Capítulo 59: Quem vai caçar a Leuri?

Oleana: Isso já virou rotina, não é?

    Sentada em sua mesa do escritório de Rose, Oleana fechava seu notebook assim que Sonia, Grookey e Shauntal entravam na sala. O Chairman estava ao lado de Leuri, de costas para a vista de Wyndon.

Leuri: Eu deveria ter imaginado... Tinha uma em Kalos e outra em Alola, é claro que teria mais uma em Hoenn. Se é que não é a mesma de Kalos... É muito confuso — disse, rolando o dedo pela tela de seu Rotom Phone. — Wallace e minha assistente Courtney não mandam mensagens há dias... Eu não senti falta, mas normalmente teriam pelo menos umas cinquenta novas... a cada hora.

Shauntal: Interessante, a inspiração vem até você, é o chamado para uma nova aventura!

    Enquanto Shauntal se perdia em seus devaneios e anotava em seu caderno, Meowth acordou e saiu de sua caminha debaixo da mesa de Rose. Ele notou a cauda de Grookey balançando e tentou pegá-la, mas os dois começaram a brincar pelo escritório. No aquário, Magikarp continuava batendo a cabeça contra o vidro, tentando os perseguir, e a Feebas roxa cruzou suas nadadeiras e revirou os olhos.

Leuri: Eu prometo que vou compensar depois, Rose, mas preciso ir para Hoenn agora mesmo. 

Rose: Fique tranquila, Leuri. Precisando de reforços, nos chame!

Leuri: Certo, confio em... — Ela pareceu se dar conta do que ia dizer e então se viu sorrindo. — Confio em você! Obrigada por ficar de olho na Leulola também, prima!

Sonia: Na quem?

Oleana: Como assim quem? Aquela esquisita que fica dormindo em pé, você não parava de reclamar dela ontem.

Sonia: Gente? Isso é alguma pegadinha? Eu passei um tempo com o Grookey e os outros Pokemon e depois estive no laboratório pesquisando e... Hm... Eu não lembro da minha pesquisa. — Confusa, ela preocupou a todos. Rose ficou atento com isso e conferiu as horas em seu relógio de ouro.

Leuri: Eh?! — Ela correu e acessou as câmeras da empresa pelo computador de Rose, não vendo a Leulola em lugar algum. — Não acredito... Bagunçaram a sua memória e levaram a Leulola?

Oleana: Eu sabia que era ele! — Ela cruzou os braços ao ver o Corviknight de Andy com um cabo de vassoura no bico, até este se partir ao meio.

Leuri: Shauntal, você queria uma aventura, não é? Vamos agora mesmo ao Palácio!

    Correndo para fora da sala, Leuri é acompanhada por sua fã escritora. Rose reparou em Grookey acenando e viu uma cauda felpuda passando para o lado de fora.

[Região de Hoenn - Palácio da Elite]

    Quando chegaram em Hoenn ao fim da tarde, Leuri e Shauntal pegaram carona aérea com Swellow, um antigo parceiro de Leuri que agora treinava para competições olímpicas de voo com a Líder de Ginásio Winona. Ela também emprestou sua Altaria, que carregou Shauntal e a aguentou fazendo reflexões sobre as nuvens. Também teve que ser rápida e agarrar o caderno dela quando ela o deixou cair. Assim, logo chegaram ao Palácio.

Leuri: Aqui, é um agrado por ter nos ajudado — disse, entregando uma Sitrus berry para Altaria, que agradeceu e bateu suas asas, voando para longe.

~Sweeee! — A ave esfregou a cabeça em Leuri, que agora ria e o abraçava. Ela viu uma medalha de ouro em seu pescoço.

Leuri: Swellow, não acredito que não me convidou para vê-lo! Você está cada vez melhor nisso!!

Shauntal: Fascinante, e bem musculoso também! — Ela reparou nas pernas do Pokemon, que bateu com a asa no peito.

Leuri: Hehe! Mas vamos entrar, tenho a sensação de que devemos agir logo.

