domingo, 25 de maio de 2025

Capítulo 50: Celestial! Parte 3

     Algo rompeu as nuvens enquanto Brendan e Barry ainda estavam de mãos dadas, fazendo um estrondo que iluminou o céu estrelado. Eles olharam assustados para cima, vendo as nuvens se afastando em formato circular. Shaymin correu para perto deles, de olhos arregalados e seus pelos balançando com a ventania.


    Uma silhueta de luz dourada desceu dos céus, e aos poucos Brendan enxergou sua forma. Parecia muito com Shaymin, mas com asas brancas e menos folhas nas costas.


 — Para trás! — Shaymin rosnou para ela, mas esta nem a dava importância, como se nem a enxergasse.

    A alada fechou os olhos, levantando uma das patas dianteiras, e uma lufada de vento vinda de suas asas fez um pequeno raio se materializar, girando lentamente enquanto levitava até as mãos de Brendan, que o segurou. Em seguida, ela voou de volta para as nuvens, que fecharam-se novamente.

 — O que é isso? — Barry perguntou, encarando o raio nas mãos dele.


 — Isso é um convite... — Shaymin disse, com o raio refletido em seus olhos. — Zeraora o está chamando, Brendan... Para o berço dos raios.


 — Aquele lugar acima das nuvens — Brendan entendeu, apertando o raio entre as mãos. — Você sabe quem era aquela?

 — Outra Shaymin... — Shaymin virou o rosto, envergonhada. — Mas ela não é como eu! Você não pode ir lá!!


 — Por quê?! — Brendan perguntou, e o céu se acendeu num relâmpago. — O que tem lá?

 — Você precisa confiar em mim! Quanto mais você souber, pior vai ficar, e eu... Eu não posso...

 — Pior como? — perguntou e Shaymin virou novamente o rosto, não respondendo. Ele respirou fundo, reclinando o corpo e olhando para o céu. — Eu preciso saber o que é tudo isso...

 — Eu não consigo — Ela se voltou para ele com lágrimas nos olhos. — Me desculpa...


 — Se ele te convidou, talvez queira conversar — Barry tocou seu ombro, e Brendan suspirou.


 — Das últimas vezes, eu não consegui falar nada quando estava lá em cima. Foi muito estranho, como se o meu corpo estivesse em dois lugares ao mesmo tempo...


 — Esperem — Shaymin sentia algum cheiro, tremendo seu focinho.


    Mudz captou algo e suas barbatanas se arrebitaram. Shaymin se virou numa direção e todos olharam junto, vendo Cynthia e Cyrus correndo até deles.


 — A Campeã — Barry disse com alguma tensão, dando um passo para trás. Brendan o olhou pensando em perguntar o que houve, mas a voz de Cynthia roubou sua atenção para ela.


 — Eu vi, naquele dia...


Olha, eu não sei o que aconteceu pra você tratar os outros assim, mas acho que esperei demais da Campeã das batalhas dessa região!


Como se saísse de um transe, ela se virou para Brendan. Seus olhos pareceram aumentar de tamanho ao percebê-lo, e aproximou a mão dele, tocando seu ombro. Ele se afastou logo após o toque, sentindo um leve choque.


As flores de Shaymin passaram a brilhar, absorvendo uma energia de nenhum lugar aparente. Na mão de Cynthia, um triângulo verde foi marcado, e ela o encarou por alguns instantes.


Você... Agora eu estou entendendo. Era por isso que eu deveria estar aqui, sabia que não poderia ser só para batalhar com a Diantha. Nos veremos de novo.


 — Você disse coisas horríveis para a Diantha e tratou tão mal o diretor Cyrus... — Brendan disse, e Cynthia não pareceu ver problema naquilo, nem reagindo.


 — Você tem uma escolha agora, Brendan — Brendan não deveria ter ficado surpreso, mas ainda arregalou os olhos quando ela disse seu nome. — Esse céu estrelado já chamou bastante atenção, até demais. Era questão de tempo... Como não me disse nada? — Ela se voltou para Cyrus, que chegou para trás, com o rosto bem cansado.


 — Eu desconfiei, e depois que eles vieram, se confirmou, mas... Não achei que estivesse tão sério assim.


 — Podem me explicar? — Brendan os perguntou, e eles só olharam para ele, sem resposta. — Hoje aconteceu uma distorção, eu vi os prédios da escola se dobrarem e o chão sumir! Ninguém mais parece lembrar disso, e você estava lá, diretor.

 — Distorção? — Barry coçou a cabeça, e Shaymin levou as patinhas às suas flores, que escureciam na presença dos dois. — Tudo bem, isso precisa parar!

 — Barry? — Brendan se voltou para ele, que deu um passo a frente, levando uma mão ao peito e franzindo a testa.


 — O Brendan faz nuvens, muda o clima e às vezes parece um ventilador — Cynthia e Cyrus fizeram cara de confusos, e Brendan levantou as mãos sem saber se explicar, sorrindo sem graça, mas ele continuou. — Não é justo que ele não saiba o que está acontecendo, e vocês sabem! Isso é sobre ele... Se as coisas estão sérias assim, se tem alguém que merece saber, é o Brendan! E já que não vão ajudá-lo, eu vou.

 — Swaaam! — Emocionado, Mudz juntou as mãos ao lado do rosto.


 — Barry... Obrigado — Brendan sorriu para ele, que assentiu com a cabeça, também dando um sorriso de lado.


 — As coisas não são tão simples, garoto. Você não faz ideia — Cyrus disse, e seu semblante exausto o dava credibilidade.


