Capítulo 33: O Sibilante! Parte 2

     Por toda a região de Galar era possível ver o céu ganhando tons roxos e escuros, desesperando as pessoas. Algumas conseguiam ver de suas cidades um gigantesco Pokemon que rodopiava seu corpo como uma tempestade de areia, bem ao longe, na Wild Area.

Raihan: Estou pronto para proteger a população caso algo aconteça com Hammerlocke — dizia numa transmissão ao vivo em suas redes sociais.

    Nas demais cidades, os Líderes de Ginásio também estavam em alerta, orientando as pessoas caso a situação agravasse. 

    O Pokemon era um Sandaconda que estava há pouco mais de um mês em estado de Gigantamax, percorrendo toda a superfície selvagem de Galar e soterrando vários habitats com areia. Por conta dele, o clima estava se desregulando, diversos Pokemon estavam indo para as cidades em busca de sobrevivência ou apenas em tentativas de fuga. Mesmo após uma sequência dos golpes mais poderosos do Gliscor de Leila, Sandaconda não voltou ao normal e agora está maior do que nunca.

    Chegando à Wild Area montado em Charizard, Leon se espanta com o Gigantamax na superfície, mas respira fundo e investe na direção dele, com seu Pokemon cuspindo chamas.

    Diversos Pokemon dragão treinados pela equipe de proteção da Macro Cosmos também chegavam com seus domadores, disparando ataques contra Sandaconda, protegido novamente pela tempestade de areia.

Rose: Oleana, procure pela Copperajah! Ela tem que estar bem!! — Ele tentava avistar sua Pokemon, que tinha o costume de passar todos os dias na Wild Area, da janela do táxi aéreo de Andy.

Andy: Chairman, isso é o mais perto que conseguimos nos aproximar, a tempestade está muito forte!

Rose: Aquele Pokemon... — Ele coloca a cabeça para fora da janela e sua gravata o atrapalha a visão, levantando com o vento. — Está completamente instável.

Diego: Malamar, Psycho Cut!

    Ignorando o cansaço, Malamar tentava criar uma passagem para chegar até Sandaconda, no centro da tempestade, como fez da outra vez.

    Ao redor dos Pokemon que batalhavam, braços de areia se formavam, controlados por Sandaconda. Um soco deles foi o suficiente para acidentar o homem que dava comandos para um Garchomp, e logo a equipe médica da Macro Cosmos foi socorrê-lo.

Marnie: Liepard!!

    Percebendo que havia uma mão se fechando por trás de Malamar, Liepard escuta a voz de Marnie e corre chutando areia para trás, desviando de diversos punhos que tentavam agarrá-la até chegar no que pegaria Malamar, o desfazendo com um arranhão.

    Porém, pilares de areia se erguem por baixo dos dois Pokemon, que têm os corpos ocultos e começam a gritar tentando debaterem-se. Diego e Marnie se veem obrigados a regressá-los, assim que Leuri comanda Frogadier para libertá-los com Water Pulse.

    Por outro lado da tempestade, o Machamp de Bea também se esforçava para lidar com toda a areia. Sua treinadora se juntava a ele, mas é empurrada pelo vento, irritando-se.

Carbink: Meu turno! — Ele salta por cima da cabeça de Bea, formando quatro diamantes que orbitam ao seu redor e disparam feixes luminosos contra a tempestade.

Bea: Estamos usando toda a força que temos, mas não estamos conseguindo perfurar essa barreira de areia... — Ela aperta o laço em sua cabeça para deixá-lo mais justo, como se pensasse melhor assim.

    Deslizando para perto de Carbink, mas quase sendo atingido por um punho de areia, o maior dos Rolycoly que o veneravam consegue sua atenção.

Carbink: Você não deveria estar em um lugar seguro? Estamos tentando lidar com o Sibilante!

~Coly!! — O Pokemon desliza pelo corpo de Carbink e volta ao chão, como se o desse um tapa.

Carbink: Ai! Tem certeza?

Bea: O que ele quer?!

Carbink: Ele tem um plano, quer que eu o siga!

Bea: Então eu vou junto. Machamp, continue aqui — assentiu para o Pokemon, que concordou e voltou a socar a areia.

~Froga! — O sapo consegue abrir caminho na tempestade, mas sente uma nova presença dentro dela, recuando para perto de Leuri e Gastrodon.

