sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Capítulo 32: Encontrando um caminho!


     Uma camiseta com a logo Pés & Patas acima de uma foto espremida do rosto de Luísa Honey abraçando uma Bunnelby machucada não era o tipo de roupa que Brendan usaria nem para ficar em casa, mas aqui estava ele, atrás de um balcão e dando seu melhor sorriso para uma cliente em dúvida entre um porta-retratos com moldura de Elekid ou outro de Magby. Isabella, entretanto, não parecia se preocupar com isso. Seu perfume de flores acrescentava ao ambiente que já não era grande coisa.
    A loja era pequena e por muitas vezes aparecia alguém perguntando se ali era um Pet Shop de Furfrou, o que já cansava Brendan de responder que não. As estantes com produtos ficavam separadas por um curto espaço para os clientes passarem, o que não parecia problema uma vez que quase ninguém entrava ali. As paredes tinham quadros pendurados com fotos da ativista Luísa Honey com Pokemon que resgatou, recebendo prêmios ou simplesmente fotos de Marill, por algum motivo ela gostava muito desse Pokemon.


    A Steenee Jacaranda o tempo inteiro verificava os produtos, arrumando os que estavam em prateleiras diferentes, organizando-os por tamanhos, cores e o que mais ela achasse certo. Assim como Isabella, também era bastante simpática e paciente.
    Veja bem, Brendan estava dando o seu melhor, mas ele ainda era... bem, ele mesmo. Uma xícara que dizia "Eu amo 💓 Eu curto 👍 Eu sou 😀 Performer" quase se quebrou quando o menino tentou embrulhá-la para presente a pedido de um garoto, mas a Pokemon conseguiu resgatá-la antes de um acidente acontecer.


Shaymin: É crédito ou débito?  perguntou para o menino que segurava o embrulho esquisito, mas logo Brendan a colocou dentro de sua touca.

  Que Pokemon é esse que falou comigo?

Brendan: Eevee albina e alternativa, todos perguntam
  sorriu em resposta e o garoto preferiu só ignorar.

Isabella: Volte sempre!  Acenou para o cliente que deixava a loja, então se voltou para Brendan.  Então! Como está sendo seu primeiro dia?


Brendan: Já posso ter férias?  brincou e a menina riu, mas então o entregou uma flor, sorrindo. Não era a primeira vez que fazia isso hoje, parecia algum gesto de carinho, então ele não questionava.  Está tudo bem, é muito tranquilo tirando os quadros de Marill que parecem me encarar...

Isabella: Meu conselho é encarar de volta, assim mostra quem manda!

Brendan: Heh.

    Isabella não era má companhia. Brendan apenas não sabia como manter um assunto com ela por muito tempo. O fato dos dois serem Coordenadores ajudaria, mas ele sabia o que o impedia. Há poucas semanas atrás, se planejou para entrar num Contest de duplas em Floaroma acompanhado por Coração de Pedra, o pseudônimo de Brock. Mas nas vésperas da competição, o garoto o revelou que mudou de planos e já tinha outra dupla... A doce Isabella.
    Não foi culpa dela, não é justo agir assim, pensava enquanto via a menina etiquetando cartelas com máscaras de Croagunk que Jacaranda trouxera do estoque. Ele tentava manter isso em mente e sempre que o olhar dos dois se encontravam, apenas sorriam um para o outro. Do que essa menina sorria tanto? Talvez Brock a tivesse contado coisas sobre ele e ela o visse como uma piada. Se fosse isso, ele não a julgaria, até ele se achava uma piada agora. Que ao menos fosse uma engraçada...


Isabella: Ei, Brendan!  Sua voz o chamou de seus pensamentos.  Você acredita que alguém compraria isso?


    Ela vestiu a máscara de Croagunk e agora parecia que tinha as bochechas e o sorriso dele. Tentou imitar a voz de um, mas acabou se engasgando, o que fez Shaymin rir e aplaudir.

Brendan: Difícil de acreditar, mas pelo tanto dessas que tem no estoque, imagino que saia muito!

Isabella: É a última moda em Pastoria! Como vai ter um Contest lá no fim de semana, a patroa pediu para colocar num manequim na vitrine. Você vai competir lá?

Brendan: Não... Não sei quando volto a subir num palco.

Isabella: May disse que você está no Ensino Médio dos Líderes de Ginásio e que treina futebol. Tem aulas nos sábados também?

Brendan: Não tenho, mas não é por isso. Você sabe, depois daquilo na Copa Fantina... Meus Pokemon e eu não estamos no melhor momento.

Shaymin: Não comece com esse assunto de novo, é muito chato! Fale de quando vai usar o que vocês chamam de dinheiro para me comprar um castelo!
  Ela saltou da touca, caminhando pelo balcão.

Brendan: Tem razão, mas seu castelo vai ter que esperar, preciso comprar os uniformes.

Isabella: Na verdade... Acho que poderia falar sim sobre esse assunto.


Brendan: Huh? Não, não se incomode comigo. Eventualmente as coisas vão melhorar... Deixe isso pra lá.

Isabella: Por que acha que é um incômodo?  perguntou, pegando Shaymin no colo e parando de frente para ele.

