domingo, 23 de março de 2025

Capítulo 118: Limiar.


    Melmetal afundou o solo da floresta com um largo passo, derrubando algumas árvores uma por cima da outra. Rookidee voaram desesperados para todas as direções, e Marnie encarou o horizonte enevoado. Tinha certeza que Poipole tinha acabado com Zarude, mas pelo visto ele ainda resistia, ou aquela névoa não estaria ali.


    Ela deu dois tapinhas na cabeça do gigante, que curvou-se para que ela pudesse saltar para o chão. Tinha a espada e o escudo presos num suporte em suas costas.


    Spectrier saltou para fora de sua sombra, relinchando em sussurros, e ela tocou sua crina esfumaçante. Ao seu lado, Liepard apareceu, esfregando a cabeça em sua cintura. Marnie a olhou com alguma confiança, mas era tão frágil que se rompeu quando ela escutou arbustos farfalhando. Sacou imediatamente a espada, mas uma garotinha saltitante apareceu, sorridente.


 — Paula! Ou melhor dizendo, Eternatus! — Marnie  apontou a espada para ela, que riu baixinho, escondendo com as mãozinhas.


 — Olá! Está ansiosa? Porque eu estou! Falta tão pouquiiiinho! — A menininha continuava rindo. Ela colocou as mãos para trás, caminhando como num parque, segurando na saia do vestido, enquanto Marnie a seguia com a ponta da espada. — Você está aqui, Leuri certamente também virá em breve... Está na hora de você enfrentá-la e finalmente cumprir o seu destino!

    Marnie perdeu a paciência, investindo contra ela. Com agilidade, Paula projetou-se para o lado, quase fazendo-a tropeçar. Marnie continuou tentando acertá-la com a espada, mas a garotinha ria de forma inocente toda vez que desviava. Liepard assistia, confusa. 


 — Fica... parada!! Arrrgh!


 — Oh! — Paula sentiu o chão tremer e uma fissura se abriu. Grandes grades de pedra vermelha se ergueram do solo, aprisionando-a sem muita movimentação. — Parabéns! Mas já tive em prisões piores...


 — Você não vai sair daí — disse Marnie, encarando-a. — Eu nunca confiei em você, e agora eu nem preciso mais de qualquer ajuda sua. Melmetal está sob o meu comando, e com ele vou libertar apenas quem eu quero. E só depois... Eu vou acertar as coisas com a Leuri.

 — Comovente — a garotinha segurava nas grades. — Você ainda acha que Leuri estará disposta a te ouvir... Minha querida, se ela precisar escolher entre proteger o mundo ou você... Nem preciso responder! Eu já te disse que sou sua amiga. Te tornei mais forte, te trouxe até aqui. Desde que você veio para essa floresta com seu irmão e aquele Morpeko à beira da morte... Seu futuro sempre esteve nas minhas mãos.


 — Vai a merda! — Marnie ergueu um braço, contorcendo os dedos, e a fissura aumentou de tamanho, fazendo as grades pressionarem Paula ainda mais. — Eu escolhi o meu caminho, não você!


 — É o que acredita. Mas será que é a realidade? — A menininha riu fofinha enquanto Marnie corria para dentro do nevoeiro.



     Um caminho demarcado por aura azul reluzente guiava Aleíse nesse momento. Ela corria pela Wild Area, acompanhada por Kubfu, e tentava ignorar os rugidos de Pokemon gigantes, os barulhos de coisas caindo e explodindo, e mais gritos abafados. Não desviaria o olhar da sua rota, sabia que de alguma forma chegaria até Leuri, e que ela poderia dar um jeito nessa situação.


    Durante sua jornada por Galar, desde que saiu de Wedgehurst, Leuri esteve ao seu lado, a apoiando e sendo uma ótima amiga. Talvez nunca tenha dito com essas palavras, mas se inspirava nela. Quando se propôs a ser a responsável por acompanhar Kubfu, foi pensando nisso. Ela havia vencido a Liga desse ano, se tornando uma das Campeãs, e enfrentou sua mestra e praticamente mãe, Leila, numa batalha completa. Mas como sempre teve em mente, não poderia se dar por satisfeita e parar, precisava ir além.

  Não posso... Parar...  Aleíse resistia ao cansaço, mantendo seu pensamento no seu objetivo, quando Kubfu parou de correr.  Uh?


    Diante dela, com passos desorganizados, Bea apareceu. Seu olhar que antes era sempre tão rígido parecia preservado, mas muito distante, como se sua mente estivesse vazia. E provavelmente estava. Controlada pelo seu desejo, a Treinadora selvagem carregava uma Ultra Ball, e Aleíse recuou um passo, apertando os punhos.


  Bea, por favor!  ela pediu, sem resposta.  Eu não quero começar uma batalha, preciso continuar! Estou indo até a Leuri... Ela... Ela vai dar um jeito nisso tudo!


  Fu.  O urso assentiu, sentindo a dúvida na voz da cabeleireira.


    Bea não reagiu, se mantendo parada com a Ultra Ball na mão. O suor escorria pela testa de Aleíse, e uma gota pingou em seu queixo. Ela aumentou a voz, gritando para Bea.