 — Não podemos interferir assim, mas já está passando dos limites... Se quiser as respostas, o caminho está nas suas mãos. Literalmente — Cynthia disse, e Brendan encarou o raio. — Mas eu te dou um conselho. Depois disso, não há como voltar atrás.


 — Brendan, por favor — A voz de Shaymin soou na mente de todos, e Brendan olhou para baixo para enxergá-la. — Não vai... Fica aqui, comigo!


 — Eu... preciso saber — Brendan olhou para Barry, que assentiu para ele. — Se você não pode me contar, eu vou te respeitar, não estou chateado. Mas isso é parte de quem eu sou... Esses poderes, desde que eu vim para cá, cada vez mais parecem estar me levando para algum lugar. Se o Zeraora tem respostas, mesmo que algumas, eu quero ouvi-las! Talvez ele nem queira brigar!

    Shaymin não disse nada, olhando para ele com os olhos cheios de lágrimas, fazendo força para segurá-las. Cynthia e Cyrus se entreolharam, também quietos, e Barry encostou em sua mão. Os dois se viraram um para o outro, abraçando-se com força.

 — Se cuida, por favor — Barry disse, olhando para o céu estrelado, sentindo o corpo de Brendan.

 — Eu vou — respondeu, de olhos fechados com o queixo em seu ombro.


    Os garotos afastaram-se, e Shaymin ainda tentou dar um passo a frente, levantando uma de suas patinhas, mas logo a trouxe de volta para junto de seu corpo. Brendan respirou fundo, sentindo a brisa quase levar sua touca. Ele escutou sussurros dos ventos, e ergueu o braço para frente, com o raio entre seus dedos.


 — Tudo bem, Zeraora — ele disse, sério. — Eu aceito o convite.

    O núcleo do raio reluziu e o calor da luz subiu, preenchendo toda a sua forma. Brendan o sentiu tremendo entre seus dedos e o soltou no susto, mas ele não cai, mantendo-se no ar. Aquela energia estourou para cima, rasgando o céu estrelado num feixe tão forte que pareceu uma lança, fazendo as nuvens se abrirem num vórtice.


 — Swaaam! — Mudz agarrou em Shaymin, trazendo-a para perto de seu peito, mas ela ainda inclinou a cabeça para ver Brendan.


    Brendan respirou fundo, sentindo o ar ao seu redor girar. Os ventos se agitaram, envolvendo seu corpo num brilho esmeralda que tirou seus pés do chão. Barry, Cynthia e Cyrus assistiam, quando, num piscar de olhos, o garoto não estava mais ali.

 — Hm? — Ele não conseguia falar, mas ao abrir os olhos, via o chão ficando distante.



    Era diferente das outras vezes, onde parecia que apenas a sua consciência havia sido transportada para além das nuvens. Agora, ele sentia-se puxado por uma força que não podia ver, atravessava nuvens onde Shaymin aladas estavam deitadas, algumas o olhando com cautela, e acima dele o feixe de luz guiava seu caminho.


    Ele sentiu seu corpo passando por alguma camada mais espessa, até que parou no ar, desajeitado e com os braços e pernas para trás, de frente para Zeraora. Este estava de pé, com um braço para baixo e outro esticado para frente, com o cotovelo dobrado e suas garras ligadas por cargas elétricas azuladas. O encarava com os olhos cheios de pura eletricidade, e seus dentes de cima roçavam nos de baixo, num rosnado de raiva.

 — Você já me trouxe problemas demais — a voz rápida de Zeraora foi como um estrondo ecoando por todo aquele horizonte anoitecido e estrelado, forrado por infinitas nuvens. — Eu cansei das suas tentativas! Não pode mais voltar aqui!!


    A eletricidade de Zeraora correu por seu corpo, arrepiando seus pelos e ele soltou um gemido de força quando moveu o braço, arremessando Brendan contra nuvens à frente.


    O garoto se levantou usando as mãos, mas ainda no chão, olhou para trás e viu Zeraora com os braços suspensos, carregados com seu poder elétrico. Ele tinha o rosto sombrio, bastante furioso.

 — Não tem nada a dizer?! — Zeraora o confrontou, e Brendan tentou abrir a boca, mas sentia os ventos sufocando sua fala, como quando perdeu a voz. — Seu verme covarde!


    Zeraora ergueu o braço, seus dedos se abriram e uma a uma as garras cresceram, trincando no ar com filetes de raio azul conectando as pontas. A energia corria por seus braços como veias, e ele flexionou o corpo gritando para o céu enquanto a eletricidade vinha como uma onda ao seu redor. Ele se desmaterializou, dando lugar a um relâmpago que disparou em linha reta.


    Brendan se jogou para o lado, rolando esperando desviar, mas Zeraora retomou sua forma, agarrando-o pela gola da camisa. Viu a expressão furiosa em seu rosto antes de receber um soco na cara que o atirou para trás.


    A nuvem onde caiu explodiu em partículas azuis, e ele arregalou os olhos percebendo que estava suspenso no ar. O ar o segurava, mesmo sem ele entender como, mas não teve tempo para pensar nisso.


    Zeraora investiu com os punhos colados e energizados, gritando prestes a socá-lo.

Por favor... ventos, me ajudem a falar com ele!


    Os pensamentos de Brendan trouxeram uma corrente de ar que o envolveu, dificultando Zeraora de se aproximar, mas ele continuou investindo contra o vento. Brendan franziu a testa e jogou as mãos para frente, fazendo a ventania afastar o elétrico.


 — O que é isso? Um ventinho?! — Zeraora rosnou, voltando a ter controle de seu corpo.


