Capítulo 27: Sem mais silêncio.

    Os habitantes de Floaroma voltavam para suas casas e fechavam as janelas, preocupados com a ventania voltar a qualquer momento. O céu estrelado mesmo de dia também os deixavam confusos sobre que tipo de fenômeno era aquele. Forsythia recolhia os vasos de flores junto do restante de sua família na floricultura, os Bulbasaur iam para o lado de fora, prontos para usarem Light Screen a qualquer momento.

    Flores trazidas pelo vento iam parar nos arredores da cidade, onde o parque eólico do vale Windworks ficava. Também alguns Budew depressivos finalmente sorriam por estarem sendo levados pelo vento para lugares desconhecidos.
     Os moinhos no corpo do Monte Coronet giravam como nunca havia se visto antes e a usina de energia acendia-se por dentro. Com exceção de um Buizel que saía do rio, mais nenhum Pokemon selvagem era visto na redondeza.

    Mudz havia regressado para a Pokeball e agora Melvin abraçava seu Coordenador, que segurava nas asas peludas dele sem saber o que faria agora.

Volkner: Todos vocês, me escutem! — Ele corria para fora da usina, agarrando-se ao portão. — Electivire não vai aguentar por muito mais tempo, os ventos ficaram mais fortes! Precisam sair daqui, a usina vai explodir!

Flint: Está de brincadeira? — Ele correu até o Líder de Ginásio, o segurando pela camisa. — Vai simplesmente ficar aqui para morrer?!

Volkner: Eu não vou sair do lado do meu Pokemon até o fim, nós concordamos em proteger a todos.

Flint: Então está maluco se pensa que eu não vou te impedir de fazer isso!

Barry: O que a gente faz? Voltamos em segurança para Floaroma?

Lisia: Gosto da ideia!

May: Mas e o Flint e o Volkner?!

Lisia: Não temos o que fazer por eles, precisamos ver se está tudo bem na cidade!

Robin: Ai, ai... Brendan, podemos ter um minuto? — acenou com a cabeça para o garoto acompanhar.

    Afastando-se um pouco dos demais, os dois sentiam a ventania balançando seus cabelos. Brendan guardava sua touca no bolso quando Robin se voltou para ele.

Robin: Por acaso não acha que você e a causa dessa ventania possam estar conectados?

    Lembrando-se dos últimos dias onde fez a Finneon voar, criou nuvens e iniciou um temporal em Jubilife, Brendan parece se dar conta. Robin tirou a mão da cintura, aproximando-se dele.

Robin: Com licença, mas acho que tem uma querida aqui que pode nos ajudar.

    Abrindo a mochila de Brendan, Robin pega a Shaymin que se debatia e tentava morder. O menino arregalou os olhos, reconhecendo-a.

May: É aquele Pokemon do outro dia!

Lisia: Shhh!!

    Olhando para trás, Brendan vê May, Lisia, Barry, Buizel e Melvin escondidos para espionarem o que ele estava fazendo. Sendo descobertos, todos se aproximam e Robin coloca a Shaymin no chão.

Shaymin: Tire suas patas imundas de mim! — Ela se chacoalhou e apontou para Robin.

Barry: Ela fala?!

Shaymin: Se você me ouviu! — Voltou-se para Barry. Sua voz ressoava por telepatia para todos eles.

Lisia: Eitaa esse fecho matou viu!!!! 💋💋

Robin: Olá, Shaymin! Até quando pretendia brincar de Diglett escondida nessa mochila?

Shaymin: Já estava dormindo, para sua informação! Tinha um sonho tão bom onde ventava tanto que eu voava!

May: Seu sonho pode se realizar muito em breve! — exclamou e Shaymin escalou o corpo de Brendan para ver os moinhos.

Shaymin: Vixe, meus pêsames!

Robin: Brendan é mesmo a causa da ventania?

Shaymin: Começou com ele, mas não sei se pode resolver...

Barry: Nuvens, estrelas, vento... O Brendan é algum tipo de projetor de efeitos especiais?

