domingo, 16 de outubro de 2022

Capítulo 88: A prova final de Bea!

 

    Uma das cidades do sul de Kalos, Kiloude, conhecida por suas diversas atrações como o teatro na mansão de batalhas, a zona safari, o Vale da Mega Evolução... Mas alguém que saía da estação de trem parecia cansada demais para aproveitar qualquer um desses pontos de interesse.


    Era Bea, que teve que fazer sombra com as mãos por cima dos olhos para o sol não incomodá-la. Nada mais passava por sua cabeça além do que escutou no dia anterior...


Tierno: Korrina trabalha no Vale da Mega Evolução, em Kiloude.

Trevor: Eu estranhei quando você falou em mestre, mas agora faz sentido. Deveria procurá-la, assim vai entender tudo que aconteceu.

Carbink: Eles estão certos... Nós vamos com você até lá, amanhã.

Bea: Amanhã? Mas...

Aleíse: Gata, sem mas! Você precisa descansar e nós também, hoje foi um dia e tanto. Vamos ficar em alguma pousada e comer chocolates, okay? Amanhã podemos pegar o trem para Kiloude na estação mais próxima.  Bea pareceu pensativa, encarando o chão.
  Vamos, não seja tão difícil assim.

Bea: Certo... Eu vou esperar até amanhã para derrotar o meu antigo Mestre.


Bea: Sinto que se passou um mês enquanto não chegava... Mas aqui estou.



    Enquanto Bea seguia o mapa da cidade em seu celular para chegar até o Vale, ela se deparou com um grupo de pessoas bloqueando seu caminho. Estavam todas assistindo Nita, a Anfitriã da Mansão de Kiloude, que se apresentava com seu Pokemon.


    O Hitmontop dela girava seu corpo de cabeça para baixo, exalando energia arroxeada por ter ganho um burst do Psybeam de seu parceiro Grumpig. 


Bea: Quanta besteira... Com licença!  Ela começa a empurrar as pessoas para abrir caminho entre elas, mas tinham muitas e acabou sendo empurrada de volta para trás.  Argh...


  Qual é o problema, jovem?  Uma moça a perguntou, segurando um copo com canudinho.  Espera a apresentação acabar.

Bea: É que estou com pressa, tenho algo para resolver agora.

  É tão urgente que não pode esperar a apresentação da Nita acabar? Ela é das melhores Top Coordenadoras, está gravando um comercial para a publicidade da próxima temporada de Contests.

Bea: Não quero ofender, mas isso realmente não me interessa agora...

  Você é quem sabe, eu não perderia a chance de aproveitar um momento assim.

    Conseguindo contornar as pessoas, Bea segue pela cidade, nem ligando para publicidades de Diantha em outdoors e ignorando panfletos de uma peça do Starly Encantado no teatro e outros de "Recompensa para quem encontrar a golpista Madame Olyvia". Ela passa na frente de um quiosque, séria, quando escuta o som de algo estourando e imediatamente entra na defensiva até perceber que era só um canhão de confete.


Eduardo: Calma, calma! Me chamo Eduardo e você está de parabéns!!

Bea: Por...?

Eduardo: Conte pra ela, Anthony!


Anthony: Você foi a milésima pessoa a passar aqui na frente, por isso vai ganhar sorvete de graça...  Não muito animado, ele usava um avental que dizia "Sorvete rima com sorriso".


~Bunne... ("Droga, eu quase consegui...")  Uma Bunnelby se lamentou após ficar indo e voltando várias vezes na frente do quiosque.

Eduardo: Põe mais animação nessa fala, cara!

Anthony: Difícil quando perdemos nosso estágio e temos que viver vendendo sorvete!

Bea: Agradeço, mas ofereçam para outra pessoa, tenho mesmo que ir e...

Eduardo: Não pode, é só para a milésima pessoa!

Anthony: Vai ter que aceitar, quer de quê?

Bea: Não quero!

Anthony: Morango?

Bea: Pode ser chocolate então...

Eduardo: Não, vai ser morango.

Bea: Vão se f...  Sua voz foi abafada pelo som de uma moto passando rápido na rua, mas deixou os dois vendedores para trás e seguiu seu caminho, parando num sinal e tendo que esperar para atravessar.


  Eu te vi recusando sorvete grátis, você é normal?  perguntou um rapaz sentado num banco, com uma casquinha de sorvete em mãos.