 — !! — Brendan voou para perto dele, balançando a cabeça e as mãos, como se dissesse "Não".


 — Está debochando de mim?! Não sabe do que sou capaz! — Zeraora juntou seus punhos, batendo-os enquanto a eletricidade se moldava entre eles. Ao afastá-los, um sabre se formava, e ele o agarrou revelando ser uma lança com um raio na ponta.


    Brendan suou frio, mas jogou o corpo para trás, desviando de uma espetada. Ele deu uma cambalhota no ar sem saber como, e jogou as mãos para frente, aumentando a pressão dos ventos.


 — Fraco! — Zeraora, pressionando contra a nuvem, fincou sua lança nela, acendendo-a e tornando-a cinzenta como uma tempestade.


    Brendan sentiu uma descarga por seu corpo, relaxando os braços, e Zeraora disparou para cima, surgindo à sua frente com as garras expostas. Ele o arranhou no rosto, e o chutou contra outra nuvem.


 — ...! — Brendan sentiu algo escorrendo por seu rosto, mas não quis parar, se levantando com um braço ao redor do estômago.


 — Vocês todos se acham melhores do que nós! — Zeraora ressurgiu à frente dele, deixando a eletricidade se esticar em ondas para trás. — Arrogantes, imprudentes! Eu tenho um trabalho, RAYQUAZA ME DESIGNOU!


    Abrindo bem os olhos, Brendan não teve força para se afastar quando Zeraora quase colou seu rosto no dele.


 — O que pensou com tudo isso? — Zeraora o viu tentando se levantar, mas falhando, até que uma corrente de ar o deu apoio. — Eu gostaria mesmo de saber... Por acaso achou que conseguiria?!


    De pé, Brendan sentiu o vento por seu rosto, e sua dor passou. Tocou a bochecha, onde sentia o corte das unhas de Zeraora, mas a pele estava cicatrizada.

 — !! — Brendan aproximou uma mão dele, tentando dizer que não queria lutar, mas Zeraora rangeu os dentes e as arranhou. — ...!


 — Não importa mais... — Zeraora respirou fundo, olhando para suas mãos, até fechá-las. — O que importa é o meu propósito. É uma pena que não vou ouvir as suas últimas palavras!


    Virando-se, Zeraora puxou sua lança elétrica. Brendan temeu seu fim ali, impulsionando-se com um pé para voar, e lembrando-se de tudo que aprendeu com Shaymin nos últimos meses, ele soprou para frente.


    Um tornado crescente de ventos levemente esmeraldas ganhou forma, e Zeraora o fitou com desafio. Ele investiu com sua lança, tentando cortar a ventania com ela, mas era forte o suficiente para se reformar e impedir que se aproximasse.


 — Argh! — Zeraora cortou os ventos, mas logo se reagruparam. Ele descarregou eletricidade para todos os lados, e Brendan pareceu sentir, pois uma brecha se abriu. — Por acaso você ainda não sabe o que você é?


    Brendan piscou, com o coração batendo rápido pela descarga. O que May o disse mais cedo voltava, ela o enxergava como alguém decidido que sabia quem era e o que queria, mas ele não se via assim. Não mais... Shaymin queria poupá-lo de alguma verdade, e May o tempo inteiro também agia da mesma forma.


 — Você é um filho dos céus! — Zeraora gritou, e Brendan se inclinou para frente, com lágrimas nos olhos. — Um CELESTIAL!

O céu.


As nuvens.


O vento.


Os Contests.


A escola.


O Pés & Patas.


Barry.


O céu estrelado.


Rayquaza.


    Um flashback de todos os seus últimos meses voltava à sua mente enquanto sua touca balançava ao vento. Todas as suas experiências que pareciam o empurrar em uma direção, absolutamente tudo ganhava algum sentido. Um Celestial... Parecia certo.

Se não posso falar... que você sinta!


    Brendan levou as mãos à cabeça, fechando os olhos com força, deixando seu corpo ser jogado para trás no ar. Os ventos do tornado se agitaram, e a lança de Zeraora foi desfeita. A luz em seus olhos oscilou e ele recuou para as nuvens, quando o tornado aumentou de tamanho, ainda mais forte, moldando-se num rosto. O seu rosto. O rosto de um...


 — Celestial! — Zeraora bradou quando a ventania em forma de Brendan esticou o braço em sua direção. Ele levou um braço à frente do rosto para se proteger, mas nada aconteceu.


 — Zeraora! — Brendan finalmente conseguiu falar, descendo à frente da ventania que se desfazia. O felino arregalou os olhos, desconfiando de algo, mas o garoto o estendeu a mão. — Por favor, me escuta! Eu não sei o que está acontecendo... Todas as vezes que eu vim parar aqui, foram acidentalmente!


 — Não é verdade! — Zeraora se levantou, e Brendan estufou o peito, criando coragem para não ceder diante do poder dele. — Você está tentando soltá-la! Eu estou exausto de lidar com isso!


 — Soltar... quem? — Brendan franziu a testa, e Zeraora quase caiu para trás. Ele viu mais faíscas surgindo ao redor dele, materializando sua raiva.


 — Como assim quem?! A BESTA! — Zeraora levantou os braços, e os dois escutaram um trovão. Ele se virou para trás, com um semblante preocupada. — Essa não!! A prisão!!



    Zeraora correu sobre as nuvens, e Brendan não viu outra alternativa a não ser segui-lo. Ele o viu dando socos em algumas nuvens que ganhavam rumos pelos céus, usando outras de trampolins, e tentou imitá-lo, conseguindo escalar finalmente uma parede de nuvens até chegar num pedaço maior onde uma estrutura estava erguida, com cristais esmeralda partidos e a parte da frente rachada.