  Gata, você é muito mais forte do que isso! Precisa retomar o controle pra ontem!!


    Bea novamente não mostrou reação, e esticou o braço para o lado. Em seu pulso, a Wishing Star estava cravada na pulseira, criando raízes vermelhas por seu braço. A Ultra Ball em sua mão foi envolta por partículas Dynamax, rapidamente aumentando de tamanho, e Aleíse cerrou os dentes. Teria que combater.
    Bea então arremessou a Pokeball gigante com apenas uma mão, e esta se abriu no ar, num imenso clarão vermelho.


 — Vamos, vamos!! — Guardando coisas em sua bolsa, Rose apressava os demais.

    Nesse momento, em Spikemuth, todos estavam de acordo que não havia mais sentido continuarem ali. Os reservas precisavam agir, e era isso que estavam fazendo.



    Do lado de fora do hotel abandonado, os Pokemon elétricos descansavam não precisando mais fornecer energia. Katie e Nia trabalhavam juntas para ajudá-los a recuperarem suas forças mais rápido, criando receitas improvisadas com berries e o que mais tinham ao alcance.


    Sweetie Pie abraçou as pernas de sua mãe, escondendo o rosto nela, com medo da situação, e esta era uma das únicas vezes que Honey não estava pensando em gastar num cartão de crédito. Ela olhou para Mustard e os dois se abraçaram. Confiavam muito em Kubfu, mas não podiam evitar a preocupação.


 — Eu tive que sacrificar minha pernoca pela segurança do mundo, então é bom que isso tudo seja resolvido! — Harley esbravejava, de braços cruzados sentado numa poltrona aos trapos e com a perna quebrada para o alto. — Ai que fim de carreira, e eu rindo da minha irmã...


 — Não vou te deixar sozinho, amiguinho — Klara debochava dele, que ficava vermelho de raiva. — Preciso estar aqui para te proteger se algo acontecer.


 — Eu posso me proteger sozinho, meu amor! Mas... Obrigado — Harley corou, e Klara encostou em seu ombro, dando dois tapinhas.


 — O que eles estão fazendo? — Espadarnaldo perguntou ao irmão, observando Bede e Oleana enchendo uma mochila.

 — Vão mesmo para a floresta? — Escudoberto parecia incrédulo.


 — Vamos em grupos, por diferentes rotas — disse Raihan, batendo nas costas dos dois, que saltaram com o susto. — Vocês bem podiam nos ajudar, já que frequentavam aquele altar.


 — Todas as vezes que fomos lá, Eternatus nos guiou pelo nevoeiro — disse Espadarnaldo, envergonhado.

 — Nunca fomos capazes de chegar lá sozinhos — completou Escudoberto, dando de ombros.  — Mas se for ajudar...
 — Ele fez uma pausa, trocando um olhar com o irmão. — Mantenham suas convicções em mente. Aquele lugar tem uma energia tão forte... Você consegue sentir o seu desejo muito perto, como se fosse palpável... É difícil resistir.


 — E vocês resistiram porque estavam sendo gananciosos demais para cederem ao Dynamax? — Grace cruzou os braços, com uma panela entre eles.


 — Nós erramos feio, sabemos disso. — Espadarnaldo suspirou. — Mas estamos falando sério. É bom terem cuidado. Dizem que quem busca o altar tem seu desejo atendido... Só que sempre há um preço.

 — Você sabe bem disso, não é? — Escudoberto encarou Grace, que descruzou os braços, um tanto abalada.


 — Eu contei sobre o Meyer, mas se a Leuri está indo para lá...


 — Leuri vai ficar bem — disse Rose, se aproximando. — Ela está indo para impedir a Marnie. Não vai se deixar levar como ele.


 — Eu sei que Leuri vai resolver tudo com a Marnie, mas eu devia estar com ela... Passei tanto tempo tentando me redimir com a minha filha e agora deixo ela ir sozinha nisso, enquanto fico aqui parada? Isso não está certo!


 — Leleuri? —  Camille chamou, batendo as mãozinhas em Cloyster, antes de Grace pegá-la no colo.


 — Eu vou atrás da minha filha! — Grace exclamou. Camille bateu palminhas, balançando as perninhas.


 — Vou com você — Rose disse, ajeitando a bolsa atravessada pelo corpo, com dificuldade por causa do barrigão. — Dessa vez, devemos ficar juntos. Somos família.

 — Obrigada — Grace sorriu, mas logo Oleana apareceu com mais bagagem para Rose carregar.


 — Você vai precisar disso tudo sim!

 — N-Não tem necessidade!


 — Meu Presidente... Rose — Ela se corrigiu. — Estarei aqui para dar suporte a quem fica. Se não vamos juntos, preciso garantir sua segurança à distância. Porque se algo te acontecer, como sua amiga, eu vou ficar furiosa!


 — Ela até fica fofa tentando acertar nesse lance de vínculos — Nia comentou com Katie, que massageava Pincurchin com luvas de borracha.


