Kalos #4 - Novas e não tão legais experiências!

      Ao leste da cidade Santalune localizava-se a Rota 22. Leuri constantemente ia naquele local, pois sua mãe usava a pista de corrida de Rhyhorn para treinar e dar aulas, mas no momento o objetivo era ter mais um dia de treinamento para Serena criar segurança antes de batalhar no ginásio.

Serena: Fennekin, Ember! — comandava, e sua raposinha cuspia chamas contra um Pansage de outro treinador. Este resistiu, mas logo foi surpreendido por um arranhão de Fennekin, caindo sem forças.

    Serena estava tendo uma série de batalhas contra Treinadores da Rota, usando Fennekin e Scatterbug, que mantinha seu olhar contido e ranzinza. Diego assistia ao treino e quase não precisava mais dar conselhos, a menina aprendia rápido.

Serena: Agora, Scatterbug, desvie! — Já em outra batalha, Serena comandava a minhoca para esquivar de um Swirlix que lançava-se nela.

~Swir!

    O Swirlix foi mais rápido que Scatterbug, o prendendo em algodão doce e o chutando com a cauda para perto dos pés de Serena.

Serena: Essa não!

~Burg... — Tentando manter a pose de durão, Scatterbug lacrimejava. O Treinador oponente ria da situação.

Diego: Serena, se você quiser vencer, vai precisar entender sobre os limites do seu Pokemon. Scatterbug não pode ser tão ágil como Fennekin e nem fazer ataques de contato, você tem que ter noção disso!

Serena: Então eu preciso achar uma maneira diferente de vencer — reforçou com suas palavras, e Diego assentiu. — Scatterbug, por favor, continue firme!

    A batalha se manteve e Scatterbug conseguiu rodopiar na grama enquanto cuspia seda, prendendo Swirlix nela como uma teia. Movimentando-se mais rápido nela, a minhoca sente um formigamento nos dentes e os crava no oponente, que grita de dor.

    Tendo vencido a batalha, Scatterbug continuava na teia, estático. Serena achou estranho e foi até ele, e quando o abraçou, viu um brilho se iniciar. Seu corpo aumentou um pouco e uma camada de pelos o cobriu, deixando apenas a cabeça de fora.

Leuri: Serena, sinto muito!! — exclamou, correndo para perto da menina, com Fletchling na cabeça. A loira não conseguiu processar a informação, apenas olhou no rosto da amiga. — O Scatterbug foi comido por esse bicho de casaco!

Diego: Hein? Leuri, o Scatterbug só evoluiu!

Serena: Evoluiu — repetiu, e seus olhos brilharam. Ela ergue o Pokemon, balançando-o no ar. — Você evoluiu, você evoluiu!!

~Pew...

Leuri: Tem certeza que não está apenas sujo? Froakie, limpa o corpo dele!

~Fro! — O sapinho retirou pedaços da espuma de suas costas.

Diego: Não, Leuri, ele só evoluiu mesmo! Pokemon evoluem quando se sentem prontos pra isso, e normalmente é preciso entrar em muitas batalhas. No caso do Scatterbug, é natural que a evolução chegue depois de comer as folhas da floresta por alguns dias após o nascimento — explicou, acariciando a cabeça do Pokemon de Serena. — Se chama Spewpa agora.

Spewpa, o Pokemon pó disperso. É a forma evoluída de Scatterbug. Vomita um pó com efeitos atordoantes para se defender dos vários predadores que o atacam. Pode arrepiar os pelos de seu corpo robusto para ameaçá-los e dificilmente é arranhado.

    Leuri consultou a Pokédex, entendendo o que tinha acontecido. Ela sente um frio na barriga, imaginando Froakie evoluindo e ganhando um casaco de pelos e vomitando pó. 

~Fletchlin? — O passarinho bicou a cabeça de Leuri, que nada disse.

Diego: É a primeira vez que veem um Pokemon evoluindo? — perguntou, e Serena confirmou pelas duas. — Caramba, são mesmo muito novas no assunto...

Serena: E está tudo bem, Leuri? — perguntou, vendo a menina pensativa.

