Capítulo 73: O desafio de Ponyta!

    No estádio de Ballonlea, uma batalha acontecia nesse momento. Haviam poucas pessoas nas arquibancadas, na maioria outros treinadores que só precisavam da insígnia de Opal para completarem o desafio dos ginásios. Ponyta em sua forma Dynamax formava escudos gigantes para defender-se das camadas de creme que caíam por cima dela.

    Por sua vez, Alcremie estava em seu Gigantamax, como um gigantesco bolo de casamento rosa. As camadas de seu corpo desprendiam pedaços que grudavam pelo campo, Ponyta já grudava seus cascos neles mas tentava queimá-los com seu Max Mindstorm. Quando...

    O tempo de transformação acabou para ambos os lados e Alcremie juntou suas mãos à frente de seu corpo enquanto caía ao campo, disparando creme contra Ponyta. Esta foi atingida e rolou no ar.

Carbink: Ela precisa aguentar, Opal ainda nem usou o terceiro Pokemon!

~Ratta? — Ele farejou algo, olhando ao redor mas não vendo nada, então pensou se tratar do cheiro de bolo.

Diego: Nós ainda não terminamos! — exclamou e estendeu o braço. Suava muito e tinha pedaços de creme grudados no uniforme rosa que usava.

Opal: Resposta incorreta.

    Caída no creme, Ponyta não se levanta mais. Diego arregala os olhos e corre até ela, vendo-a inconsciente. Ele abaixa a cabeça e se ajoelha, retirando-a do creme.

Opal: Hoho, o que aconteceu com aquele Heal Pulse cor-de-rosa tão lindo? — perguntou após chegar até Diego, o que demorou alguns minutos por andar tão devagar.

Diego: Nós mudamos nossa estratégia, senhora Opal... Estamos tentando ser mais agressivos com o Psybeam — disse, borrifando uma poção em Ponyta, que aos poucos abria os olhos.

Opal: Mudaram, foi? Oh, vocês são duas gracinhas rosas. Ponyta é uma Pokemon muito sensível, sabe disso, sim?

~Hiiin! — relinchou emburrada e Opal sorriu.

Opal: Isso não é ruim, minha querida. Eu sempre tive olhos para o seu poder, todas as vezes que voltou nesse estádio com treinadores diferentes, todos os seus treinos com Trevenant na floresta. Espero grandes coisas a seu respeito.

Carbink: Hey! — Ele saltitou da arquibancada até o campo, acompanhado por Rattata. Opal olhou o rato com algum desprezo, mas voltou seu olhar para Carbink.

Opal: Assim mesmo, Ponyta. Um ótimo exemplo do que o seu tom de rosa pode criar.

Carbink: Uh? Eu só trouxe bolinhos cremosos para animar um pouco! — Ele chacoalhou seu corpo, deixando migalhas de bolo caírem de seus pelos. — Na verdade, eu comi a maior parte do creme... Mas a Alcremie espalhou tanto pelo campo, né?

    Todos riram enquanto Carbink fazia uma careta, mas Diego levantou-se, com as mãos dentro do casaco. Opal olhou para ele, curiosa.

Diego: Obrigado, senhora Opal. Ponyta e eu voltaremos mais fortes, eu prometo.

Katie: Ei, Opal! — Assim que Diego deixou o campo de batalha, ela saltou da arquibancada, usando um vestido rosa. — O que acha dessa roupa, hein? Agora vai aceitar ter uma revanche comigo?

Opal: Como eu poderia dizer não para uma pessoa tão rosa?! Vamos, terceira batalha do dia, estou ótima!

    Algum tempo depois, Diego pagava o motorista de um taxi Corviknight. Ele entrou na estação de Wedgehurst, acompanhado por Rattata e Ponyta. Carbink estava na direção contrária e os dois se olharam.

Diego: Tem certeza de que ficará bem sozinho, Carbink?

Carbink: De novo isso? É claro que vou, só quero visitar uma amiga! Deveria se preocupar mais com seu treinamento lá.

Diego: Sim... — Ele olhou para um bilhete de trem, estampado com o símbolo de um punho, o mesmo de um já conhecido Dojo. — Ilha Armadura me espera.

Carbink: Boa sorte, não faça nada que eu não faria! — Ele piscou com um olho só para Diego, que riu baixinho e se abaixou para abraçá-lo.

Diego: Se cuida, amigo!

    Os dois sorriram um para o outro e foram por caminhos diferentes na estação. Rattata voltou a farejar algo, olhando para trás e não vendo nada além de pessoas. Ponyta então o jogou para suas costas para que ele não ficasse para trás.

