quinta-feira, 31 de março de 2022

Kalos #8 - Com o flash ativado!


 
    As nuvens cinzentas cobriam o céu, conseguindo cortar o clima animado e receptivo da cidade de Santalune. Assim, todas as pessoas ficavam menos felizes pela rua, evitavam ir aos cafés e preferiam ficar em casa. Chuva com certeza estava por vir. 



Diego: Com esse tempo, acampar aqui não vai ser seguro... Você tem dinheiro pra gente alugar uma pousada? — perguntou para Leuri, que estava deitada na grama da Rota 22, olhando o céu. Diego cozinhava o que seria o almoço dos dois, com Furfrou e Poochyena descansando ao seu lado e Fletchling lambendo o bico de tanta vontade que tinha de comer.



Leuri: Dinheiro? Talvez eu tivesse dinheiro se fosse uma Treinadora de verdade como a Serena ou o Tierno... E até um Criador como o Trevor.

Diego: Quanto desânimo, Leuri! Vai culpar o tempo nublado?

Leuri: Se ele for uma mulher com uma borboleta, culpo sim... Toda vez que lembro das batalhas com a Viola surge aquele flash maldito nos meus olhos!

Diego: Já tentou pensar numa forma de lidar com ele ao invés de ficar reclamando? — Ele chamou por Froakie, que saltou da barraca e o fez luvas de espuma para servir a comida sem se queimar.


Leuri: Tá doido, Diego? Como se lida com um flash na cara dos seus Pokemon? — perguntou, pegando seu prato.

Diego: Hm... — Ele pega o celular dela, acionando a lanterna dele e apontando na cara dela.

Leuri: Aaaai!! — Ela bateu no braço dele, pegando o aparelho. — Por que fez isso?

Diego: Melhor comermos, de barriga vazia não se pensa!

"Você sabe o que fazer. Confie em seus Pokemon, confie em si mesma. Trabalhe junto com eles e abra os olhos."

    Leuri via Fletchling devorar sua ração, chorando de alegria por comer. Froakie era mais educado, mastigando bem antes de engolir. Respirou fundo, as palavras de Viola não pareciam sair por nada de sua cabeça, ao mesmo tempo que todos ao seu redor não aparentavam ter dificuldade alguma.


    Como se visualizasse seus pensamentos, uma luz intensa vem aos olhos de Leuri, que logo os fecha e cai para trás. Diego a olha com preocupação, mas ela percebe que nada aconteceu, só imaginou.

Leuri: Eu... Preciso dar uma volta por aí — disse, levantando-se. Froakie foi com ela, puxando Fletchling que não queria largar a comida por nada.

Diego: Leuri, Leuri... — murmurou, vendo a menina se afastar quase correndo.




Capítulo 8 - Com o flash ativado!



    No rio, a água refletia o ambiente, cinzento e vazio. Não mudou quando Leuri correu próxima das margens dele, era desajeitada e sem rumo, movia os braços flexionados para os dois lados e respirava ofegante. Froakie e Fletchling conseguiam a acompanhar, mas não entendiam a pressa.


Leuri: Eu... Eu quero desistir! Eu não consigo ser como todos eles! — Ela parou quando seus Pokemon saltaram para sua frente, exigindo explicações. — Eu deveria voltar para aquela... cidade pequena e chata que é Vaniville! Lá nada muda, nada acontece... É o meu lugar, essa é a minha vida. 


~Frooo... — O sapinho via a menina começar a desafinar e percebeu seus olhos molharem, mas não compreendeu. Será que ela também era um Pokemon do mesmo tipo que ele?


Leuri: Aquela caverna vazia... Que não se identifica com nada desse cenário repleto de vida! Aquela sou eu... — Ela ajoelhou-se, abaixando a cabeça. Não tentou segurar as lágrimas, só queria deixar que aquilo saísse de dentro dela. — Isso não é justo comigo...


~Fleetch! — Ele voou até a perna dela, sorrindo. Achava que assim ela sorriria também.


Leuri: Você não merece ficar comigo!! — Ela pegou a Pokeball de Fletchling, que abriu o bico, surpreso ao ver que pegava impulso para quebrá-la no chão.