 — Essas luvas têm história! Foi lá em Hoenn, quando Brendanzinho inventou de levar um Zigzagoon pra um Contest... — Harley começou nostálgico, mas Klara o chacoalhou antes que ele entrasse em detalhes. — Ai, safada!!


 — Cloyster irá acompanhá-los, ele pode ajudar — disse Oleana. O Pokémon, um pouco nervoso, a olhou em busca de confiança antes de se juntar ao grupo.


    Algum tempo depois, Grace já havia partido com Camille, Cloyster e Rose, este último se esforçando para acompanhá-los com o peso das bagagens. Oleana os observou desaparecendo para além dos portões da cidade, sentindo um aperto no coração.


 — Raaattatatata!! — Rattata veio gritando desesperado, quase caindo em sua corrida.


 — Ratinho, o que rolou?! — Klara se abaixou para ver o rato interpretando. — Diantha?


 — Que Diantha, é a Nessa!! — Escudoberto gritou, correndo com seu irmão.



 — O quê? — Raihan se virou imediatamente.


    Balançando os braços moles como uma zumbi dos desejos, Nessa se aproximava pelo sul da cidade, curvada e olhando para o chão. Os olhos de Raihan se estreitaram, seu coração acelerou e a primeira reação foi tentar correr até ela, mas Bede o agarrou pelas costas, tentando forçá-lo para trás.


 — Me solta!!


 — Você precisa se controlar!!

    Bede se esforçou, mas não era páreo para o homem mais desejado de Galar. Raihan se soltou e correu para frente de Nessa, segurando suas mãos.


 — Nessa! Sou eu, por favor! — Ele tentou acariciar o rosto dela, mas não houve qualquer reação. 


 — Glup! — Klara engoliu em seco, se escondendo atrás de Harley quando uma sombra encobriu todo o hotel.


    Era Milotic em Dynamax. Sua pele ressecada denunciava o tempo sem contato com água, e seus olhos vermelhos a tornavam ainda mais assustadora.

 — A Milotic... — Raihan olhou apavorado.

    Raihan sabia o quanto aquela Pokemon sentia aversão ao Dynamax, nunca tendo aceitado usar de seu poder ao lado de Nessa. Agora, contra a sua vontade, ela havia assumido aquela forma com o poder do desejo.

 — Raihan!! — gritou Katie quando a Milotic abriu a boca e disparou uma torrente d'água que se espalhou no ar como um gêiser.


    Raihan ficou paralisado, com os olhos fixos na água se espalhando para cima dele. Ver Nessa novamente, depois de não ter conseguido fazer nada para protegê-la da última vez, fez seu peito apertar. Ele não conseguia agir. O medo tomou conta de seu corpo, seus músculos travaram, sua respiração ficou pesada e...

 — Não, não de novo! — Raihan fechou os olhos com força.

    A água estava prestes a atingi-lo, mas antes que o impacto fosse possível, poderes psíquicos a fizeram parar no meio do percurso. Raihan foi puxado para trás por Bede, e então viu Hatterene e Reuniclus, ambos mantendo o encanto sobre a água. Os dois desviaram seu curso para o alto, e ela se espalhou numa grossa chuva, molhando todos presentes.

 — a... — Espadarnaldo viu seu penteado completamente desfeito, sentindo-se ridículo, assim como o irmão.


 — Cof! — Sweetie Pie cuspiu água após levar um porradão de Honey nas costas. — Tentaram me matar! Eu vou fazer falta!!


 — Desculpem! — Bede curvou-se várias vezes para os demais.


 — Que isso mana, ajudou a aumentar a humilhação que me encontro — Harley torcia seus cabelos para secá-los.

    A Milotic rosnou enquanto encarava Hatterene e Reuniclus. Ela deslizou para frente, a cauda chicoteando contra o chão de Spikemuth, rachando o concreto com o impacto. Antes que algo mais pudesse ser feito...


CRACK!

    Toda a estrutura do teto de Spikemuth foi arrancada como se fosse uma tampa, e a cidade escura e abafada foi invadida por uma luz agressiva. Todos da resistência ergueram os braços para proteger os olhos, incomodados com a claridade vermelha repentina. Pequenos pedaços de metal e concreto caíram por toda parte, e os Zigzagoon e Linoone habitantes da cidade saíam correndo, até que o portão tombou, rachando por completo.


 — Estão todos bem?! — gritou Mustard, apoiado na parede externa do hotel, com a esposa e o filho.



 — Acho que sim! — Nia gritou de volta, sendo ajudada por Katie a se levantar.


    Uma Vespiquen em Dynamax segurava a estrutura do teto com uma só mão, e com todos os seus olhos ela observava as pessoas e Pokemon assustadas.


 — Pera aí... — Harley forçou a vista, percebendo que havia alguém na palma da outra mãozorra da abelha rainha. — AVERY!!!


    Como os demais controlados, seu corpo permanecia ereto, mas mantinha o olhar vazio. As Pokeballs ao redor de sua cartola giravam de forma frenética, muito mais rápidas do que o habitual.



    Vespiquen arremessou o que sobrou do teto longe, e o estrondo ecoou pela cidade, fazendo-os taparem os ouvidos. Duas outras sombras imensas se mexeram para olharem o que foi revelado e logo, dos dois lados da cidade, estavam uma Alcremie e um Centiskorch, ambos em suas formas Gigantamax.



