Capítulo 46: Aniversário da Leuri! Parte 2

    O luau de aniversário de Leuri continuava em Melemele, na Região de Alola. Seus amigos haviam organizado uma pequena competição de batalhas para se divertirem e Diego e Marnie haviam chegado até a final. Milo era o juiz do combate e os demais convidados faziam suas torcidas.

    Correndo pela areia, Ponyta tinha seu chifre faiscando e sua crina acesa em tons pastéis das cores do arco íris. Greedent, seu oponente, fez tudo ao seu redor tremer com pisadas poderosas, mas ao comando de Diego disparou Psybeam, fazendo uma elevação de areia que a protege da área de terremoto, a impulsionando para cima do esquilo.

    Formando um escudo na frente de seu braço, Greedent bloqueia uma investida de Ponyta, que continua batendo com o corpo contra ele. O escudo começa a se partir, até que o esquilo o desfaz, arfando, e repousa o corpo numa perna. Ponyta se vira de costas e o dá um coice, arrastando-o pela areia até Marnie.

Diego: Opa! Parece que subestimar a Ponyta só pelo Heal Pulse ter curado Greedent algumas vezes não foi uma ideia tão boa!

Marnie: Já ouviu falar que quem ri por último ri melhor?

    Percebendo uma sombra por trás de Ponyta, Diego não avisa sua Pokemon a tempo. Morgrem sai da areia e seus cabelos pontudos se amarram ao redor das patas da Pokemon, que tomba na areia e é arrastada para perto dele.

    Dando risadas, Morgrem enxuga uma lágrima, mas Ponyta não gosta nada da brincadeira e morde seus cabelos, o fazendo gritar de dor e soltá-la. Ele sibila e forma pulsos obscuros nas mãos, mas Ponyta faz seu chifre brilhar e purifica o ataque, investindo contra ele e começando uma briga.

Diego: Isso é trapaça, Morgrem não estava na batalha!

Marnie: Sua Ponyta não era maravilhosa?

    Percebendo que uma nova briga ia começar, Aleíse vai para o meio dos dois, enfiando um canudo na boca de cada e colocando um drink nas mãos deles. Mesmo assim, continuavam discutindo, fazendo a bebida borbulhar.

Sidney: Gwahaha! Gosto do jeito da menina!

Drake: Diego está certo, o que mais importa numa batalha é jogar dentro das regras, ele não trapeceou.

Phoebe: Eu deveria ajudar...?

Leuri: NÃO! — Ela viu Phoebe andando na direção dos dois, mas a parou antes. — Para a segurança de todos, melhor não!

Courtney: Se quiser, minha Campeã... Eu me livro dos convidados indesejados para que não se estresse!

Leuri: N-Não precisa, Courtney...

Courtney: Por favor, minha Campeã! Voltei das férias totalmente entregue a te ajudar!

Leuri: Ehehe... Socorro...

Phoebe: Glacia saberia o que fazer.

Leuri: E aonde ela está?

Sidney: Estava ocupada demais para vir.

    Em seu quarto no Palácio de Hoenn, Glacia assistia um filme de romance entre dois bonecos de neve, mergulhando a mão num balde de pipoca. Seu celular vibra recebendo uma mensagem de Wallace, mas ela o ignora rindo.

Sidney: Muito ocupada!

    Wallace havia trazido os outros Pokemon de Leuri que estavam vivendo no Palácio para a festa e todos já estavam se divertindo. O Malamar de Diego desenhava com Julio enquanto Lunatone era a inspiração, ficando parada no ar e mantendo a mesma pose. Já Pancham havia atacado a comida que era servida e descansava de barriga cheia, mas ouvir o plano dos Meowth e de Wooloo o empolgou para roubarem doces da mesa.

    Com um mini fone de ouvido e um mini MP3, Dedenne caminhava entre os outros Pokemon, balançando a cabeça ao ritmo da música que ouvia. Camille o pegou com suas mãozinhas e o ratinho a olhou confuso, então ela abriu a boca e ele se preparou para ser abocanhado, fechando os olhos. Porém, é surpreendido por um beijo na bochecha, corando.