    Antes que Leuri terminasse o movimento, o vento ficou mais forte na rota e algumas flores incolores passaram por seu rosto. Ela acompanhou o caminho delas com o olhar e se levantou, vendo-as pararem ao baterem no grande portão de pedra contornado por tochas de chamas fracas, ao fim da Rota.

"Aqui é o portão da Victory Road, a estrada dos campeões. Não importa se são Treinadores ou Criadores, somente os melhores passam por aí!"

    Leuri lembrou-se de quando foi ali com Tierno e os outros. Ela pensou no significado dessas palavras e encostou nas pedras do portão, chorando com mais intensidade. Após alguns segundos, o socou e se afastou, eufórica.


Leuri: Eu quero conseguir também! Eu quero abrir esse portão!! Passei a minha vida inteira procurando algo que me empolgasse e estou gostando de aprender a treinar os Pokemon, é tudo novo, mágico, me sinto livre!
 — gritava para o portão. Froakie e Fletchling se olharam, entristecidos.


    Fletchling sentiu pingos de chuva molharem suas asas, olhando para o céu. Logo tornaram-se riscos e as nuvens liberaram o que estavam contendo todo esse tempo. Os cabelos de Leuri abaixavam-se, molhados pela chuva, e os dois Pokemon se juntaram a ela.

Leuri: Por favor... Me dê uma resposta, eu não quero ficar pra trás!
 — Ela encostou-se de costas no portão, pegando os Pokemon no colo e observando a chuva.

    Leuri sentiu suas costas perderem o apoio e quase caiu, mas alguém a segurou por trás. Ela pensou que seu desejo foi atendido, mas na verdade...


Viola: Leuri? Era você gritando? — Era só a líder do ginásio de Santalune, com a câmera pendurada no pescoço. Leuri correu dela nas últimas derrotas, então não estava muito confortável com ela.

Leuri: Eu... Ahn... 

Viola: Tudo bem. Eu estava procurando um Durant para fotografar, mas não encontrei nenhum.

Leuri: Durant? — perguntou-se, e a sua Pokédex apitou.


Durant, o Pokemon formiga de ferro. Eles atacam em grupos, cobrindo-se com suas armaduras de aço para se protegerem do seu predador. Eles escavam túneis complexos até suas colônias e só saem delas quando sabem que ficarão seguros.


Leuri: Ah, eu... Não vi nenhum por aqui — disse, vendo Viola abrir um guarda chuva amarelo. — Você vai continuar procurando por eles mesmo nessa chuva?

Viola: Claro! É a minha chance de encontrar um Durant fora dos túneis, seus predadores estão escondidos se protegendo da chuva.

    As duas e os Pokemon começam a caminhar juntos. Leuri olhava para o que a protegia da chuva, a cor amarela tão intensa... Quase como um flash que a cegava. Ela fechou os olhos e levou as mãos à cabeça, mas continuou andando.


Viola: Hey, veja! — Ela parou de andar e Leuri colidiu com suas costas, mas direcionou o olhar até uma família de Bidoof que construiu um abrigo de gravetos para se protegerem. Ela prepara sua câmera e regista aquele momento. — Não quer tirar uma foto também?

Leuri: Não, não... Não estou no clima pra isso.

Viola: Você deveria... AH!! DURANT! — Ela balança Leuri, apontando para um Durant que andava com várias folhas empilhadas nas costas.

Leuri: Durante?

Viola: Durant!! — Negou com a cabeça e agora Leuri viu o Pokemon.


~Durant? ("Eu?")

Viola: Tenho que ser rápida, ou então... — Ela viu Fletchling pousar perto de Durant, tentando bicar a armadura de metal dele. O Pokemon assustou-se e cavou um túnel, lançando-se nele. — Não!!!

Leuri: Foi quase!

Viola: Vamos atrás dele! — Ela puxou Leuri, pulando no túnel mesmo com as reclamações da menina. Os Pokemon seguiram.

