Capítulo 9: Dia no rancho!

Turffield City

Uma cidade com casas alinhadas e muitos campos agrícolas.

    Caminhando pelo centro comercial de Turffield, Leuri respirava o ar puro da cidade que a lembrava bastante Wedgehurst, mas bem maior quando colocadas em comparação. Via muitos outdoors com fotos de Leon e seu Charizard na forma Gigantamax, o que a fazia gostar um pouco menos de estar ali, mas o verde, as casas bonitinhas e os muros de tijolos pintados de branco a deixavam muito confortável.
    Haviam pequenos comércios pelas ruas também, e Leuri parou em algum deles para cumprimentar os vendedores e conhecer os produtos. Liberou Frogadier da Pokeball e o entregou uma cestinha para pegar o que quisesse que ela pagava depois.

Leuri: Lembra de quando nosso passatempo era contar os tijolos dos muros de Santalune, Frogadier? Isso já faz tanto tempo! Que época simples, eu não conseguia vencer o ginásio por nada — disse para seu Pokemon, que agora tinha um colar de flores e carrega uma sacola ecológica de verduras. — Turffield é mesmo fofa... Pelo menos o Rose paga minhas viagens, mesmo que seja a trabalho. 

~Froga! — O sapo a ofereceu uma cenoura.

Leuri: Não, obrigada... Hey!! O que é aquilo? — perguntou, correndo até um cercado na parte mais rural da cidade.

    Havia um desenho na grama das colinas, representando algo muito grande com vários seres pequenos abaixo. Leuri encarou a figura por algum tempo enquanto Frogadier enfiava a cenoura inteira na boca, engolindo de uma só vez.

Leuri: Que desenho esquisito... — Ela vê uma placa perto do cercado, com uma foto panorâmica da colina. — "As terras do passado que se perdeu... Nos encontrem, queremos ser eu...?" Que tipo de descrição é essa?

~Froga! — Ele entregou outra cenoura para Leuri, que o devolveu em seguida.

 — Não é um desenho... É um geoglifo... — disse uma menininha com um vestido rosado, sentada na cerca. Leuri não havia reparado dela.

Leuri: Ou seja, um desenho...

 — Talvez... Pode não ser também. Por que não me leva lá? — perguntou, e Leuri agora viu uma cenoura em suas mãos.

Leuri: Ehr... Cadê seus pais? — perguntou, sentindo seus cabelos balançarem atrás do pescoço, como uma leve brisa. Ela se virou para olhar e quando olhou de novo para a cerca, a garotinha não estava mais lá. — Ai, Frogadier... Não gostei, vamos voltar.

    Afastando-se do cercado, os dois param num mural divertido onde pagam por uma foto com os rostos no lugar de dois Pokemon. Com a foto em mãos, Leuri a estende para o sol e sorri, sentindo-se livre de seus compromissos. Mas ainda precisava trabalhar.

............

    Dias antes, no centro comercial da cidade, uma Wooloo solitária caminhava entre as pessoas que faziam suas compras.

    Parando de frente para um poste, ela vê um cartaz colado nele, anunciando uma próxima batalha de Leon. Claro que não sabia ler, mas o homem e o Charizard na gravura a recordaram de memórias que guardava muito bem.

~Béééé! — Ela baliu, mostrando descontentamento com o homem do cartaz.

"Você precisa ser incrível como o Charizard dele!"
 "Temos que trabalhar duro para sermos fortes como o Leon!" 

"Tá vendo, Wooloo? O Leon é o melhor! O Charizard é o maior! Temos que ser assim!"

    Balançando a cabeça, Wooloo continuou seu caminho em direção aos campos de plantação, onde viviam os fazendeiros de Turffield. Curiosamente o mesmo caminho que Leuri e Frogadier estão  seguindo hoje...

...

    Na maior das fazendas de Turffield, um homem musculoso de chapéu de palha e cabelos bagunçados das mesmas cores de pêssegos rolava um rolo de feno enquanto diversas Wooloo o acompanhavam.

 — Rola o feno, rola a Wooloo, mas mantendo o bom humor — cantarolava o fazendeiro. Os Pokemon do rancho o acompanhavam e também pareciam cantar.

    Uma Eldegoss acompanhava um casal de Jumpluff que rodopiavam no ar. Suas sacudidas faziam o som de chocalhos, enquanto Eldegoss usava as correntes de vento como cordas de um violão, deixando-se levar para criar mais sons.