    A tempestade se abre e um Frogadier feito inteiramente de areia sai de dentro dela, fazendo os mesmos movimentos que o de Leuri. 

Leuri: Um clone de areia?!

~Dooon! — Gastrodon se encolhe atrás de Leuri, que vê um Charizard pousando em sua frente.

Leon: Não tema, jovem indefesa! Seu Campeão chegou para mais um Champion Time!

~Groooard!

    Enquanto Leon fazia sua pose, a tempestade abre espaço novamente e agora um Charizard de areia que surge de dentro dela.

Leon: Eh? Outro Charizard?

Leuri: Obrigada por nada...

    

    Continuando a pressionar a tempestade, o Gliscor de Leila mantinha seus ataques, mas Aleíse pegava em outra Pokeball sua.

Sonia: O que vai fazer? Nossos Pokemon já estão todos exaustos, não é seguro!

Aleíse: Mas eu preciso ajudar, gata! Não posso mais ficar parada aqui... Tenho que batalhar!

Sonia: Existem... Outras formas de ajudar — disse, vendo o Charizard de Leon tentando dar socos no de areia, mas este copiava seus movimentos. — Todos estão tentando conter Sandaconda para que não saia dessa área, mas não estão pensando em como realmente lidar com ele. O que o deixou assim? Vamos pensar!

Aleíse: Acho que está certa...  — Ela abaixa a Pokeball e respira fundo, voltando a se abaixar atrás de uma pedra com Sonia, onde mantinham-se seguras.

    Correndo e destruindo braços de areia, Copperajah avista o Corviknight de Andy pousando perto dela. Rose salta dele, correndo e abrindo os braços para recebê-la.

Rose: Está segura... Ainda bem! — Então ele sente uma sombra o cobrindo e olha para cima, vendo um grande pedregulho, mas Copperajah o destrói com sua tromba. — Me salvou!

Leuri: Hey, veio passear aqui? — Ela grita para Rose, que olha em sua direção e vê Frogadier enfrentando seu clone de areia. — Que tal me ajudar também?

Rose: Acredito que a Oleana possa resolver rapidinho, ela é ótima em limpar a bagunça!

Oleana: Grrrr, hoje era minha folga!!! Garbodor! — Furiosa, ela comandava seu Pokemon para absorver os clones de areia com seus braços, aumentando o volume de seu corpo de lixo.

Leon: Isso foi bem prático! Mais uma vitória do Campeão!

Leuri: Você não fez nada!!

Rose: Leuri, essa situação é realmente séria... Se não acharmos um jeito de derrotar esse Pokemon, temo que a tempestade se estenda por toda Galar e a região fique soterrada. 

Leuri: Ele é um Gigantamax, não há nada que você possa fazer?

Rose: Ele pode até ser, mas nunca enfrentamos nada do tipo, ainda mais na superfície. Independente de tudo, estou aqui para tentar o máximo para garantir o futuro de Galar.

    Gastrodon, ouvindo as palavras de Rose, desesperava-se ainda mais com a possibilidade de não existir um futuro. Ele tenta encontrar uma rota de fuga, mas todos os caminhos tinham Pokemon lutando, Pokemon feridos ou mais braços de areia. Fechando os três olhos com força e tremendo, ele começa a se fechar numa redoma d'água.

Leuri: Gastrodon, o que aconteceu?! Está tudo bem? — Ela tenta puxar o Pokemon para fora, mas seus braços prendem-se e agora ela não conseguia sair dali.

Rose: L-Leuri?!

Leuri: C-Continuem pensando em algo e lutando contra a tempestade! Eu preciso resolver algo com o Gastrodon antes — disse, prendendo a respiração e entrando na redoma, que aumenta de tamanho. Frogadier a segue, saltando para dentro.

    Abrindo os olhos, Leuri solta a respiração, percebendo que conseguia respirar normalmente, assim como da primeira vez que Gastrodon a prendeu numa ilusão de água. Ela vê Frogadier ao seu lado e caminha reto por trilha de conchas. Aos poucos o cenário se modificava, transformando-se num gramado lamacento num dia chuvoso.

Leuri: Gastrodon? Seja lá o que for sentindo, pode me dizer! Claro que podia esperar um momento melhor, mas... — Ela recebe uma cotovelada de Frogadier. — Ai!