    Vespiquen pousou, e Avery saltou de suas mãos, erguendo-se diante da resistência. Contornando os destroços do portão, Kabu e Opal caminharam para seu lado, os olhos tão vazios quanto os de Nessa. A cidade estava cercada, e todos se agruparam, já pegando em Pokeballs, olhando para as diferentes direções de onde vinham os gigantes.


 — Ódio! — Harley tentou se levantar, mas caiu sentado de novo, e seu chapéu fez sombra por cima de seus olhos enquanto apertava os punhos com força.

 — Teremos que lutar... Mas são muitos — Oleana disse, suando frio.

 — Temos... Temos que tentar — Bede olhava para Opal, reunindo coragem.

 — Vamos então ao combate — Mustard arremessou sua Pokeball.


    A capsula se abriu diante dos demais, e Mienshao saltou para fora dela, flexionando os braços com determinação. Com o primeiro passo tomado, todos lançaram juntos suas Pokeballs, e a batalha estava prestes a começar.



    Uma grande esfera se abriu no ar, liberando partículas Dynamax que mesclaram-se com as já presentes nos ventos pelo ambiente. Machamp cresceu para fora dela, atingindo sua forma Gigantamax, enquanto as nuvens roxas no céu agrupavam-se por cima dele.


    Aleíse arregalou os olhos. Ela já havia lutado com Bea várias vezes antes, mas nunca derrotou seu Machamp sem mesmo ele estar naquela forma.


 — Fu! — Kubfu bateu o pé no chão, e Aleíse retomou a consciência.


 — Lurantis! — pediu, liberando sua principal parceira.


    Bea esticou o braço para frente, e Aleíse olhou para o alto, vendo Machamp flexionando os braços enquanto sua aura vibrava tão forte que irradiava como chamas ao redor de seu corpo. Ela se tornou numa extensão de seus membros, braços enormes que buscavam socar Lurantis.


 — Desvie!!


    Lurantis encarou os socos de Machamp de frente, correndo entre os braços de aura e se impulsionando neles para continuar desviando, então quando deu um salto maior, Aleíse estava atenta e seguiu comandando.

 — Sunny Day!


    Lurantis estufou seu peito, flexionando o corpo enquanto pontos luminosos se desprendiam e giravam juntos até perto do rosto de Machamp, formando uma esfera luminosa que clareou o ambiente selvagem e incomodou o lutador Gigantamax. A Pokemon sentiu-se regenerada com aquela luz, e voltou ao chão mais radiante.


 — Isso vai pedir nossa melhor lâmina — disse Aleíse, vendo Machamp tentando golpear a luz, em vão. — Solar Blade!



    Lurantis esticou um de seus braços, que acendeu junto da luz artificial. Manipulando-a, ela formou uma tesoura, agora precisando das duas mãos para empunhá-la, então a usou para desferir um corte no joelho do lutador, que soltou um grito grave de dor que balançou as árvores ao redor.

 — Boa! — Aleíse comemorou, mas percebeu Bea estreitando os olhos.


    Machamp balançou a cabeça e seus olhos se acenderam completamente, de forma que quando movimentava o rosto, deixava um rastro de luz que lembrava fogo pelo ar. O gigantesco rugiu e socou o próprio peitoral com os seus quatro braços, agitando os ventos e obrigando Aleíse e Lurantis a levarem os braços à frente do rosto para se protegerem.
    Na sequência, Machamp saltou para o meio das árvores, assustando Aleíse pelo rumo daquela batalha. Ele agarrou em árvores, arrancando-as do solo para arremessar.

 — Aaah!! — Aleíse temeu seu fim quando viu uma árvore girando no ar vindo em sua direção.


 — Luuu! — Lurantis foi ágil e saltou em sua frente, cortando o tronco da árvore em dois pedaços que rolaram para os lados, usando sua tesoura luminosa.


 — MAAAAAAACHA! — Machamp gritou como numa guerra, agora arrancando mais duas árvores.


 — Fu, kubfu! — O urso cobrou uma reação de Aleíse, que olhava apavorada para aquilo.


 — Esse saradão não pode ficar arremessando coisas assim... E nós não podemos só fugir — disse, e Lurantis entendeu o recado.


    Bea se virou na direção das árvores quando Aleíse e Lurantis correram para lá. A Pokemon usou sua tesoura para partir mais árvores arremessadas durante o caminho, mas agora que estava mais perto do gigante, não fazia mais sentido ele tentar atirar coisas à distância.


 — Suba nas copas e acerte mais cortes! — Aleíse pediu, rasgando o ar com um movimento rápido com o braço.


    Lurantis saltou de galho em galho até o topo da maior árvore que encontrou, impulsionando-se para cima de Machamp. Os olhos do gigante se juntaram em Lurantis diante de sua cabeça enorme, e ela investiu com a tesoura, abrindo e fechando-a no meio de seu rosto, o fazendo balançar os braços para trás, recuando alguns passos.