    Brendan sentiu um pingo de suor rolando por baixo de sua touca. Não queria entrar naquele assunto com ela. Já era o suficiente ter Marley o achando um coitado, May fazendo de tudo por ele e Barry parando sua vida para ensiná-lo a chutar a bola em linha reta até o gol desprotegido. Não, ele não queria passar essa imagem para sua nova colega de trabalho.
    Para a felicidade do garoto, os dois foram interrompidos quando uma pelúcia de Mankey cantou bom dia amore assim que a porta da loja se abriu. Professor William parou de frente para o brinquedo, achando graça, então passou a mão na frente dele para que repetisse bom dia amore.

Isabella: Alola! Quero dizer, olá! Como podemos ajudá-lo?

Brendan: Ele é meu professor, deixa comigo!


William: Oh... Você é o Treinador da Amaura. Não sabia que trabalhava aqui.


Brendan: É meu primeiro dia, professor!

William: Certo, entendi. E me desculpe, sou péssimo com nomes, sou melhor lembrando dos Pokemon e dos itens, é claro!

Brendan: Não tem problema, mas me chamo Brendan. O senhor veio pelas máscaras de Croagunk? São a última moda em Pastoria!

William: Na verdade, acho que pode considerar isso um spoiler, mas quero ensiná-los sobre itens de consumo em batalha no próximo trabalho que vou passar. Os famosos itens X! Em qual estante os encontro?

Brendan: Itens X...  Ele pensou um pouco enquanto rodava a loja com os olhos, mas não conseguia se lembrar sequer se tinham disso ali.  Ehr, talvez aqui...?

~Steen!
  Jacaranda deu dois tapinhas na perna de Brendan, que a olhou envergonhado. Com a outra mão, ela segurava a caixa com várias capsulas de cores diferentes.

William: Isso mesmo, obrigado! Vamos ver, preciso apenas dos de defesa e precisão, nove de cada, por favor.


Brendan: É claro! Eu definitivamente sei quais são, só um instante!  Ele tentou disfarçar, mas a única diferença entre as capsulas eram as cores delas. Talvez vermelho fosse precisão?

Isabella: Brendan, deixa eu te ajudar com isso!
  Ela rapidamente recolheu as capsulas da caixa, passando-as para uma cestinha.

William: Certo, vou pagar em dinheiro!

Brendan: Ahn...
  Ela viu Shaymin chutar uma calculadora para ele fazer as contas de quanto dava, mas nem sabia os preços.

Isabella: Vai dar 40
  disse, já entregando a sacolinha para o Professor, que a entregou duas notas de 20. Brendan ficou boquiaberto, mas arrancou a calculadora da boca de Shaymin antes que ela a engolisse.  Volte sempre!


Brendan: Não precisavam ter feito isso... 


Isabella: O quê? Te ajudar?

~Steen?

Brendan: Eu teria conseguido... Alguma hora.

Isabella: Olha, não faz mal aceitar ajuda.

Brendan: Eu sei, mas me sinto péssimo com isso. Não quero ser incapaz o tempo todo e deixar meus amigos sentindo pena de mim ou responsabilizados pelos meus problemas. Já é ruim o suficiente ser assim fora daqui... No trabalho também não precisa ser igual  disse ao voltar para o balcão, de braços cruzados. Isabella fez silêncio, mas como viu que ele não continuaria, decidiu ela mesma falar.

Isabella: Posso te contar uma coisa sobre mim?  perguntou, o entregando uma nova flor. Brendan não sabia de onde elas vinham, mas apenas assentiu.  Lá em casa... Em Alola... Eu costumava competir nos Contests com outros iniciantes. Minha família é bem grande sabe, e como qualquer outra temos nossos problemas, incluindo os financeiros. Ser uma Coordenadora não é algo barato em qualquer lugar, você precisa de capsulas, selos novos, Pokeballs, roupas, um celular... Mas eles sempre me apoiaram.

~Steen!
  Jacaranda se aproximou da menina, que se abaixou para acariciar sua cabeça.

Isabella: Quando falei que queria vir para Sinnoh e tentar essa temporada especial, esperei que todos me falassem para desistir. Mas não foi isso que aconteceu, eles conseguiram juntar dinheiro da nossa fazenda para pagar a minha viagem para cá. Eu fiquei tão feliz... Mas também preocupada por estar carregando tantas expectativas. Faz parte da nossa cultura ajudar uns aos outros para uma vida em comunidade, mas nossa, eu sentia que era ajudada até demais! Mesmo assim, eu vim com minha única Pokemon... Jacaranda.


Brendan: Espera, mas no Contest de Floaroma... Você tinha um Brionne e um Togedemaru, não tinha?

Isabella: Brian é da minha tia e Maru do meu irmão mais novo. Eu faço muitas horas extras nesse emprego, não tenho mesmo tempo para sair e capturar Pokemon, além das Pokeballs serem caras. Minha família continua me emprestando eles para competir quando dá, foi com toda essa ajuda que consegui minha primeira fita!

Brendan: Eu não fazia a mínima ideia... Desculpa perguntar, mas como consegue ser tão zen com isso tudo? Como não se sente...

Isabella: Como não me sinto menos que os outros Coordenadores por precisar de tanto?  Brendan não disse nada ou fez qualquer gesto, mas ela sorriu, afastando o cabelo do rosto.  Eu não teria conseguido a fita só com os Pokemon deles e palavras de incentivo, também foi meu esforço próprio. Eles me ajudarem só significa que estão ali por mim e comigo, são minha família, meus amigos! Não conheço a sua história completa, mas talvez precise se dar conta disso também.