Leuri: Sim! Tudo ótimo, estou feliz pelo Spewpa! Agora já se sente pronta pro ginásio?

Serena: Hum... Ainda não! Preciso de mais batalhas! Vamos nessa, Fennekin e Spewpa! — Correu com seus Pokemon, e Diego deu os ombros.

Capítulo 4- Novas e não tão legais experiências!

    Sendo levadas pela vento, um grupo de Flabébé, fadas agarradas à flores, passa por Serena, que comandava Spewpa para atacar uma pedra.

    Entre as fadas, apenas uma não tinha flor. Ela sentiu um aroma diferente no ambiente e foi procurar para ver de onde vinha, notando uma flor presa na bolsa de Serena, mas já perdia as cores. Era a flor que a menina ganhou de presente de um jardineiro que ajudou.

    Agarrando-se à flor, Flabébé sente-se confortável, mas Serena assustou-se quando a reparou ali, chamando por Diego e Leuri.

Leuri: A flor evoluiu também?

Serena: Acho que não, mas esse Pokemon é um Flabébé, né? — perguntou, e Diego assentiu. Leuri consultou a Pokédex de imediato.

Flabébé, o Pokemon fada da flor. As Flabébé usam coroas de pólen de suas flores mãe que morrem assim que elas nascem, então vagam pela natureza procurando flores parecidas. Ao encontrarem, se agarram à elas e não a soltam até o fim de suas vidas, as encantando com propriedades mágicas para que coexistam em harmonia.

Diego: E tudo indica que essa Flabébé escolheu a sua flor, Serena! — exclamou, e a menina viu a flor brilhando, ganhando tons de rosa mais vivos.

~Bébé! — Puxando a flor da bolsa, Flabébé voa ao redor da loira, deixando pólen mágico ser levado pelo ar.

Serena: É um prazer conhecê-la, Flabébé! Me chamo Serena, e esses são Fennekin e Spewpa — apresentou os Pokemon. Spewpa não quis olhar, mas Fennekin a convenceu a ser simpático.

~Flaaa? — A fadinha interessou-se em Spewpa, que arregalou os olhos quando a viu montar em suas costas.

~Pewpa!! — Arrepiou os pelos, liberando pó atordoante que faria mal para Flabébé. Porém, esta era uma fada e os purificou rapidamente, achando divertido.

Leuri: Melhor capturá-la, Serena, já está brincando com seus Pokemon!

Serena: Foi o que pensei — disse, retirando uma das Pokeballs que comprou de manhã de sua bolsa. — Flabébé, seja minha!

    Recebendo a Pokeball na cabeça, Flabébé se assusta e até solta sua flor, mas ambas estavam vinculadas e foram sugadas para dentro da capsula, que girou e brilhou, finalizando a captura.

Serena: Ops! Na próxima vez serei mais delicada! — riu, ajoelhando e pegando a bola. Fennekin a cheirou e Spewpa revirou os olhos, desejando conseguir andar mais rápido para ir embora dali.

    Enquanto Serena comemorava, Leuri afastou-se um pouco, sendo seguida por Fletchling e Froakie. Ela sentiu o vento balançar seus cabelos, lembrando-se de suas motivações. Queria conhecer aquele mundo, descobrir seu caminho entre tantas possibilidades. Mas e se não estivesse pronta? Serena e Diego sabiam tão mais que ela...

~Fletch!

    Como se repreendesse Leuri, Fletchling volta a bicar sua cabeça. A menina agora irritou-se com essa mania dele, o afastando e o vendo encará-la no ar.

Leuri: Qual é o problema, Fletchling? Eu te dei comida, não dei? — perguntou, e o pássaro voltou a protestar.

~Froky froo!! — Froakie também reclamou, correndo para a frente de Leuri.

Leuri: Pronto, agora eu sou a pior pessoa, cansaram de mim! Por que não vão ficar com a Serena também, já que ela tá fazendo show de capturas? — resmungou, cruzando os braços.

 — Yoo!! Eu acho que eles querem se mover! — Leuri ouviu uma voz descontraída e ergue a cabeça, vendo um menino se aproximar.