 — MAAAAAAAAAACHAMP! — Mas ele não parou por aí, e usou suas quatro mãos para impedir que Lurantis saísse dali, agarrando-a. 


 — LUUUURAAA! — Lurantis berrou em desespero, sendo espremida nas mãos dele.


 — Não!! — Aleíse levou as mãos à boca, mas se virou para Bea, estática próxima dela. — Bea, olha pra isso! Precisa parar essa batalha!!


    Mas Bea não reagia de forma alguma. Lurantis continuava gritando, cada vez mais apertada nas mãozorras de Machamp, e Kubfu olhava atento para Aleíse, que respirou fundo.

 — Fu? — O urso a questionou, e ela sentiu seus olhos lacrimejando, mas não deixou as lágrimas caírem.


 — Mesmo que seja difícil... Todos acreditaram em Lurantis, nos meus Pokemon, em mim... Eu também preciso me agarrar nisso. Nós ainda estamos lutando! — Ela gritou a última parte, e Lurantis também tentou controlar a dor que sentia na preensão, até que...


    Dos ombros de Lurantis, pequenos ovinhos luminescentes começaram a rolar até as mãos de Machamp. Eles se transformaram em minúsculas Fomantis, que começaram a dar mordidinhas por toda parte, cada vez mais incomodando o gigante até ele afrouxar e Lurantis conseguir respirar novamente.

 — Ótimo Struggle Bug!! Obrigada, Lurantis! — Aleíse se emocionou, vendo sua parceira também compartilhando de seu desejo de continuar. — Agora saia daí, Solar Blade!


    Lurantis deu um grito determinada e Machamp sentiu suas mãos queimarem, quando uma tesoura de luz as atravessou, abrindo e fechando em seu rosto. Ele soltou Lurantis, lançando-a para o alto, e gemeu com dores.

 — Continue, Solar Blade!!


    Desferindo mais cortes rápidos, Lurantis continuou pressionando Machamp até ele tombar no meio de um terreno, levantando muita poeira pelos ares.



 — CHHAAAAMP! — Ainda assim, ele bradou, dando múltiplos socos no chão ao seu redor.

    Colunas pontudas de metal começaram a romper o solo, fazendo tudo chacoalhar. Percebendo Aleíse se desequilibrando, Lurantis se distraiu e uma delas a atingiu em cheio nas costas, arrancando-a um grito e fazendo-a cuspir.

 — BEA!!

    No meio da poeira levantada e do caos, Aleíse agarrou nos ombros da Treinadora que iria cair se não fosse isso. Suas tranças balançavam e sua expressão era de agonia, enquanto Bea continuava do mesmo jeito distante.

 — Naquele dia, você deixou que aquele conflito que te fazia tanto peso fosse embora... Você foi forte para decidir encerrar uma batalha impossível. — Aleíse sorriu ao lembrar-se de quando viajou com Bea para Kalos, mas voltou a ficar séria quando olhou para Machamp se levantando. O som abafado de seu grito e novamente Lurantis resistindo... Ela voltou-se de novo para Bea, apertando as mãos em seus ombros. — Essa batalha que estamos tendo agora, é real! A região inteira... Marnie, Eternatus... É tudo real. Por favor, Bea! Eu sou sua amiga e te digo, você já é o suficiente! Seu desejo é muito mais do que isso, vamos lutar juntas!!!


    Aleíse abraçou sua amiga com toda a força enquanto mais fendas se formavam ao seu redor, decidida a não soltá-la. Ela sentiu algo tocando suas costas, então abriu os olhos, surpresa, e afastou-se um pouco.


 — Obrigada. — Bea estava sorrindo, com uma expressão leve. — Eu entendi!


 — Bea!! — Aleíse emocionou-se, e as duas deram as duas mãos, levantando-se juntas.


 — Eu tenho ótimos amigos comigo, e já escolhi continuar junto com eles. — Ela disse, de cabeça erguida encarando Machamp gigantesco envolto em sua aura vibrante como chamas.

    Em seu braço, as raízes vermelhas desapareciam, mesclando-se com seu tom de pele bronzeado. A Wishing Star em seu pulso rompeu-se, e ela pisou por cima dos pedaços, sorrindo com confiança.


    Machamp parou naquele momento, e seus olhos se acalmaram, voltando a ter pupilas. Sua aura baixou-se, e ele olhou na direção de Bea e Aleíse. Também sentindo-se mais leve, ele fechou os olhos e sorriu, então seu corpo passou a diminuir, libertando-se do Gigantamax antes de regressar para a Ultra Ball de Bea.

 — Bea!! — Aleíse percebeu sua amiga caindo de joelhos, oferecendo apoio para que não fosse ao chão.

 — Minha barriga... — Bea suava, e Aleíse a sentiu muito quente. — Quanto tempo... se passou?

 — Quase uma semana... Você precisa de ajuda, está muito desidratada! — Aleíse passou sua mochila para frente do corpo, pegando uma garrafinha d'água e a oferecendo.
 

    Observando as garotas, Kubfu se apoiou num só pé, então fechando os olhos. Ele moveu os braços lentamente, enquanto o caminho voltava a ser demarcado por luzes azuis.