    Sendo identificada por um sensor na porta, Leuri caminha pelo tapete vermelho do corredor de entrada do palácio. Shauntal fica maravilhada com os quadros nas paredes, fotos de antigos Campeões de Hoenn com seus times. Swellow as acompanhou, voando acima de Leuri.

Leuri: Chegueeeeeei! — gritou e abriu os braços, mas nada aconteceu.

Shauntal: Hum... Quer um abraço?

Leuri: Não, calma, o Venusaur logo vem! Eu disse... CHEGUEEEEEEI!

 — Ai, que coisa! Mas quem é que tá gritando?

Shauntal: Oh!! Venusaur sabe falar?

~Sweee?

    Abrindo uma das portas do primeiro andar, Wallace saiu acompanhado de um Metagross. Leuri piscou os olhos e Shauntal anotou algo em seu caderno.

Wallace: Ah, é só você. Achei que fosse mais alguém que a Phoebe atendeu, já a pedi para parar de tentar ajudar os outros. Mas então, para onde tinha saído?

Leuri: Ahn... Eu esperava ser recebida pelo Venusaur... Mas eu não venho aqui há algum tempo.

Wallace: Como? Eu a vi hoje de manhã, está tão comprometida com os seus deveres que quase não sobra nada para eu ajudar.

Leuri: Estou? Certo... Obrigada, Wallace.

    Os olhos de Metagross se iluminam e passam a rolar como se lesse dados enquanto fitava Leuri. Wallace o olha com alguma confusão, mas ele continua nesse estado e passa a levitar ao seu lado. Os dois voltam para a sala de onde saíram.

Leuri: Pessoal? — Após subirem os seis andares, as duas chegaram até o corredor dos quartos de cada membro da Elite. Leuri abriu a porta do seu, mas estava silencioso e vazio, apenas com seus objetos.

    Abrindo algumas gavetas, Leuri vê roupinhas minúsculas que seu Dedenne usava, mas nem sinal dele dormindo junto delas. O chão não tinha resquícios de gosma de Sliggoo ou cinzas do vulcão de Camerupt. Ela se abaixou e viu os óculos vermelhos de Pancham caídos, os pegando.

Shauntal: Não era como eu imaginava... — Ela continuava parada na porta, fitando dois quadros nas paredes, onde as insígnias que Leuri ganhou em Kalos e Hoenn estavam expostas. — Hmm?

    Sentindo algo diferente no ar, Shauntal retira o marcador de página de seu caderno e libera rapidamente Chandelure de sua Dusk Ball.

    Chandelure gira seus braços e revida trovoadas de choques vindas na direção de Leuri. Swellow e ela se viram e veem olhos brilhando no escuro, até Luxray entrar no quarto.

Leuri: E-Espera! Luxray, sou eu!

    Rosnando, Luxray faz seu pelo faiscar. Leuri pega uma Pokeball e Swellow se coloca em posição de combate, receoso de ter que lutar com um amigo.

    Segurando as lágrimas, Swellow bate suas asas e reúne vento ao redor delas. Ele voa muito rápido até o leão, quase como se teletransportasse, e o golpeia antes que pudesse atacar, o empurrando contra a porta do quarto da frente.

    Um clarão ilumina seu corpo e Luxray ruge, transformando-se em pura eletricidade. Chandelure encolhe e voa para trás dele, tentando puxá-lo, mas ele se solta e Swellow é obrigado a desviar, vendo algumas de suas penas queimarem. Ele estava atacando para valer.

Leuri: Eu não vou machucá-lo, Luxray — disse, de cabeça baixa. — Frogadier, prenda-o com a espuma!

    Saindo de sua Pokeball, Frogadier arremessa pedaços da espuma nas paredes. Luxray é guiado por Chandelure até ficar na posição certa para ser grudado pela espuma. Antes que pudesse se soltar, o sapo o congela ali mesmo. Leuri sabia que não duraria muito tempo e que logo estaria livre, então agarra em Shauntal e as duas correm pelas escadas.