Bea: Será que todos nesse lugar precisam falar comigo?

  Não deveria recusar tudo assim, tá deixando as coisas boas da vida passarem, pô.


~Gooo!  Um Goodra ao lado do rapaz concordou com a cabeça.

Bea: Eu só quero chegar no Vale da Mega Evolução em paz...


    Finalmente, Bea chegou até a entrada do espaço conhecido por Vale da Mega Evolução, um grande laboratório de pesquisas com zonas ao ar livre para estudo onde Pokemon viviam e auxiliavam no trabalho.


Eliza: Bom dia! Nossa, uma visitante já tão cedo? Sou Eliza, prazer, serei sua guia!  disse, recebendo Bea.


Bea: Sou Bea, não estou aqui para passeio turístico, quero encontrar uma pessoa chamada Korrina, ela trabalha aqui!

Eliza: Ah, sim! Se quiser encontrar ela, vai ter que pagar pra entrar.

Bea: ...  Ela levantou sua carteira.

    Entrando no Vale junto com Eliza, Bea escuta o som da corrida de vários Tauros nos cercados. Alguns Staraptor voavam por cima delas, cobrindo-as com suas sombras. Mas um Pokemon específico a chama a atenção por ficar em seu caminho.


~Ódiino!

Bea: Ela disse ódio?

~Ódinooo!

Eliza: Essa é a Audino, ela não gosta muito de visitantes, mas não se preocupe, é inofensiva! Aqui estudamos diariamente diversas espécies de Pokemon como você pode ver, nosso objetivo é descobrir as propriedades das espécies que podem Mega Evoluir e desvendar os mistérios ao redor desse fenômeno. Com a ajuda financeira da Madame Olyv... Da Korrina, também fabricamos Mega Rings e abrimos o local para turismo, não é legal?

Bea: E o que a Korrina faz num lugar desses?

Eliza: Te digo se levar um Mega Ring!


~Beeee!  Uma Ribombee se aproximou segurando uma tabela de preços do que vendiam ali.

Eliza: Essa é a minha Ribombee, ela também trabalha aqui!

Bea: Ah, e ela pode Mega Evoluir ou só gosta de extorquir os clientes?  perguntou, notando Eliza ficar em silêncio, sorrindo pra ela.  Eliza...?

    Começando a chorar, a mulher corre para longe dali aos berros enquanto sua Ribombee vai atrás.


  Desculpe, acho que tocou num assunto sensível para ela...

Bea: O cara do sinal? Também trabalha aqui?

Ramon: Sou Ramon, e sim, trabalho! Goodra e eu só estávamos tomando um sorvetinho, isso não faz mal nenhum. Se bem que Goodra não gosta muito de gelo, mas a gente supera isso.


    Bea seguiu andando com Ramon, mas parecia que a Audino estava a seguindo, sempre a intimidando. Bea socou a palma de sua outra mão, a desafiando, mas ela apenas a encarou com mais raiva.

Ramon: Se virar a direita vai encontrar nossa lojinha de conveniência, tem também um lugarzinho pra fazer foto, aproveita e marca a gente no Instagram!

Bea: Não, obrigada.

Ramon: E vai levar o Mega Ring?

Bea: Grrr!  Ela perdeu a paciência, segurando o rapaz pela gola da camisa.  Eu vim aqui encontrar a...


Korrina: Gente, eu terminei a entrega da Key Stone!  gritou ao longe, patinando na direção de Bea, com Lucario correndo ao seu lado. Ela para bruscamente assim que percebe a garota.


Bea: Korrina...  Ela soltou Ramon, que caiu sentado no chão. As duas se olham sem falar nada por alguns segundos.

Ramon: Ehr... Perdi algum capítulo?


Korrina: BEA!  Patinando na direção dela, Korrina a surpreende ao puxá-la para um abraço.


Korrina: Eu não acredito, você não mudou nada! Esse é o mesmo laço que o vovô te deu? Nossa, eu tenho TANTAS coisas pra te contar, eu não sei nem por onde começar!  Ela apertava Bea com força, que piscava inexpressiva.


Korrina: Espera, você não está feliz por me ver? A última vez foi há tantos anos... Ainda é viciada em chocolates? Mulher, que músculos são esses! Onde você malha?