Leuri: Aii, não enxergo nada!! E se a gente ficar soterrada? — perguntou, engatinhando pelo túnel como um Durant faz.

Viola: Não vai enxergar nada se não abrir os olhos — respondeu. Quando Leuri abriu os olhos, viu a Vivillon de Viola iluminando o caminho, mas não aguentava olhar pra luz por muito tempo.


    As duas terminam o túnel estreito, agora podendo caminhar pelo subsolo. Haviam várias grandes entradas para outros túneis e nenhum sinal do Durant.

Leuri: Nossa, mas que complexo... — Ela reparava nos túneis bem construídos e por vários lugares. — Como que eles se acham aqui? Eu me perco até na minha casa as vezes!

Viola: Os Durant sentem a presença dos outros, sabem se guiar. Não precisam de luz também, seus olhos são acostumados com o escuro.

Leuri: Você gosta mesmo desse Pokemon, né? Pra vir até aqui...

Viola: Claro que gosto! Aprecio a forma como vivem, queria registrar um num dia chuvoso, mas explorar a casa deles é bem mais divertido!


    Leuri sentia Viola tão diferente de quando elas estão no ginásio. Faz sentido, ela não está trabalhando no momento, mas não conseguia esquecer tudo que ouviu.


    Tranquilo, um Durant passa perto das duas, pulando para um dos caminhos. Viola manda Vivillon segui-lo, diminuindo seu flash, e todos o acompanham.

~Fro... — O sapinho viu a caveira do que parecia ser um Froakie enterrada nas paredes do túnel, agarrando-se na perna de Leuri enquanto andava.

Leuri: Uh? — Terminando o túnel, elas observam o Durant se reunir com outros de sua espécie, que também vinham de infinitos túneis.


    Os Durant agrupavam-se para escutarem o que acabara de chegar, que provavelmente contava sobre como estava a superfície para o restante não precisar ir lá. Ele também se chacoalha, deixando as folhas caírem num montinho com várias outras.


    Os Durant menores são os primeiros a se aproximarem das folhas, começando a comer. O restante ia picotando para eles, assim mastigariam melhor.



Viola: Que coisa mais linda... Estamos presenciando um momento especial que ninguém pode ver, a alimentação dos Durant na colônia deles!

Leuri: Mas por que só os menores estão comendo? — perguntou, com Fletchling no ombro e Froakie saltando para seus braços.

Viola: Durant sempre se ajudam, o tempo inteiro. É assim que a vida deles funciona em colônia. Os pequenos comem primeiro enquanto os mais crescidos picotam a comida deles, mas depois...


    Agora que os pequenos comeram, eles começam a enrolar o restante das folhas, formando bolinhas até que não pudesse desfazê-las apertando. Em seguida, davam para os maiores comerem, que agradeciam e faziam fila.

Viola: Os Durant mais maduros são mais enferrujados já que estão sempre indo para a superfície procurar alimento e consequentemente confrontando predadores. Mas todos se ajudam, como pode ver.



    Leuri estava boquiaberta ao ver os Durant passando as bolinhas de folhas uns para os outros, até que todos tivessem uma. Ela olha para Vivillon, tentando manter seus olhos abertos na luz que ela emitia, mas não consegue e recua.



Viola: Détourner — disse, abaixando sua câmera. Leuri a olhou confusa. — A Rota 22 é apelidada por esse nome... Significa virar na direção contrária a que você estava seguindo. Vendo os Durant, consigo entender melhor esse conceito. Estão sempre se reinventando para superar as dificuldades...

    Ouvindo o que Viola disse, Leuri sentiu um aperto no peito, pensando em suas duas derrotas seguidas. Elas e os Pokemon voltaram  para a superfície chuvosa usando os túneis, limpando a terra em suas roupas.

Leuri: Oh! Mas você não tirou foto deles!

Viola: Uh? Claro que tirei! Com a melhor das câmeras, minha memória — disse, piscando para Leuri. — Lembrar disso é a melhor fotografia que eu poderia ter, foi um momento único que aproveitei até o final. As fotos precisam contar histórias, como a dos Bidoof, mas a melhor história sobre os Durant só a gente vai poder contar, foto nenhuma representaria isso.