Leuri: Uh? — Entrando na cozinha do palácio, ela viu seu Sceptile de costas, cortando algo com suas lâminas na bancada da pia. — Ah!, Sceptile! Sabe o que aconteceu com o Luxray? Ele estava...

    Se virando para Leuri, Sceptile tinha o olhar ameaçador. Ela engoliu saliva e viu a cabeça de um boneco cair para o chão, era o que ele estava cortando. Swellow, Frogadier e Chandelure se posicionavam para atacar, mas Shauntal gritou.

Leuri: Shauntal! — Ao se virar, ela esbarrou em Camerupt, mais raivoso do que o costume. Shauntal tinha a asa de outro Swellow cobrindo sua boca.

    Não reagindo, Leuri se rende, levantando os braços. Sceptile, Camerupt e o outro Swellow acompanham todos até o andar do campo de batalha da Campeã, a princípio vazio. Ao pisarem nele, o cenário se modifica.

Leuri: Distorção da realidade...? — perguntou-se, vendo Lunatone flutuando. — Estava camuflando isso tudo...

~Froo...

Shauntal: É melhor ver isso, Leuri.

    Ao fim do campo de batalha daquele andar, três degraus levavam a um grande trono almofadado vermelho, bordado com rubis e safiras. Haviam laços pretos o decorando e uma grande Pokeball de esmeralda no topo, com a silhueta do rosto de um Frogadier estampada. O olhar de Leuri se encontrou com o da pessoa que estava sentada nele. Outra Leuri, idêntica a ela, trajada com seu uniforme de Campeã. Ela tinha uma perna por cima da outra e os braços descansados no trono.

    Com uma taça de sorvete de queijo com menta nas mãos, Courtney levava colheradas até a boca daquela Leuri. Luxray adentrou a sala, tremendo de frio e com o pelo encharcado. Ele rosnou para Frogadier e se deitou na frente do trono.

Leuri: Pode me dizer o que significa tudo isso? Você mandou os meus Pokemon me atacarem!

Leuri: Corrigindo, mandei os meus Pokemon. Eles não são seus. Mas, oh... Outra clone. Eu achando que já havia reunido todas... Pode se juntar à elas.

    Lunatone emitiu feixes de distorção ao redor de seu corpo e uma gigantesca gaiola apareceu, aterrissando no campo. Shauntal ajeitou os óculos, incrédula ao ver a Leulola dormindo lá dentro, acompanhada por outra Leuri com os olhos inchados de tanto chorar, se segurando nas grades.

Courtney: Vamos, faça como minha Campeã está pedindo. As clones devem ficar presas até descobrirmos o que fazer com elas.

Leuri: Hey! — Sentindo seu corpo sair do chão, ela é levitada por Lunatone para dentro da gaiola, mas faz força para lutar pelo controle. — Eu não sou um clone! Sou a verdadeira Leuri! Courtney, algum dia eu já a fiz dar sorvete na minha boca?

Courtney: Hm? — Ela pensou um pouco, mas a Leuri sentada no trono a fitou.

Leuri: Não dê ouvidos, Courtney. Não se lembra? É de gente assim que prometi protegê-la. Fique ao meu lado e ninguém mais vai fazer a sua cabeça.

Courtney: S-Sim... Minha Campeã.

    Cortando a conversa, Chandelure, encolhido, agarra Lunatone por trás e ela deixa de controlar Leuri, que é pega por Swellow. A outra Leuri se levanta do trono e Luxray desperta. Camerupt, Sceptile e o outro Swellow também se juntam a ele.

Leuri: Frogadier, teremos que lutar!

Leuri: Frogadier... Por que ele ficaria contra a Leuri? — Ela desceu o primeiro degrau. — Se estão juntos há tanto tempo... São parceiros, foram campeões juntos... — Outro degrau. Frogadier hesitou, a encarando. — Tudo estava tão bem nessa época, não? É contra tudo isso que quer lutar?