Bea: Eu... Espera, eu que te pergunto, você está feliz por me ver? Eu não apareço há anos!

Korrina: Óbvio que eu estou, nós somos melhores amigas!

Bea: Não... Quer dizer, ainda somos? Eu estou confusa...


Korrina: Por mim, é claro que somos! Mas vou te dar algum espaço, desculpe, mas eu senti taaaantas saudades!

Bea: Aquele é o seu Riolu? — perguntou, olhando na direção de Lucario, que acenou sorridente.  Evoluiu... Parece muito forte.

Korrina: Ah, pode apostar que ele é! Me deixe apresentar todos!


~Lucha!


~Chan!


~Miiien!


~Marill, marill!

    Analisando os Pokemon liberados por Korrina, Bea mal conseguia raciocinar ainda. Por um momento esqueceu do seu Mestre, mas rever sua amiga de infância a deixava... triste?

Bea: Eu por acaso não pensei que... Nossa, nem sei o que dizer. As coisas mudaram tanto, você tem novos Pokemon, está patinando e trabalhando aqui... Me sinto mal por ter perdido tantas coisas da sua vida.

Korrina: Oh, Bea...

Ramon: Eu vou deixar vocês duas conversarem, chamem se precisarem!  Ele piscou para Korrina, que assentiu com a cabeça.


    Korrina sorriu para sua antiga amiga, começando a andar à sua frente. Bea hesitou, mas Lucario deu um leve empurrãozinho em seu braço, a chamando para acompanhá-la. Os três seguiram por mais alguns espaços de pesquisa e o olhar de Bea encontrou grupos de Trapinch que cavavam armadilhas numa grande piscina de areia.



Korrina: E aí, o que tem feito?

Bea: Bem...  Ela debruçou-se no cercado que dividia a área dos Trapinch.  Visitava várias regiões para me fortalecer junto com meus Pokemon em todos os tipos de batalhas, então voltava para Galar. Agora sou parte do Top 8, também... Acho que só batalhei o máximo que pude.

Korrina: Top 8 do Star Tournament é bastante coisa
  sorriu para ela, que assentiu.  Lembra quando éramos crianças e batalhávamos o tempo todo?

Bea: E você sempre perdia...

Korrina: Isso são detalhes!
  Ela levantou um dedo e Bea riu baixinho.  Você sempre teve gosto por isso, mas eu percebi bem cedo que não era meu caminho.

Bea: Então, o ginásio...?

Korrina: Eu não assumi.
  Ela afastou o cabelo, olhando para uma revoada de Fletchling cruzando o céu. Bea entreabriu a boca, prestando atenção.  Achei que queria seguir uma carreira como patinadora profissional, mas também não era por aí. Então voltei para a Torre Mestra, tentei me achar no ginásio como o vovô queria, mas... Não eram as batalhas que me atraíam.

Bea: E o que era?


    Levantando sua mão como resposta, Bea prestou atenção na luva dela, onde uma Key Stone reluzia. Lucario também usava uma luva igual, com outra pedra presa.

Bea: Mega Evolução.

Korrina: E mesmo nisso não tenho me sentido totalmente encontrada, preciso confessar. Mas é um passo de cada vez, igual como patinar ou treinar um Pokemon. Foi isso que aprendi e levo comigo no meu coração, então estou sempre aberta a me entender melhor.  Ao terminar de falar, ela percebeu que Bea a encarava, sem palavras.

Bea: D-Desculpe, eu só... Você é alguém totalmente diferente da Korrina que eu lembrava, que reclamava o tempo inteiro e não sabia como agir em momento algum, sempre brigando com o Mestre. Eu te achava tão...  Ela se segurou, encarando um Trapinch com a cabeça para fora da areia.

Korrina: Pode falar, Bea.


Bea: Eu te achava fraca. Preguiçosa. Não fazia por merecer e não aguentava ficar parada nos treinos, mas mesmo assim...  Ela desviou a cabeça, apertando a cerca quando Korrina tocou com as duas mãos nas suas.

Korrina: Mas mesmo assim, ele me escolheu para o suceder... Bea, eu também não entendia o motivo. O vovô sempre foi alguém muito difícil de se interpretar...

Bea: E onde ele está agora?  Ela se virou para Korrina, que recuou. Lucario a olhou com preocupação.