    O trem não podia cruzar o oceano até a ilha, então, na última parada, os passageiros fizeram a conexão pelos taxi Corviknight. Na cabine, Diego tinha Rattata no colo e via os Wingull voando no céu. Ponyta, ao seu lado, via seu reflexo no vidro e sentia-se distante. Logo saltaram na estação da ilha e se despediram do motorista e seu Pokemon.

Harley: Olha se não é minha mana Diego! — Próximo da estação, ele recebia Diego, que já ria com seus comentários. — Está animadinho, né? Eu também estou, é a primeira vez que o Mestre Mustard me deixa receber um aluno novo do Dojo! Mas bem que podia ser alguém artista, né?

Diego: Então toda essa ilha... É propriedade do Mustard? Para comprar algo assim, ele deve ser mesmo muito rico.

Harley: E é! Mas ele é uma pessoa tranquila, você vai adorar. Ele fez isso para preservar a natureza da ilha, claro. Pessoas tinham planos de construir tantas coisas aqui... Mas Mustard não permitiu. A única construção é o Dojo, para onde vamos agora! Mas entre nós, sou a favor de construir uma piscininha ou uma sauna bem gostosa, isso não mata ninguém!

    No caminho, Diego observava as ondas do mar batendo na areia ao longe. Ele sorriu ao ver um Wailord esguichando água, mas então algo o chamou a atenção. Uma gigantesca torre no meio do mar, parecendo antiga e feita de madeira, mas bem preservada e com detalhes pretos e vermelhos. Antes que pudesse pensar em mais algo, sentiu a areia por baixo de seus pés tremer e uma Starmie saiu de lá, girando para atacá-lo.

Harley: Rajada de almas! — gritou, tomando a frente de Diego, que por impulso agarrou Ponyta e Rattata. Ele arremessou duas Pokeballs para o alto, liberando Cacdivo e Anna, sua Banette.

    Cacdivo riscou o pé na areia, como se usasse isso para entender até onde atacaria. Então estufou o peito e cuspiu sementes energizadas contra Starmie. Anna materializou-se por cima dele e abriu os braços, comandando almas flamejantes para queimarem as sementes, que ganharam a aparência de rostos sofrendo. Starmie foi atingida por todos e rolou até o mar.

Diego: Você venceu com uma única combinação!

Harley: Tá passada? Além de gostosa, metida e diva peituda, também sou Coordenador! Mas veja bem fofucho, os Pokemon daqui não estão acostumados com os humanos, eles não são muito receptivos. Ultimamente alguns tem agido de forma mais agressiva que outros, como as Starmie e as Clefairy, então precisa tomar cuidado.

~Bunne? ("Margarida por que esses humanos continuam aparecendo aqui, eles são burros?")

~Bliii! ("Não liga pra isso não, Lola, vamos voltar a criticar o sistema político de Galar!")

    Passando pela Buneary e a Blissey que conversavam num gramado, Diego simpatizou com o local. Tinha um clima diferente e mais pacífico, mesmo com alguns Pokemon querendo atacá-lo. Percebeu que podia ouvir o mar mesmo quase chegando no Dojo, não havia barulho de carros, fábricas ou pessoas para todos os lados.

Harley: Tá gostando? É o melhor lugar para ter uma era clean!

    De frente para o Dojo, Diego já ia entrar quando Harley o segurou pelo braço, balançando o dedo indicador para ele.

Harley: Eu achava uma bobagem, mas agora entendo o significado disso. Diego, para entrar no Dojo, precisa entender que é um local de respeito que existe há muitas gerações. Os mais poderosos treinadores de Galar passaram por aqui, mas esteve abandonado por muito tempo, até nosso Mestre comprar a Ilha e reformá-lo. Quando passarem pela porta, precisam deixar o orgulho e o ego do lado de fora. Deixem suas armaduras e venham como realmente são. Dentro, somos todos iguais, uma família — disse, com os olhos brilhando e levando uma mão ao coração.

    Diego e Ponyta se olharam e então assentiram, levando uma mão/casco ao peito. Rattata não fez nada disso, mas ficou pensativo com o que ouviu. Diego fechou os olhos, se concentrando e uma aura obscura o rodeou, logo sumindo quando Harley o deu permissão para entrar.

Mustard: Diego, que bom que chegou, garoto! A casa está mais vazia que o costume, a maioria dos meus alunos estão em Galar terminando o Gym Challenge ou treinando pela ilha, mas vou apresentá-lo aos que estão aqui.