    Enquanto Aleíse oferecia uma barra de chocolate para Bea, ela sentiu o chão se agitando e um barulho se aproximando. Levantando-se, olhou ao longe, vendo um Rhyhorn correndo.

 — Espera... — Ela reconheceu Chairman Rose por cima dele, apavorado sem saber como segurar suas rédeas.


    Junto do Rhyhorn, Grace vinha dirigindo uma moto roubada com uma só mão enquanto a outra segurava Camille, esta usando óculos escuros muito estilosos. Na garoupa, Cloyster equilibrava-se, lacrimejando muito. Ele foi o primeiro a perceber que Melony vinha andando inexpressiva pelo caminho, e tentou avisar Grace, mas esta estava distraída por ter visto Aleíse, acabando por passar por cima da outra.


 — Meu Arceus! — Grace estacionou a moto perto de Kubfu, que ainda meditava.


 — Aaai! — Rose caiu para frente de Rhyhorn quando ele parou bruscamente.

    Aleíse e Cloyster também se juntaram a eles para verem a situação de Melony, estirada no chão.

 — Você tá bem? — Grace perguntou, cutucando-a com o pé, mas ela nem reagiu.

 — Gente, coitada de Melony... — Aleíse se benzeu.

 — Vou deixar isso aqui, espero que ajude... — Rose largou uma das mochilas cheias de doces vencidos perto de Melony desmaiada.

 — Menina! — Camille disse batendo palmas e apontando para Bea toda suja de chocolate.

 — Ela está...? — Rose perguntou para Aleíse, que assentiu.

 — Estou de volta, graças à Aleíse — a lutadora sorriu.


 — Então é possível se libertar do controle do Desejo... — Rose coçou o queixo, até que o chão por baixo deles acendeu. — Eita?!



    Kubfu abriu os olhos ao mesmo tempo que o símbolo do sol presente no Templo de Solgaleo se iluminou na área por baixo do grupo. Suas pupilas estavam cintilantes em azul, e ele fez vários movimentos com as mãos. Então, como se a luz fosse chamada pelo céu, todo o ambiente passou a se iluminar, e esta luz os encobriu, até que, quando cessou, não havia mais ninguém ali além da Melony atropelada.




    O nevoeiro parecia um pouco menos denso na floresta, mas ainda estava presente. Nesse momento, o grupo de Sonia chegava até o local com a máquina Cramorant, encarando o horizonte sem perspectiva.


 — Estamos aqui — disse Sonia, mais para si mesmo do que para os demais. Ela respirou fundo, segurando na mão de Leon.


 — Hm? — Cynthia percebeu as árvores se agitando.


     Uma luz intensa envolveu a floresta, projetando sombras alongadas no solo. Diantha, que já ia sentar numa pedra para descansar, mudou a postura rapidamente, preocupada. Hop procurou algo ao redor, mas no céu, um símbolo foi estampado. Cynthia franziu a testa ao reconhecê-lo.


    Em um piscar de olhos, Kubfu surgiu flutuando sobre o solo, e junto com ele, Bea, Aleíse, Grace, Camille, Rose e Cloyster. Cynthia e os outros se entreolharam surpresos, mas juntaram-se para ver se todos estavam bem.


 — Bea!! — Hop abraçou a mulher como se tivessem muita intimidade, mas ela estava fraca demais para quebrar seus dentes com um soco agora.


 — Por quê...? — Aleíse olhou para o urso que voltava ao chão. Este a encarou, então assentiu, batendo no peito.


 — É muito possível que Kubfu tenha a testado — disse Cynthia, diante da garota. — Você conseguiu, trouxe todos até aqui.

 — Eu... — Corada, ela sorriu para o urso.


 — Mas e a Leuri? — Grace tirou o capacete de motoqueira, atirando-o para o chão.


 — Lá! — Diantha apontou para o céu ainda iluminado.


    Glastrier vinha galopando pela corrente gelada. com Calyrex segurando suas rédeas. Montados também nele, Leuri e Diego espremiam-se, ela segurando Perrserker e ele segurando Carbink.


 — Chegaram antes, que eficientes! — Leuri saltou das costas do corcel, sorrindo quando Grace, Rose e Aleíse vieram abraçá-la.


 — Prrrnyah!! — Perrserker também saltou para os braços de Rose, que o beijou todo.


 — Sabia que ficaria bem — disse Leon, com uma mão na cintura. — Você é chata demais para nos livrarmos tão fácil!


 — Olha quem fala! — Ela agora só abraçava sua mãe, emocionada.


    Aleíse explicou sobre como foi capaz de trazer Bea de volta ao controle durante sua batalha, e Carbink trocou um sorriso com ela, um tanto aliviado.


 — Como está? — Sonia perguntou para Diego, vendo Hop se jogando por cima dele.


 — Depois que resgatamos o Calyrex na Tundra, nós fomos até a forja de Melmetal, mas não conseguimos parar Marnie. Escapamos por pouco — Diego mostrou uma moeda dourada com a estampa de um barco nos dois lados. — Mas estamos mais juntos do que nunca. Vamos enfrentar o que vier pela frente.

