sábado, 21 de maio de 2022

Capítulo 54: Leuri está morta?!


Sonia: Leuri, até que enfim atualizou a história!  disse, entrando no escritório de Rose na Macro Cosmos e vendo Leuri sentada, digitando no notebook.  Adorei esse capítulo com os clones.


Leuri: Ah, gostou mesmo? Obrigada!


Oleana: Do que as duas estão falando?  Ela carregava uma pilha de papéis, colocando na mesa de Rose, que tentava cortar as unhas de Meowth.

~Myaaah!
  Ele se debateu no colo do Chairman até conseguir ser solto, sem cortar unha alguma.

Sonia: Você nunca viu? A Leuri tem postado alguns contos no blog dela, são bem criativos.

Oleana: Leuri tem um blog? É, mais uma coisa que não imaginava.

    Aproximando-se de Leuri, Oleana se debruça na cadeira dela, vendo-a rolar a página de seu blog até os comentários.

Oleana: L4ur4 disse: Adorei esse capítulo, a Coordenadora Laura deveria aparecer, só uma sugestão
 — leu um dos comentários.  Nossa, essa outra escreveu um textão! Escritora Fantasma disse: Suas ideias me cativam cada vez mais, quero saber o que acontece a seguir. Observação: A cabeleireira é minha personagem preferida.



Leuri: Essa foi a minha primeira leitora, sempre faz comentários assim. Tem sido divertido escrever... Gostaria de ter lido algo do meu pai.


Rose: É mesmo, eu te disse que ele também gostava de escrever... Desculpe colocar isso na sua cabeça.

Leuri: Não precisa, Rose. Só evitei pensar nele por muito tempo, mas como disse para a minha mãe, não quero mais que falar dele seja um problema entre nós. Só é um pouco... hum, difícil.

Rose: Bem...  Ele se levanta, passando por Meowth e admirando a vista de Wyndon, iluminada naquela noite.  Também não precisa ser entre a gente. Pode me perguntar o que quiser sobre ele!

Leuri: Tem algo que ando pensando... Aonde ele está agora?  perguntou, e Oleana e Sonia pareceram apreensivas.  Eu gostaria de visitá-lo.

Rose: Oh... Eu vou te mandar o endereço, mas posso ir com você e...

Leuri: Você tem muito trabalho, Rose! Não se preocupe com isso!

    Assim que Leuri deixou a empresa, acenando para os demais, Rose notou Meowth a seguindo pela rua, mas não tentou impedi-lo.


    Em seu quarto no hotel Wyndon, Leuri saía do banho enrolada na toalha e se deitava na cama. Frogadier dormia encostado em Wooloo, num canto, enquanto Meowth se espreitava para debaixo da cama dela.


Leuri: Escuta, Marnie...  disse, gravando um áudio no celular.  Eu não sei porque anda ignorando minhas mensagens, nem são muitas, só 50... Só sei que está chateada por Hammerlocke, mas... Okay, direto ao ponto. Convite esquisito, quer ir ao cemitério comigo? É importante.

    Enviando o áudio, ela espera por algum tempo e nada de resposta, então suspira e coloca o celular para carregar, se levantando para trocar de roupa.



    Na noite do dia seguinte, Leuri recebia carona do motorista particular do Chairman, Andy, em seu Corviknight. A lua muito iluminada permitia a visão das nuvens e Leuri as olhava pela janela da cabine que o corvo carregava.


Leuri: Então...  Ela se virou para o lado.  Obrigada mesmo por vir.


Marnie: Eu gosto de visitar lugares assim, esse é o meu tipo de passeio  respondeu, encostada na outra porta da cabine, com um espaço vazio entre elas.

Leuri: Haha! Eu imaginei, amo sua estranheza!
  Ela disfarçou o riso enquanto Marnie dava tapinhas no próprio rosto rosado para tentar fazer a cor sumir.  Escuta... Depois disso vai voltar a me ignorar se eu não te chamar pra ir num cemitério de novo ou algo parecido?

Marnie: Eu não sei.

Leuri: O que aconteceu em Hammerlocke...


Marnie: Eu só estou tentando me virar sozinha agora, ok? Carbink que quis me patrocinar, você que me ensinou a ter noção de combates e o Diego me ajudou a conhecer os meus Pokemon. Quando vai ser a minha vez?  perguntou, voltando a olhar na janela.


