna, mas um Mamoswine Dynamax se aproximava de sua localização. Já em Motostoke, os discípulos do Kabu repetiam que desejavam relevância enquanto estavam montados em seus Pokemon de fogo, também gigantescos. Mas, em Wyndon...

Paula: Lá estão  disse, vendo o grupo liderado por Diantha correndo pela cidade. Sonia carregava uma grande caixa e Runerigus continuava os acompanhando. Mas, em algum momento, ficaram invisíveis. A menininha rangeu os dentes e os céus trovejaram.  Infelizes!


Marnie: Como fizeram isso?

Paula: Eu não sei.


Marnie: Como não? Me disse que era questão de tempo, preciso da Wishing Star para controlar o Melmetal!  Enquanto ela esbravejava, Paula continuava passando de cidade em cidade pelo círculo de Poipole. Spikemuith continuava aparecendo completamente vazia, encoberta na ilusão de Cynthia e Leuri.


Paula: Onde o Dynamax alcançar, eu também alcanço. Eventualmente vou encontrá-los, não podem fugir disso, o poder do Desejo está por toda a parte.


Poipole: Aaaarhh!! Eu só queria que aparecessem logo! Queria me divertir!

Paula: Terá sua chance
  disse, continuando a supervisionar a região pelo círculo.

    Não gostando da resposta, Poipole se emburrou, voando para fora da Torre pela janela. Marnie jogou os braços para trás da cabeça e deitou-se no chão, encarando o teto. Tudo que estava fazendo seria recompensado... Certo?



Diantha: E eu destruí mesmo, e destruiria de novo!!!

    Em Spikemuth, Diantha recebia uma xícara de café de Obstagoon enquanto contava para todas as pessoas e Pokémon presentes como foi que deu o maior lacre de sua vida ao destruir as Wishing Stars da sala restrita da Macro Cosmos. Ao seu lado, Gardevoir se divertia com a dramatização da história, tendo a companhia de Frogadier e Yamper, os dois muito interessados no que contava.


    Estavam no lobby do hotel abandonado, onde os núcleos juntaram camas, cadeiras e almofadas que encontraram vasculhando pelo que foi deixado na cidade. Uma parede aberta separava a área da cozinha e lá estava Grace tentando acender um fogão de modelo antigo, sem sucesso. Vendo isso, sua filha trocou um olhar com seu Litten, e apontou para frente.

Camille: Fogo!


     Litten eriçou seus pelos e cuspiu uma bola de fogo para frente, caindo sentado logo a seguir. Mesmo que tenha deixado Grace impressionada, não foi o suficiente para que o fogão funcionasse.


Rose: Eu realmente não sei se lamento por todo o trabalho que fizemos com as Wishing Stars ter sido destruído...  Sentado numa das camas, afagava Perrserker. Dividia um cobertor com Oleana, que o puxou com carinho para deitar sua cabeça no ombro dela, tentando confortá-lo.

Oleana: Não tínhamos como saber, Presidente.

Rose: Mesmo assim, ainda é responsabilidade da Macro Cosmos. Eu acreditava fielmente que o Dynamax traria o futuro que anseio para Galar, jamais imaginei que o poder do desejo poderia ser... mau.


Leuri: Veja o caso do Piers... Ou o do meu pai  diz de uma cadeira mais próxima de Diantha, quando sua mãe chega com Camille. — Não tem nada de bom vindo daí.


Oleana: Eu vou precisar discordar.  Sua fala atrai as atenções, mas ela continua.  Nunca tinha enxergado o propósito de ter um desejo... Mas ontem, comecei a entender. Garbodor e eu dividimos um momento tão especial desejando juntos, por isso não acho que desejos sejam maus, apenas o jeito como Eternatus se apropria deles está errado.

Rose: Sabia que você deveria ter ido naquela missão! Vai me contar tudo, hein?  Os dois trocam um sorriso e Leuri também se sente feliz por ela, mas levanta-se, indo para perto de Diantha.


Leuri: Voltando ao que estavam contando... Pelo que estou entendendo, quando a Gardevoir libertou os desejos, Iris e os outros ficaram inconscientes e puderam sair em segurança, foi isso?


Diantha: Exatamente. Raihan e Leon estavam enfrentando o Haxorus dela, mas o Dynamax se desfez ao mesmo tempo.

Leuri: Sonia, alguma ideia?  Ela se vira para a prima, sentada em almofadas ao lado de Diego.


Sonia: Hum... Minha aposta é na relação de corrente que percebemos entre as Wishing Stars. Agora sabemos que o altar é o destino do poder que conecta todas elas, e consequentemente, Eternatus. Portanto, ele se fortaleceu todo esse tempo com os desejos das pessoas e Pokemon de Galar.


Diego: Diantha ter destruído tantas Wishing Stars de uma só vez deve ter atingido diretamente Eternatus, ele sentiu a dor e precisou se recuperar.


Diego: Deu mais certo do que eu pretendia... Ponto para minha nova versão!