    Assim, Diego foi apresentado a todos. Calvino e Letícia, os alunos de meditação de Honey, a esposa de Mustard. Jairzinho e Lulinha, duas crianças que estão sempre discutindo, mas são amigos do filho de Mustard e Honey, o Sweetie Pie.

Sweetie Pie: Mãe, meu Rookidee fugiu!

Honey: Como assim, querido?

Sweetie Pie: Deixei a gaiola aberta e ele voou! Tô muito triste, para de me maltratar e pega outro pra mim! Agora!!

Diego: Hehe... Mestre Mustard, estou feliz por estar aqui. Ponyta e eu precisamos ficar mais fortes para completarmos o desafio antes que o prazo acabe. Acabamos de voltar de mais uma derrota no ginásio da Opal...

Mustard: Opal, haha, nunca consegui vencê-la... Eu entendo, então vamos deixar nossa batalha para depois — disse para Diego, que corou, percebendo que teria enfrentar um ex Campeão. — Haha! Tenho alguns desafios para você!

    Sentado no canto da sala do Dojo, Kubfu comia um sanduíche. Rattata estava inquieto, procurando por algo em todos os lados e o urso o olhou com alguma curiosidade.

Diego: Pensar, sentir e mergulhar o rabo... — Repetia enquanto um Slowpoke corria muito rápido ao seu redor, com seu estojo de insígnias na boca. — Eu entendi. O motivo para estarmos aqui, Ponyta. Nosso desejo...

~Hiiin... — Ponyta abaixou a cabeça e seu chifre cintilou. Sua crina acendeu-se em várias cores e Diego estendeu a mão para frente.

Diego: Temos que reduzir o ritmo, certo? E então, mergulhar o rabo...

~Slooow... — Aproximando-se, ele mergulha seu rabo na mão de Diego, devolvendo as insígnias para ele. Rattata o cheirou, procurando por algo.

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    Na Forest of Focus, um trio de Amoonguss liberava esporos contra Diego. Ponyta saltou para sua frente e purificou os esporos, exalando uma aura curativa. Os três Pokemon então afastaram-se, deixando a psíquica ofegante.

Diego: Certamente não eram os cogumelos da sopa que a Honey quer fazer...

~Rattata! — Farejando, ele chama por Diego e Ponyta, que o seguem para uma parte mais escura da floresta.

    Passando por arbustos, Diego vê alguns grandes cogumelos vermelhos. Ele agradece Rattata e corre para pegá-los, mas eram grandes. Ponyta então tem uma ideia, cortando-os com seu chifre para caberem na mochila do garoto.

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    Na Honeycalm Island, Diego tinha um bloquinho de anotações quase todo preenchido e mesmo assim não parava de escrever enquanto via vários Combee coletando o néctar das flores. Ponyta descansava ao seu lado e Rattata tentava comer uma flor.

Diego: No começo tinha me empolgado porque a tarefa era só anotar sobre os Combee, mas... Acho que estou compreendendo tudo isso. Combee estão sempre se ajudando para produzirem mel. Se pensarmos como eles, poderemos obter os melhores resultados, Ponyta!

~Hiiin? ("Tão rápido?")

Diego: Isso mesmo e só precisei escrever esse bloquinho inteiro para entender!

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Mustard: Você... completou os três desafios no mesmo dia?

    No Dojo, Mustard esfregou os olhos enquanto Diego sorria. Honey cozinhava a sopa com os cogumelos, assobiando uma música.

Harley: Dieguinho sempre foi o sabichão mesmo. Mas nossa, como eu odeio aqueles Slowpoke...

Diego: Aqueles? Mas só tinha um!

Harley: Ah, sim... Esqueci da última vez...

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Harley: Rsrs...

Mustard: Escute, garoto... Não quero dispensá-lo, mas parece que você já é um aluno avançado. O que exatamente o trouxe até aqui? Por que não consegue alcançar a força com Ponyta?

Diego: Eu... Honestamente, não sei.

    No Dojo, os Pokemon de Diego estavam fora de suas Pokeballs. Woobat disparava lâminas de ar contra Carvanha, que as destruía com mordidas frenéticas.

~Cooouf! — Concentrando energia em sua boca, Furfrou a dispara num feixe faiscante na direção de Ponyta.

~Hiiiiin! — Ela risca o ar com seu chifre e um entrelaço de anéis psíquicos se forma, mas é destruído de primeira e o Charge Beam de Furfrou a atinge.