    Debruçando-se no balcão, Brendan agarrou Shaymin antes que ela saqueasse o dinheiro do caixa. Não tinha uma resposta para dar, mas pela expressão que fez, Isabella deduziu que conseguiu deixá-lo pensando.


música: Troye Sivan - Bloom (caso o vídeo saia do ar algum dia e eu precise repor <3)


    Poucos alunos e professores ainda se encontravam na escola, e os que estavam lá ansiavam pela hora de irem embora. Diferente deles, Barry estava no campo de futebol, treinando sozinho com uma bola. Seus Pokemon estavam soltos. Starly apostava corridas com Skorupi e sempre o vencia; Buizel dava socos no ar, afastado deles; Chimchar aplaudia Barry e o mandava beijos à distância. O menino já fazia seu décimo gol de olhos fechados quando finalmente pareceu se cansar, enxugando o suor da testa e caindo sentado na grama sintética.
    Uma lembrança do dia anterior voltou à sua mente, quando passou horas ajudando Brendan a acertar aquele gol uma única vez. O amigo era a prova viva de que ninguém nasce sabendo e que é difícil aprender algo novo. Quando a gente é pequeno, andar também é difícil e falhamos muitas vezes, mas hoje é muito fácil de fazer, nem pensamos sobre, dissera a ele numa de suas tentativas de encorajá-lo a não chorar após de algum jeito fazer a bola girar no mesmo lugar como um peão após o que deveria ser um chute. Brendan era divertido e definitivamente estava ocupando sua mente nos últimos dias. Ele fez uma expressão amarga como se tivesse sentido um gosto azedo, então apalpou os bolsos.

Barry: Chimchar, você pegou o Notas?  O macaquinho negou com a cabeça, então ele coçou o queixo, pensativo.  Pergunte se foi o Skorupi!

    Não muito tempo atrás, Barry assistira um documentário sobre a Campeã de Hoenn, Leuri Azura, de quem Brendan jurava ser melhor amigo. Brendan sabia como fazê-lo rir com essas invenções, era quase como as fanfics de Buck, mas ele falava tão sério que quase o fazia acreditar. No documentário, Leuri contara que escrevia sobre seus dias difíceis num aplicativo de celular chamado Notas, como se fosse um diário, e isso a ajudava a organizar seus pensamentos. Barry se inspirou nisso para começar a fazer o mesmo, mas num bloco de papel que encontrou nas coisas de sua irmã, portanto parecia o próprio Death Note dos pensamentos de adolescente confuso.


~Skooor!  Ele vinha carregando com delicadeza o bloquinho até entregá-lo ao menino.

Barry: Da próxima vez me peça antes de pegar, não vou te impedir de desenhar nele!

    Folheando o bloquinho, Barry passou por várias anotações antigas do tipo "Já é a quinta tentativa de capturar essa Starly, eu deveria seguir minha estratégia, mas nunca consigo", ou 
"Esse menino novo virou piada por falar que gosta da Fantina, eu deveria ter falado que também acho as batalhas dela muito legais", e até "Ele foi tão gentil com aquele Burmy e agora sua Amaura se machucou lutando com o idiota do Chang. Dessa vez eu vou falar com ele, preciso conseguir ao menos isso".
    Talvez esse não fosse o jeito que Leuri escrevesse sobre seus dias, mas para Barry era o máximo que conseguia expressar em palavras, não estava tão acostumado a falar sobre o que sentia com ninguém, o que incluía folhas de papel. Mesmo assim, para ele era eficaz, já que podia olhar para essas anotações enquanto tentava se entender melhor  por isso não considerava aquilo um diário, mas simplesmente Notas. As páginas mais recentes eram todas sobre dias seguintes ao que conversou com a Amaura do amigo sobre saudades, o que parecia cada vez mais aleatório cada vez que ele pensava sobre, mas gostava disso. Foi um momento sincero, onde conseguiu decidir que queria falar com ela, e falou. Ele se orgulhava disso.


É bom que ele sente ao meu lado, assim podemos conversar quando a aula tá muito chata (sempre nas do professor Ricardo).
Eu não acredito que disse que queria ser a dupla dele num Contest. Eu nem saberia o que fazer em um!
CARA, SUBIR NUM PALCO É TOTALMENTE DIFERENTE DE JOGAR NUM CAMPEONATO DE FUTEBOL! Eu gostei?
Brock é um imbecil e eu vou chutar a bunda dele se ele chegar perto do meu amigo de novo.
Eu consegui capturar a Starly! Esse foi um dos meus dias preferidos!!
Allexya Lyandra é surpreendentemente viciante.
Anotação: Coordenadora Laura é incrível por chutar o Brock da Copa Fantina!
Brendan não está bem, ele perdeu a voz, mas ainda prefiro conversar com ele do que com os outros garotos. Agora ele também tem um bloquinho, mas diferente do meu, não é secreto.
Sair com os garotos do time foi muito mais legal dessa vez!
Meu pai disse que me sinto mais a vontade usando do estilo performático da Starly... E revendo essa batalha da Fantina, começo a pensar que... Cara. Por que eu sou assim?
Eu nunca tinha abraçado alguém desse jeito e por tanto tempo. Foi estranho? Por que eu fiz isso? Mas ele recuperou a voz, foi só emoção, não foi?
Eu fiz de novo. Céus, eu estou confuso.