    Descendo o último degrau, ela fica cara a cara com Frogadier. Lunatone se recompôs e flutuou para o seu lado.

~Froo... — Vendo os outros Pokemon ao lado daquela Leuri, Frogadier deu um passo a frente.

Leuri: Frogadier, não...

~Swee!!

Leuri: Sim, Frogadier. A escolha certa. A vida de um Pokemon Campeão ao lado de todos os seus amigos no palácio. Esse é o desejo certo, não é? — Ela o estendeu a mão e Frogadier a tocou.

~Froooo...?

Leuri: Pare! — Ela segurou na outra mão de Frogadier, com lágrimas nos olhos. — Esses não são os nossos amigos! Espera... Aonde estão os meus Pokemon?

Leuri: Seus clones preguiçosos e distraídos não são os verdadeiros Pokemon de uma Campeã. Os meus são bem melhores, ferozes como na batalha que me deu o título! Então... Eu me livrei deles.

~Froga?! — Lembrando-se do quarto vazio, Frogadier percebe o que estava fazendo.

    Pegando a Leuri Campeã de surpresa, Frogadier a puxa para mais perto e a chuta no rosto com seu Aerial Ace. Courtney derruba a taça de sorvete e o som do vidro quebrando é o que se ouve quando aquela Leuri se virou de costas, com uma mão no rosto.

Leuri: Hahah... — Ainda de lado e com a mão no rosto, sua luva se manchava de vermelho. — Hah... Por que?

~Froga! Fro, fro froga! — Ele discursou algo, levando uma mão ao peito e depois apontando para sua Leuri, Swellow, Shauntal e Chandelure. A espuma em suas costas aumenta o volume, borbulhando.

Leuri: Pode pensar que essa não é a verdade que procura, mas está enganado. — Seu corpo agora era envolto por uma aura rosada que aos poucos tomava conta dela por inteiro. — Eu sou de verdade. Eu estou no meu auge! EU... SOU LEURI AZURA, A CAMPEÃ DE HOENN!

    Retirando a luva manchada de sangue, esta Leuri a queimou em sua aura rosa. Ela virou-se para todos, com seu rosto ferido, mas logo se regenerava e a aura ia entrando na ferida até não restar nenhuma cicatriz.

Shauntal: Ela... Tem poderes?!

Leuri: Você precisa me ouvir! Tem uma pessoa atrás de todos os meus clones! Vocês três correm perigo!!

    Escutando, a Leuri Campeã volta a rir, ainda rodeada pela aura rosa. Ela cambaleia e estende a mão para a gaiola e esta explode em aura, libertando as outras duas.

Leuri: Vocês não veem?! — Indagou a Campeã, gritando para as duas. — Ela quer tirar tudo de nós! Nossa individualidade, nossa personalidade! Não somos meros clones! Somos reais! Lutem ao meu lado e mostrem quem é que está correndo perigo aqui!

    Receosa, a Leuri de Kalos olha para a Leulola, que esfrega os olhos e boceja. As duas então parecem entrar em transe e seus corpos também são rodeados pela aura rosa. Elas erguem Pokeballs, prontas para lutar.

Leuri: O que você vai fazer? Nós temos todos os seus Pokemon!

Shauntal: Leuri, são muitos...

Leuri: Mas não são todos eles. Certo, Meowth? — Ela se virou de lado e viu o gato se arrepiar e tentar se esconder atrás de uma pilastra. — Eu sei que me seguiu de novo e conto com a sua ajuda aqui.

    Liberando Gastrodon, Cramorant e Wooloo, Leuri forma seu time para aquela batalha. Chandelure e Shauntal ansiavam pelo que ia acontecer, até que...

VRRRRRUUUM

    Saltando de moto dos degraus para o campo, a já conhecida motoqueira estaciona entre os Pokemon. Seu Talonflame voava imponente.

Wallace: Leuri, você tinha razão! — Ele gritou, montado em Metagross, que também subia pelas escadas. — Essa outra Leuri não é como você, Metagross estudou as diferenças de seus corpos!