Leuri: Até que isso faz sentido... — Ela sorriu, seu primeiro sorriso do dia. Viola encostou em seu ombro e Vivillon aproximou-se, a fazendo fechar os olhos pela luz.

Viola: Sabe de uma coisa? Vamos ter uma revanche amanhã, pode ser? — perguntou, e Leuri assentiu, corando. — Te esperarei lá!

    Despedindo-se de Viola, Leuri procura por Diego, que estava debaixo de uma árvore com o capuz cobrindo a cabeça. Ao ver Leuri, se levanta de imediato e vai ao encontro dela, ouvindo sobre os Durant e a batalha marcada para o dia seguinte.


    A chuva continuou pela noite, que Leuri passou com Diego e os Pokemon, todos debaixo da árvore. O dia amanheceu nublado mais uma vez e a dupla trocou de roupa, indo para o ginásio. Leuri seguiu séria por todo o caminho até o campo de batalha, com Diego sonolento ao lado. As duas cumprimentaram-se, mas não tinham mais o que conversar, estavam ali pela terceira vez frente a frente e as melhores palavras seriam os comandos da batalha.



Viola: Me mostre o que aprendeu! Surskit, Quick Attack!


    Surskit grudou uma gotícula de água na ponta de suas quatro pernas, deslizando em alta velocidade pelo campo de batalha e colidindo com a barriga de Fletchling, que foi pego no ar. Diego cruzou os braços, sentado no banco dos espectadores.

    
Leuri: Fletchling, está pronto? — gritou para o Pokemon, que se chacoalhou e assentiu com a cabeça, dizendo estar bem. — Wing Attack!


    Pegando impulso ao dar uma cambalhota no ar, Fletchling persegue Surskit pelo campo como um verdadeiro predador. Quando o inseto tentou enganá-lo, Leuri voltou a comandar.

Leuri: Fletchling, incline pra esquerda!

    Sem saber o motivo mas aceitando o comando, ele mudou o curso de seu voo e Surskit bateu de frente com ele, rolando pelo campo. Diego levantou uma sobrancelha e se aconchegou no banco.

Leuri: Agora, Peck!

Viola: Infestation!

    Fletchling cravou as unhas no corpo de Surskit e ameaçou bicá-lo, mas o inseto vibra sua antena e dispara uma teia por ela, esta que se abre e prende no corpo da ave.  Os fios da teia se corroem e tornam-se pequenos Surskit mordiscando a pele dele, e Leuri cerra os punhos.


    Surskit... Aquele Pokemon acabou com os dois dela sozinho da última vez. Mas não era hora de pensar nisso. Ela precisava mostrar ao Fletchling como vencer, não era vazia como a caverna e mudaria, diferente de Vaniville.


Leuri: Fletchling, percorra o campo!

Viola: Hah! Water Pulse!


    Formando uma bolsa com várias gotículas de água em seus braços, Surskit quica em cima dele, o chutando para a direção que Fletchling voava. Leuri sorri e seu Pokemon a entende, mergulhando na água e limpando os insetos de seu corpo.

Viola: Olha só... Agora ele olha pra você — reconheceu, vendo Fletchling e Leuri piscarem um para o outro. — Surskit, continue com Quick Attack!

Leuri: Use Razor Wind!


    Desviando das lâminas de ar que Fletchling criava, Surskit se aproxima dele no ar, já com sua antena brilhando. Viola comanda Signal Beam e Leuri engole em seco, sabendo que aquele movimento acabou com Fletchling nas últimas duas vezes.


    A luz intensa na antena de Surskit assustava Fletchling, mas ele inclina a cabeça para olhar para Leuri.


    Segurando o choro, ela encarava a luz, nem piscando. Fletchling encontrou coragem ali e ouviu o comando dela, usando Wing Attack para combater.


    O feixe de luz colorida que Surskit disparou preencheu o corpo de Fletchling, mas logo a ave se libertou dele com suas asas energizadas, cortando-o por cima e chegando até Surskit, que golpeia e o manda ao chão derrotado.