Diego: Não é sobre purificar ataques ou usar a sua força psíquica... Então o que mais pode ser? Qual é o estilo de Ponyta?

Mustard: Você disse... purificar ataques? — Ele coçou o queixo, interessado.

~Rat? — Rattata dessa vez viu uma sombra se esgueirando para baixo do sofá, correndo para lá e ficando com o rosto preso.

    Algum tempo depois, de volta à Forest of Focus...

Diego: Bem, Ponyta, o Mestre Mustard nos mandou para cá por um motivo, então vamos descobri-lo.

~Hiiin? — Ela caminhou com o chifre aceso, iluminando a floresta.

Diego: Isso me lembra do dia em que nos conhecemos... Estávamos juntos numa floresta também. Mas lá era tão mais brilhante e aqui é tão mais... escuro e úmido.

~Hin! — Seu chifre brilhou em outro tom e Diego riu.

Diego: Sim, é verdade! Você pode iluminar o caminho. Talvez devêssemos encontrar algum Pokemon?

    Os dois seguiram andando e Ponyta passou pelas raízes de uma árvore, alheia de que instantes depois, elas se mexeram e mudaram de posição.

Diego: Se o meu conhecimento de florestas estiver certo... — Ele passou a mão no tronco de uma árvore. — Tem algo de diferente aqui...

    Percebendo um vulto se aproximando, Ponyta sente-se em câmera lenta ao desviar de uma raiz que passou a um centímetro de seu rosto. Ofegante, ela se chega em Diego, que não parece entender sua preocupação.

Diego: Espera... Chuva? — Ele levanta uma mão, sentindo os pingos começarem a cair.

    Então, por trás de Diego, a árvore começa a se iluminar e seus galhos se contorcem como braços. Ponyta suou frio e se afastou apressada, deixando Diego mais confuso, até ele ser agarrado pelos galhos.

Diego: Eh?! Socorro!! — Ele tentou escapar, mas o tronco da árvore se abriu e ele foi puxado para dentro. Então, voltou a se fechar.

~Hiiiin!! — Ela gritou, apavorada.

    O tronco da árvore começou a descascar e um olho vermelho se abriu. Ponyta recuou, mas então reconheceu quem era... Trevenant, seu rival. Mas por quê?

~Hiiinta! — Não querendo questionar, mas trazer seu amigo de volta, Ponyta ilumina todos os pelos de seu corpo e dispara feixes psíquicos contra a árvore, que não parecia sentir nada.

    Por baixo dos cascos de Ponyta, raízes emergiam do solo e se enroscavam nela, a puxando até que caiu de barriga.

~Treeevenant! ("Depois de tanto treino, continua fraca! Estou farto!")

    As raízes arremessam Ponyta para longe e ela bate com as costas numa outra árvore. Para sua surpresa, esta também a agarra, mas ela a chuta com as patas de trás e se liberta.

~Hiiinta?! ("O que está fazendo, Trevenant?")

    Investindo contra o Pokemon, Ponyta para quando o tronco da árvore se abre novamente, revelando Diego com as raízes em sua boca. Ela cessa seu ataque, com os olhos brilhando de preocupação.

~Treveee! ("Você concordou em mudar seu estilo para ficar mais forte, mas sente falta de como era antes!")

    Galhos se prolongam até Ponyta, a batendo no rosto várias vezes. Ela sente suas bochechas incharem e seu corpo pedia para que caísse, mas esforçou-se para ficar de pé.

~Hiin... Hiiintaaa! ("Eu não fiquei forte... Não tenho energia para vencer batalhas, assim como antes... Eu só me sinto tão perdida nessa floresta!")

~Trevenaaan!!! ("É porque não percebe o que está ao seu redor!!!")

    Mais raízes se ergueram do solo e Ponyta saltou por cima delas, deixando uma trilha de feixes psíquicos para queimá-las. Então investiu contra Trevenant, que a agarrou pelo chifre com uma só mão.

    Tentando soltar-se, Ponyta sente seu chifre sendo apertado. Ela fecha os olhos, temendo o pior, mas então se dá conta de algo. Não via a escuridão quando estava de olhos fechados... Via pontinhos coloridos espalhados. Quanto mais se concentrava, mais deles surgiam.

"Ponyta é uma Pokemon muito sensível, sabe disso, sim? Isso não é ruim, minha querida. Eu sempre tive olhos para o seu poder, todas as vezes que voltou nesse estádio com treinadores diferentes, todos os seus treinos com Trevenant na floresta. Espero grandes coisas a seu respeito."