    Com seus balidos e pisadas, as Wooloo compunham um grande coral e a batida da canção, rolando ao lado do feno. Eram muitas e se organizavam de formas divertidas, sempre com uma líder, até saltando em fileira por cima do fazendeiro, que ria com tudo.

    Observando que havia uma Wooloo atrás de todas as outras e não participando da canção, Eldegoss flutua até ela, pousando em suas costas.

    Colocando uma flor na cabeça da ovelha, Eldegoss tenta animá-la, conseguindo que ela se juntasse a canção.

Leuri: Olha, Frogadier! Fazendinha!! — exclamou, correndo pelos campos verdes com seu parceiro sapo.

~Froga! — Ele retirou pedaços de espuma de suas costas, moldando uma corda e a arremessando no galho de uma árvore. Leuri se abraça nele e os dois saltam para perto do fazendeiro, que para de rolar o feno.

 — Perdão? Posso ajudar? — perguntou ele.

Leuri: Abençoada mãezinha... Que corpão...

 — Uh?

Leuri: Esquece, estragou... — Ela bufou ao ver o rosto do rapaz. — Então, eu...

    Antes de Leuri terminar de falar, seu celular vibra e ela o pega, vendo o alerta de competidor do Galarian Star Tournament. O fazendeiro também pega seu celular, recebendo o mesmo alerta e vendo os dados de Leuri na tela.

Leuri: Milo, certo? O que me diz de uma batalha valendo uns pontinhos? — perguntou, abrindo um largo sorriso. — Vai ser meu primeiro passo para o Top 8!

Milo: Sua primeira batalha no ranking, Campeã de Hoenn? Isso definitivamente não vai me dar muitos pontos, estou bem na frente e também quero chegar ao Top 8. Mas quando estiver um pouco acima, não vejo problema em nos enfrentarmos — disse, vendo Leuri quebrar em diversos caquinhos. Frogadier surge com um avental e uma vassoura, varrendo os cacos.

Leuri: Que vida injusta... Mas tudo bem, eu não vim só por isso — disse, pegando sua carteirinha da empresa que trabalha. — Vê? Sou da Macro Cosmos, Rose me mandou aqui para coletar a lã que suas Wooloo produzem.

............

Rose: A Macro Cosmos é a principal patrocinadora das batalhas oficiais de Galar, por isso nosso emblema está em todos os uniformes dos que entram no Desafio dos Ginásios. Os Líderes de Ginásio contribuem para a empresa enquanto ajudamos a manter seus estádios, e a lã das Wooloo do rancho do Milo é usada para fazer casacos para doação. As crianças do hospital que fundei amam quando recebem casacos de lã para aquecerem-se no inverno!

............

Leuri: É uma tarefa bem simples na verdade, mas estou sendo paga por isso, então não vou reclamar!

Milo: Haha! Estive tão entretido com os Pokemon que até esqueci de tosar as Wooloo para entregar a lã! O que acha de me ajudar? Nunca conversei com outro Campeão além do Leon — disse, colocando sua enxada para trás dos ombros.

Leuri: Parece divertido! — Ela encosta no feno, tentando empurrá-lo, mas não consegue. Então continua tentando de todas as formas, não conseguindo nem mover um mísero centímetro. — Que isso aqui? Feno ou chumbo??

Milo: Não está habituada a viver num rancho, né? — perguntou, rolando o feno com facilidade. Os Pokemon voltam a acompanhá-lo.

Leuri: Sua força é impressionante! Você cuida desse lugar sozinho? — perguntou, vendo Milo assentir com a cabeça. Quando ele termina de rolar o feno, caminha com ela em direção ao celeiro do rancho, onde pegaria os equipamentos para tosar o excesso de pelos das Wooloo.

Milo: Aprendi tudo que precisava com a minha família! Mas sabe como Galar é, né? As batalhas são tudo na vida das pessoas daqui... Entrei nessa e busquei me divertir, fui um dos melhores na Liga Galar e me tornei o Líder do Ginásio daqui! E claro, construí minha própria fazenda. 

    Enquanto contava sobre si, Milo chamava pelas Wooloo para que se reunissem para a tosa, mas apenas uma não quis vir, deitando-se na grama e relaxando com a barriga para o alto.