    Enquanto a conversa continuava, Litten caminha até Perrserker, curioso pelo que o felino maior está fazendo. Ele se senta perto dele, observando-o, e essa proximidade deixa Perrserker um pouco tímido, mas ele continua brincando, mordendo seu boneco Duraludon favorito.



Grace: E agora, o que vem a seguir?

Sonia: Estou elaborando meu projeto, preciso trabalhar por mais tempo nele e começar a fazer os primeiros testes. Também vou precisar da ajuda de vocês. Não descansarei até libertar minha avó e todos os outros!

Oleana: É um grande trabalho...

Rose: Mas se alguém pode conseguir, é você, Sonia. Você é o coração.

Sonia: Eu...  Hesitando por um segundo, se lembra de um momento no dia anterior.



    Magnolia estava desacordada, sentada numa das cadeiras de rodinha do laboratório da Macro Cosmos, e Sonia a olhava com tristeza. Ela acariciou o pescoço de Corviknight no chão, escapando um suspiro, não tendo muito o que fazer naquele momento. Pegando na caixa onde estavam seus equipamentos e relatórios, ela foi para a porta, mas antes se virou para os seus antigos parceiros Pokemon que a ajudaram uma vez mais, aguardando por uma resposta deles. Grookey tomou a frente dos outros cinco e seus olhares encontraram-se. O macaquinho sorriu, levou uma mão ao coração e deu uma batidinha, como já havia feito antes e Sonia não havia entendido. Então, Bellsprout faz o mesmo, e logo Alcremie, Orbeetle, Indeedee e Wartortle. A ruiva separou suavemente os lábios, mas voltou a aproximá-los, agora sorrindo. Ela faz o mesmo gesto e corre para as escadas da empresa, sabendo que poderia confiar neles para protegerem aquele lugar tão importante para todos, e que contavam com ela para reverter o que assolava toda a região de Galar.


Sonia: Eu realmente sou, não é?  Ao levar uma mão a altura do coração, ela dá uma batidinha, fechando os olhos.

    O Núcleo de Pesquisas tomou seu rumo, na liderança de Sonia mais motivada do que nunca e acompanhados por Diantha e Gardevoir, interessadas no que iriam fazer. Perrserker foi esconder seu brinquedo e Litten correu atrás dele, o que fez Camille também segui-los. Grace riu da filha, mas percebeu que só haviam sobrado Diego e Leuri, além dela. Os dois encararam-se e o garoto pensou em dizer algo, mas Leuri seguiu com Frogadier para o segundo andar do hotel.



Grace: Vocês dois ainda não se entenderam, não é?  Diego assentiu, desviando o olhar por um instante antes de voltar a encará-la.


Diego: As coisas não estão exatamente como eu gostaria que estivessem... Ela disse que não era momento de conversarmos depois que a nossa batalha acabou e desde então não falamos sobre nada que não envolva Dynamax ou missões.


    Passando com os Meltan e Sweetie Pie, Rattata reparou em Grace e Diego conversando, sinalizando para seu grupo que voltava já.

Diego: Eu pisei na bola com ela, sei disso. Pude ver como guardou muitos sentimentos quando Frogadier assumiu a forma daquele redemoinho... Desculpas não vão mudar nada, então não sei o que fazer agora.

~Rat!  Rattata saltou para o colo do garoto, se aconchegando. 

Grace: Eu entendo. 
Às vezes, quando tentamos forçar uma reaproximação, acabamos afastando ainda mais a pessoa que queremos alcançar.  Observava Diego sorrindo para o ratinho, que antes não gostava de qualquer contato com quem quer que fosse.  Estamos todos passando por um momento muito difícil, e é compreensível que ela esteja se sentindo sobrecarregada. Mas se você quiser demonstrar apoio para ela, tente de uma forma mais sútil, algo que mostre que você está presente e que está disposto a ajudá-la da melhor maneira que puder.

    Diego considerou as palavras da mãe de Leuri, refletindo sobre como poderia agir de acordo com seu conselho. Talvez levasse algum tempo, como Rattata também precisou para confiar nele... Grace bagunçou seus cabelos e se levantou para impedir que Camille utilizasse um Z-Move em Perrserker.



Leuri: Ai, ai... Perdemos uma quarta de comédias românticas, Frogadier  disse ao sapo, caminhando pelo corredor do segundo andar.  Já que não conseguimos pedir ajuda, queria ao menos falar com o Brendan, ele sempre sabe o que dizer.


Leon: Opa, com licença, tô passando!!  Leuri o viu mais distante no corredor, com a boca cheia de pasta de dente, segurando uma escova rosa. 


Espadarnaldo: Nós acabamos de varrer esse tapete!  Ele segurava uma vassoura ao contrário e esfregava o cabo dela no chão.

Escudoberto: Depois não reclame que não estamos ajudando!


Leuri: AAAAH! Essa escova é minha!  gritou com Leon, que riu na cara dela.  Você voltou mesmo ao normal, tá irritante como sempre! Mas que nojo, era minha única escova!!

Leon: Vou fingir que lamento!
 Ah, e depois ensine os dois patetas a varrerem o chão, eles nunca pegaram numa vassoura.