    Corviknight aproximava-se de Stow-on-Side, a cidade construída no meio do deserto de Galar. Mesmo dentro da cabine conseguiam sentir o frio que fazia, mas já não podiam mais ver as nuvens. Uma densa neblina encobria o caminho e o Pokemon precisou pousar. Suas asas não faziam barulho, portanto os Mudbray que dormiam nos cercados próximos não acordaram.


Andy: Não é seguro voar para além daqui, é o máximo que posso deixá-las  disse, ajudando Leuri a descer da cabine, enquanto Marnie já estava do lado de fora.

Leuri: Está ótimo, Andy, obrigada!

Andy: Ligue que venho buscá-la
  disse, encostando no ombro da menina, que assente.  Vamos, Corviknight, vou levá-lo para lanchar!

    Com Andy voltando a voar com seu Pokemon, Leuri fica algum tempo o vendo desaparecer no céu. Marnie repara, mas então ela se vira sorrindo.

Leuri: Vai ficar tudo bem, Marnie  disse, segurando na mão da amiga e logo a soltando, começando a andar.

Marnie: Ela está falando isso para mim ou para ela mesma?  perguntou-se e ouviu um miado a responder, mas não tinha ninguém atrás dela.


    A neblina continuava pela cidade, mas Marnie já conhecia por onde estava andando. Wooloo as acompanhava, já que sua lã se iluminava a noite, servindo de lanterna. 

~Béééé...  Ela se tremia com cada ventania, assustada com o lugar que se aproximava.

  Se parece com uma continuação da cidade, não acham?  Uma voz infantil foi ouvida como se o vento a guiasse. Wooloo gritou e voltou para a Pokeball no mesmo instante.



Paula: Hihihi... Bem vindas  disse, sorrindo. Estava sentada no topo de um arco de pedras e saltou para a areia, diante de Leuri e Marnie.


Leuri: Que susto! Menininha, seus pais sabem que está fora de casa tão tarde?

Paula: Não estou tão longe deles.  Piscou para Leuri e notou Marnie a encarando.  Vamos, vou levá-las até onde querem ir.



    A entrada do cemitério também era feita em pedra, mas apenas um grande portão com partes enterradas na areia. Paula contou que antes da guerra do passado, Stow-on-Side se estendia até ali, então caminhavam pelas ruínas de antigos castelos.

Paula: Há muito mais enterrado nessa areia do que o que imaginam. Mas é isso, chegamos.


    Passando pela entrada, Leuri parou por um momento e pensou no lugar que estava. Ela sentiu seus olhos molharem, mas respirou fundo e seguiu.


    A maioria das lápides não tinha identificação, apenas o símbolo de uma Pokeball antiga gravada nelas. Leuri consultou o número que Rose a passou e encontrou a que procurava; "Meyer Azura", como ele preferia ser chamado.

Marnie: Você quer um momento?

Leuri: N-Não precisa.
  Ela abriu sua bolsa, retirando um ramo de flores rosas.  Hey... Vim deixar isso para você.

    Ajoelhando-se, Leuri deixa as flores na lápide. Marnie cruzou os braços e Paula sorria mostrando os dentes, enquanto ouviam o chirriar dos Hoothoot de fundo.


Leuri: Talvez fosse mais fácil dizer algo se eu tivesse alguma lembrança...

Paula: Não é impossível.
  Ela interrompeu e Leuri se virou em sua direção.  Allister pode ajudar com isso.

Marnie: Ele está aqui?


    Procurando, as meninas encontram o garoto escondido atrás de uma árvore morta, mas ele tenta correr assim que é percebido. Paula surge em sua frente e ele para, tremendo.


Leuri: Ele é o Líder do Ginásio daqui que você mencionou?  Marnie assentiu.

Allister: U-Uh... N-Não posso ajudar!

Paula: É claro que pode, só você conhece o caminho!


Leuri: Quando foi que isso virou um jardim de infância fantasma?


Marnie: O caminho... Está se referindo ao Gengar, não é?

Paula: Você sempre é tão esperta! A boca de Gengar é o caminho.

Allister: S-Sem chances! O além vida não é para... vivos.