Diego: Perfeito, Leuri!! — Ele aplaudiu e Leuri comemorou, nem acreditando que venceu o primeiro.

    Viola regressou Surskit e Leuri deixou Fletchling descansar em seu ombro. Ela sabia quem vinha agora...


    Começando por criar uma ventania intensa no campo de batalha, Vivillon prejudicou os movimentos de Froakie, que tentava usar seu Quick Attack mas era empurrado.


Viola: Psybeam!


    Vivillon acendeu suas asas e Leuri deu um passo para trás com medo, mas continuou comandando. A borboleta disparou um feixe distorcido contra Froakie, que ouviu Leuri e usou Pound para desviar o curso dele, mesmo sentindo alguns danos.


Leuri: Froakie, use Bubble!!


    Cuspindo bolhas mais resistentes, Froakie rodeou Vivillon com elas. A borboleta via seu reflexo nelas, mas esperava algum comando para agir.

Viola: Sei o que está pensando, mas não vou deixar que Vivillon se confunda com elas! Ligue essa câmera, use Flash!!


~Viviiiii!!

    As asas rosadas de Vivillon se esticaram como Leuri já havia visto, mas a impactaram da mesma forma quando começaram um brilho crescente até ficar cegante, refletindo ainda mais nas bolhas e sumindo dentro do campo luminoso. Froakie colocou uma mão na frente dos olhos e se virou para Leuri.

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    Ela lembrava-se da expressão dele e queria garantir que nunca mais a fizesse essa cara. Respirando fundo, Leuri ajeitou a postura e esticou o braço com os olhos bem abertos.

Leuri: Temos que nos ajudar, igual aos Durant! — gritou para Froakie, que assentiu. — Já chega de temer o flash dela, vamos ligar o nosso!!


Viola: Sua empolgação é contagiante! Me mostre, Leuri! Mostre o seu flash!!


Leuri: O meu flash... Détourner — disse, levando uma mão até o coração e sorrindo, virando-se para o lado.


    As nuvens iam afastando-se no céu, dando lugar ao sol. As cores de Santalune voltavam a ser vivas e as pétalas das flores já voavam pela cidade. As pessoas saíam de suas casas e sentavam-se nas cafeterias, brincavam nas ruas de pedrinhas ornamentadas e contemplavam a fonte de Roselia jorrando água.

~Fletchling! — O passarinho bicou a cabeça de Leuri e abriu as asas.

Leuri: Somos uma equipe, está certo! Esse é o nosso flash, Froakie, Fletchling!! — Ela também abriu os braços. Contagiado, Diego fez o mesmo, agora de pé. — Alcance-a com Quick Attack!!


    Correndo pelo campo iluminado, Froakie saltou para a luz, de olhos abertos como Leuri. Ele forçou sua visão, conseguindo ver as bolhas iluminadas.


    Um tanto distorcida mas clara o suficiente, Froakie enxergou Vivillon e também abriu seus braços.


Leuri: Pound!!


    Não sendo mais afetado pelo flash, Froakie agarrou Vivillon e caiu com ela no campo, encerrando aquele show de luzes.


Viola: Quê?! — Surpresa, ela viu Vivillon tentar se levantar com dificuldades.


    Caminhando até Vivillon, Froakie criava uma grande bolha em suas mãos, ao menos era isso que parecia de primeira. Foi quando Leuri reparou que era grande demais para uma bolha e não era transparente, então reconheceu o movimento que Surskit também havia usado.

Leuri: Water Pulse!! — exclamou, e o sapinho afundou a esfera d'água em Vivillon, a pressionando no chão.


    Sem mais forças, a borboleta se rende e Leuri ajoelha-se com as mãos na frente da boca, não acreditado. Diego correu até ela e Froakie fez o mesmo, todos comemorando. Quando Viola aproximou-se com a insígnia em mãos que a ficha caiu, ela conseguiu vencer aquele desafio.


Viola: É todinha sua! — Ela colocou a insígnia na mão de Leuri, que a abraçou emocionada, também agradecendo por tudo. Rindo, correspondeu, dando tapinhas nas costas dela.