Tierno: Tierno é o nome! — O garoto saiu rodopiando de trás de uma árvore. Tinha o corpo muito largo, e Leuri pensou em como não o viu antes. — Não pude deixar de reparar nos seus Pokemon, gatinha! 

Leuri: Está falando comigo? — perguntou, apontando para si mesma.

Tierno: Com quem mais seria? — Ele aproximou-se de Leuri, piscando para ela. Froakie e Fletchling prestavam atenção. — Seus Pokemon estão afim de dançar, não vê?

Leuri: Dançar? Querem ouvir "Dia ou Noite", da Allexya Lyandra? — perguntou, e os Pokemon fizeram bico.

Tierno: Dançar, treinar, se exercitar! — Fazia um passo de dança para cada palavra. — Por que não entra em batalha comigo? Aposto que vai deixá-los mais contentes!

~Fletch! — O passarinho gostou da ideia, piando para Leuri.

Leuri: Batalhar? Ai, não quero não! — Nervosa, ela nega, e seus Pokemon perdem o ânimo.

Serena: Vocês vão batalhar?? — perguntou, aproximando-se com Diego. 

Diego: Quem é o seu amigo, Leuri?

Leuri: Amigo? Não, eu mal conheço ele! 

Tierno: Yooo! Tierno é o nome! — Apresentou-se novamente com mais dança. — É um prazer revê-la, doce Serena!

Leuri: Uh?

Tierno!!

    Uma voz mais aguda é escutada e todos viram-se para ver um menino de cabelos laranjas e volumosos correndo com uma câmera pendurada no pescoço.

Serena: Olha, é o Trevor! — exclamou, apontando para o menino. Leuri o notou ser bem baixinho assim que ele se aproximou ofegante.

Trevor: Vocês não vão acreditar! Consegui tirar várias fotos dos Rhyhorn na pista de corrida! — O menino mostrou a câmera para todos, como se já os conhecessem há muito tempo. — Ah!, olá, Serena!

Leuri: Leuri confusa, Leuri confusa... Pessoas demais, pessoas demais!! — As habilidades sociais de Leuri não estavam em dia. Ela teve pouco contato com crianças da sua idade ao longo de sua vida, não sabia o que fazer quando estava entre elas, com exceção de Serena e Diego, que foram simpáticos desde o começo.

Serena: Sabe Leuri, eu estudei no colegial de Lumiose e fiz alguns amigos por lá! Tierno e Trevor eram da minha classe.

Leuri: Ah... Prazer, eu acho — disse, e Trevor tirou uma foto de seu rosto. — Ei!

Trevor: Prazer, sou Trevor! Estudo fotografia e aprendo com elas, além de registrar todos os meus avanços como Criador Pokemon — falou, e Diego se espantou com isso.

Diego: Você é um Criador? Eu também sou! — exclamou, e os olhos de Trevor brilharam. — Eu nunca encontrei outro Criador antes!

Trevor: Eu também não! Qual é o seu detalhe preferido sobre os Pokemon? Eu amo como a queda de pelos pode indicar várias coisas, sem falar nas variações corporais!

Leuri: Nerds... — caçoou vendo os dois dando as mãos e pulando enquanto falavam sobre suas observações.

Serena: Nós fazemos isso quando estamos animadas, Leuri? — perguntou, sentindo vergonha dos dois.

Leuri: Mas gente, Criador Pokemon não é o mesmo que Treinador?

Diego: Quanta ignorância, Leuri! É claro que não, os Criadores se focam muito mais em aprender sobre as peculiaridades de cada Pokemon, cada detalhe é importante e estamos aqui para valorizá-los e estudá-los.

Leuri: Ah, então são Treinadores, só que chatos...

Trevor: É uma pena que ache isso, os Criadores são muito importantes!

Serena: Ele está certo, não se lembra que Diego percebeu ontem que Scatterbug ia evoluir? Isso explica o quão atento ele é e como sabe tanto sobre os Pokemon!

Diego: Ora, isso que é reconhecimento! Deveria aprender com sua amiga — falou, e Leuri virou a cara, cruzando os braços. — Mas sim, quero me tornar um Criador Expert em Pokemon, e estou no caminho desse sonho.