    Leon desceu as escadas, continuando a escovar seus dentes. Frogadier abraçou a perna de Leuri, que suspirou tendo mais trabalho a fazer, quando se arrepiou ao ouvir uma voz irritante atrás dela.


Hop: Leuri, posso usar sua escova de dentes também?

Leuri: Ai, garoto, se enxerga! Não tem nada pra fazer não? Ajude na limpeza pelo menos!


Hop: Na verdade, eu queria te pedir ajuda...

    Leuri segue Hop, que a leva pelos quartos do segundo andar, iluminados por lampiões. As pessoas e Pokemon que conseguiram se abrigar em Spikemuth estavam se recuperando, mas ainda estavam muito abaladas, pensando em pessoas queridas que deviam estar em perigo por Galar. Cada membro do Núcleo de Suporte conversava com alguém, tentando ajudá-los.


Bede: Opal toma um remédio controlado de manhã e de noite... Estou com medo do que pode acontecer agora que seu desejo está no controle.


Carbink: Vamos pensar positivo, a Opal é forte e já passou por muitas coisas. Vamos conseguir ajudar todo mundo!


Aleíse: Tipo assim, não é porque a Leila está no Top 8 que ela tem todo esse dinheiro... Ela me patrocinou, mas o restante está investido no salão. Se algo acontecer com o Leila Cabeleileilos, não sei do que vai ser a vida dela! O sobrinho neto dela, Luiz Claudio, vai ficar arrasado.


Mustard: Nós a ajudaremos se for necessário. Se quiser, posso te ajudar a canalizar seus sentimentos num treinamento  dizia, mas Aleíse já começava a chorar, abanando seus cílios.

Aleíse: Eu preciso de maquiagem!!


Harley: AAAAAINNNNNNNNN!  Em prantos, ele tinha uma caixa de lenços no colo. Seu choro era tão agudo que uma janela rachou.  Não acredito que vou ter meu fim nessa cidade suja, abandonada, toda podre! Será que é o universo tentando me dar uma indireta? Eu só queria um banho de espuma agora mesmo, é pedir demais uma banheira sem Nickit dentro?!


Honey: Ô meu amor, quando eu estou ansiosa assim, eu pego meu objeto de suporte emocional. Vamos tentar  sugeriu, e os dois pegaram um cartão de crédito cada.

Harley: Ai, mas não temos onde gastar, esqueceu?!


Honey: Não posso usar... o cartão do meu marido?  Lágrimas começaram a se formar aos pés dos olhos dela e logo estava abraçada em Harley, ambos em prantos.


Hop: Entendeu?  Ele fechou a porta do quarto onde Harley chorava, e continuou andando com Leuri.  Se algo acontecer, desse jeito ninguém vai conseguir lutar.


    Não sabendo o que responder, ela continuou escutando o choro das pessoas pelos quartos, quando mais gente veio correndo em sua direção.


Nia: Leuri, finalmente te achei! Estava limpando o terceiro andar e encontramos uma família de Linoone e Zigzagoon virando lá! Eles não estão querendo conversar e agora estão lutando com o Cloyster!


Raihan: Temos outro problema, os Pokemon elétricos estão cansados de fornecer energia para o primeiro piso e precisavam descansar, mas o Calyrex não admite isso!

    Ouvindo tantas vozes ao mesmo tempo, Leuri não conseguia nem parar para focar em solucionar um desses problemas, sendo que outros maiores ainda estavam acontecendo, como Marnie a qualquer momento poder descobri-los. Estava na linha de frente, mas não sozinha... Com as mãos nos ouvidos, ela não aguentou mais.

Leuri: CADÊ A CYNTHIA?!  gritou assustando todos, os que estavam nos quartos até saíram para ver o que houve.  Gente, eu preciso encontrar ela, por favor me deem um tempo!



    No primeiro andar, Diego viu Leuri descer correndo as escadas e sair do hotel com Frogadier, então teve uma ideia. Ele convocou uma reunião de quase todos os núcleos, exceto o de pesquisas para não atrapalhar Sonia. Rattata guiou os Meltan para se comportarem, dando-lhes parafusos e lascas de metal para comerem, e com muita relutância eles ficaram quietos por cima da cama de Leuri, que certamente não ficaria feliz pós o banquete deles.
    Diantha sentou-se num puff, lixando suas unhas, e Harley e Honey, ainda chorosos, sentaram ao lado dela. Vendo o nariz de Harley escorrendo, a Campeã levantou-se enojada, preferindo ficar de pé com Raihan. Katie terminou de arrastar um quadro de giz para perto de Diego, que aguardava pararem de falar para poder começar.



Calyrex: Mas é um absurdo! Como podem ser tão molengas? Eu não fui trazido de volta para outra guerra para ter súditos assim!



    Exaustos, os Pokemon elétricos descansavam enquanto Calyrex reclamava. Boltund tomou a frente dos demais, perdendo a paciência.

~Bollwuff! ("Vai lá você energizar essa espelunca aqui seu ridículo!")

Calyrex: Calúnia! Para o calabouço, imediatamente!  Apontou para o cachorro, que avançou nele para mordê-lo, mas Mustard o agarrou, impedindo-o.