 — Ela se libertou — Zeraora disse, com os olhos incrédulos, e Brendan sentiu todas as nuvens tremerem.


    Por trás daquela estrutura, blocos cinzentos se levantavam. Pareciam tijolos, mas se moviam de forma independente e agrupavam-se. Zeraora esticou um braço, sinalizando para Brendan ficar atrás, mas o garoto levantou o rosto para ver o que era aquilo.


    Os blocos foram se organizando como uma torre com quatro pernas de blocos menores sendo sua base. No centro da estrutura, um bloco foi empurrado para trás, e uma luz azul acendeu-se. Todo aquele ser grotesco se virou para eles, com mais luzes como aquela acendendo-se entre os blocos, alguns ganhando formas circulares pretas que poderia ser olhos.


    A besta notou Zeraora e Brendan, e suas luzes azuis ficaram vermelhas. Seu corpo levitou sobre o que deveria ser a prisão, e esta foi comprimida para dentro de seus blocos, desaparecendo. Não haviam nuvens por baixo, e ela vir uma abertura, mergulhando para a terra.


 — Que monstrengo feio era aquele?! — Brendan cutucou Zeraora, que levava as mãos às orelhas, completamente surtado.


 — É o nosso fim!! — Zeraora se virou para o garoto, chacoalhando-o até ele quase ficar inconsciente com a língua pra fora. — Aquela é Stakataka! Rayquaza e seu herói Zéfiro construíram a Prisão Rompe-Nuvem para prendê-la aqui, e eu fui encarregado de impedir que tentassem libertá-la durante séculos!


 — Zéfiro — Brendan repetiu, sentindo familiaridade no nome, mas tinha outra pergunta mais importante agora. — Espera, e quem a libertou?


 — Se não foi você, eu não sei quem foi! Acheiquefosseoculpadopelastentativasdosúltimostempos... Raiozzz! Eeuquasetematei!


 — Ahn... — Brendan mal conseguia entender a voz de Zeraora de tão rápida que ela saía. — Ela desceu, certo? Vamos atrás dela!


 — Ah, e o que acha que faremos? — Zeraora retrucou. — Uma besta não pode ser vencida por qualquer um! É preciso da união de um herói e uma divindade para termos alguma chance.


 — Um herói como... um Celestial? — Brendan sorriu de lado, e Zeraora levantou uma sobrancelha. — Eu não sei o que você é, mas... É bem forte, eu só senti algo parecido com a sua presença há dois anos quando estive próximo de Xerneas, Yveltal e Rayquaza.

 — Não sou um dos grandes como eles, mas pode funcionar... Vamozzznãotemostempo!!


 — AAAAH! — Brendan gritou quando Zeraora o agarrou pelo braço e os envolveu em eletricidade, descendo pelo mesmo buraco entre as nuvens onde Stakataka também desceu.


    Quando Brendan conseguiu enxergar novamente, já estava no chão asfaltado da rua Kamado. Ele olhou para trás, vendo a mansão onde a festa de Chang acontecia, com as luzes coloridas do bico do DJ Bullet Seed vazando pelas janelas. Um estrondo o fez instintivamente levar um braço à frente do rosto, e quando olhou para trás, viu Zeraora voando sobre descargas elétricas.

 — Brendan! — Ele ouviu a voz de Shaymin, e a viu na cabeça de Mudz, que corria em sua direção. — Você voltou... e com ele.


 — Eu falei com Zeraora, ele me confundiu com outra pessoa, por isso estava tão bravo comigo — Brendan explicou, acariciando o queixo do Swampert. — Stakataka está aqui, não é?


 — Como... — Shaymin se interrompeu, percebendo Brendan com outra postura, encarando o combate à distância.


 — Zeraora me explicou que temos uma chance. Com Cynthia e Cyrus, elas estão triplicadas... eu acho! Precisamos lutar!


 — Swaaaampert! — Mudz cruzou os braços dando um sorriso, e Brendan assentiu para ele. Em seu pulso, a Key Stone reluzia no bracelete.


 — Flamethrower!

 — Mirror Shot!


    Cynthia e Cyrus cruzaram os seus braços no ar durante seus comandos, e seus Pokemon voaram a frente deles.


    A Garchomp tinha sua barriga aquecida reluzindo e o calor subiu por todo o seu pescoço até ela cuspir uma saraivada de chamas, contornando a estrutura de blocos de Stakataka, que emitiu um som esquisito como o de pedras rolando.


    Do outro lado, Magnezone tinha seu corpo refletindo-se à cada movimentação que fazia, até todos os reflexos distorcerem o espaço numa espiral que se concentrou em seu olho vermelho. A pupila dele reluziu como uma pérola e disparou um raio espelhado marcando todo o corpo de Stakataka.

 — Chaaaaaaar!!

 — Koooorpi!


    Lado a lado, Chimchar e Skorupi formavam argolas de espinhos obscuros entrelaçados em chamas, combinando seus Flamethrower e Dark Pulse. A combinação atingia os pés de Stakataka, mas não parecia causar danos.


 — Não somos fortes o suficiente... — Barry cerrou os punhos, suando, quando algo passando muito rápido bagunçou ainda mais seus cabelos naturalmente bagunçados.


    Era Mudz, em sua forma Mega Evoluída, impulsionado pela distância que correu. Ele socou os blocos de Stakataka, rompendo-os e derrubando-os para dentro dela.