    Fora do ginásio, Leuri e Diego comemoravam na cafeteria da cidade com o dinheiro que conseguiram pela vitória no ginásio, afinal, treinadores são sempre recompensados em partidas oficiais. 


Leuri: Queridos seguidores, nunca desistam de seus sonhos, nunca estive tão bem e já superei todos os meus traumas! — Ela lia o que digitava em seu celular, postando foto do que comia. — Enfim, o luxo que mereço!

~Froo!

~Fletch!

Leuri: Ops! Que merecemos, claro! — Ela divide seu croissant de Magikarp com os dois, que devoram. — Ai, sou tão perfeita, superei tudo sozinha e...

    Diego acionou a lanterna do celular de Leuri e fez uma borboleta com as mãos. A sombra assustou a menina, que quase caiu da cadeira. Ambos riram, mas e agora? O que fariam?



Diego: Bem, missão completa. Você pediu ajuda e agora já tem sua insígnia, então eu vou seguir para Camphrier, tenho o que fazer nessa cidade.


Leuri: Ué, e qual o problema? Eu vou junto, claro! Achou que ia se livrar de mim, Dieguito?

Diego: Honestamente, sim...

Leuri: Achou errado! Quem mandou me ajudar? Agora vai me aturar!

Diego: Você, Leuri... Você me mandou te ajudar...

Leuri: Exatamente! — Ela segurou na mão do garoto, saltando de seu banco e apontando para o portão da cidade ao longe. — Camphrier, né? Se partirmos agora, chegaremos em Lumiose de noite, é caminho!


Diego: Uh... Quer mesmo ir comigo? — perguntou, e Leuri assentiu sorrindo. — Você que sabe, só vai ter que parar de postar foto minha com esses desenhos que você faz por cima!


Leuri: Ai, seu chato! Tá bom, vamos lá! É hora de correr até o fim da rota 4!! — Ela foi na frente, deixando o menino rindo para trás.

Diego: Ei, pera aí! Vai com calmaaa!!

    Seguindo ela, Diego e os Pokemon se divertiam. Deixavam a colorida Santalune para trás, partindo para novas aventuras, com certeza muito doidas e especiais, já que a Leuri vai estar lá.

Continua

2 comentários:

  1. Aiiii esse capítulo <3
    A falta de conexão da Leuri com os Pokémon que vem sendo trabalhada foi muito bem executada aqui com as metaforas desse captitulo, a tempestade era como ela estava na altura, só via nuvens de chuva cobrindo o céu e ficou tanto tempo culpando o flash que não ia a situação com clareza... chega a ser ironico até.
    Amei a cena com as Durant e Leuri percebendo o que lhe tentavam dizer desde o começo, batalha pokémon não é só comandar ataques e esperar que resulte, é preciso trabalhar em conjunto para que todos fiquem com um bocadinho das folhas =P
    Adorei o capítulo e o detoner, achei perfeito mesmo como incorporou isso e o arco iris no final ficou perfeito para terminar o capítulo, achei ele muito bem construido, você dominou bem o arco e sabia perfeitamente aquilo que queria, parabéns =P

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  2. Esse capitulo <3 Eu gostei muito de como ele foi construído :3 Primeiro o dia cinzento e chuvoso e Leuri triste por ter conseguido ganhar sua primeira insignia vendo todos se darem bem e ela não e sem contar o trauma do flash. Mas ai veio a Viola e pudemos acompanhar a vida dos Durant, Durant é Pokémon eu se que existe no mundo Pokémon mas ao mesmo tempo é Pokémon que fica esquecido mas ve-lo aqui e ler atentamente o que a Viola falava deles, além das descrições fizeram eu gostar do Durant, depois tivemos a batalha que foi muito boa e vemos a conexão da Leuri com o seus Pokémon, que juntos conseguiram vencer a Viola e superarem o flash e as dificuldades. Adorei esse capitulo e também deu para matar as saudades Kalos e não posso me esquecer da cena da Leuri e do Diego no final, foi uma cena fofa e muito legal ver a amizade deles nessa época :3 continuaaa o/

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