~Piin piiiin!! ("Eu vou espetar sua garganta quando você tiver dormindo e destruir os seus sonhos!!")  ameaçou Pincurchin que também precisou ser contido por Hop.


Carbink: Eles estão mesmo muito bravos...

~Cloy oy...


Leon: O Yamper não vai aguentar sozinho por muito tempo na caixa elétrica, é bom que essa reunião seja para discutir outra forma de gerar energia.  Assim que terminou de falar, a luz piscou algumas vezes até se estabilizar de novo.



Sweetie Pie: Eu estou querendo desistir, todo mundo sabe que eu preciso de luz pra enxergar. Estou ficando doente de tanto estresse com eletricidade.


Klara: Os Toxtricity já estão no limite! Nem um show dos Maximizers exigia tanto assim deles!


Nia: Arctozolt e Dracozolt também precisam de uma pausa.



Harley: Ai gente, cadê a Leuri pra resolver isso?


Diantha: Foi procurar a boazuda... Não gosto dela.

Harley: E de quem que você gosta, Diantha?

    Uma nova discussão já ia se iniciar, com Calyrex mostrando a língua para Pincurchin, Diantha tentando enforcar Harley, e Sweetie Pie acusando Eternatus de não o amar mais, quando o som estridente da panela de Grace batendo numa bancada fez todo mundo se calar por um momento.



Grace: Por que não deixamos o Diego dar as explicações dele?


Diego: Obrigado pela atenção! Apesar dos apesares, se tem alguém em quem a Leuri confia para situações que exigem cuidado e raciocínio lógico, esse alguém sou eu! Por isso, na ausência dela, chamei vocês aqui para conversarmos.

Harley: A que ponto chegamos...

Diego: Caham!  Ele recebeu um giz de Katie, começando a desenhar vários tracinhos com cabeças redondas.  Sabem quem são esses?  Hop levantou a mão empolgado para responder a pergunta, mas Bede a abaixou para que não passasse vergonha.  São todos vocês! E é assim que estão hoje!!

    Diego começou a desenhar carinhas tristes nas cabeças de alguns, enquanto fazia expressões irritadas em outras, de bocas abertas discutindo. Os monarcas ficaram confusos ao verem dois bonequinhos com cabelos parecidos com os seus.

Diego: É claro que estamos vivendo um momento de apreensão, mas tenho uma solução para aliviar todo esse estresse e deixar todos vocês mais dispostos a enfrentarem o que vier pela frente.
  Apagando os bonequinhos, ele volta a desenhá-los em um círculo, então desenha no centro um cubo com risquinhos como se estivesse brilhando.  Açúcar! Sim, vocês ouviram direito. O açúcar tem propriedades que podem realmente melhorar o humor e reduzir o estresse. Deixe-me explicar com detalhes.

    Carbink e Rattata se olharam, já julgando a solução de Diego, que agora desenhava um diagrama no quadro, explicado cada ponto sem parar de falar nem para respirar.


Diego: O açúcar aumenta a produção de serotonina no cérebro, o que nos faz sentir mais felizes e relaxados. Além disso, ele ativa os receptores de dopamina, obviamente o neurotransmissor do prazer, e por consequência aumentando nossa sensação de bem-estar. Um estudo recente feito pela boleira Raquele em Sinnoh ao observar uma Alcremie por dois dias inteiros também mostra que os Pokemon podem ficar mais dispostos durante batalhas se estiverem com muito açúcar no sangue, e não é só isso! O açúcar também fornece energia rápida para o corpo, o que pode ajudar a combater a exaustão que os Pokemon estão sentindo. Claro, é importante consumi-lo com moderação, mas um docinho pode realmente fazer maravilhas!  Ao terminar de falar, ele olhou empolgadíssimo para sua plateia, esperando por alguma reação.


Nia: Eu acho que não entendi... Me perdi no neurotransmissor, isso é alguma máquina?


Carbink: Transmissor? O que isso significa? Eu não vou dividir meus Pokeblocos com ninguém! Já pedi para o Golett atacar qualquer um que tente pegá-los!


Diego: Hein? Não é nada disso!


Sweetie Pie: Ah, você desdenha de mim? Você não sabe nada da minha vida! Falar é fácil, mas na prática é difícil, você não me entende!

Diego: Gente, por favor!!


~Pin Piiin! ("Gostaria de rolar no açúcar para me sentir um docinho!")

Diego: Ai, socorro...  Ele se sentou, abraçando os joelhos e se balançando, então Katie deu dois tapinhas em seu cabelo.


Katie: Deixa que eu explico!  Ela apagou o quadro, então desenhou bonequinhos + cubo de açúcar + bonequinhos sorrindo.  Com doces e refrigerantes, o resultado pode ser diabetes, mas também muita felicidade!

Klara: Nossa! Por que não disse antes?

Diego: ...  Fazendo bico, ele se recompôs.  Hammerlocke é muito perto daqui, podemos passar no Battle Café e se tivermos sorte, ainda terão doces bons na vitrine! Se formos num grupo pequeno, Medicham pode nos ajudar com o teletransporte.