May: É um pouco mais complicado do que isso...

Robin: Não acho que deveriam se preocupar com o que Brendan é ou não agora, mas com o que ele pode fazer para ajudar.

Barry: Tem razão... — Ele olhou para Brendan, que  tinha a cabeça de Melvin por cima do ombro. — Se existe uma chance, eu sei que consegue.

Lisia: Pode ao menos tentar, mas seja rápido, tá?

Brendan: ...! — Ele levantou seu bloquinho, escrevendo uma interrogação.

Robin: Shaymin, mostre pra ele... Por favor, têm vidas em risco!

Shaymin: E eu com isso?

Robin: Bem, talvez ele achasse uma atitude nobre e reconsidera-se a sua situação... — disse em tom debochado, cruzando os braços e apoiando o rosto numa das mãos.

Shaymin: Humph! Não achei que um dia voltaria a fazer isso, mas... Tudo bem, humano, vamos organizar esses pensamentos. — Ela saltou para os braços de Lisia, que a colocou na altura do rosto de Brendan. — Eu vou guiá-lo, talvez o seu tempo em silêncio tenha servido para ensiná-lo alguma coisa.

May: Vamos dar espaço pra eles!

    Deixando Brendan se sentar na grama, o grupo se afasta. Shaymin salta para o chão, andando na frente dele e o falando para cruzar as pernas como se fosse meditar. Barry finalmente reparou em Buizel também estar ali, sorrindo pra ele.

Barry: Também quer proteger a sua casa, não é?

~Bui bui.

Shaymin: Você deve controlar o que está pensando agora, como se estivesse usando a imaginação. Escute o que os ventos dizem e dê sua ordem para eles, assim vão obedecê-lo.

    Fechando os olhos, Brendan tenta se concentrar. O restante fica em silêncio para que ele só conseguisse ouvir o vento. Tudo parecia normal, pensava em como deveria ouvir o vento afastando qualquer outra palavra que viesse... Ele sentia que estava conseguindo até um questionamento surgir "Por que não funcionou? Qual é o problema?". Abrindo os olhos, o menino caiu para trás, suando.

Shaymin: O que foi? Tente de novo, vamos, como fez na caverna!

    Voltando a se concentrar, Brendan novamente escuta o som da ventania. Ele começou a ouvir sussurros quando "Por que ele fez isso? O que está errado?". As dúvidas gritavam mais alto do que tudo em sua cabeça e ele tentou se manter firme, mas seu subconsciente gritava as perguntas cada vez mais desesperado. Não aguentando mais, abriu os olhos, levando uma mão ao peito.

Volkner: Seu idiota! O que ainda está fazendo aqui?! — gritou para Flint, voltando à sala onde Electivire absorvia a eletricidade.

Flint: Só saio daqui junto com você! — Ele subia numa bicicleta ao lado de Electivire, começando a pedalar. — Que história é essa de que precisa ser o herói que sacrifica? Não pode usar essa narrativa para resolver os seus problemas!

Volkner: Eu estou tentando fazer algo de bom com a minha vida, inclusive para salvar a sua. Não torne isso ainda mais difícil. E pedalando só vai gerar mais eletricidade, não o contrário.

Flint: Eek! Eu não entendo dessas coisas!

Volkner: Então me deixe fazer isso! — gritou, se levantando. — Electivire, coloque mais força! O Motor Drive deveria não ter um limite...

Flint: Mas a saúde tem, isso já foi longe demais para vocês dois! — Aproximando-se de Volkner, os dois colam os peitos, encarando-se. — Você pode achar que isso é algo bom, mas só está sendo egoísta e pensando em si mesmo! Eu não vou te deixar pra trás! — Fechando um punho, afastou Volkner e o deu um soco no rosto, o fazendo dar dois passos para trás. — Não... Não você também...

Volkner: Você... — Ele tirou a mão de sua bochecha. — Poxa, nem tirou o anel para isso, doeu...

Flint: ISSO NÃO VEM AO CASO! Eu sei o que a Cynthia disse, mas não me importo! Por que nunca quer me escutar?