Korrina: Bem...

  Korrina!  exclamou uma voz feminina e as duas se voltaram para uma mulher que aproximava-se.

Korrina: Verônica, bom dia!



Verônica: Bom dia, querida. Parece que chegaram mais visitantes, mas não para conhecerem o Vale, querem te ver também!


Carbink: MAITÊ!!!  gritou enquanto saltitava na direção de Korrina, que abriu os braços para recebê-lo num abraço.  Lucario, meu antigo assistente!

~Lucawr! ("Não sinto falta disso!")


Aleíse: Oi, linda!  Ela se aproximou carregando pelo menos cinco sacolas em cada braço. — Fizemos algumas comprinhas pela cidade, nada demais!

Verônica: Aleíse comprou um Mega Ring da nossa lojinha!

Aleíse: Parcelado em 24 vezes no cartão da Leuri!  Ela levantou o cartão dourado, piscando para Bea, que parecia em choque.

Carbink: É bom que ela mantenha esse título pra continuar tendo como pagar, né?

Korrina: Aleíse... Eu me lembro de você, do aniversário da Leuri! Mas o que estão fazendo aqui? Me pegaram de surpresa!

Bea: Estavam comigo, mas...


Carbink: Mas você deixou a gente pra trás, criatura! Nem judas!

Bea: Eu sei, desculpa... Só não aguentei mais esperar depois de ver a Torre Mestra daquele jeito...


Korrina: Ah, então você viu! Nós abrimos a Torre para o público, chega de manter aquele lugar trancado à sete chaves.

Bea: Vocês...  Ela olhou para Lucario e Korrina.  Eu sabia que não podia ser obra do Mestre, ele nunca permitiria isso.

Carbink: Ainda não contou pra ela, Maitê?

Korrina: Bea...
  Ela respirou fundo, vendo Ramon e Eliza se aproximando de Verônica.  Há três anos atrás...

    Com Aleíse e Carbink mais próximos para dar suporte, Bea escutou a história que Korrina contava. Um plano da Team Flare prendeu várias pessoas numa base subterrânea, como Diantha e a própria Korrina, mas também seu avô, Gurkinn, o antigo Líder de Ginásio da Torre Mestra em Shalour. Ele foi o responsável pela fuga dos prisioneiros e deu sua vida para que conseguissem fugir, consagrando-se num herói para toda aquela gente.

Korrina: E foi isso... No final, ele disse que sempre enxergou um grande futuro para mim e eu tive certeza que tudo que ele fez foi pensando nesse futuro. Eu também tenho certeza que ele sentia o mesmo por você
 — disse, enxugando uma lágrima nos pés dos olhos.  Está tudo bem, Bea?


Bea: Está... Eu já sabia, tinha entendido quando estava na Torre, mas não queria ter certeza porque isso significaria que não poderia voltar a enfrentá-lo e finalmente vencer.  Ela sorriu de leve, fechando os olhos.  Pode soar cruel, mas não consigo chorar por ele... Como me fez sentir tão fraca não importando o quanto eu me mostrava forte. Nunca me senti o suficiente e projetava isso nos meus amigos, nos meus Pokemon, até conhecer essa gente...

Carbink: Awn!
  Ele corou, cobrindo os olhos com as orelhas e Aleíse juntou suas mãos.

Bea: Então eu nunca vou poder superá-lo... Até disso ele me tirou a chance...


Korrina: E você não precisa!  exclamou em tom de preocupação.  É sério, realmente não precisa superar ele! Todo o seu progresso até aqui, estar no Top 8, considerar os Pokemon como amigos e ter feito novos que te ajudaram e ainda vieram até aqui só para te apoiar...

Bea: Mas se eu não vou vencer o Mestre, o que mais eu posso fazer da minha vida? Pra que serviu tudo isso? Qual é o meu caminho?!

Korrina: Ora...  Ela sorriu com Lucario.  Talvez seja hora de mudar sua rota, assim como todos nós aqui!

Bea: O que quer dizer...?

Ramon: Antes me tratavam como o primo da Valerie que nunca ia ter tanto sucesso como ela... Mas olha pra mim agora, eu tenho sucesso para mim!

~Goooodra!

Eliza: Eu não fui a boa irmã mais velha quando precisei e vim para cá para recomeçar...  disse, olhando para Verônica, que sorria também.