Aleíse: Nossa, gato! Já sinto minha depressão sendo curada!


Bede: Mas até que um docinho cairia bem... Que saudades dos bolinhos cremosos da pâtisserie de Ballonlea...  Ele tinha uma mão entrelaçada com a de Hop, mas involuntariamente a apertou mais ao se lembrar.


Hop: Eu vou para Hammerlocke trazer doces pra você!


Diantha: Vou junto! Já frequentei o Battle Café, Gardevoir pode ajudar na volta!


Mustard: Vai de novo, Diantha? Está bem motivada  reconheceu e a Campeã sorriu com as mãos na cintura.


Calyrex: Eu também vou, estou interessado nesse conceito tão complexo que vocês chamam de "docinho".

Katie: Então está decidido! Hop, Diantha, Calyrex e eu vamos com você! — Diego assentiu, então olhou para Grace, trocando um sorriso com ela.


    Enquanto isso, Leuri se dirigia para o portão de Spikemuth, tendo suas suspeitas confirmadas ao avistar Cynthia. A Campeã estava sentada de frente para as grades cobertas pela ilusão temporal viva. À medida que se aproximava com Frogadier, Leuri sentia uma pressão no ar, uma sensação familiar, mas desta vez não era originada dela mesma.


    Os cabelos loiros de Cynthia esvoaçavam mesmo sem vento suficiente para isso. Uma aura azulada e serrilhada como pequenos diamantes a envolvia, tendo um contorno sobreposto em preto. Sua forma e perspectiva pareciam disfuncionais, e as grades da cidade, mesmo que paradas, simulavam um movimento inclinado que quase hipnotizava Leuri. Alguns diamantes se partiam sutilmente e deixavam escapar rabiscos irregulares pretos que se perdiam quando afastavam-se dela. Leuri ouvia um chiado muito baixo, já quase estava assustada, mas ver Cynthia parada daquele jeito enquanto ela tinha que resolver sozinha os problemas de todos a deixava indignada demais, então continuou indo em sua direção.

Leuri: Cynthia!  Estava prestes a encostar no ombro da mulher, mas ela se virou um segundo antes, a encarando.  O que é que você tá fazendo aí? Tá o puro caos lá no hotel! Pensei que fosse ajudar.


Cynthia: Eu estou ajudando  respondeu, sem se levantar.

Leuri: Não tá parecendo!
  Cruzou os braços, e Cynthia voltou ao que estava fazendo, parada encarando o portão enquanto pequenos diamantes se rompiam.  Não dá para deixar tudo em cima de mim, eu não sei usar meus poderes como você. Estão todos apavorados e surtando, eu...

Cynthia: Você está igualzinha a eles
  disse, baixando uma mão para o chão, convidativa. — Talvez queira se sentar.


Poipole: Humph!

    Ao mesmo tempo, levitando por Hammerlocke, Poipole tinha uma expressão amarga no rosto. Não parava de reclamar sobre querer se divertir, xingando Marnie e Paula.



~Rolyyy... ("Você poderia me deixar no chão? Eu não tenho nada a ver com isso...")  Sendo carregado pelas pernas de Poipole, o líder dos Rolycoly da Wild Area suplicava, temendo uma queda fatal.

Poipole: Você é tão chato... Talvez se eu te soltar dessa altura, tenha alguma diversão te ouvindo gritar.

~Coly!! ("Por favor, piedade! Eu posso fazer uma fogueira para queimar seus inimigos!") 

Poipole: Promessas vazias! Por acaso acha que Calyrex estaria perambulando por aí como se nada estivesse acontecendo?

~Rolycoly... ("Na verdade...")

Poipole: Uh?

    A besta fez um par de óculos com as mãos, como se isso a ajudasse a enxergar algo mais longe. Para sua surpresa, Calyrex empurrava um carrinho de compras, acompanhado por Diego, Diantha, Hop e Katie.


Poipole: Gweheh! É meu dia de sorte! Te liberto, prisioneiro!  Soltando Rolycoly, ele o ouviu gritando em queda, mas nem se importou e mergulhou rindo para onde o grupo estava.



    As ruas de Hammerlocke estavam mais destruídas que as de Wyndon, com grandes marcas de pisadas de Pokemon gigantes, parte das muralhadas rachadas e alguns hidrantes jorrando água. Ainda assim, não avistaram nenhuma alma viva. O Battle Café estava intacto, com as luzes acesas e as mesinhas arrumadas ao lado de fora, com guarda-chuvas listrados em vermelho e branco, como balas.


Diego: E pensar que eu vinha sempre aqui com o Carbink e o lugar estava lotado...


Hop: Desde que inaugurou, o Lee sempre me pedia para vir buscar um café para ele quando passávamos por aqui!

Diantha: Ei!  Percebendo os dois desanimarem, ela os puxa para perto. — Estamos aqui para garantir que o mais breve possível tudo volte ao normal, certo?

Diego: É verdade, ainda viremos comemorar com batalhas e doces aqui!


Calyrex: Uma espelunca dessas... Mortais se agradam com tão pouco.