Volkner: Eu sempre te escuto. Isso é o certo a se fazer...

Flint: Não parece — respondeu, apontando para Electivire, que tinha a língua para fora, sobrecarregado. Volkner abriu levemente a boca, percebendo. — O que podemos fazer para o Electivire sair em segurança daqui?

Volkner: Se ele sair, a usina explode com o tanto de eletricidade gerada pelos moinhos.

Flint: Então eu tenho uma ideia! — Ele socou a palma da própria mão.

~Doooraaam! — Ele abraçou Brendan enquanto o menino escrevia em seu bloquinho. "Não tenho voz para fazer nada direito."

May: Isso não é verdade! Você não está acostumado a fazer isso, é algo novo... Precisa de tempo!

Brendan: ... — Ele voltou a escrever. "Não quero mais decepcionar ninguém."

Shaymin: É estranho que ainda não consiga falar, eu já purifiquei a energia que machucava sua garganta.

Robin: Mesmo? Era isso que estava querendo que fizesse!

Shaymin: Eu sei o que eu faço, tá? Nesse momento, o que está abafando a voz dele é... Ele mesmo!

Brendan: ...? — Confuso, ele escreveu uma interrogação.

May: Isso tem algo a ver com os Contests? Bren, é uma temporada avançada, eu te disse isso... É normal achar que nada do que você preparou está a altura...

Lisia: Não acho que seja, afinal ele foi mais longe do que nós duas na Copa Fantina... Talvez tenha percebido que não tem personalidade e esteja lidando com isso.

Robin: Isso não faz muito sentido, e se ele só quiser voltar pra casa?

May: Mas que casa? Hoenn?

~Buuui?

~Doooram!

Barry: Talvez seja... — Ele começou a falar por cima. — Como se estivesse tentando usar uma voz que já não é mais sua para falar?

Shaymin: Hm? — Ela parece concordar, virando para Brendan, que prestava atenção.

Robin: Bem... Se aquela voz se foi... Então que tal tentar uma nova?

    Segurando seu bloquinho, Brendan sentou de frente para o rio. A água estava agitada com a ventania e ele respirou fundo, soltando o ar pela boca. O restante o observou por trás, torcendo para que conseguisse. Fechando os olhos, ele se esforçou para ouvir.

Pshpshpshpshpshpshpshpsh...

    Ouvindo os sussurros, Brendan se foca neles. Agora sabia porque eram tão familiares. Agora sabia quem eram... Os ventos.

"Por que estão tão nervosos?"

    Brendan pensou na pergunta, mas os sussurros só aumentaram. Lembrando do que Shaymin disse sobre usar sua imaginação, o menino imaginou-se cerrando os punhos e correndo.

    Os ventos em sua mente se concentraram num certo ponto onde Lala surgiu, com raiva e sendo chutada por Girafarig em vários lados. Rangia os dentes e formava auroras para se cobrir, atacar ou para secarem suas lágrimas.

"POR QUE ESTÁ IRRITADA?"
"POR QUE NÃO QUER ME OUVIR?"

"POR QUEEEEEEEEE??"

    Com as mãos nos ouvidos, Brendan tentava se proteger dos gritos levados pela ventania. Ele tentou se aproximar de Lala, mas esta desapareceu. O vento se reorganizou, agora mostrando Pulu e Mini.

"ELE CONTAVA COMIGO! POR QUE EU PERDI DESSE JEITO? AGORA NÃO VÃO MAIS FALAR SOBRE A BATALHA DELE, SÓ SOBE O QUE ACONTECEU!"
"NÃO! NÃO É TRABALHO DELA CUIDAR DO TIME INTEIRO, EU DEVERIA ESTAR FAZENDO ISSO! POR QUE EU NÃO CONSIGO? POR QUEEEEEEEEEEEEEE?"

    Reagrupando os ventos, estes mostram Ursula e Scarlet. A Tentacruel tinha suas bolhas estourando e parecia entrar numa crise existencial enquanto a Mawile abraçava a bocarra com os olhos arregalados, pensando no que fazer.