~Bombee!

Verônica: E eu aceitei um recomeço depois de tirar as mágoas do meu coração.

~Lucaaawr!


Korrina: Viu? Até o Carbink mudou nesse tempo!  Ela apontou para o diamante rachado no peito de Carbink, que saltitou feliz.


Carbink: Eu também estou um centímetro mais alto!

Aleíse: Eu mudei todos os meus produtos de skin care nessa viagem, mas... É, definitivamente não sou mais a mesma garotinha que não acreditava na própria arte! Farfetch'd ter evoluído ontem me deixou com mais certeza do que quero fazer, vencer a Liga Galar!

Korrina: Você também deve tentar, Bea! Está na hora de deixar esse capítulo acabar e um novo começar na sua vida... Se eu puder fazer parte dele, com certeza vou ficar feliz com isso!

Aleíse: Obviamente sua outra melhor amiga também vai! E se não ficou claro, sou eu!

Carbink: Hey! Rivais também pode ser melhores amigos!


    Deixando as Pokeballs de Bea involuntariamente, seus Pokemon também pareciam emocionados. Ela se surpreendeu com isso, nunca tinha os visto fazendo algo que não foi ao seu comando.

Bea: Fiquei tanto tempo parada na mesma página, mas com tantos melhores amigos aqui, ficar triste não parece uma possibilidade...  Ela riu ao falar isso e os outros também.  Eu estava pensando em desafiá-la para uma batalha, Korrina. Afinal, se não posso vencer o Gurkinn, talvez a pessoa que ele escolheu para ser sua sucessora... Mas não preciso fazer isso, essa é a Bea que quero deixar para trás.

Korrina: Oh, Bea!


    Abraçando sua amiga, agora esta também sorria, correspondendo. Lucario comemorou com Carbink e Ribombee, que voou ao redor delas.

Bea: Não precisar batalhar é algo meio difícil de assimilar, mas gosto da ideia de tentar fazer isso.

Korrina: Sabe o que seria legal? Todos jantarmos juntos hoje!

Bea: Só se tiver...

Korrina: Chocolates?  Bea assentiu, lambendo os beiços.  Então começaremos pela sobremesa!

Carbink: E por conta da Leuri!  Ele saltitou entre as duas.

Aleíse: Ainda bem, eu sinto que desenvolvi um vício em passar esse cartão e comecei uma coleção de notas fiscais dele! A mamãe te ama, ama sim, quem é o cartãozinho mais lindinho?  Ela esfregava o cartão dourado sem limites no rosto.


    Num dos restaurantes de Kiloude, todos os funcionários do Vale da Mega Evolução estavam com Bea, Carbink e Aleíse numa grande mesa retangular. O atendimento era de luxo, com garçons servindo um verdadeiro banquete.

Korrina: Não como uma comida cara assim desde que precisei voltar a guardar dinheiro por descobrirem meu esquema como falsa vidente!

Bea: Ok, você precisa me contar essa história depois!

Aleíse: Que pena que vamos embora amanhã, um dia quero voltar e visitar todos os shoppings de Lumiose que não consegui dessa vez!

Carbink: E torcer pelo cartão da Leuri estar com a gente!

Aleíse: A esse ponto, pra mim Leuri é Deus!

Korrina: Por falar nisso...  Ela empurrou uma caixinha até Carbink pela mesa. A pedra curiosa viu um bracelete e duas pedras dentro dele.  Diego me disse que está no caminho para a Liga Galar desse ano, então isso com certeza vai ajudá-lo. Eu mesma ia entregá-lo quando fosse visitar, mas não faço ideia de quando vou voltar a ter férias, então se puder entregar!

Carbink: Tá bom!
  Pegando a caixinha com as orelhas, ele a escondeu dentro de seus pelos e depois voltou a enfiar o rosto numa travessa de banana split.

Bea: Hey!  Ela repreendeu Carbink.


Korrina: Carbink, que porqueira, tenha modos e...  Ela parou de falar quando viu Bea fazer o mesmo, competindo com Carbink pra ver quem acabava primeiro.

    No dia seguinte, Korrina abria os portões do Vale da Mega Evolução, com Bea e os outros ao seu lado. Ela já ia se despedir deles quando Carbink sentiu-se estranho e todos os diamantes em seu corpo iluminaram-se. De seus pelos, um brilho vermelho escapou, proveniente de sua Wishing Star.