Katie: Não se esqueça que foram esses "mortais" que te ajudaram, Calyrex. Deixe de ser rabugento, o Battle Café é um lugar suuuuuper especial! Se você vencer uma batalha aqui, não paga por nada do que consumir!

Calyrex: Lutar por comida... Até gosto dessa ideia.


Diantha: Entrem e recolham todos os produtos que encontrarem, depois eu acerto as contas com o Yoshida, posso descontar do salário do Siebold ou demitir a Drasna. Vou ficar aqui fora de guarda.

    Com todos de acordo, Diantha senta-se numa das mesinhas, jogando os braços para trás da cabeça quando entram no estabelecimento, fazendo o sininho da porta tintilar. Ela fecha os olhos, relaxada, mas então escuta algo sendo sussurrado em seu ouvido e volta a abri-los, com as pupilas dilatadas.


Poipole: Gweheh!


"AAAAAAAAAAAAH!!"

    Dentro da loja, Hop colava o rosto na vitrine, babando nela toda. Ainda haviam pães, salgados, tortinhas e outros doces dispostos em travessas e cestinhas. 


Hop: Parece que não como essas coisas há meses, mas fazem só dois dias! Eu quero tudo!!


Katie: As tortinhas... Estão na validade! Eu quero TODAS!  Ela saltou para trás do balcão da vitrine, emocionada.  Estou realizando um sonho aqui!


    Levitando para perto da vitrine de bolos, Calyrex duvidava que tudo aquilo pudesse ser tão gostoso assim. Com um chute, quebrou o vidro e pegou um Poké Puff. Ele cheirou o bolinho, sujando o focinho com a cobertura, então passou a língua ao redor do creme, degustando o sabor. De uma vez só, engoliu tudo e arregalou os olhos.


Calyrex: Isso... É esplendoroso! Eu preciso de mais!!


Diego: Hehe!  Colocando pacotes de grãos de café no carrinho de compras, ele estava contente que sua ideia já estava dando certo, vendo os três se deliciando com doces.  Não comam tudo, precisamos que dure alguns dias pelo menos!


Diantha: Gente...!  Entrando na loja, ela segurava uma caixa de presente. Estava cambaleando e com um sorriso esquisito.

Hop: O que houve?
  disse com metade de um croissant na boca.

Diantha: Vejam... O que eu achei!

    Os quatro se aproximaram dela e a tampa da caixa saltou para fora. Então, de dentro dela...



~Creaaam!

Diego: Uma Alcremie? Onde a encontrou?

Diantha: Ririri...

Calyrex: Não gostei da risada dela, mande-a para o calabouço.

Katie: Talvez seja uma das funcionárias do Battle Café? Lembro de muitas Milcery e Alcremie por aqui!


~Creeemie!

~Miiie?

~Allcream...

    Mais três Alcremie se aproximaram, saindo sabe-se lá de onde. Hop continuou comendo um croissant, vendo-as se rastejando pelo piso da loja.


    Logo outras também começaram a surgir, subindo por mesas, saindo de estantes, pulando do lustre...


Diego: São... Muitas Alcremie!

Calyrex: O que significa isso? Extermine-as!  Ele puxou a blusa de Katie.



ALCREEEEEMIE!

    Em segundos, toda a loja estava tomada por Alcremie, que empilhavam-se e cobriam a porta de saída. Diantha continuava parada, segurando a caixa e rindo. Diego e os demais se juntaram, tentando perceber o que estava acontecendo, quando...


~Creaaaaaaaam!!

    Uma das Alcremie toma a frente das outras, disparando seu creme colorido para dentro da boca de Hop, que cai de costas no chão após engolir tudo.

Katie: Meu Arceus, Hop!!  Ela correu até o garoto, preocupada.

Calyrex: Arceus? Cadê?
  Quando foi procurar, outra Alcremie também disparou creme em sua boca, o fazendo engolir tudo.  Hm!!!

Diego: Calyrex!  gritou, mas o mesmo aconteceu com ele.


    Outras Alcremie foram produzindo creme e obrigando os quatro a engolirem. Num momento, todos estavam caídos com o rosto sujo de creme, mas então se levantaram rapidamente, sem piscar.


Hop: Woooooooah!  Ele olhou ao seu redor, vendo tudo colorido e vibrante, as Alcremie agora tinham asas de jujuba e estavam montadas em cavalos de gelatina.  Onde é que eu tô?


Calyrex: Aqui é o paraíso?  perguntou para Hop, então os dois se assustaram ao se verem, mas depois começaram a rir.  Quem é você?

Hop: Eu sou... Eu não lembro!

Calyrex: Podemos ser amigos?

Hop: Claro meu amor!
  E abraçaram-se.


Katie: Devemos ser muito especiais para estarmos no paraíso do açúcar...


Diego: Haha! Eu sou o rei dos doces!  Sendo coroado por duas Alcremie, Diego ria sem parar, batendo palmas.

Calyrex: Rei... Ele é o nosso Rei!
 Saudações!!  Ajoelhando-se na frente de Diego, ele faz uma saudação, baixando a cabeça e juntando as mãos.

Katie: O que é um rei?

Hop: Ele faz doces!