    Frogadier aponta para um pequeno Pokemon rastejante que saltava nas poças de lama, parecendo feliz. Ele olha para os lados, como se procurasse por alguém.

Leuri: Espera... Esse som... — Ela fecha os olhos, concentrando-se num som contínuo, mas fraco. Aos poucos, foi se tornando mais forte, como um sibilar. — Está aqui!

    Virando-se de costas, Leuri e Frogadier veem uma tempestade de areia se aproximando em alta velocidade. Eles tentam correr, mas são levados por ela.

Leuri: O q-quê? — Ao voltar a abrir os olhos, ela vê o que parecia ser o mesmo local de antes, mas agora coberto por areia e fazendo sol.

    O Pokemon que se rastejava voltava ao local e via a silhueta de um Gastrodon em areia. Ao aproximar-se, encosta a cabeça nele, entristecido. Porém, a silhueta se desfaz e suas orelhas arrebitam-se, ouvindo alguém se aproximando.

    Já entendendo, Frogadier sente um aperto no peito e olha para Leuri, que mantinha seu olhar fixo no Pokemon.

*pant pant*

    Rastejando o mais rápido que conseguia, o Pokemon nem olhava para trás ou para frente, apenas tentava fugir de movimentos que o perseguiam. Agora, indefeso, era um alvo fácil para predadores. Leuri e Frogadier veem o céu escurecendo e o Pokemon chegar até uma caverna, cheio de machucados pelo corpo e com a língua para fora.

    Sentindo o estômago roncar e um cheiro bom de comida no ar, o Pokemon esperou algum tempo e deixou a caverna, indo para a beira de um lago. Ele vê um pedaço de terra ao longe, com árvores frutíferas, e Leuri e Frogadier o acompanham no trajeto.

    Assim que atravessa o lago, ele olha para a água, lembrando-se de outros Pokemon como ele que um dia nadaram por ali. Suspirando, tenta dar cabeçadas numa árvore para derrubar frutas, conseguindo apenas uma sem saber que era observado por algum predador.

    Saltando para cima do pequeno, um Haxorus com garras enormes tenta agarrá-lo, mas ele se espreme e rasteja para fora de sua mão, com o coração acelerado e olhando ao seu redor.

    Para todas as direções haviam Fraxure famintos, estava completamente cercado.

    Sem saber o que fazer, o Pokemon gritou apavorado tentando se defender. A água do lago iluminou-se e reagiu ao seu chamado, transformando-se numa onda que varreu os dragões que o amedrontavam. Um terceiro olho surgiu em sua testa e disparou feixes psíquicos contra todos, queimando suas peles ásperas. O Haxorus o encarou e deu as costas, fugindo e dando o comando para seu bando fazer o mesmo.

    Confuso com o que e como tinha feito, o pequeno voltou a mastigar sua fruta, agora mais tranquilo sabendo que poderia se defender de qualquer um que o fosse atacar.

Leuri: Então o Gastrodon...

    O Pokemon havia encontrado um local para se proteger, um pedaço de terra no centro de um lago, onde só Pokemon gigantescos e assustadores viviam. Mas em comparação com a tempestade de areia que desolou seu lar, aquilo era a melhor opção, mesmo que ficasse solitário para sempre.

    Várias vezes precisou se defender, voltando a utilizar o poder de antes, prendendo os Pokemon dali em ilusões assustadoras para que ficassem assustados e não voltassem a incomodá-lo. Em um dia, encontrou um Fraxure sendo atacado por um humano, então o protegeu com uma ilusão d'água. Porém, quando voltou a olhar para o Fraxure, ele havia se escondido com medo dele. 

    Os dias foram passando e o pequeno cresceu no meio de todo aquele perigo. As pessoas criaram histórias sobre o lago ser extremamente perigoso e logo pararam de ir até lá, o que até o acalmava, mas fazia pensar na razão. Sempre que olhava-se na água, tentava enxergar-se ali, mas sentia-se um verdadeiro monstro.

Leuri: Gastrodon... Você perdeu tudo e foi forte sem parar por nenhum momento desde então — disse, sentando-se ao lado do Pokemon que olhava o reflexo na água. O cenário foi distorcendo-se e ela afastou a franja de sua testa, com o olhar caído. — Você é um Pokemon especial demais, no seu lugar eu nem sei o que faria.