    Todas as suas últimas anotações de repente eram sobre o mesmo motivo, e ele estava prestes a escrever mais uma sobre como não conseguia se distrair dos seus pensamentos nem treinando com a bola, quando ouviu o som de ataques colidindo, um alto BAM.


~Bui bui! ("Ei sua esquisita, se quer ficar dando pirueta vai procurar um circo, estou treinando meu Ice Punch!")


~Star starrrly! ("Esquisita é sua avó aquela Ditto mal transformada, você não reconheceria talento nem se soubesse o que significa!")


~Buiii? Buiiizel! ("Como é que é? Vem cá que eu vou te depenar!")
    
    Estufando seu peito, Buizel abriu a boca e disparou uma tromba d'água contra Starly, que imediatamente voou de barriga para cima, contornando-a enquanto o aquático tentava mudar o curso para acertá-la. A ave por fim bateu suas asas contra a água, afastando-a numa ventania, mas seu oponente surgiu com o punho cristalizado, agarrando-a e indo ao chão. Ambos começaram a trocar golpes até Barry intervir.

Barry: Parem com isso, por favor!  Ele os separou, mas Starly o bicou na cabeça enquanto Buizel quase o atingiu na boca se ele não recuasse a cabeça rápido o suficiente.  CHEGA!

~BUI? ("TÁ GRITANDO POR QUÊ?")

~Starr? ("Por que está se metendo, eu estava quase acabando com ele?")

Barry: Não precisam concordar sobre como preferem lutar, só não se matem, por favor!

    Os dois Pokemon não pareceram concordar, mas Starly afastou-se, começando a praticar suas manobras. Buizel abriu um sorriso maldoso e disparou seu Water Gun contra ela, a encharcando. Novamente a briga recomeçou e Chimchar, montado em Skorupi, aproximou-se para ver.

Barry: Ah, cara... O que eu faço com esses dois?

  Ai Barry, isso já está triste de ver!  exclamou uma voz familiar com um leve deboche.




    Era Paulette, que saltou da arquibancada segurando dois pompons. Ela rapidamente se livrou deles, colocando uma mão na cintura enquanto a outra jogava seus dreads para o lado de forma que parecessem uma franja. Olhou para os Pokemon, depois para o menino dos pés à cabeça, então soltou uma risadinha.


Barry: Hey, Paulette... Desculpe, achei que estivesse sozinho.

Paulette: Nah! Eu só estava praticando uma coreografia, tenho que ficar no lugar da Marcy já que ela se quebrou toda, coitada. Mas meu amigo, o que aconteceu?

Barry: Buizel e Starly gostam de batalhar de dois jeitos diferentes, mas não se respeitam!

Paulette: Ah, isso eu notei. Falava de você. Ficou um tempão olhando para esse bloquinho... Achei que pudesse ser um daqueles livros de bolso, mas comecei a me preocupar quando nem virava a página.

Barry: Oh...  Suas bochechas imediatamente rosaram e ele escondeu o Notas no bolso.  Só estava pensando, isso aqui é só uma lista de compras, haha...

Paulette: Sei. É, até que faz sentido. Passamos a manhã inteira na escola quase todos os dias da semana, para preferirmos voltar pra esse lugar do que fazer qualquer outra coisa é porque estamos mesmo com algum problema.

Barry: Eu não disse que... Espera, está tudo bem com você?


Paulette: Que fofo. Sim, está, só um pouco dividida entre quem eu gosto, como sempre. E você?

Barry: Eu...  Ele hesitou, enfiando uma mão no bolso, mas tocar no Notas apenas o lembrou de todas as vezes descritas nele onde agiu da mesma forma, dando um passo para trás e só ficando quieto.  É bobo, mas já que perguntou, eu quero falar... V-Vou falar...

Paulette: Sim?

Barry: Eu, hum, só estou tentando esclarecer algumas coisas para mim mesmo. Sobre o que eu quero ou... quem eu sou?

Paulette: Oh. Eu sei como te ajudar com isso. Vamos batalhar!

Barry: Como isso vai me ajudar?

Paulette: Amigo, desde que eu te conheço, você está parado. É legal que tenha capturado mais Pokemon, mas não visitou nenhum ginásio ainda, não foi? Você precisa viver, e nada é melhor do que uma batalha para dar essa sensação de se mexer!

Barry: Eu não sei...


Paulette: Vamos, uma batalha em dupla, assim pode usar Starly e Buizel! Eu sei que quer!


    Relutante, Barry acabou por aceitar. Chimchar e Skorupi pegaram os pompons de Paulette, com o escorpião usando um na cauda e Chimchar com o outro na cabeça. Buizel e Starly ficaram lado à lado, mas evitavam se olhar.


    Deixando as Pokeballs da menina, sua dupla era Bronzor e Tinkaton, ambos metálicos, porém a que segurava o imenso martelo também tinha o tipo fada. Barry assentiu para seus Pokemon numa tentativa de transmitir confiança para eles. Paulette deixara claro o propósito dessa batalha: se mexer, sair do lugar. Com isso mente, ele se esforçou para começar a comandar algo que fizesse sentido.


Barry: Buizel, comece com Aqua Jet! Starly, o acompanhe com Wing Attack!


    Buizel encarou Starly, apontando para o próprio peito como se quisesse mostrá-la como é que se faz. Ele deu um giro, levantando seus pés do chão enquanto espirais d'água envolveram seu corpo como um míssil. Nessa forma, ele investiu na direção da dupla de Paulette. A ave pareceu ofendida, mas bateu suas asas com graciosidade deixando algumas penas se desprenderem, então com piruetas ao redor do míssil, acompanhou seu parceiro até ficar à frente dele onde podia ser vista.