 — Hey, Barry! — Brendan acenou para o garoto, que o olhou impressionado. Shaymin estava em cima de sua touca, agarrando-se firme. — Eu achei sua combinação bem bonita, haha!


 — Brendan!! — Ele correu até o garoto, envergonhado. — N-Não era pra você ter visto ainda!

 — Que mais surpresas você tem aí? — Brendan o perguntou, arrancando uma risadinha tímida do loiro, quando uma barreira branca se formou à frente deles. — Aaaah!!


    Era uma Togetic, sustentando o escudo de proteção que segurou Mudz, este tendo sido arremessado junto de blocos que retornavam ao corpo de Stakataka.


 — É melhor deixarem o flerte para depois, queridos, embora eu ache bem fofo — disse uma voz suave, e os dois garotos se viraram, vendo Robin com uma mão na cintura. — Então, Celestial... Stakataka está solta, uh? Se sua amiguinha tivesse colaborado, talvez isso não tivesse acontecido.

 — Não dê ouvidos, Shaymin — Brendan disse para ela, que desviou o olhar, incomodada. — Obrigado pela ajuda, Robin, mas agora eu assumo!


 — SWAAAM! — Mudz reergueu-se, flexionando os braços e estufando seu peito bombado.


    Stakataka liberou dois blocos de seu corpo, atingindo Garchomp e Magnezone para que parassem de atacá-la, conseguindo. Ela se reagrupou, tentando saltar para longe dali, mas foi bloqueado pelo próprio espaço, que passou a se distorcer multicolorido.

 — Boa — Cynthia disse de canto para Cyrus, que tinha os olhos perolados, suando enquanto suas mãos eram envoltas por pequenas pérolas rosadas luminosas. — Garchomp, Stone Edge!


    No momento que Stakataka se virou para tentar achar uma saída, pilares de rocha romperam o asfalto para pressioná-la contra o espaço comprido por Cyrus. Junto deles, Zeraora passou a dar múltiplos socos energizados com eletricidade, rachando vários blocos.


 — Mud Slap! — pediu Brendan, esticando o braço.


    Mudz deu um soco no chão, rachando o asfalto enquanto um braço musculoso de lama se erguia da rachadura. Controlado pelo Mega Evoluído, o braço passou a arremessar carros e hidrantes contra Stakataka, que não conseguia se mover.

 — Brendan — Cynthia o percebeu se aproximando com Barry e Robin. — Vamos combinar nossos poderes com Zeraora!

 — E-Eu não sei fazer isso!


 — Você estará pronto, não há tempo a perder! — ela disse, e Brendan assentiu.

    Os blocos de Stakataka se reagrupavam, empurrando Zeraora contra as pedras, invertendo as posições e rachando-as com o corpo dele. Ela se liberou, levitando para o meio da rua, com suas pernas girando ao redor de seu corpo.


    Próximo de onde Zeraora estava caído, Cynthia parou sua corrida. Seus cabelos esvoaçaram e ela rangeu os dentes, sua franja deixou de cobrir o segundo olho, onde sua pupila era agora um diamante azul. Ela levantou os braços envoltos por pequenos diamantes que orbitavam suas mãos, e eles fundiram-se para formar apenas um de tamanho médio.


 — Brendan, concentre-se — Shaymin disse, e o garoto respirou fundo, fechando os olhos. — Agora... Assopre!

    Quando ele abriu os olhos, um redemoinho girava com o diamante no centro, e era empurrado contra Zeraora. Ele sorriu junto de Shaymin, ambos orgulhosos da combinação que passou a envolver os blocos de Stakataka, desmontando-a.


    Balançando a cabeça por cima das rochas, Zeraora retomou a consciência, disparando como um relâmpago e empunhando sua lança de raios. Ele a girou com as mãos e usou as duas para segurá-la, cravando-a no centro de Stakataka. Faíscas escaparam para todas as direções, enquanto ele usava toda a sua força para rompê-la.

 — Está funcionando?! — Barry perguntou, abraçado com Chimchar e Skorupi.


 — ...  — Robin encarou a besta, e fechou os olhos. — Não.

    Zeraora sorriu confiante, conseguindo fincar mais ainda sua lança, quando os blocos passaram a se reconstruir com ele dentro do corpo da besta. Cynthia e Cyrus ficaram boquiabertos, e seus Pokemon foram comandados para que ajudassem, mas novos blocos os prenderam contra a distorção de Cyrus.


 — Me ajudem! — Brendan arremessou suas Pokeballs, que abriram-se com diferentes efeitos de selos, como estrelas, corações, nuvens, flores e faíscas. — Direcionem seus ataques para o meio dela! Precisamos libertar o Zeraora!!


    Mudz estufou o peito e cuspiu uma tromba d'água, tendo seu corpo impulsionado para trás com a potência. Sobre ela, Zagz rodopiava envolvendo-se numa espiral de sua própria energia em tons de rosa e amarelo, formando Giga Impact. Logo ao lado, Pulu e Mini voavam sobre cartas brilhantes do Trump Card combinadas com eletricidade para se sustentarem.


    Com sua forma queimando em energia dracônica, Melvin voou junto dos demais, e ao seu lado Lala e Scarlet vinham correndo com as cabeças metalizadas e auroras contornando-as.


    Numa ventania prateada, Dory nadava usando sua coroa de rochas, e sua cauda era envolta por laços d'água que respingavam. Deslizando num escudo esverdeado de Protect, Umi a acompanhava no ar, com lágrimas de desespero voando para trás.


 — Eu estou com vocês! — Brendan levou uma mão ao coração, e os ventos se agruparam por baixo de seus Pokemon, levantando-os o suficiente para ficarem por cima da besta.