"Hey!"
"Assim mesmo, Ponyta. Um ótimo exemplo do que o seu tom de rosa pode criar."

    Ponyta concentrou-se ainda mais e os pontos coloridos começavam a se agrupar, como se fizessem mais sentido agora. 

~Hiiin... nyta...

    Forçando seus olhos como se pudesse fechá-los com mais força, Ponyta para de se balançar e seu chifre começa a se acender. Trevenant o encara, mas não a solta.

A umidade do ar se precipita e formata o orvalho...

Quando uma gota de orvalho cai da folha...

E se mistura com a água de um rio...

Eu consigo sentir... Essa energia. Ela flui na natureza e também dentro de mim... Essa é quem eu sou?

    A luz do chifre de Ponyta começa a aumentar seu alcance e Trevenant a aperta com mais força. Porém, Ponyta abre os olhos e eles estavam inteiramente coloridos por tons pastéis. Seu corpo é envolto por toda essa energia e ela abre levemente a boca, transformando-se em algo maior com aquele poder místico.

    As árvores enviavam mais força para Ponyta e sua luz transformou-se num grande arco-íris que clareou toda a floresta. Ela mudou sua forma, transformando-se numa Rapidash, suas crinas aumentaram de comprimento assumindo cores diferentes em ondulações de tons pastéis. Trevenant ficou paralisado, mas recebeu um chute dela, assim a soltando.

~HIIIINDAAAASH! ("A FLORESTA E EU SOMOS UM SÓ, VOCÊ PERDEU!")

    Iluminando sua crina nos vários tons pastéis, Rapidash relinchou e as paletas escaparam para a ponta de seu chifre, que faiscou e formou uma esfera colorida em formato de lua. Ela gritou, jogou o corpo para frente e a mandou contra Trevenant, que defendeu-se com os braços, mas não aguentou e foi empurrado para longe.

 — Muito bem — disse uma voz masculina que Rapidash reconheceu, se virando assustada.

Diego: Você conseguiu, Rapidash! Estou tão feliz! — São e salvo, Diego correu até sua Pokemon, agora mais alta do que ele. Ela fez cara de confusa, não percebendo o que houve. — Hehe! Desculpe, foi um plano do Mustard que no final deu super certo! Eu atuei muito bem, não foi?

Harley: Com muita boa vontade eu daria uma nota cinco, seu personagem não durou muito mas já tá melhor que a Diantha naquele live action do Bambi — disse, saindo de trás de um tronco de árvore. — A propósito, que crina linda! Quero meu cabelo assim, vou ver se Leila faz!

Mustard: Eu desconfiei quando você falou sobre purificar energias — falou, olhando para Diego e em seguida para Rapidash. — Este é um poder apenas das fadas. Fadas vivem e são um só com a natureza... Combinam a energia da vida para criarem seus ataques e por isso são tão fortes. Mas Ponyta era apenas uma psíquica que não havia despertado tais poderes... Por isso não conseguia fazer grandes coisas com seu dom.

Diego: Mas Rapidash, isso é incrível! Agora finalmente você sabe quem é de verdade!

Você é uma catalisadora de energia! Uma fada, Rapidash!

~Trevenant! — Se recuperando, ele ajeita as árvores com seu poder e se aproxima de Rapidash. Esta o olha, emocionada.

Diego: Trevenant é um Pokemon que também tem poder sobre a natureza... Afinal era para isso que ele vinha a treinando.

Mustard: Pokemon que podem criar vida com seus poderes... As fadas ainda guardam muitos mistérios, mas Rapidash e você certamente desvendarão alguns deles se continuarem juntos.

Diego: Poderes de criação...

    Memórias vinham em sua mente, Carbink criando diamantes, Leuri usando seus poderes sem controle... Os dois compartilhavam da aura das fadas, uma benção de Xerneas, o Deus da Vida, para todas as fadas.

Diego: Sim. Obrigado, Mustard, Harley... Eu estou muito feliz! Rapidash, vamos ficar ainda mais fortes para vencer a Opal!

    Encostando a testa na de Diego, Rapidash também recebe um abraço dele. Seu chifre continuava iluminando toda a floresta e Mustard riu de Trevenant enxugando uma lágrima e disfarçando, enquanto Harley corria pelo arco-íris se acabando de rebolar com uma Blissey e uma Buneary levantando bandeiras vermelhas. Mas, no Dojo...

    Rattata havia passado por baixo do sofá, saindo por trás dele... Ele estava pronto para atacar quem quer que fosse, mas abaixou as orelhas quando viu...

~Nhhhhiw?

Continua