Paula: Allister... Não tente nos enganar. Você sabe como ir e voltar de lá.

Leuri: Está dizendo que podemos visitar... os mortos?

Marnie: Que incrível! Por favor, eu quero ir!


Allister: É u-um caminho perigoso... M-Muitas tentações... N-Não posso me responsabilizar...


Marnie: Vamos, faça isso pela Leuri! Ela veio até aqui para conhecer o pai!


Leuri: Olha, quando eu falei em conhecer, não era bem isso que estava pensando... 

Paula: Era sim, vamos, Allister  pediu, balançando o braço franzino do garoto, que tremia cada vez mais.

Allister: G-Gengar...


    Revelando-se por trás de Allister, seu Gengar sorria macabro como sempre. Marnie o fitou com empolgação e Paula também estava igual.

Allister: P-Por favor... Hum... Entregamos nossas vidas... Guie-nos para o que há além desse mundo.


Leuri: Espera! Como assim entregar nossas vidas? Eu não quero isso, não!!  Ela tentou correr, mas Paula a empurrou para a frente bem na hora que Gengar abriu sua bocarra.

    
    Abrindo os olhos lentamente, Leuri via a silhueta de Allister distorcida, como se tivessem três dele em sua frente, até sua visão se endireitar e ela levantar num pulo.


Leuri: AAAAI!!  Ela passa a mão por todo o corpo, gritando.  Eu tô inteira?? O que aconteceu?? Tô morta??

Allister: Sim.

Leuri: Ufa... Espera, eu tô morta?!

Paula: Ahhh, o além vida!
  Ela abriu os braços, rodopiando.


    Aproximando-se de Allister, vários Pokemon fantasmas vem cumprimentá-lo. Ele acaricia a cabeça de todos, que sorriam.


Marnie: Você pode tocar neles?


    Percebendo Marnie, os fantasmas se assustam e tentam proteger Allister, se colocando na frente dele.

Allister: Esperem, amigos, eu que as trouxe  disse, acalmando os fantasmas.  Não vamos ficar muito tempo, não precisam se assustar.


Leuri: Eu morri? Leuri, mortinha da silva? Ai, não pode ser, eu tinha tantas coisas pra fazer, onde posso reclamar?? — Abraçando os joelhos, ela se balançava paranoica.

Paula: A menina aqui não tá muito bem.

Allister: É n-normal... Esse mundo é demais para a compreensão dela.

Marnie: Mas não parece que saímos do cemitério. Está tudo do mesmo jeito!


Allister: V-Vai sempre ser como a sua última lembrança em vida...  disse, ajeitando a máscara no rosto, como se o que visse não o agradasse.

Leuri: Então...  Ela se levanta, parecendo mais calma.  Como encontraremos o meu pai por aqui?

Allister: Aqui, pode encontrar quem quiser... D-Desde que seja do seu desejo... Se concentre e vai abrir o caminho até ele.


Leuri: Do meu desejo...  Ela olha para seu pulso, onde sua Wishing Star não tinha brilho como de costume.  Por muito tempo eu não quis isso, mas... Eu posso pensar um pouco a respeito. Talvez me ajude a entender melhor quem eu sou. Talvez me ajude a resolver meus dilemas. Eu desejo encontrá-lo.

    Após a fala de Leuri, a ventania fica mais intensa. Paula levanta os braços para o céu cinzento e uma trovoada rompe a neblina. Leuri leva as mãos ao peito, concentrando-se.


Marnie: Oi?  Ela escutava sussurros em seus ouvidos, tentando ver de onde vinham.  P-Pai... Mãe!


Allister: Não dê ouvidos, são as tentações desse lugar!  exclamou, vendo Marnie começar a andar.  Se você se perder, ficará presa aqui para sempre!

Paula: Não parece estar funcionando  disse, apontando Marnie continuar a andando.

Marnie: Estou indo!
  Ela continua, mas sente uma mão na sua e para, dando um passo para trás. Ela vê Leuri a encarando.  O quê...?

Leuri: Vamos com calma, não quero que se perca
  pediu, ainda segurando na mão dela. Marnie assentiu, abaixando a cabeça.  Depois conversamos sobre isso. Espere por agora e... se concentre no meu pai também.