Milo: Sempre ela, haha! Eldegoss, traga pra cá — pediu, sorrindo para Eldegoss, que voa até a Wooloo para conversar. Vendo que não adiantava tanto, ele foi até ela, fazendo carinho em sua barriga. — Se ficar comportada, vai ganhar mais jantar hoje! Mas não conte para as outras, sabe como são ciumentas...

    Brilhando os olhos, Wooloo aceita a proposta, correndo para perto das outras, mas tropeçando no caminho. Leuri ri dela, que se levanta como se nada tivesse acontecido.

Milo: Mas e aí, Leuri... O que a motivou a entrar no ranking? Quer ganhar mais popularidade? — perguntou, pegando o cortador elétrico e chamando pela primeira Wooloo. Leuri a segurava para ajudá-lo a ter mais precisão.

Leuri: Tentar novos desafios... Estava muito parada em Hoenn, ver como Galar lida com as batalhas me animou bastante. Se bem que... Depois que o Leon disse que não sou ninguém por não ser daqui, me deu tanta raiva que decidi que quero vencê-lo!

Milo: Haha! O Leon, é? Ele mexe bastante com você — disse, apontando as mãos de Leuri com o cortador, que percebeu estar apertando o corpo da Wooloo. — Muitos aqui em Galar não valorizam os Treinadores de fora... Já que a arte das batalhas começou aqui, acham que são melhores que todo o mundo nisso. Mas Leon é mesmo forte, sabia que é invicto desde que entrou no ranking?

Leuri: É, infelizmente sei... — Ela agora segurava outra Wooloo. — E ele tem até canal de televisão... Tá em todo lugar, muito chato! 

    Os dois continuaram a conversar sobre suas vidas e Leuri conheceu mais afundo aquele menino fazendeiro. Era um homem tão gentil que todos os Pokemon do rancho não queriam desgrudar dele, mas tinha uma relação muito especial com a Eldegoss. Esta foi sua primeira captura e os dois projetaram juntos diversos sonhos e expectativas para seus futuros, decidindo que fariam tudo juntos. Quando selaram o acordo, uma Wishing Star caiu nos campos de Turffield e foi assim que ele conseguiu a dele.

Milo: Minha família criticou muito quando perdi a Liga Pokemon, mas continuei no caminho que achei divertido. Quero desfrutar da vida e as batalhas, esse é meu lema aqui em Turffield!

Leuri: Sabe, eu nem me importo com o Leon ser adorado como o número 1 do mundo, pode mesmo ser... Mas odeio que ele não seja uma pessoa gentil como você. Eu nunca fiz nada pra ele, como é que pode ser tão grosseiro? — perguntou, agora na penúltima das Wooloo. 

Milo: É... É muito difícil você ser o bondoso porque você precisa ser muito esperto. Pessoas boas são sempre usadas e falo por experiência própria, precisei levar bastante na cara para aprender a abrir os olhos.

    Ouvindo as palavras de Milo, Leuri fica em silêncio. Frogadier organizava a lã num cesto, mas viu as outras Wooloo com os corpos iluminados em vermelho.

~Froga? — Vendo uma nuvem arroxeada se formar sobre as Wooloo, o sapo se afasta com medo, mas as ovelhas apenas se juntam. Elas são cobertas pela nuvem, e Milo e Leuri soltam a última Wooloo, assustados.

    Todas unidas, as Wooloo começam a aumentar de tamanho juntas, formando uma gigantesca bola de lã com vários rostos das Wooloo saindo pelos lados. Leuri engole seco e Milo arregala os olhos, nunca tendo visto aquilo.

Milo: Isso é... Dynamax?! Mas na superfície, como?? — perguntou, vendo a bola começar a rolar pelo rancho, indo na direção das plantações. — Temos que pará-las!!

Leuri: Frogadier, lance a espuma, vamos!! — gritou enquanto corria para alcançar a bola de Wooloo.

    Frogadier consegue ser mais veloz e fica diante das Wooloo, arremessando pedaços de sua espuma no chão para que elas grudassem, mas não sabia por quanto tempo aquilo as seguraria.

~Bééé! — A Wooloo que não foi tosada viu a movimentação de Frogadier, desejando entrar naquela batalha também.

Milo: Vamos lá, Eldegoss!! Leaf Tornado! — comandou, também correndo com as Jumpluff o seguindo.

    Pousando ao lado de Frogadier, Eldegoss levantou uma ventania que puxou as folhas caídas das árvores e até as Jumpluff. Todas são arremessadas contra a gigantesca bola de Wooloo, cortando alguns pedaços da lã e soltando algumas ovelhas, mas a espuma não dá mais conta e voltam a rolar.