Paulette: Tinkaton, proteja-se com Iron Defense! Bronzor, use seu Gyro Ball para desviar Starly!


    Tinkaton firmou seu martelo à frente de seu corpo, este era tão pesado que pareceu afundar na grama. Starly voou por cima dele, desviando para não bater de cabeça, mas Bronzor passou a persegui-la em seu giro. Já Buizel colidiu direto com o martelo, disputando força contra ele.

Paulette: Esse tem mesmo espírito de batalha! Tinkaton, use Play Rough!


    Juntando suas mãos ao corpo, Tinkaton liberou sua energia, repelindo Buizel para trás e desfazendo sua camada d'água. Ela então retirou rapidamente o martelo do chão e investiu com ele para cima do aquático, tentando martelá-lo como num jogo comum em arcades onde é preciso martelar a cabeça de algum bicho.

Barry: Buizel, continue desviando, mas use Ice Punch quando achar que encontrou uma brecha!


    Por mais amedrontador que fosse aquela Pokemon tão pequena segurar um martelo imenso para esmagá-lo, Buizel se esforçou para não ser atingido, inclinando seu corpo para os dois lados como numa dança. Ao abaixar-se para desviar mais uma vez, seu punho cristalizou o ar formando uma camada de gelo, então socou sua oponente para trás. Assim, Barry voltou a se focar em Starly, que tinha Bronzor quase a alcançando.

Barry: Double Team, por favor!


    Levando uma asa ao peito como se estivesse se apresentando, Starly ficou de cabeça para baixo e mostrou sua língua para Bronzor. Então, ao seu lado, diversas clones foram surgindo, todas fazendo sequências daquela pose como em animação de stop motion. Bronzor girou contra três delas, destruindo-as, mas nem sinal da verdadeira.

Paulette: Esse joguinho não vai nos parar! Tinkaton, use Fairy Wind e envolva Buizel e Starly!


    Balançando seu martelo com apenas uma mão, Tinkaton encantou o vento para ser iluminado por aura rosa de fada. Lufadas místicas envolveram Buizel à sua frente, que viu-se no meio daquele poder que causava uma sensação de fraqueza nele. Bronzor funcionava como um ventilador, direcionando o vento para que o mesmo acontecesse com os clones da Starly até só restar a verdadeira resistindo aos danos.
    Barry pensava o mais rápido que conseguia, precisava de uma forma de livrar seus dois Pokemon daquele ataque antes que Paulette os dominasse por completo. Então, ao ver Starly no meio da ventania rosada, ele teve uma ideia.

Barry: Use Gust, mire para baixo!


    Batendo suas asas, Starly conseguiu mandar o vento para onde Buizel estava, o que não parecia estar ajudando, mas agora estava livre. Paulette percebeu que o menino tinha um plano, então voltou a comandar.

Paulette: Bronzor, nada de ficar parado! Se envolva na ventania e use Flash Cannon!


    Acendendo todas as orbes de seu corpo, Bronzor iluminou o rosto e refletiu um raio de luz branca que se espalhou pela ventania, dificultando Starly de enxergar para onde iria. Barry cerrou os punhos, seja lá o que tivesse pensado, agora não daria mais certo. Chimchar e Skorupi pareciam aflitos.


Barry: É uma ideia boa para desperdiçar, se ao menos eu...  Lá vinha mais um questionamento. Barry respirou fundo. Não. Dessa vez ele conseguiria, e para isso deveria trabalhar com o que tinha, seus Pokemon.  Eu preciso do melhor de vocês dois, do jeito que são!  gritou aos dois, que recuavam com machucados pelos últimos golpes mesclados ao vento.  Buizel, dispare Water Gun à frente de Starly, coloque toda a sua força nisso!

~Bui? Buuuu! ("Força? Comigo mesmo!")

Barry: Starly, use Gust enquanto o contorna com o seu estilo de voo performático que só você sabe fazer!

~Staaar! ("Finalmente meus talentos sendo requisitados!")


    Paulette soprou seus dreads da frente de um olho, curiosa para ver o que Barry estava planejando juntando um movimento de forma agressiva com outro performado.
    Buizel firmou seus pés no chão e sua boia inflou quando ele disparou o Water Gun mais concentrado de sua vida. A água parecia tão poderosa que fazia ondulações em seu fluxo, mas isso não intimidou Starly; ali era sua chance de ficar nos holofotes que almejava. Ela juntou as asas ao corpo, mergulhando num voo encantador ao redor da água. Passou a provocar lufadas que faziam o fluxo se espalhar para os lados, abrindo caminho para ela passar sem se molhar.


Barry: Agora, use a velocidade do Quick Attack e atinja o Bronzor! Buizel, avance na Tinkaton!



    Acelerando o seu corpo e girando em sua performance, Starly fez a água se juntar a ela, como se estivesse dentro de um Aqua Jet. Já Buizel disparou numa investida com os braços para trás balançando no ar. Paulette ajeitou sua postura, estendendo o braço para sua resposta.

Paulette: Bronzor, proteja-se com Payback! Tinkaton, ele está pedindo por um Play Rough!

Barry: C-Confiem em mim, mantenham o plano!
  gritou aos dois, ainda com as mãos fechadas em punhos.