Marnie: Esperar...  Repetiu, olhando para Paula, que continuava sorrindo.



    A neblina não atrapalhava mais a visão de Leuri e Marnie, mas o caminho que se estendia pelo cemitério estava enevoado. O grupo seguia em frente, com vários Pokemon fantasmas passando por eles. 


Leuri: Eek!  Ela viu uma Banette com o zíper da boca aberto, mas tentou não encará-la por muito tempo.  Será que vai demorar?

Allister: N-Não dá para saber como o tempo funciona aqui... Só dá para seguir pelo caminho que nos revelou.


    Mais fantasmas apareciam pelo caminho, todos olhavam para Leuri e Marnie como se estivessem apavorados por elas estarem ali. Leuri começava a se incomodar com isso, mas então formas surgiram no nevoeiro e finalmente o cenário de cemitério mudou.


    Árvores para todos os lados, grama verde e o som do vento semelhante a um uivado interminável. Uma floresta, concluiu Leuri.


Marnie: Como... Como chegamos aqui?!  Ela tentou tocar uma árvore, mas sua mão a atravessou.  Você já esteve nessa floresta, Leuri?!


Leuri: Nunca, não se parece com nenhuma de Kalos ou Hoenn. 


    Seguindo uma trilha de pedras, o grupo subiu uma colina até um grande altar de pedras, vazado por dentro. Havia um lago o rodeando, mas a névoa era tanta que não viam nada refletindo na água.


Marnie: O altar... É esse o lugar que procuro!  Ela corre até o altar, com Leuri tentando a impedir.


Paula: Um lugar horrível, por sinal  disse, olhando o altar de longe.

Marnie: Não estão aqui
  disse, se ajoelhando no altar de pedra.  Aonde estão?! A espada e o escudo!

Leuri: Eu não sei! E o meu pai? O que ele tem com esse lugar?


Allister: S-Seu desejo a trouxe até aqui... Mas não sinto outra presença nesse lugar.


Paula: Vamos ver, onde estão...  disse, se aproximando de Marnie no altar. Ela mergulha as mãos na água do lago, retirando uma ferradura enferrujada e um lenço desbotado.  Aqui, ótimo.

Leuri: Como é possível? Se ele não está nesse lugar...

Allister: Cuidado!  Ele gritou e Leuri sentiu algo a atingir nas costas, caindo na grama.


Marnie: Aaah!  Ela foi erguida e arremessada contra uma árvore, mas a atravessa.  O que foi isso?!

Allister: São espíritos
  disse, tremendo e com as duas mãos fechadas no peito.  V-Vocês não vão conseguir vê-los, não estão completamente mortas ainda...

Leuri: Ai!!
  Ela recebe outro ataque, rolando pelo chão.  Gastrodon, eu escol... uh?

    Não havia nada dentro da bolsa de Leuri, que arregala os olhos. Marnie também tentou buscar as Pokeballs em sua mochila, mas estava vazia.


    Saltando para a frente de Leuri, Meowth arranha o ar, mas se ouve um gemido de lamentação por toda a floresta. 

Leuri: Meowth?!

~Myah!!  Ele apontou para trás de Marnie, que se abaixou, sentindo alguma coisa passar por cima dela.

Paula: Ele consegue ver além  disse, com a ferradura e o lenço em mãos e olhando para Marnie.


Leuri: Marnie, Allister e garota esquisita, fiquem comigo! Meowth vai nos proteger!  exclamou e os três se juntaram com ela.  Certo, eu confio em você! Metal Claw!


    Afiando suas garras, Meowth as endurece e vai abrindo caminho pela frente, atingindo os oponentes invisíveis enquanto o grupo corria pelo caminho de volta.

Allister: E-Estão tão irritados... Mas por quê?

~Myaaaah!!  Recebendo um golpe por trás, Meowth rola para a frente. Ele tenta voltar a arranhar, mas não conseguia e começa a se desesperar.

Leuri: Meowth!
  chamou por ele, fechando os olhos. Sua Wishing Star começa a reluzir.  Você me seguiu de novo, não foi? Se quer entrar em batalhas, precisa confiar em mim! Me deixe ver... além!!!