    Recebendo presentes de Camerupt, a Amaura Lala agradecia. Agora ela tinha o pescoço tão longo que sua cabeça tinha a altura do amigo, que ficava corado e orgulhoso por ela ter crescido tanto.

    Com uma coleira no pescoço, Venusaur estava amarrado num coqueiro com potes de comida em sua frente, além de Sceptile, Talonflame e Lily, o Incineroar, que faziam companhia. Porém, ele vê Golbat dançando no ar e fica vidrado no bater de suas asas. Começa a abanar o rabo e chutar areia para trás. Os outros Pokemon tentam impedi-lo, mas ele sai correndo e levando o coqueiro junto dele, perseguindo o Golbat.

Carbink: Aí eu falei, "Se o Carbink Segundo se chama assim, quer dizer que sou Carbink Primeiro ou existe um Carbink Terceiro?", mas o Diego disse que era uma pergunta muito complicada e... — Ele vê Venusaur passando correndo e arrastando o coqueiro. — Vish!

Korrina: Ele nunca perde o jeito dele! — Ela se debruçou em seu acento, rindo. — Lucario, por que não vai lá acalmá-lo?

~Lucarw... — Ele cruzou os braços e revirou os olhos, mas foi.

Oleana: Então... — Ela se senta ao lado de Korrina. — Seu Lucario também pode fazer aquilo? Digo... Mega Evoluir?

May: Humph... — Estava incomodada com as risadas exageradas de Harley de tudo que Avery falava, chegando até a dar tapinhas em suas costas enquanto ria e quase a derrubava. — Por que não mudamos de assunto? Brendan, tem notícias dos outros da nossa turma?

Brendan: Na véspera da minha ida para Sinnoh, Leuri e Wally tiveram uma revanche pelo título dela, mas ela venceu! Ele parecia bem maduro e competitivo, o de sempre.

Harley: Verdade mana, como está lá em Sinnoh? Não me diga que vai pegar os bichos da Rota 201 toda e levar pra Contest!

~Linoo? — O Pokemon olhou para Harley, que o acariciava usando uma luva descartável.

Brendan: Ah, você sabe, muitos Pokemon para capturar, mas...

    Antes que terminasse de falar, Brendan sente algo por trás e se vira, vendo o gigantesco Exeggutor que fizera amizade mais cedo. O Pokemon se envergonha, como se quisesse fazer parte da conversa.

Leuri: E aí, como estão? Se divertindo? — Ela puxou uma cadeira para perto de Rose, que conversava com Sycamore. 

Rose: Estamos ótimos, Leuri, mas o que importa é se você está gostando!

Leuri: Claro que estou, queria muito reunir meus amigos e ter um aniversário tranquilo! Meus últimos não foram lá tão bons... Mas nesse tudo está uma paz! — Ela ouve o barulho de algo quebrando e vê Diego encharcado de suco enquanto Marnie ria dele. — Ehr... Mãe, não trouxe seus Pokemon, né? Como estão todos?

Grace: Oh, eles estão bem... Todos... — Ela olhou para Magnolia, que balançou a cabeça negando algo e depois voltou a misturar vodka no seu refrigerante.

Leuri: Ai que bom, se precisar de ajuda com algo, pode me... — Ela é interrompida por Frogadier, que amarrou uma corrente de espuma em seu braço e a puxou para perto. — Aaaai!

~Froga! — Ele apontou para Marnie e Diego, que começavam outra batalha, agora com Liepard e Trevenant. 

Leuri: Diego, Marnie... — Aproximou-se dos dois, com um tique no olho e forçando um sorrisão. — Já disse que estou feliz por estarem aqui? Marnie estava indo para Hammerlocke e Diego tem o Day Care... Largaram tudo para me verem! Então por favor, deixem de brigas, tá?

    Os dois assentiram e assim que Leuri se afastou, voltaram a comandar ataques para os Pokemon, que se atracavam rolando na areia.