"POR QUE NÃO CONSIGO TE FAZER VENCER?"
"POR QUE ISSO AGORA É UM PROBLEMA?"
"POR QUE NÃO CONSIGO FALAR NADA?"

    Os ventos ficavam mais intensos e faziam força para empurrar Brendan, que tentava andar para o meio deles. Mais uma vez estes se reagrupam, mostrando Mudz com lágrimas rolando pelo rosto, desesperado sem saber o que a Mega Evolução ter falhado significava.

"POR QUE EU NÃO CONSIGO TE AJUDAR?"
"EU NÃO SEI O QUE HÁ DE ERRADO!"
"POR QUE? POR QUE? POR QUE?"

    Não conseguindo suportar as perguntas desesperadas que invadiam suas orelhas com a ventania, o menino se ajoelha, segurando na alça de sua mochila.

May: Brendan... — Fora da imaginação do menino, ela o viu apertando a grama no chão enquanto os ventos ficavam ainda mais fortes.

Brendan: Parem! — gritava para os ventos que dançavam ao seu redor como um furacão, mostrando todos os Pokemon anteriores. — Parem de gritar, façam o que eu estou mandando!

"POR QUE?"
"POR QUE?"
"POR QUE?"

    Mais questionamentos surgiam sobre cada um dos Pokemon e Brendan gritou, sendo pressionado pela ventania contra o chão. Ele esforçava-se para levantar, mas era forte demais. Suas lágrimas eram puxadas, ele perdia as forças, quando todos os Pokemon desapareceram, os ventos se concentraram diante de seus olhos...

    Formado pela ventania, o rosto de Zagz abre seus olhos, olhando para ele. Eufórico, o menino se senta, tentando chegar para trás e se afastar, mas o vento o puxava de volta.

"Por que me machucou?"
"Por que dói tanto?"
"Não gosta mais de mim?"
"Por que faz isso?! POR QUE FAZ ISSO?!"

    Os ventos gritavam para o menino, que ainda tinha os olhos lacrimejando. Ele abriu a boca para falar, mas a fechou, sem ter o que responder. Também baixou a cabeça diante da cabeça de Zagz.

Brendan: !!!! — Ele se levantou de surpresa, correndo contra o vento, mas continuando a ser empurrado.

"POR QUE AINDA ESTÁ AQUI?"

"POR QUE CONTINUAR NISSO?"

    Continuando a se jogar contra o vento, Brendan fazia força com os braços pra tentar passar. Ele estica seus dedos para tentar alcançar o rosto de Zagz enquanto as perguntas continuavam cada vez mais lamentadas.

Brendan: !!! — Ele esticou o outro braço, agora tocando com as duas mãos no rosto de Zagz. Os ventos faziam suas pernas saírem do chão, mas fez força para se segurar, fechando os olhos e juntando sua cabeça no focinho dele.

    Quando reabriu os olhos, Brendan estava diante de si mesmo, mas feito pelos ventos. Tinha a expressão entristecida e os braços caídos.

"Por que tanto silêncio? O que eu preciso fazer?"

    Um celular se formou nas mãos do Brendan dos ventos, onde ele ativava o modo silencioso. Brendan olhou para aquilo e então percebeu os sussurros se acalmarem.

Brendan: Eu achei que essa era uma forma de lidar, mas... — Ele pegou o aparelho, suspirando. — Nenhum de nós quer se sentir assim, mas nos sentimos e nada vai mudar isso. Se não nos aceitarmos, essa ventania nunca vai acabar. O que você me diz? Sem mais silêncio?

    O clone reativa o som no celular, o pegando e se desfazendo junto dele com um sorriso compreensivo levado pelo vento. Brendan olhou para o céu estrelado em sua imaginação, onde o símbolo do Delta apareceu. Fechando os olhos, o menino sorri.

    Assim que fechou os olhos em sua imaginação, ele abriu os reais, percebendo estar de pé. Os moinhos voltavam a girar em velocidade normal e, na montanha, Flint, Infernape e Volkner ficaram confusos.