    Aleíse foi a primeira a gritar e se esconder atrás de Bea quando avistou o gigantesco Golurk na forma de um canhão que voava pelos céus, cada vez mais perto de onde estavam.


    Aterrissando dentro do Vale da Mega Evolução, a gigantesca forma dynamax do Golett que Carbink fez amizade na Wild Area inclinou sua cabeça, fazendo sombra por cima de todos. Bea o reconheceu, olhando para Carbink sem saber o que ele fazia aqui.


Carbink: Você... Veio me ver?  Ele encarava o local que sua Wishing Star iluminava, bem no selo no corpo de Golurk. Suas orelhas se arrebitaram quando o Pokemon baixou sua mão gigante, levantando cortinas de poeira para os lados.  É para irmos com você? Gente, parece importante!

Aleíse: E-Esse monstro é conhecido seu?!

Korrina: Acredite, o Carbink é capaz de fazer amizade com qualquer um, literalmente!

Bea: Ele não viria se não tivesse acontecido alguma coisa... Carbink, é melhor ir com ele.

Aleíse: Bem, podemos dizer pra Leuri que ao menos não compramos passagem de avião pra voltar, é uma economia! — Ela dizia para si mesma enquanto desfilava para a mão de Golurk, colocando uma sacola de cada vez.

Carbink: Você não vem?
  Ele saltitou até Bea, que se agachou para ficar na altura do rosto dele. Ela enfiou a mão no bolso de seu uniforme, pegando um diamante.  Ah, você guardou!

Bea: Sempre vou... O dever os chama, mas quero passar mais algum tempo com a Korrina
  disse e seus dois amigos pareceram surpresos.  Obrigada, Carbink, Aleíse... Graças a vocês, consegui vir até aqui e posso não ter feito o que eu esperava fazer, mas fiz melhor do que já cheguei a sonhar. 

Aleíse: Estamos felizes por você, gata!

Carbink: Se cuida!
  Os dois tocaram as testas, com ela encostando no diamante dele. Então, saltitou para a mãozorra de Golurk, que assumiu sua forma de canhão e voltou a levantar voo.

    A ventania do impulso para voar de Golurk balançou os cabelos de Korrina e Bea, enquanto Lucario cravou um sabre de osso no chão para não ser levado. Assim que o Pokemon já parecia pequeno no céu, Bea suspirou, ainda olhando para a imensidão azul.


"Nunca tinha me sentido tão leve para perceber como a brisa pode me fazer começar a percorrer uma nova estrada... Estou virando essa página."

Continua


3 comentários:

  1. Bea tadinha, mais de um mês correndo descalça no mato pra chegar em Killoude, tive pena dela, mas logo que chegou começou a traumatizar os npcs que têm contrato para aparecer pelo menos uma vez na fanfic, até à próxima temporada, Anthony, Eduardo , primo da Valerie e outros...
    Acho que Bea estava esperando um reencontro estranho, mas Korrina nunca foi de ficar estranha com as pessoas, ela é muito sociavel ao contrário da amiga dela sem sapatos. Audino ficou com raiva porque está sujando o vale todo com pés humanos, que nojo. Os incels que devem amar, são esquisitos e têm fetiche por pés...
    Foi tão fofo ver Bea se libertando daquilo que a prendia por tantos anos, adorei o trocadilho com a Butterfree e a musica escolhida, ficou tudo muito perfeito, eu amei esse capítulo.
    Golurk ter aparecido agora deve ter a ver com Marnie e o cavaleone... (porra devia ter pensado nesse nome quando o peguei) mas enfim...
    O capítulo foi otimo, um regresso muito esperado e não se preocupe Ribombee, você pode não mega evoluir mas os Trapinch ali ainda são mais iludidos que você... continue impingindo coisas pros viajantes comprarem e seja feliz.
    And, Korrina dizendo que ainda não se sente realizada... será que ainda tem algo para viver com ela no futuro? Fiquei curiosa sobre isto...
    Mas pronto, não sei se a Bea termina aqui, mas se terminar eu amei toda a história dela desde deixar o ginásio de Hulbury para a Nessa como alguém quase que vazio de sentimentos e indo aos poucos se envolvendo com outros personagens, como o Carbink e a Aleise que acabaram descascando a casca dura que a prendia. Ela cresceu muito ao rumo dessa fanfic e agora que voltou ao passado pôde finalmente colocar tudo para trás das costas e aproveitar para começar uma nova vida agora com amigos. Não sei se ela ainda vai competir no top 8 mas mesmo que compita acho que já não vai importar taanto para ela e vai apenas para se divertir e não porque precisa de combater. Adorei que criou aqui uma boa rival para a Leuri quase sem elas interagirem a fic toda, se ao menos o anime tivesse essa noção que precisa criar personagens interessantes pro outro rivalizar... mas não vou falar disso, não adianta. Galeuri é onde o interesse está e só Galeuri importa e conta como canónico para mim <3