    Todos os Pokemon atingiram a abertura de Stakataka, que desmontou-se para baixo, fazendo um grande estrago no asfalto. Togetic iluminou seu corpo nas cores do arco-íris, projetando um véu de proteção por cima de Barry e Brendan, que por isso não se desequilibraram, enquanto Cynthia e Cyrus se apoiavam com uma mão no chão.


 — Ah! — Zeraora escapou, flexionando os braços e rompendo blocos.


 — Uuum!! — Umi disparou sua seda para laçar os braços dele, e Dory o ajudou a puxar.

    Estava funcionando, até que as luzes de Stakataka voltaram a se acender em vermelho. Zeraora olhou para trás, assustado, e a seda se rasgou, derrubando Umi sobre Dory na prancha de Protect.


    Stakataka se recompôs, e Garchomp e Magnezone vieram agarrar os blocos de suas pernas, tentando travá-la no lugar.


 — UMI, DORY! — Brendan gritou, vendo os dois sendo envolvidos nos giros dos blocos da besta, sendo golpeados por todos os lados.


 — Eles precisam sair dali! — Barry também gritou, mas os Pokemon de Brendan estavam sendo chutados um a um para longe.

 — Fiiin... — Um dos blocos chutou a coroa de Dory, que despencou no ar. Ela olhou chorosa para Umi, que tremia por baixo de seu casaquinho.


 — Uuum... — Ele conseguia ver Melvin de relance toda vez que um bloco se afastava, e este respirou fazendo fumaça sair do focinho, como se dissesse que confiava nele. — Uuuum!!


    A prancha de Protect passou a cresceu, criando paredes para se fechar e proteger os dois dos blocos. Brendan correu para frente, mesmo com Robin o chamando para voltar por ser perigoso, e parou quando um brilho irrompeu de onde seus Pokemon estavam.


 — O quê... — Os olhos de Shaymin cresceram e brilharam ao ver duas asas rompendo a redoma de proteção de Umi.


    Rachaduras surgiram pelas paredes, que enfim se romperam em diversos pedacinhos. Umi agora tinha longas asas alaranjadas e recolheu Dory com sua seda, colocando-a em suas costas. Ele desceu para buscar sua coroa antes que caísse no chão, devolvendo-a para sua cabeça, e a peixinha vibrou animada.


 — Umi!! — Brendan riu com estrelas nos olhos, enquanto seus Pokemon torciam por ele.


 — Moooooooth! — Agora um Mothim, Umi acendeu suas asas e o vento se comprimiu entre elas, tornando-se lâminas que cortaram entre os blocos.


 — Obrigado! — Zeraora aproveitou a chance para se soltar, voando em eletricidade, e Umi piscou para ele.


    Sem Zeraora em seu corpo, Stakataka investiu contra a distorção, pressionando-a. Cyrus, já de pé, franziu a testa, forçando para conseguir sustentar, quando seus olhos perolados passaram a escurecer. Cynthia o olhou assustada, até que Robin se jogou contra ele, derrubando-o no chão.


    A redoma se desfez, normalizando o espaço da cidade, bem como o asfalto e carros destruídos se reconstruíram. Stakataka levantou voo e uma fenda rompeu o céu. Ela a adentrou e, sem mais nem menos, esta se fechou, desaparecendo.



 — Arf... — Brendan caiu de quatro, ofegante, e Barry se ajoelhou ao lado dele para ajudá-lo. — Acabou...?


 — Não mesmo... — Cynthia disse, de braços cruzados olhando para onde a fenda estava no céu. — Stakataka está livre, e não conseguimos fazer nada contra ela.


 — O que... O que significa? — Cyrus perguntou, se aproximando muito suado e com olheiras profundas.


 — Não sei — Zeraora disse, aterrissando perto deles. — Alguém aproveitou que eu estava ocupado com o Celestial para soltá-la da prisão Rompe-Nuvem. Se ela quisesse causar alguma coisa aqui, teria feito, mas fugiu.


 — Ou seja, teremos que esperar para descobrir, clássico — Robin riu, com um braço sobre o outro, apoiando o rosto numa das mãos.


 — Stakataka se libertar não pode ser bom sinal. Rayquaza ficará furioso... — Zeraora disse, e Shaymin saltou do gorro de Brendan, caminhando até ele.


 — Zeraora... — Ela disse, e ele forçou a vista para vê-la. — Qual... é a minha situação?


 — Você continua no chão — ele disse, e ela cerrou os dentes, baixando a cabeça. — Terei que me reunir no Coronet para discutir o que houve aqui... 


 — Moooth! — Umi voou para perto de Brendan, esfregando o rosto nele e recebendo um abraço entre risadas.


 — Hm... — Zeraora estalou os dedos, e um novo raio se formou em suas mãos, dessa vez menor. — Fique com isso, Celestial. Poderá usá-lo para me chamar se for preciso.


 — Espera! — Brendan esticou o braço após pegar o raio, mas Zeraora desapareceu dali num relâmpago, deixando apenas um rastro de eletricidade.


    Barry olhou sem graça para Brendan, não sabendo o que dizer, quando a luz das Pokeballs de Cynthia e Cyrus regressando seus Pokemon os chamou atenção.


 — Você agiu bem, garoto — Cyrus disse, e Cynthia assentiu.


 — Conversaremos depois. Descanse por hoje. — Ela o olhou nos olhos, e ele só conseguiu assentiu. Então, deu um tapa nas costas de Cyrus, que quase caiu para frente, mas a acompanhou.