Avery: Se eu pudesse ler mentes, diria que está ficando irritada com eles — disse e Leuri o olhou, levantando uma sobrancelha. — Mas claro que não posso...

Diego: Será que só sabe lidar com tudo através de batalhas? Nem está dando certo! — disse, regressando Trevenant, que havia prendido Liepard em raízes.

Marnie: Você está se rendendo, é?

    As raízes se enfraquecem sem Trevenant e Liepard se liberta. As orelhas da felina se arrebitam e ela fareja pela areia, a procura de algo.

~Lyah? — Parando diante do que parecia ser uma corda atrás da casa, Liepard tenta apanhá-la com as patas. 

Marnie: O que encontrou aí? — Ela se aproximou com Diego, mas a gata teve a corda amarrada no pescoço e foi puxada para trás da casa de Sally.

    Os dois ficam assustados mas correm para ver o que aconteceu, deparando-se com grandes olhos vermelhos nas sombras. Liepard tenta se soltar, mas é arremessada na areia. Em seguida, os olhos apagam-se, como se nunca houvesse nada ali.

Diego: Leuri!!! — Marnie, ele e Liepard correm até a garota, que bebia um coquetel de frutas vermelhas com Serena e Jack.

Marnie: Tem um intruso na festa! Ele tem olhos gigantes e vermelhos e atacou a Liepard!

Diego: Sim, ele é imenso, nós só conseguimos ver a sombra dele!

Jack: Ei, eu não sou intruso! A Serena pediu para a Leuri me convidar!

Leuri: Ai, pronto... Conseguiram! Eu chamei vocês dois porque são meus amigos, mas já que querem estragar tudo, estão desconvidados até que se entendam! — Ela suga a bebida com mais força.

Diego: Mas é verdade, eu não mentiria sobre is...

Leuri: Não mentiria? — perguntou, olhando para a bebida. — Diego, você não procurou seus amigos por dois anos. Você... Não me procurou. Agora que estamos todos juntos de novo, está o tempo inteiro agindo assim.

Serena: Dê um tempo à ela — pediu, encostando nas costas da menina.

Korrina: Aaah! Leuri, o Brendan tá lá em cima! — gritou, apontando para a cabeça do Exeggutor, onde Brendan se agarrava chorando com medo de cair. Dusty, a Dustox, tenta ajudar mas recebe uma cabeçada e cair na areia, afundando.

Leuri: Ai meu Arceus! Talonflame, ajuda o garoto!!

Diego: Ela não acreditou em mim... — Ele se afasta com Marnie, saindo da praia.

Marnie: Qual é a surpresa?

Diego: Não pedi para me seguir e nem falei com você.

Marnie: Vai me tratar igual trata o seu irmão?

Diego: Você não sabe sobre isso! — Os dois então escutam passos e veem uma sombra se lançando para as árvores da floresta que se estendia para uma colina.

Marnie:  Não quero que o aniversário dela seja arruinado, vou encontrar quem atacou Liepard antes que atrapalhe a festa.

    Liepard começa a farejar, mas quase bate a cabeça contra uma pedra. Estava muito escuro para enxergar com precisão, mas de repente algo iluminou o caminho. Marnie virou-se, vendo Ponyta com seu chifre aceso.

Diego: Vamos. Devo isso à ela. — Ele passou por Marnie, que não falou nada e o acompanhou.

    Sentindo que seus territórios estavam sendo invadidos, os Pokemon que viviam ali atacaram, não gostando da luz de Ponyta, que usou do seu Heal Pulse para deixá-los mais lentos.

Marnie: Liepard, cuidado! — Um Vikavolt virou-se contra ela.

Diego: Ponyta!

    Com Ponyta cuidando de Vikavolt, Liepard é salva, mas ela nota Salandit se esgueirando por trás da psíquica, o atingindo com um Night Slash no rosto. Os dois Pokemon fogem e os deixam passar.

Marnie: Lá! — Ela viu algo correndo para o topo da colina.