Courtney: Espera, é mesmo verdade? Você não é...

Leuri: Eu sou a original! Você, faça seu trabalho e me entregue a última clone! — gritou para a motoqueira, que assentiu.

    Incendiando seu corpo, Talonflame avançou na direção da Leuri original, mas deu meia volta e colidiu com o corpo da Campeã, a empurrando contra o trono.

Leuri: Traição!! Meus Pokemon, minhas Leuris, acabem com elas!!

    Levantando os braços, a aura rosa de seu corpo irradia pelo local. Paredes espessas de aura se formam, deixando Courtney, Wallace, Metagross, Shauntal e Chandelure de fora. Apenas as Leuris e a motoqueira dentro.

    Com os comandos das clones, os Pokemon iniciam seus ataques. Pedras cobertas de magma são expelidas dos vulcões de Camerupt, criando crateras incandescentes por todo o campo. Venusaur as agarrou com seus cipós e tentou arremessá-las nos Pokemon da Leuri original. Lunatone e Golbat disparavam Moonblast e Shadow Ball sem parar, até atingir algum alvo.

Leuri: Teremos que nos proteger e atacar! Gastrodon, Sand Tomb! Wooloo, Defense Curl!

    O campo se movimenta por baixo de Wooloo, enquanto sua lã inflava. Uma tempestade de areia a ergue e seu balido ecoa pelo local, enquanto os ataques dispersavam-se ali.

Leuri: Agora! Tornado Woooooo!!!

    Do topo da tempestade, Wooloo se lança, mergulhando e ganhando eletricidade em sua lã. Ela ricocheteia entre os Pokemon que a atacavam como uma bola de pinball, conseguindo empurrar todos e derrubar Golbat e Lunatone. Ao aterrissar, sente-se orgulhosa e pisca para Gastrodon.

    Dando múltiplos socos desviados por Cramorant, o Incineroar Lily rosna como um verdadeiro tigre e rodopia no mesmo lugar, como um peão de fogo. O pelicano fica perdido e cobre o rosto, mas Leuri tem uma ideia.

Leuri: Meowth, é sua chance! Mostre o seu melhor Metal Sound!!

~Myaaah!!

    Correndo e desviando do magma e de várias folhas afiadas, Meowth salta para a frente de Cramorant e roça suas garras metálicas, produzindo ondas sonoras agonizantes que atingem os ouvidos sensíveis de Lily, o fazendo parar de girar e ficar de joelhos tapando as orelhas com as mãos.

Leuri: Agora, Payback! 

    O talismã de Meowth se ilumina e ele fecha um olho, usando seus dedos para mirar em Incineroar. Então, flechas obscuras são disparadas, explodindo no inimigo. Contente por estar batalhando, Meowth comemora, mas uma grande estrela pontuda o atinge na barriga e o eletrocuta, jogando-o contra as barreiras de aura.

~Myah nyaaah?

~LAAAAAAAAAAAAXXXX!!!

    Caminhando lentamente, Luxray destroçava o campo com sua eletricidade vazando pelo corpo. Seus olhos ascendidos e a língua passando pelos lábios, sedento por derrotar seus oponentes. Gastrodon esticou-se em sua direção, mas as faíscas passaram por todo o seu corpo, surpreendentemente causando muitos danos e o queimando.

~Sweeeee!!

    Para proteger Gastrodon, Swellow parou de destruir Shadow Balls e voou rapidamente entre elas, desviando de todas sem perder o foco em Luxray. Ele e o leão se encaram e iniciam um combate, com a ave fazendo manobras aéreas para passar pelas faíscas e endurecendo suas asas para atacá-los nas costas. Em dado momento, Luxray o morde e descarrega sua energia, mas...

    Com suas asas, Swellow eleva seu peito do chão, fazendo uma flexão e se reerguendo. Ganhando altura, abre suas asas e reúne vento nelas, então mergulha e colide com o leão. A colisão de sua energia com a dele explode e os dois continuam em combate.