Katie: Eu quero mais doces!!

Diego: Eu vou trazer mais doces para todos!!


Poipole: Gweheheh! Funcionou direitinho!  rolando no ar e gargalhando, ele se divertida vendo Diego com uma sacola na cabeça, achando que era uma coroa, enquanto Calyrex, Katie e Hop o seguiam em círculos.  Ei, vocês!

Calyrex: Quem é você?

Poipole: Ah se você soubesse... Gweh! Vocês querem doces, né?

Katie: Siim, mais do que tudo!

Hop: Onde podemos encontrar doces?

Poipole: Só precisam me responder uma perguntinha! Onde estão escondendo a chave?  perguntou, esfregando suas mãozinhas.


Katie: Que fácil!! É só falar a resposta e teremos doces!!


Hop: Mas eu não sei o que é uma chave!!


Calyrex: Se não sabemos, significa que não teremos doces?  Os três fazem silêncio e começaram a chorar, mas Diego toma a frente, sorrindo.


Diego: A chave está bem ali, a fada dos doces!

Poipole: AAH! Onde?!  Ansioso, ele se virou de costas, mas encontrou Diantha segurando uma Alcremie que jorrava creme em sua boca. Lambendo os beiços, ela soltou a Pokemon.


Diantha: Eu sou a fada dos doces!!!

Hop: PEGUEM ELA!


Poipole: Ér... O quê?!  Vendo Diantha correndo com o carrinho de compras e sendo perseguida pelos quatro, ele baixou os braços, desiludido.

Diantha: Não vou dar meus doces pra vocês!
  Ela derrubou as decorações de uma estante, bloqueando o caminho para os outros.

Diego: Cuidado!
 — Na visão deles, Diantha havia incendiado o lugar com chicletes.  O que vamos fazer?

Calyrex: Hm...
  Os quatro pensaram, coçando o queixo, até que ele teve uma ideia.  Vamos passar por cima!

Katie: Boa ideia!!

    Os quatro continuaram correndo, mas tropeçaram em tudo que a Diantha derrubou, caindo.


Poipole: Escutem aqui, seus infelizes! Eu quero saber como estão fugindo do meu radar e onde guardam a Wishing Star! Me respondam!!  Ele exigia, balançando os braços na frente dos rostos de cada um, mas eles só entendiam...


"Iiiiinhuuiiinnn eu quero iiiinnn doces!!!"


Katie: Haha... Ele é engraçadinho...  Ela começava a ver Poipole feito de jujuba.  Hm...

Calyrex: Eu quero ele pra mim!  Salivando e com os olhos vidrados em Poipole, ele estendeu as mãos, criando caules de flores para tentar amarrar Poipole.

Poipole: O quê?!  Ele corta os caules com a cauda, indignado, mas sente alguém o mordendo.  AAAAAI!!! Qual é a tua?!


Hop: Você tem um gosto meio roxo!

Poipole: O que isso significa?!


Diantha: Vamos, Gardevoir! Vamos capturar aquele Skwovet!!  Ela achava que estava voando com Gardevoir, mas na verdade estava deitada numa mesa, abraçada com uma Alcremie e apontando para outra.


Diego: Ririri... Nhuuum!! Ririri... Nham nham!!  Num canto da cafeteria, em meio ao caos, ele estava sentado mergulhando a língua num pote de geleia e rindo sozinho.


Poipole: Não era isso que eu queria!!!



    Sentadas de frente para o portão gradeado de Spikemuth, Leuri e Cynthia estavam em silêncio já há alguns longos minutos. Frogadier sentou ao lado de sua parceira, pegando um montinho de espuma e colocando nas mãos dela, uma tentativa de alegrá-la. Dando um leve sorriso, Leuri suspirou, então ergueu a cabeça. Cynthia mantinha os olhos fechados.


Leuri: Eu... preciso que cuidem de mim. Sempre foi assim, com os meus amigos, a minha mãe, o Wallace, o Chairman Rose... Agora eles esperam algo de mim que não sei se posso dar. Mas você... Só de me aproximar já sinto o que é ser poderosa, segura... perfeita. Você é a Campeã perfeita e sabe usar seus poderes perfeitamente. Eu queria ser como você, porque se eu não deixasse as coisas ao meu redor me afetassem tanto, talvez nós nem estivéssemos nessa situação.


Cynthia: Está enganada. Não sou tão forte como você pensa.  Leuri a olhou prestando atenção.


"Não é fácil ficar no controle, eu tenho fraquezas também, mas escolho não deixar que elas me consumam. Luto para continuar forte porque eu sei do impacto que eu causo em todo mundo."


Cynthia: Por favor, entenda, Leuri. Você causa um impacto também. Há momentos que buscam força em você, a Campeã mais jovem da história, à frente da política de toda uma região que só cresceu desde então. Alguém que consegue se expressar bem para todos entenderem o que está sentindo. Por isso a escolheram como líder. Não eu, não Diego, não Rose. Você controla seu próprio futuro, mas precisa escolher ser forte para podermos ir adiante.