Trevor: Somos rivais então! Você já venceu algum CCP? — perguntou, e Diego corou. Antes que pudesse responder ou alguém perguntar sobre, Tierno os interrompeu.

Tierno: Se você tem um rival, eu também tenho uma! Não é mesmo, Serena?

Serena: Uh? Você também quer ser um Mestre Pokemon? — perguntou, e Tierno rodopiou, afirmando em seguida.

Tierno: Vou usar a dança para alcançar meus objetivos! Veja só, venci o ginásio de Santalune ontem mesmo! — exclamou, retirando uma insígnia do bolso, no formato do rosto de um inseto.

Serena: Aaah!! Você conseguiu a insígnia?! Por favor, vamos lutar, quero testar minha força!! — Serena não precisou pedir duas vezes, logo Tierno liberava seu Pokemon, uma tartaruga azulada de casco marrom que também dançava como ele.

Tierno: Squirtle é o nome, yooo!!

Diego: Veja os músculos da perna do Squirtle, que bem desenvolvidos — apontou, e Trevor concordou. — Eles com certeza sabem dançar!

Serena: Vamos com tudo, Fennekin, Ember!

~Fenneee!! — Espirrando brasas, Fennekin cria uma nuvem que cobre Squirtle, mas o Pokemon rodopia, livrando-se das queimaduras.

Leuri: Mas foi tão forte contra o Pansage mais cedo... Por que o Squirtle não sentiu nada?

Diego: Ele é resistente ao fogo de Fennekin. Diria que Serena está em clara desvantagem...

Tierno: Yooo! Isso mesmo! Squirtle, Rapid Spin! Dance Time!!

    Girando em seu casco, Squirtle desliza como um disco pela grama, deixando Fennekin aflita sobre por onde ele atacaria.

Tierno: Water Gun! Faz um breaking!
*Passo de dança de hip hop

Rodopiando no mesmo eixo, Squirtle dispara água por todas as saídas de sua concha. Fennekin passa a ser encharcada pelos disparos, e então a tartaruga se lança sobre ela. A raposa tenta subir em seu casco e manter o equilíbrio, mas tropeça e cai, recebendo ainda um último empurrão.

    Sem mais forças, Fennekin aceita a derrota, e Serena se ajoelha perto dela. Foi a primeira vez que perdeu uma batalha tão rápido.

Trevor: Hehe! O estilo de dança do Tierno é perfeito para batalha!

Leuri: Poxa, coitada...

Serena: Está tudo bem, sabemos perder... Não estávamos preparadas para lidar com isso.

    Fennekin voltou ao chão e Froakie foi até ela, percebendo que seus pelos estavam encharcados. A raposinha se chacoalha para secar e seu amigo usa a espuma passa massagear sua cauda, penteando-a.

Tierno: Estamos com tudo, Squirtle! — Piscou para seu Pokemon, que voltou a dançar. — Meu garoto!

    Desse momento em diante, os rivais conversaram sobre seus objetivos e compartilharam experiências. Diego não falou tanto de si, mas gostava de acrescentar informações ao que Trevor falava. Já Leuri se sentia perdida, com Froakie e Fletchling nos braços.
    O sol já se punha quando Tierno teve a ideia de levar o grupo até o fim da Rota 22, onde um portão gigantesco de pedra, contornado por tochas acesas, era encontrado.

Tierno: Estão vendo esse lugar? Aqui é o portão da Victory Road, a estrada dos campeões. Não importa se são Treinadores ou Criadores, somente os melhores passam por aí! — explicou sobre o portão, e todos prestaram atenção, impressionados. Leuri via desenhos no portão, provavelmente registros da história de Kalos.

Serena: Os melhores... — Levou uma mão até o coração. — Eu quero chegar aí. Quero fazer o caminho dos Campões de Kalos!

Tierno: Então somos dois, Serena! Dançarei por toda essa estrada! — Ambos encararam-se, e Leuri jurava que tinham chamas nos olhos deles.

Trevor: Também quero tirar uma foto nessa estrada... — falou baixinho, fechando os olhos.