    Seguindo o que quer que fosse, Marnie e Diego continuaram derrotando Pokemon pelo caminho até chegarem num vilarejo a princípio deserto, iluminado apenas com tochas.

Diego: Vila Iki — leu quando Ponyta iluminou uma escritura em pedra. — Uh?

    Ele viu uma casa desaparecendo em sua frente, mas ela logo voltou a aparecer. Marnie também reparou, mas estranhou ainda mais quando o chão em sua frente alternou a forma algumas vezes.

Marnie: O que significa isso? — Ela reparou numa névoa rosa se esvaindo pelo vilarejo.

Diego: Névoa feita de Fairy Aura... É a energia da vida que permite esse lugar inteiro existir. É meio difícil de explicar, mas... Alola e Leuri estão conectadas. Toda essa região já foi um sonho, ou talvez só tenha saído da nossa realidade por algum tempo e Leuri a trouxe de volta.

Marnie: Mas... Já ouvi falar de Alola antes. As pessoas daqui também existem faz tempo.

Diego: É confuso, nem eu entendo direito... Também sinto que conheço essa região há anos, mas sei que Leuri esteve presa num sonho por aqui e já até viveu uma vida inteira na região. Se Alola está com falhas, tem algo mesmo acontecendo!

Marnie: Uau... — Surpresa com a naturalidade que Diego contava a história, ela tentava assimilar tudo, mas... 

    Tudo escureceu, até mesmo o chifre de Ponyta apagou-se. De repente ouviram risadas femininas e algo semelhante a um chocalho. Aos poucos o cenário iluminava-se e era rodeado por névoa rosa, de modo que Diego e Marnie não conseguiam sair dali.

    Um gigantesco Raticate abriu uma entrada na aura e saltou para a frente de Marnie e Diego, que se viram em cima de um palco de madeira com pinturas acesas, duas em cada extremidade, todas com formas semelhantes a da Pokemon que flutuava acima deles.

Marnie: Tá tudo rosa!!

Diego: Mas veja os olhos vermelhos, era esse Raticate o tempo todo! Ponyta, Agility!

    Correndo ao redor do Raticate, Ponyta ficava tão rápida que só parecia um vulto colorido. O rato rugiu e tentou agarrá-la, mas recebeu um coice nas costas, ficando de joelhos.

Marnie: Liepard, Sand Attack!

    Chutando areia para cima do Pokemon, Liepard não consegue atingir o rosto dele, mas o vê sorrindo e recebe uma dentada nas costas.

Marnie: Ele é imenso... Shellder, preciso de cobertura! Ice Beam!

    Deixando a Pokeball, Shellder dispara um raio congelante para formar um caminho até Raticate, deslizando por ele.

    Respondendo rápido, o rato o rebate com sua cauda, partindo todo o gelo que quebra por cima de Ponyta e Liepard.

Diego: Woobat, Supersonic!

    Também deixando uma Pokeball de Diego, Woobat emite ondas sonoras para atordoar Raticate, que parece ficar apenas mais irritado. O morcego se assusta ao ver a aura dele inflamando como fogo ao redor do corpo.

    Concentrando toda a aura em sua boca, Raticate a dispara num raio gigantesco para cima dos Pokemon de Marnie e Diego. Os quatro caem sem forças.

~Lerelelele!! — Divertindo-se, a responsável pela prisão de névoa dança por cima dos Pokemon desmaiados e feridos. Escamas começam a cair de seu corpo e os Pokemon vão se sentindo melhor, levantando.

    Raticate não dá descanso e volta a atacar, cravando seus dentões na concha de Shellder, que não tinha como escapar.

Marnie: Argh!! Shellder, Flip Turn!

    Fechando os olhos, Shellder desfaz seu corpo em água, obrigando Raticate a cuspi-lo. Em seguida, retorna para a sua Pokeball. Da mochila de Marnie, outra se abre.

~Driiiiz! — Como se viesse para defender seu amigo, Drizzile espreme um balão d'água em sua mão, disparando contra o rosto de Raticate.