*Mantenha em looping*

Flint: Cara, meu plano era destruir os moinhos, mas nem precisou!

Volkner: Destruir os moinhos? Fff... — Ele prendeu o riso, mas não aguentou, começando a gargalhar. Ao seu lado, Flint, com lágrimas nos olhos, também passou a rir.

...

 — Tia, a ventania parou, estamos seguros de novo! — Ele entrava na floricultura, trazendo um Budew depressivo.

Forsythia: Graças... — Ela segurou um Dente-de-Pyroar, o levando para o lado de fora e o soltando ao vento. — Já podemos falar para a Elma vir nos visitar.

~Buuulbasaur!

...

    Vários Pachirisu voltavam a correr pela rota, os Shellos colocavam as cabeças para fora d'água e os Bidoof voltavam rolando tranquilizados.

    Feliz por ver seu lar voltando ao normal, Buizel se reuniu com outros de sua espécie, os abraçando.

...

Shaymin: Parece que conseguiu, humano! Os ventos te ouviram, parabéns!

Brendan: Obrigado! — exclamou para a Pokemon, que saltou para o chão. Então todos o olharam, surpresos, e ele se deu conta.

Robin: Haha! Olha só!

Brendan: Eu... Eu consigo falar! EU CONSIGO FALAR! — gritou, abrindo um sorriso. Melvin voou por cima dele, comemorando.

Lisia: Ele não conseguia antes? Nossa, tantas vezes que pedi pra mandar áudio...

May: Lisia!

Lisia: Estou brincando, ainda bem!! — Ela abraçou sua amiga, que ria feliz.

    Aproximando-se deles, Flint e Volkner também batiam as mãos e se abraçavam depois. Buizel continuava abraçando os outros de sua espécie e Melvin agora se agarrava num moinho de vento, abraçando ele.

    Vendo todos abraçados, Barry encontrou os olhos de Brendan, que chorava sorrindo. Ele deu um passo à frente, mas recuou. Então cerrou os punhos e correu até o garoto, abrindo os braços e abraçando-o com força. Pego de surpresa, Brendan passa alguns segundos em silêncio, então corresponde ao abraço que se prolonga por mais algum tempo até ele soltá-lo sem saber o que dizer.

    Ao anoitecer, todos sentavam-se na grama onde podiam ver os moinhos girando, até mesmo Electivire estava ali. Volkner tocava violão de frente para uma fogueira, onde Flint assava marshmallows. Bocejando, o membro da Elite deita a cabeça no ombro do Líder de Ginásio, que continuou tocando.

Brendan: Eu só sei que isso aqui vai demais, demais! Vai demais, demais! — Ele cantava o mais alto e desafinado que conseguia, chorando enquanto fazia isso.

Robin: Nossa, mas esse menino só chora nessa história?

Shaymin: Né? — Ela roía um marshmallow quando se viu concordando com Robin, que sorriu. Em resposta, ela rosnou de novo.

May: Você se acostuma, Robin!

Lisia: E por falar em se acostumar, olhem só aqueles dois!

    Na beira do rio, Starly desviava de disparo d'água, curvando-se ao redor dele e clonando-se pela rota. Buizel levantou seu punho que cristalizava em feixes gélidos, avançando contra os clones. Todos performavam com acrobacias no ar, tornando impossível distinguir um do outro, até juntarem-se na Starly verdadeira que colide contra a barriga dele, o jogando para o chão.

Barry: É agora! Vai, Ultra Ball! — exclamou, balançando o braço algumas vezes antes de arremessar a capsula em Buizel.

    Absorvendo o Pokemon, a esfera para no ar e cai na grama, girando algumas vezes até reluzir. Starly pousa no ombro de Barry, que se abaixava para pegar a Ultra Ball, contente que tinha conseguido fazer isso.

    Brendan pode ter recuperado sua voz, mas será o suficiente para lidar com as mudanças que estão acontecendo em sua vida e em suas relações com seus Pokemon?

Continua