Diego: Parece tão distante, mas... Talvez. — Corado, ele encosta no portão. 

    Leuri achava tudo impressionante, mas não tinha o desejo de passar por ali. Queria muito poder falar algo também, e esperava que falasse algum dia.

    Algum tempo depois, a noite já havia chegado e se estabelecido por completo. Seria a primeira vez que Leuri e Serena não dormiriam em camas, por isso estavam bem desconfortáveis com seus sacos de dormir. Tierno e Trevor já roncavam nesse momento.

Leuri: Espero não me acostumar com isso... Digo, não quero dormir no chão, no frio e com pessoas esquisitas que mal conheço. — falou, tendo certeza que os dois não acordariam.

Serena: É muito diferente de Lumiose ou Vaniville, mas... A sensação de estar livre nesse mundo é tão boa que nem me incomodo tanto. Minha vida está tão interessante, amanhã eu vou desafiar um ginásio... Pra mim, isso é tão bom!

Leuri: É, eu sei o quanto você, o Diego e seus amigos são sonhadores e determinados...

Serena: Fala sério, Leuri, eles não são tão ruins. Falar com pessoas novas não é tão difícil assim.

Leuri: Não é esse o problema... Eu só queria ter um objetivo também — disse, cobrindo seu rosto com a coberta, pois a iluminação da rota a incomodava também.

Diego: Tem muito tempo para descobrir o seu. — Ele entrou no assunto. — Pode tentar novas experiências, mas nem todas vão ser boas. Por exemplo, dormir no chão não é muito divertido e você só descobriu isso porque experimentou.

Leuri: Está certo, eu posso experimentar um pouco de tudo... Meus Pokemon iriam gostar — falou, sorrindo.

Serena: Mas Diego, estive pensando... Você sabe muito sobre a gente, mas não disse nada sobre você além de querer ser um Criador Expert.

Leuri: Verdade, né? Por que não conta um pouco sobre a sua história? — sugeriu, e o menino ficou em silêncio, encarando as estrelas no céu. — Ou não, como preferir...

Diego: Eu não sou de Kalos — disse, e as duas prestaram atenção. Sem conseguir falar mais nada, mordeu o lábio inferior e calou-se. — Prefiro não continuar... Boa noite, meninas.

    As duas preferiram não insistir e tentaram pegar no sono. No meio da madrugada, Diego abriu os olhos, planejando ir embora. Ele arruma sua mochila rapidamente, mas percebe que Leuri não estava no saco de dormir, preocupando-se.
    Caminhando pela Rota, ouviu o barulho de uma batalha, então correu para ver. Era Leuri, que comandava Froakie para cuspir bolhas contra um Litleo selvagem.

    Revidando, o leãozinho incendiou sua língua e a projetou contra Froakie. Leuri recuou, mas comandou para usar a espuma.

    Retirando pedaços da espuma de suas costas, Froakie a lançou contra o fogo, que foi mais forte e incendiou tudo. Em seguida, Litleo saltou para os arbustos, fugindo.

Diego: Você precisa fazer como Tierno e Serena, criar uma estratégia — falou, com a mochila nas costas.

Leuri: Diego! Você acordou?! — Surpresa, ela vê o menino sorrir. — Eu... Deixa, vamos dormir!

Diego: Não, também não consigo. Vou te ajudar com isso. — Ele abre seu casaco, e Leuri viu pela primeira vez que usava uma blusa preta por baixo. — Vamos praticar!

    Pelo resto da noite, Leuri e Diego se dedicaram a conhecer melhor Froakie e tudo que ele tinha a oferecer. Ainda conseguiram voltar a tempo para dormirem algumas horinhas, sem que ninguém percebesse que estavam sumidos. Sem dúvidas é difícil encontrar-se, ainda mais quando todos parecem já ter conseguido antes de você. Mas a verdade é que tudo está sujeito a mudança e o tempo não precisa jogar no time inimigo. Para Leuri, as coisas estão só começando, e ela finalmente entendeu que pode ir com calma e experimentar tudo que o mundo tem a oferecê-la.

Continua