    Barry apostou que a combinação de Starly seria o suficiente para nocautear Bronzor, o que não foi bem verdade. O Payback se misturou com a água, neutralizando as energias, mas a ave continuou em sua investida. Bronzor era feito de metal e a colisão poderia machucar se fosse feita de qualquer jeito, mas de qualquer jeito não estava na lista de manobras dessa Starly. Ela esticou as asas e abraçou Bronzor, então o chutou para baixo deixando-o em queda livre.


    Já extravasando sua energia, lá estava Tinkaton alternando o martelão entre as mãos. Buizel já estava quase na mira dela quando Barry gritou.


Barry: Buizel, seu alvo é o Bronzor, salte sobre o martelo e o acerte um Ice Punch!

Paulette: O quê?!


    Saltando antes que Tinkaton pudesse martelá-lo, ele para com os dois pés em cima do martelo, então dá mais um salto, alcançando Bronzor em queda. Com seu punho cristalizando em espirais de gero, ele o acerta um soco no meio do rosto.


    Com um golpe crítico como esse, Bronzor não acordaria tão cedo. Paulette foi rápida ao regressá-lo antes que se arrastasse na grama do campo. Os dois Pokemon de Barry se olharam das posições que estavam, dessa vez um cumprimentou o outro com um sorriso confiante, finalmente se respeitando. Barry sorriu orgulhoso disso, agora ambos se complementavam.

Paulette: Não pense que já venceu! Use Gigaton Hammer, mostre à Starly sua maior demonstração de poder!


    Ao se impulsionar para cima, Tinkaton fez o gramado se balançar numa área circular. Ela então ergueu seu martelo que cobriu o entardecer para Starly, a ave se esforçou para voar para longe dali, mas foi pega pela sombra do martelo, sendo golpeada. A imensa arma da fada metálica se quebrou em vários pedaços, o que ela não pareceu preocupada, mas já que estava desarmada, Barry tinha uma chance de derrotá-la.

Barry: Aqua Jet, Buizel!


~Buuuu!  Numa vingança por Starly, Buizel levantou seus braços e uma onda d'água surgiu, o envolvendo novamente para sua investida.

Paulette: Play Rough!


    Girando sua cauda como uma turbina para potencializar seu movimento, Buizel encontrou Tinkaton no ar, com esta saltando até ele sem demonstrar medo. Ela passou seus braços ao redor do corpo dele, então chutou sua barriga para cima e o arremessou de barriga no chão, deixando-o boquiaberto durante todo o processo.

Barry: Buizel! Starly!


    E estava terminado o serviço. Tinkaton derrotara os dois e Paulette sorriu vitoriosa. Barry suspirou, mas então aplaudiu os dois, contente com o resultado enquanto Chimchar e Skorupi já vinham verificar a saúde deles. O macaquinho segurava um aparelho de pressão que sabe-se lá de onde ele arrumou, e o escorpião usava um estetoscópio. 


Barry: Você estava certa, uma batalha pode mesmo ajudar, eu descobri que consigo comandar os dois com seus estilos diferentes ao mesmo tempo! Starly e Buizel são os melhores dos dois mundos!

~Buu... ("Mas eu ainda sou melhor...")

~Staaar... ("Se eu não estivesse tão cansada, eu ia te mostrar movimentos de verdade...")


Paulette: Sabe, desafiar um ginásio durante as férias foi decisivo para eu ter certeza se queria cursar o Ensino Médio e me tornar também uma Líder algum dia. Eu tive certeza de quem eu era e do que eu queria fazer quando Tinkaton montou seu martelo no meio da batalha e evoluiu para conquistar a insígnia! Nossa, como eu queria que fosse assim com garotos também...

Barry: Obrigado, Paulette, eu vou pensar sobre isso  disse, pegando seu bloquinho do bolso. Paulette disfarçou uma risada, mas ele escreveu;

Buizel gosta dos ginásios. Starly gosta dos Contests. Chimchar e Skorupi se animam com as duas ideias. O que isso significa para mim?

    Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, seu celular vibrou. Ele corou ao ler uma mensagem e Paulette colocou uma mão na cintura.

Paulette: Eu conheço essa cara! Pelo que você falou sobre estar confuso, talvez ache alguma resposta com quem te mandou essa mensagem.



*Mantenha em looping até o fim do capítulo*

    Barry estava sentado num dos bancos de madeira do Parque de Jubilife. O som dos Kricketot despertos pelo início da noite o deixava ansioso, consultava as horas a cada cinco segundos em seu Pokétch. O vento bagunçou seus cabelos enquanto trazia algumas folhas consigo, mas quando ele foi arrumá-lo, por entre os fios viu quem esperava se aproximando.


Barry: Brendan!  Ele se levantou sem saber ao certo o motivo.


Brendan: Hey. Você veio mesmo. Obrigado  disse. Os dois se olharam por alguns instantes, então sentaram-se no banco.  Sua tarde foi boa?

Barry: Treinei meus chutes e meus Pokemon, diria que foi sim. E o trabalho? Foi legal?

Brendan: Foi... Hum...  Ele calou-se, olhando para baixo.

Barry: Ei. O que foi?
  perguntou com a expressão mais acolhedora que conseguiu fazer.


Brendan: Eu estive pensando... Nós passamos muito tempo juntos desde que eu entrei na escola. Como você não é um Coordenador...  Barry mudou seu olhar de Brendan para o restante do parque nesse momento, mais apreensivo.  Eu pensei que pudesse me ajudar sem que tudo se voltasse a isso no final. E-Eu tenho algumas coisas para dizer, então por favor só me ouça.