Milo: Leuri! Não deixe que elas destruam as plantações!! — pediu, se vendo sem saídas.

Leuri: Eu tô tentando! Frogadier, Ice Beam, o máximo que puder aguentar!! — gritou, apontando para a bola de Wooloo.

    Estalando os dedos, Frogadier forma um cristal de gelo e o agarra no ar, girando com ele. Seus olhos brilham e ele assopra o cristal para a frente, disparando raios gélidos contra a bola de Wooloo, impedindo que rolasse para as plantações e começando a congelá-la, mas seria preciso muito mais poder para isso.

~Bééé... — A Wooloo aproximou-se de Frogadier, com o corpo trêmulo. Não tinha certeza do que iria fazer, ou mesmo se ia conseguir. Ela então travou, fechando os olhos e abaixando a cabeça.

Leuri: A Wooloo preguiçosa... — Reconheceu, vendo a ovelha tremendo de medo. Ela leva uma mão até o coração. — Você quer ajudar? Então o que está esperando, Wooloo?!

~Bééé... — Wooloo voltou a olhar para o inimigo, que cada vez mais conseguia rolar para a frente. Frogadier já perdia o fôlego.

Leuri: Wooloo!! Por que está parada?!

~

"Você tem que ser como o Charizard, invencível!!"

~

Leuri: Se mexa e mostre pra elas que você é muito capaz! — gritou por fim, dando o click que a ovelha precisava.

~Béé!!

    Frogadier não aguentou mais usar o Ice Beam, caindo sentado para recuperar o fôlego e recebendo ajuda de Leuri para sair da frente da bola de ovelhas. Foi quando a Wooloo não tosada baliu para as outras com tanta confiança que as fizeram parar de rolarem.

    Aproximando-se de sua amiga Wooloo, a Eldegoss de Milo se chacoalha para ela, lembrando da música de mais cedo. A ovelha assente com a cabeça e continua balindo, correndo em direção ao celeiro.

Milo: Rola o feno, rola a Wooloo, mas mantendo o bom humor! — Cantou Milo, agora balançando sua camisa para a Wooloo vê-lo enquanto ele rolava a bola de ovelhas com uma só mão.

Leuri: Leuri gosta de fanservice, Leuri gosta muuuito!

~Béééé!!! — Num misto de adrenalina, desespero e coragem, Wooloo liderava as outras, conseguindo se aproximar do celeiro.

Milo: Leuri, seu momento!! — exclamou para a menina, que negou dessa vez.

Leuri: Não meu, mas da Wooloo! Use Tackle com toda a sua força!! — exclamou para a ovelha, que arregalou os olhos mas sentiu a confiança dela.

    Investindo contra o centro da bola de ovelhas gigantesca, Wooloo adentra a lã, saindo do outro lado girando no ar e caindo no colo de Leuri, que corre para pegá-la.
    As partículas de Dynamax se esvaem com o ar e passa a chover Wooloo pelo rancho, com Milo e Eldegoss esforçando-se para pegarem todas.

~//~

Milo: Pronto, pronto Bethania... Não precisa mais ficar assustada, já passou — falava com uma Wooloo que se fingia de morta. Leuri, Frogadier e a Wooloo que liderou observaram o homem se levantar e rir. — Que situação esquisita! Ha! Nunca vi algo assim antes, ainda mais fora de um estádio ou da Wild Area...

Leuri: Ai, Milo, não sei... Tô me sentindo culpada, quase que as plantações foram arruinadas!

Milo: Sem estresse, não foi você que deixou as Wooloo gigantes, não tem culpa alguma! — disse, colocando uma mão no ombro da menina, que sorriu. — E você concluiu seu trabalho, reuniu a lã que o Chairman pediu.

Leuri: Está certo! Tem mais algo que eu queria te pedir, Milo... — Ela retira um saquinho com uma semente de sua bolsa. — Eu ainda não consegui minha Wishing Star, então estou tentando descobrir o meu desejo. Um florista de Wedgehurst me deu essa semente de presente, queria plantar aqui.

Milo: Claro! Melhor lugar, impossível!

    Ajoelhando-se no solo, Leuri enterrou a semente. Wooloo estava ao seu lado, prestando atenção quando Frogadier criou uma minúscula Water Pulse para regar. 