    Formando esferas d'agua, Frogadier as usa para amortecer as lâminas de Sceptile, que as explodia sem cansar. 

    Tendo que desviar das asas do outro Swellow, Frogadier dá uma cambalhota para trás, provocando a colisão de Sceptile com a ave. 

    Conseguindo rastejar pelos cantos da barreira de aura, o Sliggoo da Leuri de Kalos canaliza seu poder elemental e o dispara num sopro que assume a forma de um feixe em formato da cabeça de um dragão. Leuri percebe que ia atingir Wooloo, então teve uma ideia.

Leuri: Cramorant, Stockpile!

    Voando desajeitado até a frente de Wooloo, Cramorant abre seu bico para gritar e acaba engolindo o movimento de Sliggoo, sendo empurrado para trás mas cravando suas unhas no campo. Sua barriga se ilumina e ele sente enjoo, esbugalhando os olhos.

Leuri: Agora, Split Up!!!

~Kraaaaaaaa!!!

    Devolvendo toda a energia que engoliu, Cramorant consegue derrubar Sliggoo, espalhando sua gosma por todos os lados. Gastrodon vê aquilo e se encolhe com medo, mas Meowth salta para sua cabeça e o encoraja, como o capitão de um navio.

    Enquanto os Pokemon focavam-se em combater uns aos outros, o Talonflame tentava de todas as formas acertar a Leuri envolta de Fairy Aura. Suas asas endurecidas romperam o trono ao meio e parte dele bateu no rosto dela, fazendo um arranhão. Ela cai e a ave incendeia seu corpo. A motoqueira se aproxima, o visor de seu capacete parecendo mais escuro do que sempre esteve. Talonflame iria dar o golpe final quando...

Leuri: Pare! — Ela correu para a frente de sua clone, abrindo os braços e encarando Talonflame, que parou com sua asa a um centímetro de seu rosto. Ofegante, ela se manteve na mesma posição e o Pokemon recuou com as chamas.

Leuri: Você me protegeu — disse a Leuri Campeã, ainda no chão, incrédula.

Leuri: Somos iguais. — Ela encarou sua clone. — Eu quero entender a situação e ajudá-la. Todas vocês.

    Parecendo começar a pensar em algo, a clone olhou para os Pokemon combatendo. Frogadier formava novas Water Pulse e as explodia nos rostos de Camerupt e Venusaur.

Leuri: Você poderia ter acabado, mas não é isso que quer. — A Leuri de pé encarou a motoqueira, que continuou em silêncio. — Você conhece o meu estilo de batalha, sabia da espuma e tinha truques contra os meus Pokemon. Eu sinto que gosta de mim, esteve sempre buscando meus clones, mas nunca me atacou diretamente, mesmo podendo. Quem é você? Também é um clone? Revele-se!

    Parada, a motoqueira relaxou seus ombros. Leuri continuou encarando seu visor em busca de ver algo, até que ela investiu em sua direção.

    Uma espada feita da mesma aura rosa se formou e atravessou a barriga da motoqueira, que parou antes de conseguir chegar em Leuri. A arma se desfez em aura assim que a mulher desabou.

Leuri: O q-que... O que você fez?! — Ela se virou para trás, vendo sua clone ajeitando sua luva, já de pé.

Leuri: Somos iguais, com exceção de que você é mais fraca do que eu. Acha mesmo que cresceu em Galar? Acha mesmo que eu que sou a clone? Sou inferior a você, por acaso? Tenho certeza que Frogadier sabe do que estou falando.

    Estendendo a mão, a Leuri Campeã ilumina sua luva em rosa e ela se rasga para disparar aura contra a Leuri original, que se abaixa para desviar.

Leuri: Argh... — Ela desvia de mais dois disparos. No chão, a motoqueira continuava caída, com Talonflame tentando ajudá-la. — Eu odeio lutar comigo mesma!

Continua

No próximo capítulo; Fruto do desejo.