    Barry assentiu e os dois encontraram-se olhando um para o outro de novo. Brendan suspirou e uma nuvem se formou entre eles, mas rapidamente o menino a desfez com as mãos.

Brendan: Eu acho que preciso de ajuda. É esquisito dizer, mas é isso, e não estou pedindo como um Coordenador com problemas na carreira e com seus Pokemon, só como eu mesmo, o Brendan. Minha vida parece uma tempestade, literalmente eu faço chover quando penso demais. Eu não faço ideia, de verdade, do que preciso fazer para sair disso. Deixei a Shaymin com a Isabella até ela fechar a loja, não quero magoá-la, mas estou sem cabeça para lidar com cuidar dela agora.

    Barry já havia visto Brendan triste antes, mas dessa vez ele parecia envelhecer a cada frase que falava. Perguntou-se se o amigo disfarçava as olheiras com alguma coisa, porque hoje elas pareciam mais profundas do que o normal. Ainda assim, apenas se manteve concentrado no que ele dizia, mesmo que sua voz parecesse mais abafada agora.

Brendan: Barry, eu te chamei porque... Você é a pessoa em quem eu mais confiei nesse tempo de escola, você é a pessoa que está sempre perto, e-eu não sei direito o que mais dizer, isso de ajuda é muito confuso de se assimilar, não consigo parar de pensar que estou gastando o seu tempo, mas só queria que entendesse como eu me sinto e me fizesse companhia!  Suas palavras ficavam cada vez mais apressadas, parecia se esforçar para terminar o que queria dizer antes que sua voz sumisse de novo, mesmo que não fosse acontecer.

    Antes que Brendan pudesse entrar num looping de pedido de desculpas, Barry o puxou para um abraço, longo como de costume, mas agora parecia diferente... Não era num momento de euforia. Era triste. E ele tomou a decisão sem hesitar nenhum segundo, aquilo só parecia estranhamente a resposta certa.
    Brendan sentiu seu ar voltando e sua voz não parecia mais tão abafada. Dividir isso tudo estava o fazendo bem. Percebeu que suas lágrimas já marcavam presença quando piscou algumas vezes mais rápido do que o seu normal, sentiu seu corpo mais fraco e se entregou naquele abraço, relaxando. Então, se separaram.

Brendan: Eu aprendi que ouvir é importante, mas eu quero reencontrar a minha motivação. Antigamente era fazer as pessoas sorrirem e se divertirem, mas nem eu estou me divertindo nesse momento. Eu sinto que todos estão com pena de mim, não quero continuar como o coitado da história...


Barry: Isso não é verdade, você está colocando esses pensamentos na sua cabeça mas eu fiquei feliz quando me mandou mensagem dizendo que queria se encontrar comigo. E eu estou aqui, não por pena, mas porque somos amigos. Eu queria te ver  disse, vendo Brendan enxugando o rosto. Por que ele não parecia acreditar?

    Barry sabia que não era  isso, Brendan não estava falando tudo que sentia. Seu desânimo com os Contests, a forma como mencionara que ele é o amigo que está perto, o que já tinha ouvido sobre Brock... Estava preocupado com ele e o cenário que se configurava, mas não sentia pena, longe disso.

Barry: Brendan, você sente que não merece ser feliz... Mas está claro que você quer ser. 


Brendan: E como eu paro... de sonhar com isso?


Barry: É só...  Ele olhou para o céu escuro.  Viver.

Brendan: Viver. Isso parece fazer sentido de algum jeito esquisito
  respondeu com um meio sorriso. Barry voltou a olhá-lo e também sorriu do mesmo jeito.

    Naquele momento, os dois pensaram na mesma coisa, mas não iriam dizer em voz alta. Talvez, duas metades de um sorriso pudessem se completar. Um risco brilhante cruzou o céu vazio, uma estrela cadente. 

Continua

3 comentários:

  1. Gostei bastante do capitulo, Brendan está trabalhando, quem me dera estar trabalhando também. Dá pra perceber que o Brendan e o Barry estão confusos, acredito que essa coisa de ficar confuso obviamente por que os dois estão gostando um do outro, mais do que amigos, só que os dois ainda não perceberam ou já perceberam mas não tem coragem de dizer, por medo do que as pessoas, ainda esse povo preconceituoso.
    E Barry entendeu agora como ele pode batalhar usando Buizel e o Starly eu acredito que o Barry deverá desafiar os ginásios e também irá entrar nos contests, tipo o que o Nando fez no anime.
    A batalha em dupla contra a Paulette foi muito boa, gostei muito mesmo. Por alguns minutos eu achei que era uma batalha do anime, só que infinitamente melhor :3 suas descrições estão cada vez melhor e gostei muito da forma como você fez essa batalha em duplas :3 Desde já ansioso pelos próximos capitulos :3