Diego: Woobat, cuidado! — gritou quando viu Raticate arrancar uma pedra do chão e arremessar contra o morcego, que é atingido. Novamente as escamas restauram suas energias. — Ela está curando os nossos Pokemon?!

Marnie: Está se divertindo — disse, ouvindo as risadas da criatura. — Que Pokemon é aquele?!

Diego: Eu acho que... — Ele tenta forçar a memória, levando as mãos até a cabeça. — A névoa que vimos é a aura de Leuri mesclada com... Oh! Ela trabalha protegendo os sonhos!

~Lele! — A criatura assentiu, rodopiando no ar e rindo.

Marnie: Se ela protege sonhos, bem que poderia cuidar desse Raticate que nos dá pesadelos...

Diego: Pelo visto faz parte da diversão dela, veja! — Ele apontou para o rato que colidia com Ponyta mais uma vez. Havia uma marca no corpo dele, semelhante ao corpo da guardiã. — Ela o invocou!

Marnie: O quê?! Que tipo de protetora é essa?

    Agarrando em Woobat com sua língua, Drizzile o salva de ser arremessado longe, mas Raticate investe contra sua barriga. Liepard e Ponyta continuam tentando ataques, cada uma em uma direção, mas também saíam sempre feridas.

    A risada da guardiã fluía por toda a névoa, parecendo fortalecer cada vez mais Raticate. Ela voa por cima dos Pokemon e suas escamas os deixam em perfeito estado novamente.

Diego: Isso é tortura! Ela cura para que aguentem mais ataques, tudo para continuar rindo! No passado, Leuri e eu só a encontramos junto dos outros três protetores, mas não pareciam agressivos!

Marnie: Vocês viveram grandes aventuras, não é? Talvez seja por isso que ela faz tanta questão de tê-lo por perto... — disse, abaixando a cabeça.

Diego: Do que está falando? Eu pensei que ela quisesse ter mais calma na vida dela!

Marnie: Não, ela passou dois anos preocupada com você. Quando viajamos para a Ilha Armadura, também sempre estava falando sobre querer ter novas aventuras viajando com amigos. Mas não era eu quem ela queria naquela viagem, percebo isso. Era você. 

Diego: E-Eu achei... Quer dizer, ela se tornou Campeã... É por isso que estamos estranhos?

Marnie: Ela se importa muito com você — disse, encostando na mão do garoto, tentando forçar um sorriso.

~Leeereleee? — Ela desceu até Diego e Marnie, fazendo cara de irritada ao ver os dois conversando. Ela simula socos no ar, como se pedisse para brigassem.

Diego: Está querendo que continuemos a brigar!

Marnie: Faz muito sentido já que se entretém com brigas e... Tudo o que fizemos essa noite...

Diego: Poxa, nós só brigamos desde aquele dia, não foi? — Ele coçou a cabeça, envergonhado. Marnie cruzou os braços e olhou de lado para o chão. — Quando o assunto é o meu irmão... Não consigo me manter racional. Ele mexe muito comigo...

Marnie: Somos iguais nisso, mas não trataria o meu dessa forma. Tudo que fiz, faço e farei é por ele. Meu desejo... — Ela arreia a manga do casaco, vendo a Wishing Star reluzindo. — Quero ficar mais forte para protegê-lo, ele precisa da minha ajuda, Diego. Não me senti bem vendo o seu tentando tanto se aproximar e sendo afastado.

    Pensando um pouco, Diego sente os olhos lacrimejando. Marnie se espanta, não entendendo a reação, mas ele rapidamente enxuga o rosto e sorri.

Diego: O que foi mesmo que o Kukui disse que aprendeu em Alola?

Marnie: Compartilhar... Para se conectar — respondeu, também tendo um click nesse momento, percebendo que haviam acabado de fazer isso.

~Lelelee!! — Frustrada por sua diversão ter sido arruinada, ela absorve uma parte da névoa e voa até Raticate, que para de combater os Pokemon. Em seguida, teletransporta-se junto dele.