    A joia da testa de Meowth se iluminou em vermelho, assim como a Wishing Star de Leuri. Paula, Marnie e Allister eram empurrados para trás pela pressão do poder que era liberado, enquanto Leuri se esforçava para levantar o braço.


    Aumentando de tamanho, Meowth rosna e a neblina se afasta, dando lugar à nuvens avermelhadas pelo céu. O brilho da Wishing Star a permitia ver sombras de relance, estes eram seus inimigos.


Allister: D-Dynamax... Incrível...

Leuri: Meowth, livre-se deles! Max Steelspike! 


    Roçando as unhas de metal umas nas outras, um ruído estridente é escutado. O chão se estremece e as lápides do cemitério que chegavam são expulsas, dando lugar a espinhos de metal que parecem extinguir cada espírito que tentava atacar. Sem mais forças, Meowth fecha os olhos e cai para trás, começando a encolher até cair nos braços de Leuri.

Leuri: Obrigada!  Ela voltou a correr, o levando junto.

    Chegando ao fim do cemitério, uma grande passagem brilhante estava aberta, com uma língua estendida para dentro dela como se fosse um tapete. Allister apontou para lá e todos entenderam o recado, passando por ela.


    Assim que abre os olhos de novo, Leuri se depara com a claridade do dia. Estava deitada em algum terreno, com as duas mãos juntas no peito como se estivesse num caixão. Ela se levanta rapidamente, percebendo um grande mural de pedra, todo colorido com desenhos de flores e uma grande espada ao lado de um largo escudo. Meowth levantava a pata traseira em cima dele, corando ao ver que foi flagrado.


Marnie: O mural de Stow-on-Side...  disse, lembrando-se de quando Paula o levou para vê-lo  O real significado do que essa história se trata, você disse?

Paula: Hihihi...
  Ela segurou nas mãos de Marnie, que arregalou os olhos. Com um sorriso, desapareceu dali.


Leuri: Não o encontramos...  disse, se voltando para Allister, que tentava sair dali sem ser percebido.


~Dreeee!!  Um Dreepy se agarrou na cabeça do menino, parecendo apavorado com as pessoas que estavam fotografando o mural. Ele o regressou para a Pokeball, a deu um beijo e guardou.

Leuri: Os fantasmas no além vida também estavam assustados... Tem algo de errado com a gente?

Allister: N-Não dá para julgá-los... Eu não sei como você pode ter mais medo de fantasmas do que das p-pessoas... P-Pokemon fantasmas aparecem de noite porque sentem medo dos humanos. Quando vocês visitaram o mundo deles e estavam entre a vida e a morte, eles ficaram apavorados.

Leuri: Então fantasmas estão assustados com humanos, não tentando assustá-los...
 Que irônico.


Allister: S-Ser diferente pode ser muito assustador...
  Ele ajeita a máscara no rosto.  E-Eu sei bem o que é isso.

Marnie: Você se perdeu no além vida  concluiu, se virando para Allister, que recua mas assente com a cabeça.  Por isso pode ver fantasmas e sabe tanto sobre aquele lugar. Quando encontrou o caminho de volta...

Allister: Continuo como quando aconteceu... U-Uma criança  disse, ainda de cabeça baixa. Leuri bagunçou seu cabelo, mas o toque dela o assustou.

Leuri: Obrigada por ter nos mostrado e trazido de volta em segurança, Allister  falou, em seguida forçando um sorriso.

Allister: Hum... L-Leuri... Seja onde quer que seu pai esteja, não é lá.

    Voltando a olhar para o mural, Marnie levantou os braços. Tinha a ferradura enferrujada e o lenço desbotado em suas mãos.


    Andy foi chamado por Leuri para buscá-la, mas antes deixou Marnie em Motostoke, como ela pediu. A menina ficou em silêncio durante toda a viagem até Wyndon, onde marcou de se encontrar com Rose em uma das cafeterias da cidade para contar sobre tudo que passou no além vida.


    Na cafeteria, enquanto Leuri explicava tudo para Rose, Meowth brincava com um saquinho de açúcar, jogando-o de um lado para o outro.


Leuri: E por isso que eu nunca deixaria minha irmãzinha brincar com crianças como aqueles dois. Mas escute, eu acho que meu pai pode estar vivo! Se eu não o encontrei por lá, tem alguma chance!