 — Hihihi... — A risadinha infantil cortou a reunião deles.


    Leuri tomou a frente, percebendo Paula presa entre as grades de pedra vermelha que vinham de uma fissura por baixo dela.

 — É tão lindinha a determinação de vocês! Chegaram bem a tempo.

 — Marnie fez isso, não foi? — Leuri tocou na pedra, que reluziu com o contato. — Então ela já seguiu para o altar.

 — Está decidida a libertar só quem ela quer... Bem, se correr, talvez a alcance e possa pedir para ver o seu pai.

 — Meu pai? — Leuri levantou uma sobrancelha, e Grace veio ao seu lado com Camille nos braços, encarando a garota com raiva.


 — Mas é claro. Eu me lembro muito bem dele, você não? — Paula provocou, e riu antes de continuar. — Seu desejo o trouxe até o altar... Ele queria garantir que a esposa e a filha tivessem uma boa vida. O resto são negócios. Não gostaria de reencontrá-lo?


 — Não escute ela — pediu Grace, percebendo Leuri mexida com o que ouviu. — Seu pai veio sozinho para cá, agora é diferente. Estamos todos juntos aqui.

    Leuri olhou para trás, vendo Diego e Carbink mais próximos, seguidos de Calyrex, Perrserker e os demais. Ela encarou Paula mais uma vez, esta com seu sorriso infantil que escondia sua real identidade. 


 — Você não vai vencer — Leuri disse, dando as costas para Paula. — Vamos encontrar Marnie!

Wuuuuuuuuuuuuuuu!


    Antes que prosseguissem, ouviram uivos distantes. No nevoeiro, formas de dois lobos foram surgindo, então deram as caras. Zacian e Zamazenta, apenas conseguindo manifestar suas presenças naquela névoa. Leuri aproximou-se dos dois, que sinalizaram com as cabeças para que os seguissem.

 — Vou ficar bem — disse Bea para tranquilizá-los, preferindo ficar para trás. — Continuem, salvem Galar!


    Todo o grupo andou pelo caminho indicado, adentrando o nevoeiro que impedia enxergar o redor. Então, quando os lobos pararam de caminhar, avistaram um primata cinzento com um lenço rosa desbotado no pescoço. Seus pulsos tinham cipós amarrados que o conectavam com o solo, como se estivesse enraizando.


 — Fu!! — O urso correu para perto dele, choroso.


 — Um Zarude! — Calyrex também reconheceu, espantado.

 — Um dos soldados do seu exército — lembrou Carbink.

 — Rei das Colheitas... — Zarude murmurou, quase fechando os olhos. — Não achei que um dia fosse revê-lo.


 — Está muito ferido — Diego exclamou, percebendo a respiração pesada do primata, que segurava o peito com uma mão. Ele correu para examiná-lo, sem resistência. — Está com febre e já perdeu muito sangue... Parece envenenado.

 — A garota tem ódio... — Zarude disse fraquinho, tossindo a seguir. — Ela está com Melmetal e indo para o altar. Não vou aguentar manter o nevoeiro por muito mais tempo... Vocês precisam impedi-la. Meu líder, meus companheiros, todos terminaram aprisionados pela eternidade para que Eternatus fosse contido. Não pode ter sido... em vão.

    Calyrex aproximou-se, tocando as raízes que o corpo de Zarude se tornava. Ele fechou os olhos, tentando exercer seu poder sobre elas, mas nada aconteceu.

 — Não consigo restaurá-lo... A ferida é profunda demais.


 — Você pode tentar — disse Cynthia para Leuri, que respirou fundo.



 — Zarude... — Leuri falou, e olhou para os lobos buscando consentimento. Eles abaixaram a cabeça, e ela se sentou sobre as pernas próximo do corpo de Zarude.

    Diego se afastou, apreensivo, e o primata virou o rosto com dificuldades. O peito estufava e contraía acelerado. Leuri tentou manter seu olhar o mais ameno possível, encostando em sua testa com delicadeza, como se o acariciasse.


 — Você manteve o nevoeiro para proteger o altar... — disse, continuando a acariciá-lo. — Anos sozinho, honrando o legado dos que caíram. É um nobre soldado.


 — Não foi... suficiente — Zarude disse com dificuldades. — Mesmo naquela época... Achei que tivesse protegido a garota quando a afastei daqui, mas veja onde ela está agora.


 — Nós vamos resolver tudo isso — Leuri acreditava em suas palavras, falando enquanto descia a mão para cima da ferida de Zarude, que apertou os dentes, fechando os olhos. — Toda essa dor e ódio... Não pode terminar assim. Não para Marnie.

 — Olha! — Carbink saltitou para frente, e Leon também tentou chegar mais perto, boquiaberto.

    A mão de Leuri iluminava-se em rosa sobre o peito de Zarude. Ela sorria vendo que estava conseguindo usar seus poderes para algo bom, e a ferida começou a cicatrizar lentamente.


 — Por favor — a voz de Calyrex soou por telepatia na mente de Leuri, que o viu do outro lado de Zarude, também encostando no corpo dele. Seu poder voltou a ser exercido sobre ele, e as raízes foram adentrando o solo. — Eu quero salvá-lo também.