~Fro... Froga!! — Ele aponta para a frente e Leuri levanta a cabeça.

    Encolhido de medo, Gastrodon tinha um olho fechado e os outros dois abertos, olhando de canto para Leuri. Ela sorri de leve e se aproxima, apoiando a cabeça dele em seu peito.

Leuri: Sei que já está acostumado a se ver como um monstro por ter sido a solução que arranjou para sobreviver, mas... Gastrodon, você não está mais sozinho e não precisa mais disso. Enfrentar o Sibilante pode te trazer memórias e tocar na sua ferida, mas esse não é você. Você não desistiu antes e não se encolheu diante de tanto! 

~Don... — Abrindo o olho que estava fechado, Gastrodon também recebe um abraço de Frogadier.

Leuri: Eu... Também tive medo de você e achei que os outros também teriam quando o chamei para ajudar hoje. Vamos, se recomponha e abandone esse disfarce! Podemos vencê-lo!

    Observando Gastrodon sorrir e ficar diante de Leuri, Frogadier fecha os olhos e abre os braços. Leuri estranha a redoma d'água começar a falhar e olha para Frogadier, o vendo reunir toda a água ao seu redor.

Leuri: Heh?! O que está... — Ela encosta no braço do Pokemon, mas é repelida para trás.

    Envolvendo-se num redemoinho de água, Frogadier liberta Leuri e Gastrodon, que se deparam com Leon e Charizard os olhando confusos. Em seguida, passa por cima dos Pokemon da Macro Cosmos, invadindo a tempestade de Sandaconda.

Leon: Charizard, esse poder... — Ele e seu Pokemon se olham.

Leuri: Frogadier, tome cuidado! Eu não consigo te ver!! — Ela fecha os olhos, tentando se conectar com o Pokemon, mas sente uma pressão na cabeça e se apoia em Gastrodon, quase caindo. — Ele... Está tão distante...

    Por dentro da tempestade, Sandaconda vê o redemoinho de Frogadier aproximando-se, não entendendo como era possível, mas se dispondo a enfrentá-lo. 

Diego: Huh? — Ele vê Carbink se aproximando saltitando. — Carbink, onde você se meteu? Eu estava te procurando!

Carbink: Diego, longa história! Mas resumindo...

    Numa caverna, os vários Rolycoly dançavam ao redor de Carbink, fazendo um círculo de fogo. Bea olhava aquilo incrédula, mas queria ver até onde isso ia.

~Coly... — O maior dos Rolycoly se aproxima do centro do círculo e desprende pedaços de carvão de seu corpo. Estes começam a levitar e formar desenhos, mostrando a tempestade inteiramente congelada.

Carbink: Isso é impossível!

~Coly...! ("É por isso que você é o nosso salvador...!")

Bea: Se não for uma ideia tão maluca assim... Eu sei aonde encontrar os Pokemon mais fortes que possuem habilidades de gelo na Wild Area! 

Carbink: Então... Trégua?

Bea: Trégua. Eu apertaria suas mãos, mas você não tem nenhuma.

Carbink: Te odeio!

Marnie: Quer dizer que todos esses Pokemon... — Ela vê Bea acompanhada de grupos de Abomasnow, Sneasel, Weavile e Glalie, além dos Snover que ajudaram antes. 

Carbink: Yep! Todos vieram ajudar!

Diego: Então vamos precisar de toda a ajuda possível! Vamos contar a todos qual é o plano!

    Para fornecer água, Leuri e Marnie liberaram Cramorant e Drizzile, que se juntaram com Gastrodon e outros Pokemon do tipo água da Macro Cosmos.

    Enquanto todos os Pokemon disparavam ataques d'água contra a tempestade de areia, o Shellder de Marnie, o Inteleon de Rose e todos os Pokemon selvagens recrutados por Carbink e Bea usam movimentos congelantes para solidificarem a água, começando a conter a tempestade.

Leon: Froslass, Champion Time!!! — Ele arremessa uma Ultra Ball, fazendo sua pose de Campeão em seguida. Leuri revira os olhos.

    A Froslass de Leon invoca a neve, aumentando a potência dos movimentos de gelo. Então se junta aos demais Pokemon, ajudando a congelar a tempestade.