 — Brendan, eu... Eu acho que vou pra casa — Barry disse, e ele se virou preocupado, percebendo-o nervoso.


 — Chiim? — Agarrado em seu braço, Chimchar também o olhou no rosto.


 — Barry, eu sei que foi muita coisa para um só dia, mas...


 — N-Não! Não se desculpe, sério — Barry sorriu nervoso, balançando as mãos. — Eu só... T-Tchau, boa noite!!

    Acenando, Barry acelerou o passo, correndo para atravessar a rua. Brendan não conseguiu ter outra reação, só baixou seus braços, o observando se afastar. Então, ele se lembrou.


 — Shaymin! — Ele se voltou para ela, que, de costas, encarava o sol nascendo.


 — Eu não posso fazer isso de novo.


 — O que está dizendo? — Ele perguntou, e ela fechou os olhos antes de se virar.


 — Foi um tempo divertido, mas... Isso é só o começo. Stakataka vai se reunir com as outras... E você é um Celestial, um herói escolhido pelo próprio Rayquaza! Essa batalha é sua, e daqueles outros dois fedorentos... e de Zeraora. Mas não é mais minha, há muito tempo.


 — É claro que é! — Brendan levou uma mão ao peito, gesticulando com a outra, enquanto já se formavam lágrimas em seus olhos. — Eu quero você do meu lado, fora a Isabella, Jacaranda, May, Barry, até a Lisia gosta de você depois que lutaram juntas! Estamos todos juntos, Shaymin.

    Por trás de Brendan, seus Pokemon a observavam entristecidos. Robin e sua Togetic assistiam de canto. Shaymin fechou os olhos, sentindo a brisa balançando as flores de suas orelhas, e os abriu, sorrindo para Brendan.


 — Adeus, Brendan. — Ela virou de costas, correndo para longe.


 — SHAYMIN! — Brendan gritou por ela, correndo em sua direção e esticando um braço, mas como por magia, ela desapareceu deixando apenas uma flor flutuando no ar. Ele a pegou, encarando-a, não ligando para uma lágrima rolando pelo rosto.


 — Nenhum desvio? — Looker chegou perto de Robin, que olhava Brendan à distância, com uma mão na cintura.


 — Nada fora do rumo — Robin disse, sem olhar para ele. Respirou fundo ao ouvir Croagunk coaxar. — É o que me surpreende... A realidade é... uma não-querida.

Celestial

Primeira parte


Fim

Da próxima vez, um novo arco...


🎼 Partituras 🎼

4 comentários:

  1. Hiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
    Uau, tivemos grandes revelações neste especial e grandes acontecimentos.
    Acho que cumpriu com tudo o que prometia relacionado a essa história, nos dando algumas respostas sobre o que aconteceu e nos deixando com mais dúvidas sobre o que exatamente esta por vir.
    Parabéns por ter escrito e conseguido tornar realidade seus pensamentos, ficou incrível! Eu adorei e vibrei muito com todas as partes e essa sem dúvida não ficou atrás.
    Depois do romance e do clima alegre do último capítulo, amei como quebrou o clima logo de cara com o zeraora e tudo o que ele significava, o raio e a shaymin vindo nos mostrar que algo bem sério aconteceu com a nossa shaymin pra que ela tenha sido tirada do seu cargo e permanecesse no chão, me pergunto o que exatamente ela fez, será que ela colaborou com alguém pra libertar stakataka? Ou foi por conta dela que algo ruim aconteceu com o céu? ou Tentou se rebelar contra o rayquaza?
    Achei muito bom todo o segmento de brendan reunindo motivos para ir e não ir, adorei como a shaymin esta mesmo muito afetada pelo que quer que aconteceu e todo o momento dele reunindo coragem e motivos para ir foi muito tenso e eu adorei tudo.
    Adorei sua descrição dele quebrando o raio e como ele subiu até lá, as descrições de zeraora foram incríveis, sua descrição da eletricidade foi muito bonita, feroz e fluida, adorei as palavras que utilizou pra representar o poder e torna-lo agressivo, feroz e bonito. O esforço de brendan pra não morrer no processo enquanto superava o fato de não conseguir falar junto, foi um dos momentos mais tensos e legais que você já escreveu em minha opinião e acredito que mostre o quanto sua escrita e capacidade de sintetizar ideias evoluiu.
    Adorei a lança, adorei como descreveu as nuvens carregadas, se eletrizando e explodindo com as cargas, o zeraora subindo pelo tornado e tudo se combinando de uma forma muito interessante.
    Até que stakataka se libertou e achei fofo as interações de Brendan e Zeraora.
    Coitado de Barry tentando ajudar a conter stakataka, mas sem conseguir fazer nada. Me pergunto se isso o afetou de alguma forma ou se pensou não ser o suficiente, mas AMEI o mega mudz voltando e todos os pokemons de brendan o ajudando após tudo o que ele passou foi muito lindo.
    Adorei a forma como utilizou da distorção de Cyrus aqui para não deixar stakataka fugir e a forma como ela realmente parecia implacável e não ser capaz de se impedida de forma alguma mesmo com os parceiros principais dos dois e todos os pokemons de brendan e zeraora.
    Descobrimos que cynthia é cega de um olho e sua capacidade de combinar seus poderes com brendan parece ser algo que ela treinou, me pergunto como será que ela descobriu sobre o seu poder e como passou a controla-lo, combina-lo e utiliza-lo, mas gosto como ela se mantêm polida sem a necessidade de interferir