Leuri: Eu entendi...  disse, enxugando o rosto com as costas de uma mão e sorrindo com as bochechas coradas.  Não posso mais desistir!


Cynthia: Ótimo.  Frogadier sorriu com as duas, mas uma sombra as cobriu.


Leon: Ahn... Desculpa interromper o momento de vocês, só que a missão do Diego já está demorando demais e todos estão ficando preocupados.

Leuri: Missão do Diego? — Cynthia e ela se olharam, então levantaram.




QUEREMOS MAIS DOCES!!!

    No Battle Café, Poipole agora estava sendo encurralado, mas na visão de Diego e dos outros, estavam prestes a se jogar num baú cheio de doces.



CHING CHANG CHONG BTS



CHING CHANG CHONG BTS

    As Alcremie dançavam e pareciam se multiplicar cada vez mais, e logo Katie, Calyrex e Diantha também estavam da mesma forma, todos com fantasias de açúcar. Calyrex ergueu uma lança de jujubas e gritou para atacarem, então todos avançaram para cima de Poipole.


Poipole: AAAAAH!!!  Desesperado, ele pensou ser o seu fim, quando uma das paredes da loja foi completamente destruída. O barulho assustou Diego e os demais, que recuaram, mas Poipole abriu um sorriso tendo uma oportunidade de escapar.

"Aonde pensa que vai?"



    Poipole acreditou que vieram ao seu resgate, mas na verdade, eram Cynthia e Leuri, com Garchomp e Frogadier prontos para lutarem. Engolindo em seco, a besta cerrou os punhos e rodopiou, espalhando seu veneno para todos os lados, criando uma distração para fugir. Garchomp os protegeu com seu braço, e quando baixou, nem sinal do inimigo.

Cynthia: Mas que diabos...?  Ela viu Diantha lambendo uma Alcremie, horrorizada.

Leuri: Eu não sei se quero saber... Frogadier, faça-os engolirem Water Pulses!


~Froooogaa!!!

    Frogadier corre pela loja arruinada, embolsando água e disparando-a em esferas para dentro das bocas de cada um ali. Calyrex é o último a engolir, e então seus olhos voltam ao normal, mesmo que todos estivessem com muita dor de cabeça agora.

Diantha: Ai... O que aconteceu?

Cynthia: Parece que vocês comeram doces demais
  respondeu, e Diantha abriu a boca para ofendê-la, mas se calou ao ver uma Alcremie apaixonada por ela a entregando um número de celular num guardanapo, a soprando um beijo antes de sair com as outras por Hammerlocke.

Diego: Você nos deu água para equilibrar e diluir o açúcar em nossos corpos, não foi? Que esperta, Leuri!

Leuri: Foi? Ah, obrigada!
  Ela sorriu, colocando as mãos para trás.

    Mais tarde, em Spikemuth, Calyrex tirava um lençol de cima do carrinho de compras cheio de guloseimas do Battle Café. A ideia era que fizessem uma fila para pegarem os doces, mas todos atacaram de uma só vez.


Bede: Não são tão cremosos quanto os de Ballonlea, mas...  Hop tinha o rosto bem próximo dele, aguardando um sorriso, então ele cedeu, corado.  Estão ótimos, sim! Obrigado por trazê-los pra mim!


Hop: Por esse sorriso eu faço tudo!  Ele se deitou no ombro de Bede e os dois riram.


Aleíse: Até que me sinto melhor...


Harley: Eu definitivamente estou renovado! Essa geleia aqui é caríssima, Diantha você lacrou muito!!

~Piiin!  Pincurchin e Calyrex dividiam uma fatia de bolo, fazendo as pazes.


Leuri: Todos felizes... Ainda bem. — Observava de longe, junto de Diego e Frogadier.


Diego: Sim, todos...

Leuri: O que foi?

Diego: Meu plano deu errado, corremos risco com o Poipole e aquelas Alcremie nos deixaram alucinados...

Leuri: Não deu errado, seu plano foi um sucesso, conseguiu deixar todo mundo disposto de novo. Obrigada por segurar as pontas enquanto eu precisava, Diego!  Ela sorriu, o deixando surpreso, então foi com Frogadier pegar um docinho.

    De longe, Grace piscou para Diego, mas logo foi tirar um pirulito da boca de Camille. Sentindo-se mais leve, o garoto também se permitiu sorrir, indo para perto de Katie e Nia para pegar algo para comer.


Carbink: Ririri! Eles podem ficar com os doces que quiserem, mas os Pokeblocos são só meus!  dizia enquanto saltitava com Obstagoon até a casa de Marnie, onde Glastrier descansava sendo vigiado por Golett.  Passa pra cá, Golett!!  Mas, quando o guardião se virou, estava cheio de farelos de Pokeblocos pelo rosto.  VOCÊ COMEU TODOS?!


~Gooo?

Continua



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    De volta à Torre Obscura, Poipole está exausto, mas assim que encontra Marnie, ele grita e foge dali.


Marnie: Hm?  Ela estoura uma bola de chiclete na boca, confusa pela reação dele.


Faltam seis capítulos para o fim de Galeuri

Último capitulo postado

Capítulo 112: Recheio de felicidade!

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