Carbink: Vamos, continuem dando tudo de si!! — Ele liderava a equipe da Macro Cosmos, saltitando ao redor da tempestade para que congelassem todos os lados.

    Com Oleana e Rose nas costas, Copperajah resgatava Pokemon feridos ao redor do confronto, levando para Diego e Leila cuidarem.

~DOOOON!!

    Levantando uma onda para cima da tempestade, Gastrodon consegue agilizar o processo, sendo aclamado por todos os outros e corando com o reconhecimento. A areia começa a enfraquecer e já era possível ver Frogadier combatendo Sandaconda, que cada vez mais aumentava de tamanho.

Rose: Eu não consigo entender isso... Nós estamos causando danos por todos os lados e a tempestade está quase desaparecendo no gelo, Sandaconda está preso, mas não para de crescer! — disse, saltando de cima de sua Pokemon.

Aleíse: Passada! Nós também tentamos congelar ele, mas não funcionou, tínhamos pouquíssima força! — Os outros repararam em Sonia e ela se aproximando.

Sonia: Talvez tenhamos chegado numa conclusão do que está acontecendo com Sandaconda... — Rose e Oleana a olharam, interessados. — Dynamax e Gigantamax são fenômenos que só podem acontecer quando se há um desejo. Em outras palavras, é o poder de um desejo materializado, por isso o tamanho e a força. Quando mais combatemos Sandaconda, mas ele deseja nos vencer.

Oleana: Precisamente, eu também estava pensando em algo parecido... — Ela percebe a admiração de Rose pelo raciocínio de Sonia.

Rose: Então, se o desejo dele é vencer... Temos que entender a razão disso!

Sonia: Exato! O que faz Sandaconda querer tanto nos derrotar? Do que o estamos impedindo? Essas são as perguntas que devem ser feitas! Devemos entendê-lo para ajudá-lo!

Diego: Sonia, acho que não tem ninguém melhor aqui para respondê-las.

Sonia: Uh?

Leuri: Ele está certo, você entende tanto sobre Dynamax e sobre os Pokemon — disse, com Gastrodon ao seu lado, assentindo com a cabeça.

Leon: É... V-Você é a melhor quando se é para lidar com o coração — corado, falou sem olhar para ela.

Sonia: Leon... — Ela também corou, mas cerrou os punhos. — Obrigada!

    Dentro da tempestade congelada, Frogadier desfaz seu redemoinho, não conseguindo mais aguentar lutar contra Sandaconda. Leuri sente novamente uma pressão em sua cabeça e Gastrodon e Diego a ajudam, mas o sapo despencava em direção ao chão.

Bea: Hyah! — Ela salta na hora certa e agarra o sapo no ar, conseguindo o salvar da queda. — Está seguro agora.

~Fro... — Ofegante, ele fecha os olhos. Já Leuri o olha com alguma estranheza, continuando sem entender o que vem acontecendo com ele.

Carbink: Os Pokemon vão continuar mantendo a tempestade dentro do gelo! O caminho até Sandaconda está livre. Você consegue, Sonsa!

Marnie: Você quis dizer Sonia?

Carbink: Mas foi o que eu falei, ué!

Sonia: Eu consigo! — Ela olha para Leon, que assente e corre para as costas de Charizard.

    Com Sonia e Leon montados, Charizard levanta voo e passa por cima da tempestade congelada, encontrando Sandaconda. As nuvens roxas estavam gigantescas e girando rapidamente por cima de sua cabeça. Além disso, ao redor dele nevava, chovia, trovoava, tudo de uma só vez.

Sonia: Vamos para perto dele!

    Quando estava se aproximando, Charizard recebe um golpe de lado e muda seu curso. Leon e Sonia seguram-se firme e procuram saber quem os atacou, surpreendendo-se.

Magnolia: Sonia, venha comigo! Eu vou te tirar daqui! — Montada em Corviknight, ela estende a mão para Sonia, que arregala os olhos.

    Vendo-se numa encruzilhada, ela ouvia a voz de Leon, de sua avó e o sibilar de Sandaconda, mas todos os sons eram abafados por seus pensamentos. Seus olhos se enchem de lágrimas, até que...

    Sandaconda desenrolava seu corpo para disparar um ataque carregado de areia para cima de Charizard e Corviknight.

SONIA!!!

Continua...