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  2. " quando Tinkaton montou seu martelo no meio da batalha e evoluiu para conquistar a insígnia!" R.I.P. Corviknight do Byron 1970 - 2022
    Gostei da narrativa desse capítulo, conseguiu passar um lado mais introspectivo do Brendan e do Barry, como se eles estivessem falando com o leitor em vez de "mostrar" a parte que o Brendan pede para o Barry apenas ouvir eu senti que era você dizendo para ouvirmos o capítulo e não apenas as falas dos personagens falando, foi bem diferente do normal mais demonstrativo e "tcharan" teve um lado mais pessoal e gostei bastante de o acompanhar.
    Ainda tivemos a revelação que os Pokémon da Isabella não são dela, isso explicou porque ela dropou da ultima copa, já que os Pokémon poderiam ser trocados e ela não tinha mais nenhum... eu pensei que fosse essa a razão, mas não imaginava que esse fosse o motivo. Ficou muito fofo porque mais uma vez voltou a mostrar como a cultura de Alola é próxima e se apoiam mesmo à distância, achei isso muito lindo, Isabella é muito fofa e espero que não tenha dado pro Brock porque ele não merece alguém tão doce... mesmo que ela tenha um Brionne, que meio que é um crime contra a natureza, mas não ser dela abona ao favor, ela não teve chance nem coragem de recusar...
    Mas gostei da conversa dela com o Brendan, ele continua se achando um fardo para todos e que está desperdiçando o tempo da babá... perdão, May e do Barry, mas nem se pergunta se eles querem mesmo estar com ele e o ajudar, não é como se ele fosse um total inutil, também ajudou o Barry com a Starly encantada e o Buck com o Shinx, mas está tão focado nele que esquece de "ouvir" o que fez pelos outros também...
    Por sua vez, o Barry está baralhado, mas adorei a ideia das anotações e ele indo se conhecendo pelo que vai escrevendo e pensando as razões porque escreveu tal coisa em determinado momento, ele é muito fofo e a parte "monólogo" dele foi muito especial, ver ele ligando os pontos e indo perceber o que sentia, mesmo que ainda não saiba bem o que é, foi algo bem fofo e inocente, eu adoro esse lado dele e está rapidamente se tornando no meu personagem favorito da fic.
    Fiquei pensando que ele vai ter dois times, um para contest e outro para ginásios, aquela lista dele parecem ser só Pokémon do time padrão de Sinnoh para ginásio, e eu acho que ele os vai ter todos + alguns que vai pegar para participar em Contests. Não acho que ele chegue a participar profissionalmente nessa história, pelo menos não nas mesmas que Brendan e May, me parece mais uma jornada de realização pessoal do que algo para ele conquistar no imediato futuro e eu não me importo com isso, nem toda a gente precisa decidir logo aquilo que quer fazer, and Barry não corre o risco de virar uma Chloe da vida, então eu torço muito para ver o desenvolvimento dele, acredito que conquiste as insígnias todas, participe na liga e depois se resolva inscrever no seu primeiro Contest com um time próprio para isto. Ele se conhecendo a si mesmo e aos Pokémon vem sendo o meu desenvolvimento favorito.
    Amei esse capítulo <3

    PS: Tinkaton partiu seu martelo, escondam seus Corviknights

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  3. Hiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
    Eu realmente gostei muito do capítulo, amei que tivemos uma luta com Paulette aqui, o que é bem divertido kkkk, a parte do Barry no capítulo foi muito fofo e acho que junto do Hop ele é um personagem muito fofo e diria que os dois possuem traços e similaridades enquanto estão distantes tbm, o Barry parece viver em um mundo "perfeito" embora que isso não o torne alguém alienado, mas não o dê nenhuma experiência acho e isso faz falta em algumas situações.
    Mas amei como mostrou as frases referentes a capítulos anteriores que construiram o pensamento de Barry e o fizeram crescer, refletir e rever conceitos.
    A luta foi muito divertida, gosto que tenhamos mais da paulette e principalmente sobre a tinkaton dela, adorei imaginar o momento dela evoluindo e gosto que ela tenha "convocado" o Barry a sair da zona comum e procurar fazer alguma coisa, de um jeito amigável, mas sem passar a mão na cabeça dele também pq ela basicamente o solou, adorei os movimentos que utilizou e a parte que Barry mandou Buizel socar o bronzor eu não estava esperando e fui pego de surpresa.
    "Starly e Buizel não se respeitam" Por algum motivo eu amei essa passagem k.
    Isabella ai eu não sei, tem algo na história da Isabella que eu realmente amei e achei particularmente belo no modo como ela encara a vida e suas coisas, não sei se ela tem ciência do que aconteceu com o Brock e o Brendan, mas sinto uma espécie de tristeza/compaixão por ela quando ela não conseguiu a classificação para a Copa fantina e perdeu a Copa Brussel pelas circunstâncias, achei muito triste k.
    E ao mesmo tempo o modo como ela também questionou brendan de um modo muito ativo e demonstrou a cultura e os seus pensamentos respeitando os momentos dele foi muito interessante, ela se tornou numa das minhas personagens preferidas de um modo meio estranho, mas acho que ela e a Laura viraram das minhas preferidas da história.
    Brendan, por fim, vemos que seu "egoismo" devido as inseguranças foi um pouco quebrado nesse capítulo por ele finalmente se permitir ser ajudado ou pedir por ajuda, mas como ele mesmo fala ajuda é algo muito plural pq as vezes precisamos de um conselho, outras vezes só falar como tudo esta uma merda, outras vezes só um abraço ou um choro é o suficiente, e para já parece que admitir que as coisas não estão indo bem já é um começo, e eu achei toda a conversa e falas muito sinceras, o final achei inspirador e fico muito curioso e ansioso pelo desenvolvimento do brendan nessa história, parabéns pelo cap <3

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