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  2. Eu sou muito lento pra ler depois quase duas horas pra ler, eu confesso que estava com saudade de Galeuri, apesar que ao mesmo tempo tava acostumado com o arco do Brendan :3
    Mas fiquei feliz com o retorno de Galeuri e Bea coitada nem quero imaginar o estado dos pés dela descalço a caminhando tanto. Bea full pistola com os npc's atrapalhando ela, mas pior que no fundo é muito chato quando você quer fazer algo e tem meio mundo querendo te atrapalhar, parecendo que querem de impedir de fazer as coisas.
    Bea então reencontra sua amiga Korrina. Eu jurava que a Bea ia ficar triste, chorar muito por causa da morte do avô da Korrina, mas ela sentia que ele tinha falecido, mas só queria de fato confirmar isso com seus próprios olhos.
    E no final o Golurjk apareceu e aparece que temos problemas vindo por ai. Capitulo maravilhoso e ansioso pelo próximo capitulo :3

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  3. Hiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
    E bem, eu confesso que estava esperando um capítulo cheio de surtos e grandes questionamentos, mas gostei da forma como aconteceu de uma forma mais leve, amei a chegada de Bea em Killoude e como esse lugar sempre é um surto diferente quando o visitamos.
    A NITA ANFITRIAAAAÃ, iconica, amei a referência sobre ela estar gravando o comercial de celestial.
    E achei muito engraçado todo o segmento de surto com esses NPC, a bunnelby passando mil vezes -que nem a anitta- na frente do sorvete para ainda perder a chance de provar um sorvete de morango é algo realmente triste e emocionante para qualquer um.
    ELIZA VOLTANDO, meu deus ela simplesmente obrigando o povo a comprar, nossa o vale da mega evolução realmente não é um lugar democrático, o tanto de dinheiro que você precisa ter pra visitar esse lugar, e absolutamente amo a ribombee sem megaevoluir e seu trauma, RIBOMBEE TRÁS A PRANCHETINHAAAA.
    Bom agora indo ao que nos interessa, achei a conversa de Bea e Korrina algo muito legal, Korrina realmente parecia muito aberta a falar, mas também a ouvir, achei maduro da parte dela deixar Bea falar e ainda ouvir o que a amiga pensava a respeito dela, que no caso era fraca e preguiçosa e acolhe-la mesmo em função disso, também gosto de como Bea vai aprendendo e percebendo aos poucos o quanto seus ideais eram obsessivos de certa forma, acho que ao perceber que o próprio gurkinn admitiu seus ideais estarem errados, chegando a morrer com eles, talvez tenha dado o insight que Bea precisava para perceber que seu caminho pode e deve ser maior do que isso.
    Acho diferente que ao invés de admira-lo, acho que agora ela escolhe se livrar da personalidade e agressividade que seu mestre lhe deixou, que tudo isso lhe foi implantado e que ela foi levada a pensar assim, enquanto a própria korrina era o que ela sempre sonhou em ser na visão de gurkinn, acho que é uma conclusão complicada de se chegar e realizar.
    adorei aleise e os outros se unindo a conversa e compartilhando suas visões, todos em função de Bea e para dar-lhe suporte, foi um momento bonito e uma conclusão que pelo menos para mim, é bem agridoce, pois sinto que apesar de ser uma conclusão, acho que levará muito tempo para que esses ideais desapareçam.
    O final com golurk me deixou preocupado, o que será que marnie esta fazendo dessa vez meu pai, tinha que ser a desgraçada da mar mar.
    e achei legal a decisão de bea de ficar, estou curioso pelo resto da história, estou adorando.

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