~Bééé! — Wooloo lambeu o rosto de Leuri, que acariciou sua cabeça, retribuindo o carinho.

Leuri: Milo, será que posso ficar com essa Wooloo? Além de fofa, você viu como ela se colocou diante da batalha! Tem muito potencial! — exclamou, e os olhos da pequena Wooloo brilharam como nunca. Eldegoss a parabenizou, aproximando-se.

Milo: Na verdade, essa Wooloo apareceu aqui há alguns dias. Não sei de onde veio, mas não faz parte do meu rebanho. Fiquei mesmo feliz dela ter encontrado o dela, tem uma motivação muito grande seja pro que for!

Leuri: Sinto que tem uns dois anos que não faço isso! — Ela diz, pegando uma Pokeball e a aumentando de tamanho.

~Béééééé!! — A ovelhinha saltou e Leuri arremessou a Pokeball em sua cabeça, a sugando para dentro. Após alguns giros, a esfera brilhou. Captura concluída.

Leuri: Bem vinda, Wooloo — disse, encostando a Pokeball na bochecha. Frogadier a entregou uma cenoura, e dessa vez ela aceitou, rindo da bobeira dele.

Milo: E sobre a Wishing Star... Só seja sincera sobre o que quer e ela vai chegar.

    Não demorou muito para o motorista particular de Rose chegar, pilotando o táxi Corviknight. Leuri estranhou ser ele, achava que só atendia o Rose, mas tudo bem. Quando voltou para a Macro Cosmos com Frogadier, mais uma vez ficou confusa ao ver todas as luzes apagadas do corredor que levava à sala do Chairman.

Leuri: Foco, Frogadier... Podemos estar prestes a flagrá-lo fazendo algo ruim de empresário metido a bonzinho... — disse para o sapo, que concordou com a cabeça. Quando ela entrou na sala de Rose, as luzes acenderam-se.

PARABÉNS!!!

    Vários balões voaram ao lado de Leuri, que piscou algumas vezes perplexa com o que via. Rose, Oleana e diversos outros funcionários da Macro Cosmos estavam com chapéus de aniversário e o Chairman segurava um pequeno bolo.

Leuri: Eh... O quê?

Rose: Eu sabia que se sairia muito bem no seu primeiro trabalho! Eu sabia! — Ele comemorou enquanto Oleana ficava cada vez mais irritada. — Fizemos essa festa surpresa pra comemorar seu sucesso, nova integrante dessa família que é a Macro Cosmos!

Leuri: Nossa... Você realmente fez uma festa com balões e tudo — disse, vendo um macaquinho verde saltar de balão em balão. — Uau...

Rose: Ela gostou? — perguntou baixinho para Oleana, que levou uma mão até a testa.

Oleana: Ela nem se importa! Demita já essa desrespeitosa!! — começou a citar os motivos para a demissão de Leuri, mas Rose deu as costas e foi partir o bolo.

 — Uh... Me chamo Andy, sou o piloto — disse, cutucando Leuri que havia se sentado num canto, mexendo no celular. — Sei que pode parecer loucura, mas o Rose faz isso para todos os funcionários novos, ele adora alegrá-los... Também acho exagerado, mas a intenção é boa, acredite. 

Rose: Leuri — chamou pela menina, que o viu em sua frente com um pedaço de bolo num pratinho rosa. — Eu peguei o pedaço com mais cobertura! Eu que fiz o bolo, espero que esteja bom.

Leuri: Quer que eu aceite o bolo que você fez? — perguntou, vendo o homem recuar enquanto Oleana parecia uma serpente atrás dele, ainda falando para demiti-la.

    Pensando um pouco, Leuri viu os enfeites nas paredes, viu o bolo recheado e o sorriso do homem quase se desfazendo.

Leuri: Tudo bem, acho que eu mereço mesmo! — Ela aceitou o bolo, vendo Rose sorrir mais uma vez. Era tão bobo, mas ele estava tentando conquistá-la. Isso não era tão ruim assim, mas continuaria atenta a ele. — Uh? Isso é bolo de cenoura?

~Froga! — Ele jogou várias cenouras para o ar.

Leuri: Seu danadinho! Você sabia de tudo!

Novos amigos, novas experiências e mais eventos de Dynamax na superfície. O que estará acontecendo em Galar? E qual será a próxima aventura de Leuri como funcionária da Macro Cosmos?

Continua