Rose: Eu deveria ter ido com você... Escute, seus sentimentos estão confusos, mas ele... Ele já se foi, Leuri  falou, com o olhar caído. 


    Não sabendo mais o que falar, Leuri cerrou os lábios e se encostou mais onde estava sentada, mordendo um croissant.


    Já no cemitério, a neblina continuava por lá, mesmo estando de dia tudo parecia cinza e obscuro. Paula sentava sobre o arco de pedras da entrada, sorrindo e balançando as pernas no ar.


Paula: Você não faz ideia...  Ela segurava um ramo de flores rosas, arrancando pétala por pétala e deixando-as caírem na areia.

Continua


3 comentários:

  1. Vou ter que comentar de novo por a pagina carregou sozinha, eu sou o ser humano mais azarado do mundo, só pode ¬¬
    Vamos comentar de novo essa maravilha, eu sabia, sabia que o pai da Leuri estava vivo finalmente acertei uma teoria \o/ agora só falta a outra teoria que pai da Leuri tenha alguma ligação com a Marnie, será que ele é pai dela também? vamos ver se acerto essa teoria também.
    Essa Paula aparece do nada e o Allister eu fiquei confuso ele tá vivo ou já não está mais entre nós e eu achei genial esse lance do Gengar levar as pessoas o "outro lado" "além", foi simplesmente genial faz com que o Gengar e até outros Pokémon fantasmas sejam ainda mais especiais e misteriosos <3
    A espada e o escudo pra mim está com os irmãos dos cabelos bizarros só pode apesar que ficaria muito na cara, mas ainda assim aposto neles.
    E adorei esse capitulo, adoro esses capitulos com essa pegada dark :3
    E desde já ansioso pelos próximos capitulos :3
    continuaaaaa o/ e finalmente conseguir comentar \o/

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  2. Medo... muito medo... ai que capítulo arrepiante!!! To que nem a Marnie xD
    E é isso meus amigos, depois do Além, chegou a sequela Além 2: Além Vida. Adoro como sua história brinca com as dimensões entre os vivos e mortos, amo esse tipo de coisa e Leuri Surtos é meu prato favorito xD
    Adorei que continuou a cena da Leuri escrevendo e a forma como começou o capítulo com comentários da Leitora Fantasma e depois o capítulo foi com fantasmas, achei genial xD
    Eu não sei o que pensar do Rose, no outro capítulo ele meio que se sentiu por Meowth ter ido com Leuri, mas dessa vez ele não ficou pensando nisso, ao que parece... teria feito algo ao Meowth para espionar? Sei lá, fiquei pensando que quando a moeda dele brilhou, foi o Rose que o fez virar Dynamax e não a Leuri, mas devo tar viajando nas teorias da conspiração rsrsrs... ai...
    Also Meowth vê espíritos porque gatos vêem espíritos!!! Eu amei isso, ficou perfeitamente retratado, embora eu me assuste quando os meus gatos ficam olhando pro vazio...
    Marnie... ai Marnie... claro que ia aceitar visitar um cemitério né? Me dá pena dela por achar que tem alguma divida para com os amigos, o quando é que vai ser a minha vez me deixou pensando que ela não faz ideia do que amizade significa, isso me atinge forte porque eu também nunca gostei que me dessem coisas porque me sentia na obrigação de dar também, então me afastava das pessoas e nem participava nos amigos secretos... also só me davam lixo nisso, assim como a Marnie que continua sua coleta de lixo antigo, juntando à chave que abre sei lá o quê e a casca do ovo de nem sei...
    Também amei a história do Allister, um menino que se perdeu e ficou assim para sempre, coitado, será que a liga sabe o que ele é? Fiquei pensando nisso... os fantasmas têm medo dos humanos também ficou lindo, todos têm medo do diferente, mas só humanos têm odio e medo dos iguais... essa que é a verdade... mas não estou aqui para militar xD
    Adorei toda a cena da busca, me deu arrepios com a trilha sonora que vc escolheu, deu um otimo ambiente ao capítulo e a Paula sempre misteriosa também, amo ela.
    Marnie procurava aquele altar, mas ela já lá esteve em criança, pedindo para devolver a vida de algo ou alguém... me pergunto se esse lugar existe mesmo ou é um produto do além e Marnie já lá esteve? Isso talvez vá de encontro minha teoria que Marnie não é deste tempo e os dois cabeludos sabem de onde ela é e o que ela sabe que pode destruir a imagem deles...
    Bom, se foi mesmo Leuri que fez o Meowth atingir o Dynamax significa que o seu desejo está ali algures, a confiança que ela pediu e a vontade de proteger todos foi o que ativou a Wishing Star, afinal e essa é a Leuri que todos querem, eu acho... a Leuri que protege aqueles que ama, então o desejo dela seria esse... e aos poucos ela meio que perdeu Diego, Brendan, Korrina, os amigos todos seguiram sua viagem e ela se tornou campeã, não tendo que salvar o mundo ou proteger ninguém... Frogadier se afastou por ter perdido a confiança que tinha na Leuri porque ela não está sendo fiel a ela mesma e participar nessa competição não é realmente o que ela quer fazer e sim se sentir util para os amigos e por isso também a insistência para trazer Marnie para perto, porque ainda é nova e a pode proteger... desvendei? Maybe, não me diga xD
    Continua por favor, estou adorando tudo o que está acontecendo <3