    A aura rosa que restou parece retornar ao seu devido lugar, compondo o restante da vila que estava faltando. As luzes das casas acendem-se e pessoas aparecem caminhando como se nada tivesse acontecido. Os Pokemon retornam para perto dos dois, que se olham confusos.

    Leuri reunia-se com Grace, Serena, Rose e Carbink atrás da mesa onde havia um bolo de três camadas, inteiramente rosa e com laços pretos feitos de açúcar. Cada camada tinha miniaturas de seus Pokemon, com a primeira sendo os que pegou em Kalos, a segunda os de Hoenn e a terceira os de Galar. Ao redor da mesa, todos os outros convidados cantavam parabéns, a aplaudindo enquanto ela ria e tirava fotos.

    Entre os convidados, Marnie e Diego também estavam, o que Leuri percebe e sorri para os dois. Então Harley abre um sorriso imenso no rosto, puxando um "Com quem será que a Leuri vai casar?".

Leuri: Ai gente, não precisa dessa!!

Harley: Vai depender, vai depender... Vai depender se... Chewtle?!

    Mordendo as decorações, uma Chewtle também estoura balões, chamando a atenção de todos.

Carbink: É a mesma mãe Chewtle?!

Kukui: Aaaah! Os doces!

    Por cima da mesa de docinhos, os Meowth haviam esperado a hora perfeita para atacarem. Kukui os afasta, mas também vê Wooloo cuspindo o papel de um chocolate e arrotando em seguida, desistindo.

Leuri: Hahaha!! — Vendo todos se divertindo, ela procura por Frogadier, pensando no primeiro pedaço de bolo. 

    Sorridente como não o via há tempos, Frogadier conversava com os outros Pokemon de Leuri que viviam no palácio, seus amigos. Ela o sentia melhor assim.

Brendan: Ei, Leuri!! — gritou do alto da cabeça de Exeggutor. Leuri o viu regressar o Pokemon para uma Pokeball e cair sentado na areia. — Ai... Ah, não se esqueça do seu desejo de aniversário!!

    Olhando para as camadas do bolo e as duas velas acesas acima, nos formatos dos números 1 e 4, ela sente a mão de Rose em seu ombro. 

Rose: Parabéns, Leuri. — Ele sorriu e Leuri encostou em sua mão, também sorrindo. Ao se afastar, ela fechou os olhos, inclinando-se até o bolo.

Leuri: Eu desejo... Voltar a ser Leuri que eles precisam — disse em pensamento e assoprou as velas, que apagaram-se de uma só vez.

    Em outro lugar...

    Tudo parecia normal numa floresta enevoada onde um altar de pedras encontrava-se no meio da vegetação, onde nenhum Pokemon ou humano poderia chegar facilmente...

    Quando de repente, do meio do altar, uma luz rosa começou a irradiar para todas as direções...

    A luz iluminou toda a floresta, mesclando-se com o nevoeiro e ganhando tons arroxeados. Um trovão estalou pelo céu e duas figuras projetaram-se na névoa, mas suas aparências de lobos falhavam como se estivessem impedidos de se materializarem por completo.

    No Dojo da Ilha Armadura, Mustard meditava naquela noite quando abriu um de seus olhos, parecendo assustado. Atrás dele, Honey, que tentava pegar a carteira dele do bolso, também se assusta.

Honey: Amor, aonde vai? — perguntou, o vendo vestir seu moletom e abrir a porta do Dojo. O velho vê Kubfu parado na porta e olha a praia ao longe, onde a Torre Obscura havia se erguido quando Marnie esteve ali.

Mustard: Vou só dar uma volta. Cuide do Dojo, minha amada.

    Achando estranho, Honey prefere não questionar, percebendo que ele deixou a carteira para trás. Mustard e Kubfu caminham até a praia, onde o mar estava agitado.

Mustard: Eu te avisei... Cuidado com o que você deseja. — Em seguida, olhou para o céu.

Continua