 — Sua gentileza vem de um bom coração, garota... — Zarude olhava para a aura de fada dividida em centelhas subindo de seu peito. — Faça-a te ouvir.

 — Eu vou — Leuri assentiu, então afastou sua mão, vendo a ferida cicatrizada por completo.

    Os lobos pareceram aliviados, e Calyrex também levitou para se distanciar um pouco, quando Zarude começou a se levantar. Ele estendeu a mão para Leuri, que segurou nela para se erguer. O nevoeiro se desfez pela floresta, voltando corpo do primata enquanto seu lenço balançava com o vento.


 — As árvores os guiarão para o altar! — A voz de Zarude ecoou pela floresta. — Vão!!

 — Obrigada! — Leuri o agradeceu, correndo por entre as árvores junto dos outros.



    Se colocando no caminho deles, uma poça de veneno surgiu no solo, e Poipole subiu dela. A besta estava visivelmente irritada por terem chegado até ali.


 — Será que podem parar de tentar acabar com a diversão?! — Poipole cruzou os braços. 


 — Wooloo! — Leuri levantou a Pokeball.


 — Béééé! — Deixando a capsula, a ovelha enrolou seu corpo, rolando pelo ar para cima de Poipole, que desviou para o lado.

 — Tchauzinho! — Leuri passou correndo, chamando os outros e frustrando a besta.


 — Não vou deixar! Eeh? — Poipole ia segui-los, mas Rose, Leon e Hop se colocaram em sua frente.


 — Rillaboom!


 — Inteleon!


 — Cinderace!


    Os três liberaram seus Pokemon, ficando para trás para encará-lo. Antes de seguir, Wooloo e Hop trocaram um olhar, de primeira com algum espanto, mas depois assentiram um para o outro e foram em direção às suas batalhas.

 — Finalmente encontrei!


    Marnie sinalizou para Melmetal parar de andar. Ela encarou a estrutura do arco do altar ao longe, as grandes pedras cinzas que o formavam, com resíduos de musgo. Do jeito que o encontrou pela última vez. Agora com o gigante, poderia destrancar a prisão. Estava ali, no momento que tanto esperou.

 — E é claro... — Marnie escutou os passos pela grama, virando-se de lado. — Que você está aqui também.


 — Marnie — disse Leuri, parando diante dela, com o altar no fundo.

Continua



Faltam dois capítulos para o fim de Galeuri

2 comentários:

  1. Finalmente terminei de ler, levei uma vida por que eu não muito lento pra ler, mas finalmente consegui ler tudinho. E que capitulo meus amigos, to até agora processando tudo o que rolou.
    Vou destacar aqui a batalha da Aleíse vs Bea hipnotizada, a batalha muito boa e no final deu tudo certo com a Bea voltando a si. Outro destaque é para reunião da Leuri e dos demais, mesmo sendo óbvio passa aquela sensação que eles estarem ali todos terem chegado ao mesmo tempo, parece realmente coisa do destino.
    E aquilo que a Paula falou do pai da Leuri, fiquei com sensação que deve poderia estar vivo e envolvido nisso tudo, seria ele um dos vilões da história? #TeoriasMalucasAtacaNovamente
    E tivemos a Leuri usando os seus poderes para salvar alguém que no caso é o Zarude. Pelo visto finalmente teremos Leuri vs Marnie Dark uma batalha com uma importância imensa.
    E eu estou bem ansioso pelos dois ultimos capitulos que prometem e muito, nem dá para acreditar que Galeuri está chegando ao fim, uma história tão incrível e maravilhosa que fez parte da minha vida nesses quase 4 anos e quero mais 10 temporadas de Leuri na mesa, Leuri é que nem One Piece não pode terminar não XD

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  2. MDS esse capítulo foi puro suco de hype!!! É endgame!!!
    Primeiramente adorei como foi descrevendo os movimentos de cada grupo na sua jornada para a floresta, foi otimo ver cada um dos seus personagens e a Nia se relacionando com a ambientação caótica. A cidade sendo atacada pelos líderes de ginásio deu um toque bem assustador, uma vez que os melhores treinadores tinham ido embora e só restava basicamente Raihan e Mustard com competência real para combater os outros líderes. Deu para imaginar muito o clima de terror instalado na cidade, ver a tampa sendo arrancada ficou bem marcado, amei.
    Aleise curando Bea com o poder do lesbianismo ficou lindo também. Amei o confronto das duas e de como Aleise se manteve firme, como uma campeã deve ser.
    Paula continua manipulando a tudo e todos, não parece se surpreender com nada do que acontece, como se tudo fizesse parte do seu plano e até Poipole se irritou, o que significa que nem ele sabe de tudo o que Paula ou Eternatus planeia. No final, Poipole parece ser apenas um peão nesse jogo de xadrez, ainda que tivesse conseguido derrubar as torres (Zarude). No entanto a rainha está bem protegida e não demonstra medo em encarar seus opositores.
    Amei esse capítulo, todos os seus personagens são excelentes e a Nia existe também.

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