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  2. And adorei que finalmente temos um nome para o que brendan é, um celestial.
    Amei a mistica que criou em torno desse lugar, com brendan indo lá ao ter grandes sensações e como foi tecendo essa história misturando o slice of life com uma mística que ia se desembaralhando ao redor. Gosto dessa certeza e dos encontros com zeraora sem que soubessemos.
    E como tudo isso, com um nome e com definido o que o brendan é, isso parece ter reverberado dentro dele por finalmente ter uma certeza sobre o que é. E com isso já ter pelo menos combustível para se levantar, e gosto como isso se reflete nele lembrando de todas as experiências e isso parecendo fazer todo o sentido.
    Me senti mal pela shaymin, ela sumiu e parece não ter coragem de ajudar brendan nesse momento, será que ela se uniu ao antigo celestial e por isso caiu? ou continua no chão como zeraora falou? Gosto da ideia dos lendários se reunirem no monte coronet e isso me parece como um local para conversar sobre o andamento do mundo.
    Tudo lembrou muito contos épicos e mitológicos, adorei como criou tudo isso de verdade.
    Mas me doeu ela não tendo a coragem e principalmente indo embora e deixando brendan, achei que ela fosse ficar, mas essa perda parece algo muito importante e me pergunto como ele vai lidar com isso.
    No meio de tudo, UMI EVOLUIU, e veio ai com sua prancha e uma seda ele finalmente evoluiu e achei bem inesperado ver ele evoluindo pra salvar dori, e acho que é uma grande conquista para tirar de toda essa situação
    e espero que isso motive brendan a conseguir continuar daqui pra frente.
    Barry no final parece ter ficado um pouco perdido, impressionado ou reflexivo sobre a vida de brendan. Creio que ele não acreditava completamente no que brendan falava, mas agora percebeu e viveu que é real e ainda confrontou o fato de que não tem poder para encarar isso propriamente, me pergunto se isso o deixou meio sem graça ou pensativo a respeito do que fazer.
    As três partes desse capítulo trouxeram dinâmicas novas que realmente mudaram e moveram essa história para outro lugar, estou muito ansioso para o arco partíturas.
    AND, não sei se estou convencido do papel de robin e looker, no sentido de que eles parecem querer ajudar, mas as vezes sinto que eles podem estar influenciando bem mais do que estão dizendo. Já que looker sabia do céu estrelado e estava monitorando esse fenômeno desde antes e Robin nunca fala exatamente o que quer dizer, então estou desconfiado deles também.
    E AI VEM AI PARTITURAS E A COPA ARGENTA. Tô animado pra saber da origem quem sabe e mais sobre os poderes da cynthia e do cyrus. Parabéns pelo capítulo e continueee

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  3. Gente então o Brendan é um Celestial, eu sabia que Celestial não era só apena num nome da fanfic sabia que tinha algo a mais e então era isso. E Zeraora achava que o Brendan era o culpado e que ele que estava querendo libertar o Stakataka, mas foi outro pessoa e quem será essa outra pessoa? Eis a questão e mais para frente tivemos Brendan, Barry, Cynthia, Cyrus e o Robin, batalha foi boa e Stakataka fugiu provavelmente pra chegar reforços e no final tivemos o Barry indo embora talvez por tudo que aconteceu ou ele não quer morrer pra uma criatura feita de tijolos de pedra :v e também tivemos o Looker cada vez misterioso e desde já estou ansioso pela segunda temporada que promete e muito.
    Continuaaa o/

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  4. Pera, foi o Robin a soltar a besta? O Looker? Os dois? O Murph? Genteee esse cap foi muito épico, eu amei!!!
    Você está realmente de parabéns por esses três capítulos… ou esse capítulo dividido em três partes, como preferir. Foi quase como um filme que começou com as duvidas dos personagens, os levando ao romance e num ápice estamos em uma luta lendária contra um furry preconceituoso e um monte de pedras com olhos que podia ser o Ash, mas se fosse o Ash teria perdido, porque ele só sabe perder.
    Eu amei o Zeraora, ele combatendo com Brendan foi excelente e agora sabemos a razão porque ele sempre surrava o Brendan quando ele o visitava sem entender nada. Por outro lado, me deu pena da Shaymin que foi completamente ignorada pelo Brendan que só pensou no que ele queria e não como isso afetaria a Eevee albina. Ele quis tanto saber, acabou perdendo a amiga…
    To muito curiosa para qual é o papel da Shaymin nisso tudo. Ok, temos uma que voa e sabemos que a Eevee albina não consegue, ela claramente foi expulsa do que há além das nuvens, mas a pergunta é por quê? No começo achei que ela queria que o Brendan usasse seus poderes para que ela voltasse a voar, mas aqui ela não quis que ele se encontrasse com Zeraora, então ela não é uma traidora do movimento das Shaymin voadoras, aconteceu foi algo e quero saber o quê…
    O momento da subida do Brendan foi lindo, as memórias passando pela cabeça dele quando é chamado de Celestial, que vou assumir ser um crime de ódio cometido pelo Zeraora.
    E essa luta me arrepiou, a cena da lança foi incrível, as distorções, todos usando seus máximos e a Umi evoluindo para ganhar fraqueza quádrupla à Stakataka foi fenomenal. Amei como descreveu os movimentos da Stakataka e principalmente do Zeraora, ele esteve incrível aqui. Eu realmente amei esse capítulo, todo ele, passou a sensação de dever cumprido depois de 50 capítulos de uma história que se vem desenrolando desde Hoenn. Cada um dos seus personagens é único e gosto de como cada um deles interage com o universo que criou, você merece mesmo todos os elogios.
    E com isto Celestial em dia \o/

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