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  3. Hiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
    Continuando a saga de maratonar leuri, então chegamos no alem e leuri foi de comes e bebes, virou camisa da equipe rocket, comeu cherry berry com moomoomilk e virou estampa de camisa para performers fazerem hashtag's ou como podemos falar: morreu.
    Gostei do começo da Leuri divulgando o blog dela sobre a leitora fantasma, confesso que inicialmente eu estava pensando que seria um capítulo dela conhecendo a shaun...digo leitora fantasma e ela meio que revelando ter um poder por algum motivo, mas no fim finalmente falamos sobre tabus aqui: como Rose é tão incompetente que não consegue cortar as unhas do meowth? Mentira é o pai da leuri.
    Mulher ai eu gosto, gostar não é bem a palavra, mas eu confesso que gosto do ato de visitar cemitérios apesar da pessoa em si não estar ali, mas acredito que pessoas que nos marcaram em vida -ou nesse caso que gostaríamos de saber mais sobre- merecem um pouco da nossa atenção para lembrar o que elas foram ou imaginar a respeito do que viveram e tirar um tempo para pensar nisso é um gesto que acho interessante.
    Adorei que mesmo brigada, Marnie decidiu ir e acredito que não tenha ido apenas pelo fato de ser no cemitério e tbm tivemos uma melhor apresentação de Allister depois de o vermos lutar com Marnie e afins, Paula eu tenho certeza que é o pai da Leuri amaldiçoado por algum motivo e eu vou seguir com essa minha teoria.
    não entendo e não faço ideia do porque ela anda catando lixo para a Marnie e qual a relação final da Marnie com a lenda que permeia galar, pois os altares, a espada, o escudo e a floresta em si parecem ser seus objetivos, mas não é como se fosse a primeira vez que ela os encontra então fico curioso pela história que permeia envolta dela.
    adorei a história de allister, sabemos que ele realmente esta preso entre o além vida e deve ter sido uma situação que o marcou, gosto das falas dele sobre o medo que tem das pessoas porque é um pensamento muito pertinente e também me dá certa pena pelo que ele se tornou.
    agora o que terá acontecido com o pai de leuri? seu tumulo foi profanado? Ele não morreu? ele esta preso? ele reencarnou em rose? eu chuto alguma dessas coisas e talvez ele tenha alguma ligação com a espada e o escudo, ou talvez não seja algo tão grandioso assim, talvez ele seja só uma alma que foi afetada por um caos maior.
    gostei da ambientação fúnebre, sinistra e macabra do capítulo você construiu o mundo muito bem e também sabemos que a energia de dynamax da leuri consegue transcender os mundos e isso não parece ser normal pela reação de allister, provavelmente devem ter muitos outros significados ocultos que não peguei, mas eu amei toda a ideia e estou muito ansioso para descobrir todas as ligações da historia.
    Também me pergunto se toda pessoa que tem um gengar por acidente seja engolida vai parar no além? os pais de allister são os donos do restaurante em hoenn? O harley conheceu o allister? são muitas questões

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